segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Magias, Rituais, Velas e Objetos Mágicos:

Colocarei aqui magias e rituais desenvolvidos por mim mesmo, e também de diversas outras fontes de variadas linhas de pensamento, citando os autores. Pessoalmente, acredito que qualquer magia ou ritual tem poder, mesmo os mais simples, e independentemente do tipo e arquétipo auxiliador. Não tenho preconceito quanto a qualquer forma de espiritualidade. Mesmo representações que são antagônicas, ou seja, opostas, podem se combinar na mágica de uma pessoa. Todos os conceitos são interpretados de maneira pessoal por cada um. E os opostos estão em tudo e todos, como peças fundamentais. É dentro da espiritualidade mágica dos indivíduos que o sentido de cada definição é criado. Mesmo que um grupo esteja empenhado em um mesmo processo mágico, o efeito e o significado desse processo é individual. Ao se perceber isso, quaisquer estudos, processos mágicos ou rituais passam a ser uma fonte de energia espiritual.

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Aviso: Cuidado ao adentrar na trilha da magia. É preciso confiança interior e humildade para não se deixar levar pelas inúmeras forças que podem levar à loucura e trazer o infortúnio.

Por: Mago Akin

Os componentes gestuais e posturais em minhas magias e rituais Mul-Abrozicos, nunca são obrigatórios, apenas aconselhados. Pode-se dizer ou mentalizar as palavras do ritual em outro idioma, contanto que se mantenha o sentido. Verbalizar as palavras do ritual também nunca é obrigatório, somente, às vezes indicado. O pensamento corretamente direcionado é capaz de executar qualquer magia por si só. Todos os ingredientes do ritual podem ser reutilizados novamente em outros rituais. As instruções podem ser lidas durante o ritual, contanto que se mantenha a concentração, e, inclusive, eu recomendo que tenha o ritual escrito consigo durante sua execução, caso não o tenha bem memorizado.

Existe a possibilidade de que alguma magia de Mul-Abroz funcione mesmo se o mago não tiver realizado o Ritual de Iniciação e Comunhão com a Magia de Mul-Abroz, descrita abaixo, mas é menos provável e possivelmente menos eficaz. Também pode ser que uma magia de Mul-Abroz funcione mesmo que seus processos ou elementos tenham sido levemente alterados, porém, neste caso, não posso garantir quais os tipos de resultados. Então recomendo seguir todas as instruções que dou sobre os rituais.


Ritual De Iniciação E Comunhão Com A Magia de Mul-Abroz

Quando fazer: Para iniciar pela primeira vez os estudos e a prática da arte da magia de Mul-Abroz. Também pode ser feito sempre que o adepto quiser fortalecer sua conexão com a magia de Mul-Abroz.

Efeitos: Individual. Funciona somente para um indivíduo que o realiza, potencializando seus dons mágicos inatos e conferindo um meio para acessá-los.

Itens necessários: Um pentagrama / Um pouco de terra / 1 vela azul / 1 vela amarela / 1 vela vermelha / 1 vela negra ou bem escura / 1 cristal transparente, de preferência esférico ou em formato de pirâmide / Misture em uma vasilha com água, pelo menos uma gota do seu sangue, ou da sua urina, ou da sua saliva, ou do seu suor, ou de sua lágrima, ou de qualquer líquido corporal seu.

O Ritual: De preferência esteja em um local escuro ou com pouca iluminação, sob o céu noturno ou durante a noite.

Primeiro acenda a vela negra, e com ela, acenda as três velas, a azul, a amarela e a vermelha, em disposição triangular no chão ou em um altar.

Assopre a vela negra para apagá-la, então guarde-a ou deixe-a de lado. Ao mesmo tempo em que assoprar a vela negra para apaga-la, diga mentalmente: Aqui faço a minha trilha.

Deposite o cristal transparente no centro do interior do triangulo formado pelas velas azul, amarela e vermelha.

De pé, de frente para as três velas e o cristal, feche um pouco os olhos, mas não totalmente. Abra os braços, abraçando o universo, e se conectando com todo o infinito ao seu redor.
Diga: A magia do abismal deve romper as barreiras! Estou pronto para recebê-la.
Visualize que está atraindo energia, que vem na forma de tudo o que existe, de todas as sensações, e sentimentos que você já conhece e que está conhecendo. Essas energias vem em todas as cores, se misturam em sua mente, se concentram, e então se transformam em energia pura. Sinta o campo de força mágico que se criou ao seu redor. Permaneça na mesma posição mantendo tal mentalização por cerca de um minuto pelo menos.

Desenhe um quadrado ao redor das velas usando terra. Fique de pé, de frente para as velas, com os braços elevados lateralmente na altura dos ombros, os antebraços fletidos para cima, e as mãos abertas.
Diga: Ó fonte suprema, geradora daquele que criou tudo o que existe; Desperte em mim, tua parte, o poder de Abroz, o dragão perfeito.

Relaxe o corpo, abaixando os braços ao lado do corpo, e abaixe um pouco a cabeça. Visualize surgindo do interior da energia pura concentrada em sua mente, a forma de um dragão todo poderoso, que cresce até preencher todo o seu corpo tornando-te um só com ele. Permaneça na mesma posição e mantendo a visualização por cerca de 1 minuto.

Então, ajoelhe-se, e abrace o seu tronco cruzando os braços a sua frente. Certifique-se de que você tem um pentagrama consigo ou próximo de você. Focalize sua mente no pentagrama. Também pode segurar o pentagrama se quiser.
Diga: Portador da sabedoria suprema que transcende a realidade impura; Mul, a distância interminável além e através dos mundos; Une a minha força a ti tal que eu possa revelar a tua glória ao Universo.

Despeje água misturada com uma gota do seu sangue, ou urina, ou saliva, ou suor, ou lágrimas, ou de qualquer líquido corporal seu, sobre a chama das três velas para apagá-las. 

O ritual está concluído. 

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Magia Para O Sucesso

Efeitos: Individual, para quem executar a magia ritual. Sua força espiritual se expandirá conduzindo a matéria em favor dos seus mais importantes objetivos.

Itens necessários: 3 cristais de tipos diferentes. / 4 velas de qualquer cor. / Uma varinha (Se quiser pode usar pedaço de madeira, ou um galho de árvore, ou uma vareta de metal para isso.) / Uma capa preta, ou roxa, ou vermelha, ou de cor escura. / Uma tigela com areia ou terra. Se o chão for de areia ou terra pode usá-lo ao invés disso. / 1 incenso ou elemento aromático.

O Ritual: Procure um local tranquilo, e de preferência escuro ou com pouca iluminação.

Acenda o incenso ou aplique o elemento aromático.

Delimite uma área com as 4 velas, e coloque-se dentro dessa área.

Mentalize, ou se quiser pode também verbalizar: “Poder ilimitado deve ser usado agora.”  Acenda as 4 velas, e se aproxime do centro da área delimitada, coloque a tigela com areia ou terra no local caso o solo não seja de areia ou terra.

Envolva seu corpo com a capa. Coloque um cristal no chão ou em um altar próximo de você, enquanto mentaliza, ou pode também verbalizar: “Com isso identifico a energia pura (Gonla)”.

Aguarde um instante, recomendo 3 ciclos de respiração, e coloque outro cristal ao lado do primeiro, enquanto mentaliza e se quiser verbaliza: “Com isso estabeleço o contato com a energia pura”. Então visualize seus canais energéticos entrando em frequência com o universo infinito. Visualize que a energia pura está ao seu redor e através de você na mesma frequência. Permaneça concentrado nessa visualização por pelo menos 30 segundos.

Coloque o outro cristal ao lado dos dois primeiros enquanto mentaliza e se quiser verbaliza: “Com isso começo a me fortalecer.” Visualize que a energia pura trabalha junto com a sua mente, e está te fortalecendo de todas as formas. Ela tem o potencial criativo e soberano, sendo capaz de remover as barreiras. Aproveite para mentalizar também as coisas que você deseja ter êxito. Permaneça concentrado nessa visualização por pelo menos 2 minutos.

Com a ponta da varinha desenhe na areia ou na terra que está ao centro da área delimitada com as velas um símbolo pessoal que você deseje expressar no momento.

Quando terminar de desenhar mentalize e se quiser verbalize: “Tal como sou, eu prospero. Triunfo em sabedoria”. Continue percebendo que a energia pura o fortalece e trabalha junto de você. Medite acerca desse símbolo por pelo menos 2 minutos.

Então para encerrar o ritual desfaça o símbolo enquanto mentaliza e se quiser verbaliza: “Lacro minha união com a força do supremo”. 

Apague as velas, recolha os cristais e os componentes do ritual.


Nota: O sucesso nem sempre significa ganhar uma disputa ou atingir um objetivo que queremos, mas muitas vezes também está de acordo com isso. O sucesso pessoal às vezes coincide com frustrações aparentes, mas está em um estado de ser do indivíduo. Sua confiança está carregada com magia interna e sua percepção apurada possibilita que aproveite da magia externa, vivendo plenamente. Seu caminho é através da auto-realização.

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Totem Amigo

Quando fazer: Para situações em que ficamos sobrecarregados de tarefas e/ou dependemos de muitos fatores independentes para executarmos nossos planos.

Efeito: Individual, para quem executar a magia ritual.

O que é: O mago irá criar através desse ritual um totem animado e invisível que trabalhará a seu favor em muitos lugares, sem ser notado.

Itens necessários: Uma vela branca e uma vela negra (ou bem escura). Grafite ou carvão. Um pedaço de madeira, argila ou pedra. Uma gota do sangue, ou saliva, ou suor, ou urina ou qualquer líquido corporal do mago. Um copo com água e leite misturados, pode-se substituir o leite por mel ou açúcar. Uma ferramenta para esculpir. Tintas de quaisquer cor (opcional). Um solo onde seja possível cavar ou uma caixa.

O Ritual: Primeiro desenhe com o grafite ou carvão no chão ou sobre um altar uma estrela com 12 pontas.

Pegue o pedaço de madeira, argila ou pedra e esculpa um totem, dê preferência para esculpir o rosto pernas e braços.

Em seguida, misture no copo com água e leite (ou mel ou açúcar) uma gota do seu sangue, ou saliva, ou da sua urina, ou suor ou qualquer liquido corporal seu.

Coloque seu totem no centro da estrela de 12 pontas.

Acenda a vela branca e com ela acenda a vela negra (ou de cor bem escura). Coloque as duas velas próximas da estrela de 12 pontas.

Prepare-se para despejar o conteúdo misturado de dentro do copo no seu totem, dizendo, ou só pensando: “Senhor inigualável que tudo vê, peço humildemente a vossa atenção.” Então, despeje o liquido do copo sobre o totem. Diga ou só pense: “Eu batizo esta imagem em madeira (pedra, argila) com a magia de Mul-Abroz, para que reconheça-me como amigo e guia. És Totem Amigo (ou dê um nome que quiser para o totem)”.

Em seguida, se quiser, pode colorir o totem a vontade.

Depois, enterre o totem, ou guarde-o dentro de uma caixa, trancada ou não. Ou faça ambas as coisas.

Para finalizar o ritual diga ou só pense: Totem Amigo (ou o nome que tenha dado ao totem) eu o saúdo." O ritual está concluído.

Pode apagar as velas, desfazer a estrela e recolher os itens usados para o ritual.

O mago pode conversar com o totem sempre que quiser, em pensamento ou verbalmente, contanto que ele esteja ativado. A proximidade com a localização do totem melhora a comunicação do mago com ele.

Observações: O totem não trabalhará caso esteja sendo visto por alguém, por isso é importante que seja mantido enterrado ou guardado em uma caixa.

Para cancelar a ajuda do totem é preciso desenhar um círculo com grafite ou carvão, entrar em seu interior e dizer ou só pensar: "Pelos poderes de Mul-Abroz, Totem Amigo (ou o nome que tenha dado ao totem) seus serviços não me servem mais. Obrigado."

Para novamente pedir o auxílio de um totem que tenha sido desligado é preciso desenhar um círculo com grafite ou carvão, entrar em seu interior e dizer ou só pensar: "Pelos poderes de Mul-Abroz, Totem Amigo (ou o nome que tenha dado ao totem) eu o convoco para auxiliar-me."

 Pessoas sensíveis podem raramente ver o totem em ação.

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Magia Para Boa Sorte E Crescimento Pessoal 

Efeitos: Harmoniza a energia pessoal e favorece o progresso material e espiritual. Atrai e sintoniza energias positivas com o mago. Promove o florescimento de ideias e crescimento de projetos.

Itens necessários: No mínimo 10 cristais ou pedras de qualquer tipo. / 4 velas, sendo que 1 branca, 1 vermelha, 1 verde e 1 que pode ser violeta, roxa ou azul. / Uma vasilha, ou jarro com 1 litro de água mais ou menos. / Uns punhados de terra. /

O Ritual: Encontre um lugar tranquilo, de preferência em contato com a natureza, como próximo de vegetais, e em céu aberto.

Distribua os cristais e/ou pedras no chão em forma de círculo. O círculo deve ser grande o bastante para você caber deitado dentro dele.

Misture a terra dentro da vasilha de água e mexa bem. Transforme a mistura em uma pasta de lama.

Acenda a vela branca, e com ela acenda a vela vermelha, com a vela vermelha acenda a vela verde, e com a vela verde acenda a vela violeta (ou roxa ou azul). Distribua as quatro velas ao redor do círculo de forma simétrica, formando um quadrado por fora dele.

Fique nú(a), e desenhe com a lama uma espiral com sentido de dentro para fora nas palmas das suas mãos, nas solas dos seus pés, um palmo abaixo do umbigo, ao redor do umbigo partindo dele, no centro do peito e na testa, se possível. Posicione-se no interior do círculo de cristais e/ou pedras, e diga (ou somente pense): “Yowhe, poderosa vertente caridosa do senhor supremo. Senhor enigmático da vida e mantenedor do mundo. Vêm a mim as tuas bênçãos.”

Em seguida, deite-se dentro do círculo de cristais e/ou pedras, com as costas no chão. Pode fechar os olhos se quiser. Então diga ou somente mentalize: “Força para seguir a minha senda. Mul-Abroz eterno e divino. Força para seguir a minha senda.” Comece a visualizar que a energia pura do universo se sintoniza com a sua, fortalecendo as suas qualidades conforme se mistura com o seu ser. Imagine múltiplas cores ocorrendo nesse processo ao seu redor, conforme a energia pura entra em contato com a sua energia. Perceba uma energia que é tranquila e com ela vem força e sabedoria. 
Permaneça ali, deitado, nesse processo de visualizações por cerca de no mínimo três minutos.

Então diga, ou só mentalize, uma ou algumas palavras ou sons de poder para concluir o ritual. Você já pode ter pensando em alguma(s) palavra(s) e/ou sons anteriormente, ou pode pensar nela(s) durante o ritual, ou simplesmente pensar nela(s) nesse momento, e pronunciá-la(s), verbalmente ou apenas mentalmente como forma de encerramento. O ritual mágico está concluído.


Pode apagar as velas, desfazer o círculo de pedras e/ou cristais e banhar-se se quiser.

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Magia Para Proteção

Efeitos: O mago cria um escudo mágico que bloqueia seu próprio campo energético contra energias externas prejudiciais a ele. Protege o corpo físico e o corpo sutil.
Quando fazer: Este é um ritual mágico muito potente, e benéfico. Pode ajudar diante de situações preocupantes ou ser diariamente realizado.
Itens necessários: Um espelho / Um pouco de ferro / Um punhado de sal / 2 velas vermelhas ou marrons / 3 velas amarelas, ou douradas ou brancas / Um cristal transparente, de preferência em formato de pirâmide
O Ritual: Faça um círculo (não precisa ser perfeitamente redondo) no solo utilizando o sal. O círculo deve ser grande o suficiente para caber você dentro, e também todos os itens que serão utilizados no ritual. Entre no círculo de sal e acenda as duas velas vermelhas primeiro, e depois as amarelas (ou douradas ou brancas). Fique no centro do círculo de sal e distribua as velas em forma de pentagrama ao seu redor, não importando a localização de cada cor de vela. Você pode ficar de pé, ou de joelhos, ou sentado. Coloque o ferro no chão à sua frente. Então coloque o cristal transparente e o espelho no chão, um em cada lado do ferro, não importando se um está do lado direito ou esquerdo. Certifique-se, de que a sua imagem está sendo refletida pelo espelho. De olhos abertos ou fechados, verbalize ou apenas mentalize: “Que o conhecimento do vazio direcione a minha proteção!”
Permaneça no mesmo lugar, visualizando uma aura protetora à sua volta, por cerca de cinco minutos, pronunciando ou apenas mentalizando a palavra Arwan (Árvan). Essa aura queima as energias negativas que atentam contra o mago.
Para concluir, esvazie sua mente por alguns segundos, e então verbalize ou apenas mentalize: “Meu corpo e espírito estão seguros em Abroz”

Apague as velas, desfaça o círculo de sal, e pode recolher os componentes do ritual.

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Mago Akin fala sobre seu uso de ídolos e imagens =

É importante ter o cuidado de saber que é capaz de lidar com a energia de cada um dos símbolos e imagens no local onde estão inseridos. Caso não goste de algum deles, ou não se sinta preparado para tê-los ali, não os coloque. Nesse caso, prefira antes meditar sobre tal símbolo ou imagem, conhecendo a energia que emana, buscando uma sintonia benéfica com isso. Depois sinta onde seria mais adequado deixar o símbolo ou imagem. Será que colocá-lo onde está a sua vista a todo momento lhe faria bem? Ou se seria melhor colocar tal imagem ou símbolo somente onde você a contemplaria em situações específicas, tendo tido tempo de preparar-se.

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Do Livro: SABEDORIA E MAGIA DOS CELTAS Princípios do Druidismo , De: Ana Elizabeth Cavalcanti da Costa , Editora BERKANA

CIRCULO MÁGICO = A primeira coisa necessária é determinar o local onde vai realizar seus trabalhos. Em seguida, prepara-lo, limpando-o de qualquer energia negativa. Ao fazer isto, procure mentalizar a cor violeta que é a cor do Grande Espírito e que todas as energias negativas estão desaparecendo do local. O segundo passo é centralizar-se para que sua energia fique estável, ancorada. Neste momento, você pode sentar-se e imaginar que de seu corpo saem raízes que se fincam no solo. Esta é uma forma de aproximação com a Mãe Terra. Imagine a sua umidade, o seu cheiro. O terceiro passo é estabelecer suas intenções dentro do ritual ou cerimônia que você está por realizar. Faça uma oração pessoal dedicada à Grande Mãe e ao Grande Deus. Ore, também, pelo deus ou deuses, que você poderá invocar em seu trabalho mágico. Forme então, o seu círculo mágico, lembrando que dentro dele você irá entrar em sintonia com as energias do seu ritual. Quando realizamos cerimônias, rituais e celebrações mágicas, é recomendável criar um círculo mágico, a sua clareira pessoal, que funciona como um selo invisível, que o protegerá de qualquer energia nociva. Usando a sua mão direita, forme o círculo com sal, grãos, flores. Faça-o em sentido horário tendo bons pensamentos, ou até mesmo cantando uma melodia. Quando estiver finalizando a sua formação, entre nele e feche-o. O quarto passo é realizar suas invocações: deuses, energias, espíritos. Cada invocação deve ser feita com respeito e amabilidade. Você sentirá, então, que a energia dentro do círculo estará crescendo. Sinta-se feliz por isso. Você pode cantar ou dançar, se quiser, em honra às energias presentes. Neste momento você pode fazer suas orações e seus pedidos, que devem vir do coração. Não use em suas orações a palavra eu, associada a desejo. Procure falar simplesmente de suas necessidades. Geralmente, neste ponto do ritual, as palavras fluem de uma forma espontânea. Não as bloqueie, porque é o momento em que você está em conexão com todas as energias que acionou. Peça sempre pela harmonização de sua vida e pela cura de seu corpo físico e emocional. Aproveite para refletir sobre alguns aspectos de sua vida. Muitos milagres e coisas boas poderão acontecer a partir deste momento. Você poderá ter visões e intuições muito fortes sobre algumas situações que está vivendo. Finalmente, agradeça às energias presentes. Quebre, então, o círculo caminhando nele em seu sentido anti-horário. Esta é uma forma básica de se criar um círculo mágico. Você poderá encontrar outras formas, usando até mesmo outros elementos em sua construção. Fazer uma conexão com a energia da Terra, reconhecendo a sabedoria da Mãe Terra, é muito simples. Você se sentirá com uma grande energia de poder e realização ao fazer rituais, ou mesmo simples orações dentro de um círculo mágico. As perspectivas de sua vida mudam, você deixa de sentir bloqueios em seu caminho e começa a compreender mais os significados da Roda do Ano e entender a sabedoria do tempo.

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PROSPERIDADE

ADORNO QUE ATRAI DINHEIRO = Escolha um adorno feito com jade. Pode ser um anel, um pingente, pulseira. Numa quinta-feira, dentro do seu círculo mágico, faça uma invocação para a deusa Brighit. Segure o adorno com a mão direita (se for canhoto, com a esquerda). Mentalize, então, todas as boas situações que o dinheiro lhe proporciona, visualizando-se criativamente e produtivamente. É preciso que se crie uma atitude positiva em relação ao dinheiro. Permita-se conscientemente, receber dinheiro. Procure usar esse adorno por um período extenso. Quando for resolver algum negócio, alguma situação financeira, toque-o com a ponta dos dedos (se for canhoto, com a esquerda). O jade lhe impregnará de energias de prosperidade. Só depois, decida o que fazer. Além de favorecer a prosperidade, o jade também favorece o amor e lhe dá proteção. Colocado junto ao terceiro olho (entre as sobrancelhas) favorece a sabedoria.

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ATRAINDO PROSPERIDADE = Numa quinta-feira de Lua Crescente, escolha uma bacia ou uma outra vasilha e encha-a com água. Coloque nela uma moeda e um cristal olho de tigre. Mergulhe suas mãos nesta água. Deixe-as ali por um pequeno período de tempo, mentalizando todas as coisas que você estará realizando com o dinheiro. Deixe depois as mãos secarem naturalmente. Em poucos dias você terá boas oportunidades que se não deixar escapar, poderão resultar em dinheiro, prosperidade e abundância.

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MAGIAS PESSOAIS ( CORAGEM, FÉ, TRANQUILIDADE, PAZ)

CRIANDO CORAGEM = Separe uma sodalita, que aciona os poderes da cura, paz e meditação. Pegue-a com a mão direita (se for canhoto, mão esquerda) e esfregue-a com tranquilidade por todo o corpo. Esta pedra tem o poder de dispersar o medo, a culpa, acalmando a mente, aliviando tempestades mentais e emocionais. Deixe-a num jardim durante uns três dias e depois lave-a em água corrente.

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BANHO PARA ALIVIAR A TENSÃO = Encha uma banheira com água. Coloque nela um pedaço de rodocrosita. Fique ali por alguns momentos. Este banho é relaxante, reconforta as emoções e o corpo físico, retirando a tensão e o estresse. Se você não tiver uma banheira, use a rodocrosita como uma esponja, passando-a por todo o corpo, principalmente na planta dos pés.

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BANHO DE CURA = Para realizar esta magia você deve ter uma pedra Olho de Boi, que de forma natural possui um orifício. Se você tiver a oportunidade que encontrar um “Olho de Boi”, num passeio pela praia ou campo, não deixe de agradecer à Grande Mãe. Esta pedra representa a mãe de toda a criação. Use-a em banhos, esfregando-a no corpo. Elas proporcionam cura física e, também, é boa para manter a saúde.

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PROTEÇÃO

TALISMÃS DO MAR = Numa caminhada pela praia, procure por uma concha especial. Ela deve ser preparada e energizada num ritual. A concha é um presente do mar e representa os deuses do oceano. Quando fizer suas orações no ritual, dedique-as a Dylan, Deus do Oceano. Você pode, depois, usar a concha como pingente ou como amuleto de proteção e sorte para a sua casa, posicionando-a na sua porta principal.

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ATRAINDO SORTE NO LAR = Separe uma pedra Coral. Coloque-a na sua mão direita (se for canhoto, esquerda). Caminhe pela sua casa em sentido horário. Toque com ela todas as paredes, portas e janelas. Deixe-a depois num local à vista, para que a sua mágica aconteça.

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LIMPEZA/PURIFICAÇÃO

DESFAZENDO-SE DE PROBLEMAS NO MAR = Procure numa praia um pedaço de madeira que tenha sido deixado pelas marés. Com a ponta de uma faca, escreva nela suas necessidades para harmonizar sua vida. Feito isto, entre no mar e atire a madeira nele, pedindo às energias e aos deuses do mar que o auxiliem.

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PURIFICANDO-SE COM A CHUVA = A chuva faz parte do ciclo de purificação da natureza. Uma forma muito simples de limpar suas energias pessoais é tomar um banho de chuva. Escolha uma chuva amena e suave, num dia de temperatura agradável, para fazer esta purificação. Faça uma caminhada embaixo da chuva com tranquilidade, mentalizando as situações que você deseja purificar e limpar de sua vida. Agradeça à Grande Mãe Terra a oportunidade de poder caminhar na chuva e renovar com isto as suas energias. Quando chegar em casa, tire a roupa molhada e tome um banho morno. Não faça esta caminhada em tempestades.

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MAGIA DAS TRANÇAS = Pode ser realizada para diversas situações. Faça o seu círculo mágico. Após as suas orações, quando estiver sentindo a energia criada, faça uma trança com três cordas coloridas e com adornos, mentalizando a sua necessidade de harmonizar e ser bem-sucedido numa determinada situação. Depois de pronto e terminado o ritual, pendure a trança em algum lugar visível em sua casa ou local de trabalho. Os três pedaços de cordas devem ter cores específicas para cada tipo de situação, o mesmo acontecendo com os adornos, que podem ser objetos, flores, frutas.
Amor:: Cores: Rosa, branca e marrom. / Adornos: imagens de flores e maçãs.
Prosperidade:: Cores: Marrom, azul-escuro e preta / Adorno: Imagens de gnomos.
Coragem:: Cores: Vermelha, branca e laranja / Adorno: Uma figura ou miniatura de lobo.
Harmonização:: Cores: Laranja, preta e amarela / Adorno: A figura de uma balança.
Poder:: Cores: Preta, amarela e vermelha / Adorno: Imagem de cavalo.

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AMOR E BELEZA ( MAGIAS DE MORGANA )

FOLHAS DE AMOR = Descreva numa pequena folha de papel, a imagem ideal de alguém que deseja encontrar. Numa outra folha, descreva você mesmo. Junte as duas folhas, frente a frente. Costure-as com uma linha verde e uma rosa, enfiadas juntas na agulha. Vá até uma árvore que tenha uma fenda natural. Coloque as folhas costuradas neste buraco. Peça à árvore que lhe conceda a graça de ter em sua vida, uma pessoa com as características e que aprecie as suas qualidades.

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DESEJOS DE AMOR =  Numa quarta-feira de Lua Crescente, separe um punhado de alecrim e flor de laranjeira. Coloque as ervas numa vasilha e manipule-as por uns quinze minutos, pensando no amor que está distante de você. Procure por um curso de água corrente e jogue as ervas, aos punhados, na água que corre, chamando pelo seu amor que está distante. Visualize as ervas levando sua mensagem até o seu amor.

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DESCOBRINDO A IDENTIDADE DO PARCEIRO = Escolha uma maçã bonita, bem vermelha. Descasque-a num movimento de espiral, de forma que a casca fique inteira. Concentre-se e peça à Morgana, que revele a você a identidade de seu futuro amor. Quando terminar de descascar, deixe a casca cair no chão. Ela formará a letra inicial de seu futuro amor.

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A BELEZA PESSOAL / ESPELHO MÁGICO = Você pode usar o seu espelho mágico, visualizando nele as coisas que você deseja que aconteçam. Se quiser, por exemplo, melhorar a sua aparência, fique em frente ao espelho, de preferência nu, e imagine o seu rosto já modificado e o que você deseja melhorar em seu corpo. Converse com a imagem que você deseja ter. Peça à Deusa Lua que o ajude a conquista-la. Este simples ato mágico pode ajudá-lo a livrar-se de rugas, gordurinhas indesejáveis, aumento dos músculos, etc. Faça isto diversas vezes. Procure fazer exercícios e uma dieta saudável.

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ATIVANDO A SENSUALIDADE = Numa noite de Lua Crescente, separe um litro de água de fonte. Junte pétalas de 3 rosas cor-de-rosa, 3 rosas vermelhas e 3 rosas amarelas, pedindo a Morgana que lhe ajude a se tornar mais sensual. Deixe em repouso durante a noite, de preferência ao ar livre. No dia seguinte, coe água e coloque-a numa garrafa com 11 gotas de álcool. Tampe o vidro e guarde-o em um lugar fresco. Toda vez que você quiser ativar sua sensualidade, use esta água como água de colônia.

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PLANTANDO UM AMOR = Durante a Lua Nova, separe sementes de alguma planta. Coloque num pequeno vaso de barro a terra necessária, mentalizando o seu desejo de que um novo amor nasça em sua vida. Ponha as sementes na palma das mãos e reflita sobre a importância que teria um amor em sua vida. Peça o auxílio de Morgana nesta conquista. Plante, então, as sementes na terra. Cuide delas com carinho.

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ESCREVENDO SUA HISTÓRIA DE AMOR = Descreva num papel história de amor que você deseja viver, de uma forma metódica e com riqueza de detalhes. Use sua imaginação. Isole-se num lugar tranquilo, de preferência junto a um riacho. Leia a sua história, diversas vezes, em voz alta. Enquanto lê, imagine os detalhes e as cenas que você descreveu. Guarde o papel. Repita este exercício sempre que achar necessário. A mentalização fará com que ela se torne realidade.

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BANHO DE SEDUÇÃO = Este ritual de magia e de beleza faz com que a sensualidade floresça na mulher. Num espaço aberto, ao ar livre, fique de pé diante da Lua Cheia. Faça os mesmos gestos que faria se estivesse tomando um banho comum. Procure sentir a energia da Lua penetrando em seus poros. Olhe para a Lua enquanto ela estiver clara e nítida, sem nenhuma nuvem e peça a ela, que lhe conceda a beleza e a sedução para viver o amor em sua plenitude.

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COLAR DA ATRAÇÃO E FERTILIDADE = Separe sementes de girassol, certificando-se de que estejam limpas e secas. Deixe-as de molho durante uma hora em água bem quente. Seque-as com uma toalha limpa. Com uma agulha bem dura e linha forte, comece a montar o seu colar até que esteja do tamanho desejado. Este colar, além de atrair o sexo oposto, assegura a fertilidade para quem o usa.

(Continua...)



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Do Livro: O LIVRO DOS RITUAIS , De: Carlos Navas , Editora MADRAS

Os rituais que se seguem, da Terra, Água, Fogo, Ar e Pentagrama são preparatórios para o restante, ajudando a realização dos outros rituais.

TERRA : RITUAL DE GAEA = Esse ritual, é na verdade, bastante simples mas muito eficiente na comunhão com o planeta e com o elemento terra. Lembrando que nosso corpo físico é formado pelos elementos da terra, nada mais justo do que demonstrar uma atitude de respeito e gratidão pela nossa grande Mãe Terra. Em algumas tradições, nossa grande mãe Terra recebe o nome de Gaea – a Deusa mãe. Escolha uma fruta, pode ser uma maçã, ou outra qualquer, um pequeno cálice de vinho tinto e um punhado de sal. Dirija-se a um local tranquilo, onde haja terra. Coloque a mão em contato com a terra do local, pegue um punhado na mão, olhe bem para este elemento. Acaricie a terra como se passasse a mão na pele de um grande animal dócil, sinta que a terra que você toca tem vida... Então, enterre a fruta, jogue três punhados de sal e termine derramando o vinho por cima. Diga em voz baixa: “Ó Gaea, receba toda gratidão de minha parte por tudo que me ofereces bondosamente...” Esse ritual pode ser feito outras vezes quando sentir vontade. Com este ritual, você comunga com o elemento terra.

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ÁGUA : RITUAL DA TAÇA = Pegue uma taça de cristal, ou de vidro, ou até mesmo um copo transparente simples. Encha-o com água, coloque-o sobre uma toalha ou pano azul, podendo ser sobre uma mesa ou até mesmo no chão. Sente-se diante do copo com água, respire fundo, fique o mais confortável possível, tente deixar as emoções livres... Feche os olhos. Se desejar, coloque uma música suave; deixe-se relaxar por cerca de cinco minutos... Logo após este pequeno período de relaxamento, abra os olhos e fixe sua atenção no copo com água, olhe bem para a calma deste elemento e peça, mentalmente, que suas energias se harmonizem com a calmaria e suavidade da água. Diga, mentalmente ou em voz baixa: “Que a graça da Deusa desperte em meu ser a intuição, a calma e a purificação!”. Repita esta afirmação três vezes... Feita a afirmação, fique olhando para a água do copo por mais ou menos cinco minutos. Logo após esta concentração, agradeça, à sua maneira e mentalmente, à energia feminina do universo pela benção recebida, e peça ainda que os efeitos deste rito durem pelos próximos dias. Faça este ritual por uma semana, todos os dias. Com este ritual, você comungou com a água.

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FOGO : RITUAL DA VELA = Compre uma vela de sete dias comum e de cor branca. Arrume um local seguro, longe de panos ou papéis – pode ser uma mesinha de madeira ou de pedra -, onde você deixará a vela queimando durante os sete dias. Proceda da seguinte maneira: depois de escolhido o local, coloque a vela em um pratinho ou castiçal largo, de metal por exemplo, e a acenda num domingo de manhã – primeiro dia da semana que é consagrado ao Sol, pois tem a influência deste. Concentre-se na chama da vela por cerca de cinco minutos. Todos os dias – se possível no mesmo horário – dedique cinco minutos de concentração na chama da vela – basta fixar o olhar na chama e deixar os pensamentos livres. Talvez nas primeiras vezes você sinta que sua mente parece não dar sossego, mas com a prática do exercício você se tornará mais calmo e desenvolverá a concentração que, além de ser muito necessária na vida diária, também o será nos próximos rituais. Neste ritual você comungará com o fogo.

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AR :  RITUAL DE HONRA AOS SILFOS = Para este ritual será necessário um incenso de flores... Vá até um local ao ar livre, usando uma roupa toda branca, com os pés descalços, Acenda o incenso e concentre sua atenção na fumaça que se eleva... imagine que seus desejos e intenções se elevam até os reinos celestiais. De pé, abra os braços e sinta o vento, por mais suave que possa estar. Diante da fumaça do incenso, repita por três vezes: “Que o Grande Deus me conceda a leveza do elemento ar, me dando a graça de dançar com os silfos...”. Repita este ritual por sete dias, ele lhe colocará em harmonia com a leveza da vida e com os aspectos mais sutis de seu interior. Com este ritual, você comungará com o elemento ar.

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RITUAL DO PENTAGRAMA = Arrume um pote ou vasilha de barro com um punhado de terra misturada com sal. Uma vasilha de vidro com água pura. Uma vela comum. Um incenso de sua preferência. Um giz branco. Num local calmo e onde ninguém possa lhe atrapalhar, desenhe no chão, com o giz branco, uma grande estrela de cinco pontas, de maneira que a quinta ponta única aponte para o leste. Nas outras pontas, da ponta única para o sentido horário: Spirit-Espírito ; depois Water-Água, coloque a vasilha com água pura ; Fire-Fogo, coloque uma vela acesa. Earth-Terra, coloque a vasilha com terra e sal ; Air-Ar, coloque o incenso também aceso. Sente-se de maneira confortável, olhando para o centro da estrela. Respire fundo e tenha um profundo respeito, tendo em mente a consciência de que você está passando por um ritual muito forte e belo. Então, diga em voz baixa por três vezes: “Deus criou os quatro elementos e me fez à sua imagem e semelhança como o quinto elemento”. Logo após repetir esta afirmação por três vezes, repita este som por sete vezes em voz alta: “OOOOOOOOOMMMMMMMMMMMMMmmmmmmm”. Fique alguns minutos em silêncio e encerre o ritual com muita gratidão a Deus e respeito. Com este rito você comunga com sua essência divina, e não o assiste ou o preside, mas que o faz um elemento integrante dela. Este rito não deve ser feito mais que uma vez por mês.

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COMUNGANDO COM A SABEDORIA DO MUNDO : RITUAL DO GRANDE LIVRO = Pegue uma Bíblia que tenha o novo testamento, um copo com água e uma vela. Dirija-se a um lugar calmo, onde ninguém possa lhe interromper... talvez seu quarto ou um período que não tenha ninguém em casa. Coloque a Bíblia no centro de uma toalha ou pano branco, do lado esquerdo coloque o copo com água e do lado direito coloque a vela. Tenha uma caixa de fósforo à mão e aguarde para acender a vela no momento indicado. Abra a Bíblia no Evangelho segundo São João e leia, no Capítulo 1, do versículo 1 ao versículo 5: “1. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus; 2. Ele estava no princípio com Deus; 3. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez; 4. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; 5. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.” Após ler este trecho, acenda a vela... Concentre seu olhar no Grande Livro Sagrado que está a sua frente e saiba que, neste momento, você está comungando com a sabedoria do Mundo. Após alguns minutos, apague a vela sem assoprar, beba a água do copo e fecha a Bíblia. Fique receptivo às impressões, ideias e sensações que possam surgir durante o dia. Repita este Ritual por sete dias, começando no domingo e terminando no sábado. Será muito interessante e importante também executar este rito com uma variação, ou seja, escolha outros trechos do Evangelho ou partes interessantes de algum trecho bíblico e faça o mesmo ritual.

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HARMONIA COM A NATUREZA : RITUAL DA ÁRVORE = Este ritual é muito simples, mas tem um grande poder de nos colocar em harmonia com a Natureza. Ele também ajuda muito quando estamos nos sentindo sem energias ou quando estamos doentes. Dirija-se a um lugar tranquilo, onde haja uma árvore de tronco grosso, que passe a sensação de fortaleza e beleza. Coloque-se diante dela, peça licença mentalmente e olhe para seus detalhes, repare nos galhos e folhas deste grande ser. Repare como existe uma calma profunda que envolve este grande ser da natureza... Quando se sentir em total harmonia e amizade com a árvore, abrace-a com um largo sorriso no rosto. Tenha a sensação de se tornar um só com a árvore, respire profundamente e fique abraçado a ela pelo tempo que desejar... Repita este ritual muitas e muitas vezes... os resultados serão logo percebidos.

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CONECTANDO COM O DIVINO : RITUAL DA POTENCIALIDADE INTERIOR = “Buscai o reino dos céus e tudo o mais lhe será dado por acréscimo”. “Em verdade, em verdade, o reino dos céus está dentro de vós”. Estas verdades são encontradas na Bíblia sagrada e revelam um grande tesouro. Devemos saber que tudo o que queremos e precisamos está em nosso íntimo. Assim, devemos buscar entrar em contato com esse Deus maravilhoso, que habita o nosso interior e está em tudo ao nosso redor. Este ritual que se segue é muito simples – lembre-se de que na simplicidade que está toda a força e o poder. Repita a seguinte afirmação: “Deus habita meu ser e me concede a paz e a prosperidade plena”. Faça esta afirmação, por sete vezes, pela manhã, sete vezes ao meio-dia, e sete vezes à tarde. Proceda desta maneira por uma semana. Você terá resultados surpreendentes.

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RITUAL DE LIMPEZA ASTRAL = É necessário ter cuidados quanto às superstições, mas devemos saber também que alguns ditados ou culturas populares possuem um fundamento lógico. Todo mundo já ouviu falar que sal grosso espanta os males. E realmente existe uma coerência. Quando tomamos banhos de sal grosso ocorre uma tonificação dos músculos, o que, de certa forma, retira o cansaço e as dores musculares, mas o sal também tem a capacidade de remover algumas impurezas que se alojam em nossos corpos sutis (aura). O ritual é o seguinte: coloque um punhado de sal grosso numa vasilha com água e, depois que tomar seu banho normalmente, jogue esta água salgada sobre seu corpo (só não jogue na cabeça). Faça este ritual por três dias. Depois, no quarto, quinto e sexto dias, prepare o banho com uma modificação, agora acrescentando alecrim junto ao sal. Serão assim, no total 6 dias de banhos (três usando água e sal grosso somente e três usando água, sal grosso e uma erva). Este ritual lhe dá coragem e leveza. Você também pode fazer variações, acrescentando em vez de alecrim, outras ervas como arruda, rosas, manjericão, hortelã, etc. (cuidado para não usar ervas desconhecidas e venenosas) Os banhos de sal grosso podem e devem ser feitos sempre.

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RITUAL DO DIA DO PERDÃO = Este ritual abrirá as portas para o sucesso em outros rituais, pois lhe possibilitará comungar com a humildade que é tão necessária para aquele que busca a verdade espiritual. Ao levantar-se, peça perdão às suas vestes, ao seu corpo, à sua imagem refletida no espelho. Faça um dia do perdão, sem cair na condição de culpa; não se sinta culpado por nada, simplesmente peça perdão (mentalmente) a tudo e a todos, durante todo o dia, mesmo quer não tenha sido você quem cometeu o erro, pois lembre-se de que somente os grandes seres são capazes de pedir perdão, e este exercício lhe possibilita comungar com este ato tão nobre. Peça perdão várias vezes ao dia, à Terra por toda poluição que nossa espécie tem jogado nela, a cada irmão, vítima de guerra, a cada pessoa que perdeu um ente querido, enfim, use sua imaginação e faça seu Grande Dia do Perdão. Este ritual é uma benção.

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RITUAL DO DIA DA PURIFICAÇÃO = Escolha uma Lua Minguante para realizar este ritual. Com esta prática, você conseguirá se livra r de problemas ou situações que estejam lhe causando incômodos. Escolha um dia em que você vai ficar em casa, pode ser um feriado, um sábado ou outro dia em que terá tempo. Coloque uma música suave e acenda um incenso. Comece limpando o chão com uma vassoura e, enquanto varre, imagine que você está varrendo os seus problemas ou situações que lhe estejam causando mal. Ser tiver louça suja, lave-a toda, e enquanto Lava, imagine que está lavando todas as impurezas do mundo. Imagine que junto com a água estão também indo embora todos os traços negativos de sua personalidade. Enfim, limpe os cômodos de sua casa, tapetes, lave o banheiro, tire o pó dos objetos, sempre imaginando que esta limpeza é na verdade uma limpeza no seu interior. Jogue todas as tristezas no lixo. Este ritual terá muita eficiência se for feito uma vez por mês na Lua Minguante.

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RITUAL DA PROSPERIDADE =  Este é verdadeiramente o grande ritual que pode nos abrir caminho para uma vida mais próspera e feliz. É mais indicado que seja feito na Lua Crescente, mas pode ser feito em qualquer outro momento. Escolha um pote de barro ou uma concha marinha, encha de arroz misturado com canela em pó e coloque em um local tranquilo de sua casa – que pode ser uma mesinha, uma parte de sua estante, um aparador. Este “pote da fortuna” será um lembrete de que a prosperidade habita sua casa. Mas a segunda parte deste rito é mais importante ainda: escolha as coisas que deseja ganhar – dinheiro, paz, amor, saúde, etc. Após decidir o que necessita, comece doando o que deseja, ou seja, se deseja ganhar dinheiro, faça uma doação, mesmo que pequena, a uma igreja, instituição ou pessoa carente. Se deseja ganhar ´paz, faça uma oração em silêncio e no anonimato às pessoas de seu ambiente de trabalho, aos seus parentes e amigos e, principalmente, aos seus inimigos. Se deseja ganhar amor, seja amoroso com todos os que o cercam, dê de presente uma rosa vermelha a uma pessoa querida. Se deseja saúde, faça uma visita a um hospital. Enfim, faça doações espontâneas sem ficar esperando receber algo em troca. Se ficar esperando ou der simplesmente porque acha que basta dar para receber, nada acontecerá. Você deve saber que o que mais vale é a sinceridade de sentimentos e a pureza das intenções. Você deve também sempre doar aquilo que não tem mais utilidade, como roupas e objetos que percebeu que não foram feitos para você. Isso ativa a energia da prosperidade.

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RITUAL DA TRANSFORMAÇÃO = Cozinhar é um ato mágico e sagrado. Todas as pessoas deveriam sempre ter em mente que, quando vão para a cozinha, deixam passar todas as suas energias e estados emocionais para os alimentos. Sendo assim, sempre antes de cozinhar é bom tomar um banho, fazer uma meditação ou simplesmente sentar-se por alguns segundos e respirar profundamente. Enquanto cozinha, é sempre bom também fazer preces. Convide os anjos, os gnomos e fadas para virem lhe ajudar neste ato mágico que é cozinhar. Cante enquanto cozinha, dance se tiver vontade. A alegria deve reinar. Prepare um bolo, escolha uma receita simples. Ou, se preferir, prepare um pão, pois o pão sempre simbolizou a presença de Deus entre nós. Faça sempre como recomendado acima, ou seja, com muita alegria e paz interior. Utilize este ritual na receita que desejar... Este ritual deveria ser feito todos os dias, mas já é suficiente que seja feito sempre que possível.

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RITUAL DA DANÇA = O mundo é uma dança constante... É a grande dança cósmica ao som da música das esferas. Os astros, em suas trajetórias pela imensidão cósmica, compõem uma verdadeira dança das qual participamos e com a qual podemos estar sempre em harmonia. Para este ritual, escolha uma música que goste bastante. Preferencialmente escolha uma música New Age. Tome um gostoso banho, coloque um incenso para queimar, vista-se com roupas leves, de preferência de cor branca. Coloque a música numa altura agradável e sente-se no chão... Vá ouvindo a música que se propaga por todo o ambiente e tenha a sensação de que esta música toca em seu interior... fique relaxado e comece a movimentar as mãos suavemente, em conformidade com o ritmo. Vá mexendo os ombros, a cabeça e, quando tiver vontade, levante-se lentamente e comece a dançar, sempre de olhos fechados. Imagine que você está num campo, ou na imensidão cósmica do espaço sideral... use sua imaginação e dance, alegremente, simplesmente dance... Este ritual deve ser realizado seguidamente por cinco dias, mas pode e deve ser feito muitas outras vezes. Uma sugestão é que use também variações de músicas, como a música árabe, a chinesa, a celta e outras que lhe agradem. Anote as impressões que cada uma delas lhe causa, pois podem ser revelações importantes sobre mistérios que dizem respeito somente a você.

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RITUAL DAS FLORES = As flores realizam uma importante missão na ida do ser humano. Por exemplo, a igreja Messiânica – de origem japonesa -, diz que uma das colunas da salvação é a beleza, que eles buscam através das flores, realizando Ikebana, por exemplo. Eles possuem ainda um ato lindo de distribuir flores às pessoas nos semáforos, lojas e outros lugares, com o objetivo único de cultivar um mundo melhor. O ritual que segue tem por objetivo coloca-lo em harmonia com essa grande manifestação de Deus que são as flores. É bastante simples: Passe numa floricultura e compre flores variadas. Rosas de várias cores, vasos de crisântemos, azaléias, violetas, margaridas, girassóis e enfeite sua casa com o máximo de flores que lhe for possível. Isso lhe trará muita paz de espírito, muita harmonia e um contato com a sarada Coluna da Beleza. Para completar seu ritual, dê uma florou um vaso para alguém; pode ser seu vizinho, alguém desconhecido que passe na rua, enfim, escute seu coração. Este ritual pode ser repetido quantas vezes desejar.

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PARA TOMAR DECISÕES : ANTIGO RITUAL DO SOL = Como a história nos revela, muitos povos viam no Sol uma representação de Deus. Os Incas o chamavam de Inti e o reverenciavam todos os dias. Assim como os egípcios, que lhe davam o nome de Rá (ou Aton em um outro caso específico), o respeitavam e lhe elevavam orações e hinos em gratidão, também os Druídas viam no Sol o grande símbolo de Deus e lhe reverenciavam como Belenos, doador de vida. Lembrando ainda dos gregos, com a representação da carruagem de fogo e luz trazida diariamente por Apolo, o deus sol da beleza. O Sol é a razão, tão útil nos momentos de decisões, pois a razão nos leva à analise e síntese de tudo que nos cerca. Este ritual é muito simples e lhe permite comungar cm a memória de todos os povos do passado que bem souberam ler a Natureza como um verdadeiro livro no qual estão contidas todas as informações... Levante-se antes do nascer do Sol, lave-se, beba um copo com água e se vire para o Leste (se você morar em uma cidade grande, pode fazer o ritual mesmo dentro de um apartamento ou casa, mas se morar num local que lhe permita, seria mais bem feito ao ar livre, ou no quintal, mas tenha a liberdade de adaptar-se; para determinar o Leste, basta observar em que ponto o Sol nasce ou use uma bússola). De pé, virado para o Leste, erga os braços, respire profundamente e tenha uma atitude mental de reverência e gratidão... fique nesta posição por alguns segundos. Abaixe os braços e volte às suas atividades habituais. Realize este ritual sempre que possível.

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EQUILIBRANDO AS EMOÇÕES : ANTIGO RITUAL DA LUA = Assim como o Sol, a Lua sempre teve seu papel importante nos ritos e cerimônias dos povos do passado. É como se os antigos percebessem (e percebiam) a dualidade existente no mundo: dia – noite, macho – fêmea, dinheiro – amor, luz – treva, bem – mal, yin – yang, sol – Lua, como duas faces de uma mesma moeda. Forças aparentemente contrárias, que no entanto formam um equilíbrio perfeito como os dois pratos de uma balança. Para manter o equilíbrio, um não pode ficar mais cheio que o outro, criando assim um terceiro elemento. Como vimos, o Sol em seu aspecto místico, recebe a simbologia de pai, enquanto a Lua recebe a característica de Mãe. Talvez por isso as pessoas sensíveis e emotivas sempre foram mais apegadas à lua, visto que o Sol é a razão e a Lua é emoção. Mas devemos, na verdade, buscar o equilíbrio entre esses dois aspectos da Natureza tão pertinentes à condição humana. Lembrando que nunca devemos nos colocar nos extremos: uma pessoa excessivamente solar, por exemplo, seria tão racional ao ponto de ser incrédula. Assim como uma pessoa excessivamente lunar poderia ser tão emotiva que correria o risco de viver a depressão e o pessimismo. Vamos, portanto, ao ritual lunar, que será o complemento do ritual solar. Numa noite de Lua Cheia, quando a Grande Mãe está em seu auge, saia de casa – ou numa sacada, se for o caso -, para um local onde a Lua esteja à vista (se for um dia nublado, deixe para realizar o ritual em outro dia). Ao ver a Lua, erga os braços e, num profundo sentimento de alegria, leveza e respeito, crie espontaneamente uma oração para a Grande Mãe; tenha a liberdade de chama-la da maneira que mais lhe agradar: Virgem Maria, Ísis, Kerridwen, Diana, Senhora... seja espontâneo. Após realizar a oração criada por você mesmo, abaixe os braços e fique olhando a doçura da Lua na imensidão do céu. Retorne às suas atividades habituais.

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O AMOR : RITUAL DA ALMA-GÊMEA = “Ainda que eu falasse a língua dos homens e até a língua dos Anjos, sem amor eu nada seria.” O amor é a grande energia mantenedora de tudo, pois é ele que faz com que a mais minúscula das sementes consiga forças para germinar e Júpiter não saia de seu curso natural. Realize este ritual no momento em que estiver necessitando comungar com a divina força do amor, e eu diria que este momento é sempre. Tome um banho com alecrim, rosas e canela. Arrume uma mesa com uma toalha cor-de-rosa ou verde, ou ainda verde e rosa. Pode ser também uma toalha florida. Coloque na mesa duas velas bem juntinhas; coloque também uma maçã. Jogue por toda a mesa pétalas de rosas vermelhas (muito fáceis de encontrar em qualquer floricultura). Sente-se à mesa, acenda as duas velas. Feche os olhos e imagine que seu grande amor chegou à sua porta e está batendo... (se já tiver um pretendente, pode imaginar que é essa pessoa, mas o melhor é não definir o rosto, pois assim os Seres do Amor têm mais liberdade para lhe dar aquilo de que realmente necessita). Então, levante-se e vá atender a porta, abra-a, convide a pessoa a entrar, como se realmente seu amor estivesse ali. Volte para a mesa e sente-se “com seu amor”. Feche novamente os olhos e imagine, com bastante nitidez, que à sua frente, sentada à mesa, está a pessoa da sua vida. Mentalmente, imagine que vocês comem a maçã juntos, cada um dando uma mordida de cada lado. Com esta visualização, sinta-se muito feliz. Após este período de criação mental, abra os olhos e como realmente a maçã. Faça este ritual em três dias alternados, ou seja, segunda, quarta e sexta. Esteja receptivo à força do amor, lembrando que estar em harmonia com a força do amor nem sempre é estar acompanhado de outra pessoa. O amor deve existir tanto num relacionamento a dois, quanto nos momentos em que estamos sós.

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DESENVOLVENDO AMOR À NATUREZA : RITUAL DA OFERENDA = A Natureza sempre gosta que tenhamos atitudes de gratidão e oferenda para com ela, afinal de contas, ela nunca deixa de nos ofertar seus preciosos dons da terra, suas frutas, suas ervas e seus bálsamos. Uma atitude muito bela e importante, por exemplo, é sempre juntar as cascas de legumes e de frutas, ou restos de folhas de verduras, e entrega-las a um canteiro ou terreno para que retornem a Gaea. Outra atitude que a Natureza sempre aprecia é o hábito de pedir licença quando se for entrar em um de seus santuários, como florestas, rios, cachoeiras, mares, etc. O ritual que é apresentado agora é para ser realizado quando se for ao mar. Compre uma rosa branca e entre no mar de modo que a água lhe molhe os pés. Sinta como a água vem até você como que simplesmente por curiosidade de lhe tocar. Sinta o amor expressado pelo toque do mar. Compre uma rosa branca e entre no mar de modo que a água lhe molhe os pés. Sinta como a água vem até você como que simplesmente por curiosidade de lhe tocar. Sinta o amor expressado pelo toque do mar. Segurando a rosa, imagine que você está tocando o mundo inteiro; mentalize saúde, paz e bênçãos a toda humanidade e, numa atitude de gratidão, jogue a rosa no mar. Encerre este ritual passando um pouco de água do mar em sua testa.

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Os próximos 4 rituais do Outono, Inverno, Primavera e Verão formam uma pequena série que deve ser feita na sequência, pois constituem uma espécie de iniciação simbólica e efetiva aos mistérios sagrados da Natureza. Para realiza-los você precisará de disciplina e atenção para não deixar passar as estações do ano. Estes rituais proporcionam desenvolvimento interior, respeito e comunhão com as forças sagradas da Natureza, pois cada uma das estações do ano são grandes portais em que as bênçãos da Grande Mãe Natureza são distribuídas abundantemente sobre todos os seres e sobre cada pessoa, em especial sobre aquelas que estiverem receptivas e em sintonia com estes momentos sagrados. O primeiro ritual é o do Outono, em sequência o do Inverno, Primavera e Verão.

RITUAL DO OUTONO = O outono é a doce estação do silêncio, na qual a vida começa a se recolher. É momento de reflexão, de exercitar o ditado de que temos duas vezes mais ouvidos do que boca. Este ritual deve ser feito o mais próximo possível ao dia 21 de março (se no hemisfério Sul). Para este ritual você precisará de três folhas de árvore, mas não podem ser apanhadas, devem ser folhas que já tenham caído naturalmente da árvore (isto é fácil de se encontrar, especialmente na estação do outono). Precisará ainda de uma pedra ou cristal de tamanho pequeno e de uma vela simples, acompanhada de uma caixa de fósforo. Sente-se no chão de seu quarto, ou em outro local, logo ao entardecer, de maneira que o recinto esteja razoavelmente escuro. Coloque as três folhas espalhadas à sua frente e também a vela, tenha a pedra em uma das mãos. Acenda a vela e olhe para a chama profundamente. Quando se sentir bastante tranquilo e sereno, diga (pode ser lido), mentalmente ou em voz baixa: “Quando surge o Grande Outono, me preparo para a partida... com nosso divino astro no Oeste,, morro para tudo aquilo que não é justo ou puro e me enterro tal qual semente que aguarda no útero da Terra-mãe.” Após este momento, apague a vela e fique por alguns minutos no escuro, sentindo a calma deste instante... As folhas deverão ser enterradas (pode ser no quintal ou no vaso), e a pedra e a vela deverão ser guardadas para o próximo ritual. Data para execução: 21 de março no Hemisfério Sul e 21 de Setembro no Hemisfério Norte, ou o mais próximo dessas datas possível. Este ritual dará oportunidade de vivenciar uma espécie de Iniciação. Guarde a vela e a pedra para os próximos rituais das estações do ano.

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RITUAL DO INVERNO = Esta é a estação do início do ciclo que levará ao aumento da luz em nossas terras. Para o ritual, pegue o cristal ou pedra do ritual anterior e também a vela que foi utilizada. Sente-se confortavelmente num local tranquilo e coloque a vela e a pedra à sua frente. Tenha também uma caixa de fósforos próximo ao seu alcance. Pode queimar um pouco de incenso antes deste exercício. Olhe profundamente para a vela apagada, respire fundo e diga: “Que se faça a luz!” Neste momento acenda a vela. E diga: “Eu saúdo o grande arquétipo de Cernunos, filho da Deusa, que nasce agora tal qual carruagem de Apolo que surge no Leste!” Pegue a pedra na mão e a segure firmemente, olhando para a chama que agora surge como um farol para lhe guiar no caminho do conhecimento. Apague a vela (pode usar um abafador para isso). Fique relaxado por alguns minutos, meditando no ritual que acaba de realizar. Volta as suas atividades habituais e guarda a vela e a pedra (ou cristal) para o próximo rito. Este ritual deve ser feito no dia 21 de junho no Hemisfério Sul, ou o mais próximo dessa data.

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RITUAL DA PRIMAVERA =  Colha sete tipos de flores diferentes (podem ser compradas em floricultura) e coloque-as num vaso ou recipiente com água. Num local tranquilo, monte uma pequena mesinha com as flores, a vela a pedra e o incenso. Sente-se confortavelmente diante deste singelo altar e fique admirando as flores por alguns minutos... Acenda a vela e o incenso e faça uma prece espontânea, do fundo do seu coração... Fique bem tranquilo, se puder ter uma música tocando no momento, isso ajudará muito a produzir uma vibração de harmonia. Então diga: “Eis que eu renasço como toda a Natureza que está em festa. Broto tal qual bolota de carvalho e busco o nosso grande astro. De hoje em diante serei de alma alegre e colorida como a multiplicidade das flores; os silfos e fadas brincarão ao meu redor, e os doces beija-flores terão prazer em vir beber de meu néctar!” Medite por alguns minutos ao som de uma música suave. Apague a vela e guarde a pedra. Quanto às flores, distribua-as a sete pessoas diferentes como um gesto de agradecimento pela vida. Este ritual deve ser feito no dia 21 de setembro no Hemisfério Sul, ou o mais próximo dessa data.

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RITUAL DO VERÃO = Prepare um local seguro para a realização deste ritual, talvez ao ar livre fosse mais apropriado. Arrume uma mesinha ou outro local com a vela que foi usada em todos os rituais anteriores, a pedra, o incenso e, em uma vasilha de ferro ou outro metal, coloque alguns gravetos secos de árvore, folhas secas, palhas, mas em pequena quantidade. Quando se sentir pronto, sente-se diante da mesinha e acenda a vela e o incenso. Olhando atentamente para a vela, pense na importância do fogo em nossas vidas, pense como a humanidade teve um progresso gigantesco após a descoberta do fogo. Pense que o fogo espanta as trevas e nos ilumina em nossa caverna interior, nos livrando dos medos e fantasmas imaginários... Neste momento diga: “Que as salamandras venham me servir, que a humildade seja meu guia, que o Supremo Deus único e verdadeiro me conceda sua presença santa e imaculada, neste e em todos os momentos de minha vida.” Neste momento, pegue a vela na mão e com ela acenda as folhas e gravetos da vasilha de metal, colocando-a dentro desta vasilha para ser queimada junto com as folhas e gravetos, formando assim uma só fogueira simbólica. Imagine que todas as suas preocupações e medos estão sendo queimados nestas chamas sagradas. Fique olhando para a fogueira no centro da mesa e visualize, veja, mentalmente, seus medos e situações negativas irem saindo de você... imagine esses problemas saindo de você como uma pequena névoa e se desfazendo na fogueira. Agradeça a Deus com uma prece pessoal, e deixa a fogueira se consumir totalmente. Guarde a pedra como símbolo de sua Iniciação ao longo das sagradas estações, e tenha a certeza de que você inicia um novo estágio de sua vida. Lembrando que não existem milagres ou fórmulas prontas no sentido de que possamos ficar esperando de braços cruzados, ou seja, o que você recebeu nestas iniciações e em todos os outros rituais foram as bênçãos e energias positivas-ara que você mesmo faça suas modificações. Este ritual deve ser executado no dia 21 de dezembro no Hemisfério Sul, ou o mais próximo dessa data.

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(Continua...)




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Do Livro: BANHOS RITUAIS E DICAS , De: Márcia Fernandes , Editora ALFABETO


Nota da autora: Nunca se deve substituir qualquer ordem médica ou qualquer outra determinação profissional como orientação jurídica, psicológica, e etc, por algum banho, ritual ou dica. No caso de ingestão acidental ou reações alérgicas, procure imediatamente um médico. Quando manusear algum tipo de planta, use sempre luvas descartáveis e evite o contato com a boca, olhos e órgãos genitais. Acenda velas sempre em local seguro, longe de materiais inflamáveis, de preferência sobre um pires ou candelabro. Antes de realizar os banhos, rituais e dicas deve-se esperar que a água amorne ou esfrie totalmente. Manter os banhos, rituais e dicas fora do alcance de crianças.

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PROSPERIDADE FINANCEIRA

Banho Energético Para Empregos =
2 litros de água / 4 lírios amarelos / 4 palmas brancas / 1 vela Canela
Como fazer: 1) Coloque as pétalas dos lírios e das palmas na água previamente aquecida 2) Macere bem 3) Coe 4) Tome banho do pescoço para baixo 5) Durma com o banho no corpo 6) Acenda a Vela Canela com um copo de água do lado direito. Troque-o todos os dias, orando um “Pai Nosso”
Quando fazer: Faça todas as quartas feiras

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Banho Para Aumentar Seu Salário =
Ingredientes: 1 litro de água / 7 folhas de hortelã / 7 folhas de louro / 7 gotas do Perfume Spiritual
Como fazer: 1) Deixe os ingredientes de molho nos raios solares das 10 às 15 horas 2) Macere bem 3) Coe 4) Jogue do pescoço para baixo
Quando fazer: Primeiro dia de Lua Cheia

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Ritual Da “Cebola” Para Ser Admitido No Trabalho =
Ingredientes: 1 pirex / 1 cebola azul com casca / 1 caneta azul / 1 folha de sulfite / 1 fita branca / óleo de cozinha
Como fazer: 1) Pegue a cebola e abra-a ao meio 2) Escreva seu nome completo em um pedaço de papel junto com os seguintes dizeres “Quero meu emprego urgente no Astral” 3) Coloque esse papel no meio da cebola 4) Amarre-a com a fita branca (dê três nós) 5) Coloque-a na vasilha de vidro 6) Cubra-a com óleo de cozinha 7) Deixe a vasilha a mostra e olhe para ela todos os dias mentalizando seu emprego 8) Assim que conseguir o emprego, jogue tudo em água corrente
Quando fazer: Faça no primeiro dia de Lua Nova

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Ritual Da “Moeda” Para Prosperidade Financeira =
Ingredientes: 5 moedas de 25 centavos / 1 mamão papaia / 9 maçãs vermelhas (com talo) / 9 colheres (sopa) de mel
Como fazer: 1) Coloque as 9 maçãs enfileiradas no chão de um jardim florido 2) Cubra-as com mel 3) Abra o mamão ao meio e, na parte que fica à sua esquerda, coloque as 5 moedas 4) Coloque as duas partes do mamão em frente às maçãs 5) Ore 5 vezes a “Ave Maria” pedindo para que Nossa Senhora Aparecida abra seu caminho
Quando fazer: Sábado

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Ritual Para Acalmar Chefe =
Ingredientes: 3 balinhas de hortelã / 3 colheres (sopa) de mel / 1 prato branco / 1 papel branco / 1 lápis
Como fazer: 1) Escreva o nome do chefe no papel branco 2) Coloque o papel no centro do prato 3) Cubra o papel com o mel e com as 3 balinhas de hortelã 4) Deixe no seu quarto por sete dias 5) No oitavo dia deixe em uma praça
Quando fazer: Domingo

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Ritual Para Afastar Negatividade No Trabalho =
Ingredientes: 1 bacia pequena com água / 3 galhos de arruda / 1 colher (café) de azeite de oliva
Como fazer: 1) Coloque os galhos de arruda e o azeite de oliva dentro da bacia com água 2) Deixe a bacia em seu local de trabalho 3) Peça que a água absorva todos os males da semana 4) Depois de uma semana jogue a água no vaso sanitário 5) Os galhos de arruda jogue no lixo
Quando fazer: Faça sempre às sextas-feiras

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Ritual Para Entrada De Dinheiro Em Sua Residência (simpatia da vassoura)
Ingredientes: 1 vassoura / 1 planta comigo-ninguém-pode
Como fazer: 1) Todas as sextas-feiras do mês, varra a casa de dentro para fora 2) Junte a poeira e jogue em uma planta de comigo-ninguém-pode que deverá estar em sua sala
Quando fazer: Segunda-feira

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Ritual Para Entrar Muito Dinheiro =
Ingredientes: 2 litros de água / 7 folhas de trevo de 4 folhas / 7 folhas de dinheiro em penca / 1 colher de arroz cru / 7 moedas de 25 centavos
Como fazer: 1) Ferva tudo por três minutos 2) Coe e deixe os ingredientes secar no Sol 3) Coloque-os em um saquinho e deixe na bolsa
Quando fazer: Segunda-feira

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Ritual Para Ganhar Na Loto =
Ingredientes: 1 prato branco / 2 claras de ovo
Como fazer = 1) Coloque o prato, com as 2 claras de ovo dentro, aos pés de uma figueira 2) Peça os números para o Universo 3) Às seis horas da manhã do dia seguinte você terá os números no prato
Quando fazer: Em uma noite de Lua Cheia

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Ritual Para Obter Emprego =
Ingredientes: 2 litros de água / 1 Vela de seu Santo de Devoção / 1 kit Vela Livramento / 1 folha de papel de seda branco / 3 colheres (sopa) de açúcar mascavo / 3 colheres (sopa) de alpiste
Como fazer: 1) Acenda a Vela de seu Santo de Devoção. Coloque as sete Velas Livramento ao redor. Acenda-as na sequência, iniciando pela marrom 2) Coloque um copo de água ao lado direito da Vela do Santo de Devoção. Troque-o todos os dias, orando um “Pai Nosso” 3) Pegue 2 litros de água; 1 folha de papel de seda branco; 3 colheres (sopa) de açúcar mascavo e 3 colheres (sopa) de alpiste. Junte tudo e ferva por dois minutos 4) Coe 5) Jogue o líquido do pescoço para baixo sem enxaguar e sem enxugar 6) Faça uma bolinha com o que restou e jogue na natureza
Quando fazer: Faça em uma sexta-feira

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Ritual Para Pagar Ou Receber Dívidas Antigas =
Ingredientes: 1 Vela de seu Santo de Devoção / ½ melancia / 1 Vela Louro / 1 Vela Canela
Como fazer: 1) Acenda as Velas Louro e Canela com a relação de todas as suas dívidas (escrita a lápis) embaixo delas 2) Tire as sementes da melancia 3) Escreva (com caneta vermelha) suas dívidas ou as que quer receber, uma em cada papel 4) Enrole-os e espete-os na melancia 5) Acenda a Vela do seu Santo de Devoção ao lado direito da melancia 6) Coloque um copo de água ao lado direito da vela. Troque-o todos os dias, orando um “Pai Nosso” 7) Deixe a melancia por um dia ao lado da vela 8) No segundo dia deixe a melancia em uma praça
Quando fazer: Segunda-feira

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Ritual Para Passar Em Concurso (para homens) =
Ingredientes: 1 litro de água / 27 folhas de boldo
Como fazer: 1) Coloque em um recipiente 1 litro de água e 9 folhas de boldo 2) Deixe o recipiente no sereno três dias antes do concurso 3) De manhã macere bem as folhas na água e lave o rosto. Não enxágue 4) Troque as folhas e repita o procedimento nos dias seguintes 5) Jogue-as em um jardim
Quando fazer: Faça três dias antes de prestar o concurso

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Ritual Para Passar Em Concurso (para mulheres) =
Ingredientes:1 fita de 12 centímetros de comprimento / 1 caneta azul / 1 vela amarela de 7 dias
Como fazer: 1) Pegue uma fita branca de 12 centímetros e escreva o seu nome com uma caneta azul 2) Coloque uma vela amarela de 7 dias sobre a fita 3) Ore 12 vezes o “Pai Nosso” diariamente uma semana antes do concurso, sempre às 21:00 4) Quando a vela terminar, jogue tudo em água corrente
Quando fazer: Quarta-feira

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Ritual Para Processos Judiciais E Aposentadoria =
Ingredientes: 1 papel em branco / 1 Vela Triangular Verde / 1 Vela São Pedro
Como fazer: 1) Unte as velas com mel 2) Escreva, à lápis, o número do processo em um papel e coloque embaixo das Velas Triangular Verde e da de São Pedro 3) Acenda primeiro a Vela Triangular Verde e em seguida a Vela São Pedro 4) Coloque um copo de água ao lado direito das velas 5) Ore doze “Pai Nosso” e o Salmo 05
Quando fazer: Faça às quartas-feiras

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Ritual Para Promoção No Trabalho =
Ingredientes: 1 copo de água de mar / 2 copos de água do rio / 1 copo de água do poço / 1 copo de água de mirra / 1 copo de água de cachoeira / 1 copo de água de chuva / 1 copo de água de torneira / 300 gramas de alpiste / 9 folhas de louro
Como fazer: 1) Misture tudo 2) Coe 3) Jogue da cabeça para baixo (inclusive na cabeça)
Quando fazer: Segunda-feira

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Ritual Para Prosperidade Nos Negócios =
Antes de realizar qualquer negócio que envolva dinheiro faça o seguinte: 1) Pegue uma nota de 1 dolar e dobre em 4 2) Coloque dentro do sapato no pé esquerdo 3) Só tire a nota do sapato quando tudo estiver próspero
Quando fazer: Iniciar às segundas-feiras

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Ritual Para Que Nunca Falta Dinheiro =
Ingredientes: 1 rosa amarela / 1 nota de qualquer valor
Como fazer: 1) Pegue uma rosa amarela, tire as pétalas, enrole em uma nota de dinheiro de qualquer valor e guarde no armário da sua casa 2) Repita esse procedimento durante três Luas Crescentes 3) Na quarta lua, pegue o dinheiro e compre pão para toda a família 4) Faça chá com as pétalas 5) Coe 6) Tome um banho do pescoço para baixo
Quando fazer: Inicie em um dia de Lua Crescente

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Ritual Para Seu Negócio Prosperar =
Ingredientes: 3 rosas amarelas (só as pétalas) / 21 moedas de qualquer valor
Como fazer = 1) Deixe três rosas amarelas (só as pétalas) e 21 moedas de qualquer valor em uma gaveta 2) Troque as moedas uma vez por mês 3 Use as moedas para comprar pão 4) Faça chá com as pétalas 5) Jogue do pescoço para baixo
Quando fazer: Segunda-feira

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Ritual Para Ter Estabilidade Profissional =
Ingredientes: 1 agulha / 1 banana da terra
Como fazer: 1) Pegue uma agulha e escreva o nome do seu chefe fazendo furinhos em uma bananada terra 2) Deixe por três dias na fruteira 3) No quarto dia, descasque-a e coma-a 4) Jogue a casca no lixo
Quando fazer: Segunda-feira

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Ritual Para Vender Ou Alugar Imóveis =
Ingredientes: 1 Vela do seu Santo de Devoção / 1 Vela do seu Arcanjo / 1 prato fundo branco / 1 cebola roxa com casca / 16 colheres (sopa) de açúcar / 16 colheres (sopa) de pó de café
Como fazer: 1) Em um papel branco, escreva o endereço do imóvel a lápis 2) Coloque-o no fundo do prato 3) Fatie a cebola e, com ela, divida o prato em dois 4) Do lado direito, coloque o açúcar e do esquerdo, o pó de café 5) Acenda as Velas ao lado direito do prato 6) Coloque um copo de água ao lado direito das velas. Troque-o todos os dias, orando um “Pai Nosso” 7) Depois de queimadas as primeiras velas passe uma fita isolante preta nelas e guarde-as junto com o prato até vender ou alugar o imóvel 8) Quando o comprador for visitar o imóvel, você deverá estar fazendo café ou bolo. O aroma o trará de volta

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AMOR

Banho Para Tolerar As Diferenças No Casal =
Ingredientes: 1 litro de champanhe / 3 colheres (sopa) de açúcar mascavo / 1 maça com casca cortada em 4 pedaços
Como fazer: 1) Ferva os ingredientes durante três minutos 2) Bata tudo em um liquidificador 3) Despeje da cintura para baixo 4) Não enxágue 5) Durma com o banho no corpo
Quando fazer: Primeiro dia de Lua Cheia

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Banho Para Evitar A Traição De Seu Amor =
Ingredientes: 1 litro de água mineral / 3 ramos de alecrim / 3 ramos de manjericão / sementes de um maracujá / 9 maria-sem-vergonha (rosa)
Como fazer: 1) Macere tudo 2) Coe 3) Jogue do pescoço para baixo 4) Não exagere 5) Durma com o banho no corpo
Quando fazer: Primeiro dia de Lua Nova

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Banho Para Atrair A Alma Idêntica (1) =
Ingredientes: 1 litro de champanhe rose / Pétalas de três rosas salmão / 21 gotas do Perfume Spiritual / 21 cravos da índia / 21 sementes de romã
Como fazer: 1) Misture tudo 2) Deixe descansar por 12 horas 3) Tome o banho do pescoço para baixo 4) Durma com o banho no corpo
Quando fazer: Faça no primeiro dia de Lua cheia

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Banho Para Atrair A Alma Idêntica (2) =
Ingredientes: 2 litros de água / 9 maria-sem-vergonha (inteiras) / 9 rosas vermelhas (só pétalas) / 9 colheres (sopa) de mel / 9 colheres (sopa) de açúcar mascavo
Como fazer: 1) coloque as plantas na água previamente 2) Macere bem. Coe 3) Adicione o mel e o açúcar mascavo 4) Tome o banho do pescoço para baixo
Quando fazer: Faça uma vez por mês, sempre às sextas-feiras

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Banho de Esquecimento (Para você esquecer alguém) =
Ingredientes: 2 litros de água / 1 vela do seu Santo de Devoção / 36 pétalas e espinhos de rosas brancas / 36 pétalas e espinhos de rosas amarelas / 36 pétalas e espinhos de rosas vermelhas / 36 cravos da índia
Como fazer: 1) Acenda a Vela de seu Santo de Devoção 2) Coloque um copo de água do lado direito da vela. Troque-o todos os dias, orando um “Pai Nosso” 3) Misture os ingredientes e ferva-os por três minutos 4) Jogue tudo da cabeça para baixo (inclusive na cabeça) 5) Não enxague. Apenas enxugue. 6) Durma com um lenço na cabeça 7) Recolha os ingredientes na manhã seguinte e jogue-os em um jardim
Quando fazer: Faça às sextas-feiras

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Banho Atração Fatal =
Ingredientes: 3 colheres (sopa) do Spray Amor / 3 colheres (sopa) do Óleo Pitanga
Como fazer: 1) Misture tudo 2) Passe ao redor dos mamilos e do umbigo e na sola dos pés.
Quando fazer: Diariamente
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Chá Para Atração Fatal (pessoas com até 30 anos) =
Ingredientes: 1 litro de água / 21 folhas de laranjeira / 1 colher (sopa) de açúcar mascavo
Como fazer: 1) Macere bem as folhas de laranjeira na água 2) Acrescente o açúcar mascavo 3) Jogue do pescoço para baixo
Quando fazer: Quarta-feira

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Chá Para Atração No Amor, Amizade E Bons Fluídos =
Ingredientes: 1 litro de água filtrada (quente) / 3 pedras de carvão / 13 gotas do perfume Spiritual / pétalas de uma rosa salmão
Como fazer: 1) Deixe todos os ingredientes de molho por três noites 2) Coe 3) Jogue do pescoço para baixo 4) Deixe as pedras de carvão e as pétalas em uma praça
Quando fazer: Segunda-feira

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Chá Para Te Deixar Irresistível (pessoas acima de 30 anos) =
Ingredientes: 1 litro de champanhe rose / cascas de 2 laranjas lima / pétalas de uma rosa vermelha / 1 maça picadinha com casca / 1 pêra picadinha com casca / 1 galho de manjericão
Como fazer: 1) Deixe os ingredientes por doze horas de molho 2) Coe 3) Jogue do pescoço para baixo
Quando fazer: Sexta-feira

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Ritual Buquê De Noiva (para casar) =
Ingredientes: 1 maço de salsinha / 1 rosa branca / 1 rosa salmão
Como fazer: 1) Monte um buquê com essas flores e coloque-o no seu quarto  2) Vá tirando a salsinha seca diariamente e jogue-as na natureza 3) Quando terminar, misture as pétalas das rosas a um litro de água 4) Macere bem 5) Coe 6) Jogue do pescoço para baixo
Quando-fazer: Sexta-feira

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Ritual Da Bolinha De Gude (para trazer seu amor em 9 dias) =
Ingredientes: 1 vela Cosme e Damião / 9 bolinhas de gude
Como fazer: 1) Acenda uma Vela Cosme e Damião em casa 2) Coloque um copo de água do lado direito da vela. Troque-o todos os dias, orando um “Pai Nosso” 3) Jogue a primeira bolinha de gude na porta da sua casa, vá até o local de seu objetivo e jogue ali a segunda bolinha 4) No retorno para casa, vá jogando as outras sete bolinhas pelo caminho, sendo a última na porta de sua casa 5) Você trará seu amor para si em 9 dias
Quando fazer: Domingo

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Ritual Para A Pessoa Amada “Grudar” Em Você =
Ingredientes: 3 fitas de 50 cm de comprimento cada (duas brancas e uma azul clara) / 1 canela preta
Como fazer: 1) Escreva o nome da pessoa amada nas 3 fitas e faça uma trança com elas 2) Amarre a trança no pé direito de sua cama 3) Antes de dormir, ore três vezes o “Pai Nosso” pedindo para que Ele traga seu amor 4) Deixe a trança amarrada por 7 dias consecutivos 5) No oitavo, jogue-a em um rio
Quando fazer: Faça no primeiro dia de Lua Cheia

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Ritual Para Adoçar O Relacionamento (a pessoa amada só verá você) =
Ingredientes: 1 copo de champanhe rose / 3 colheres (sopa) de açúcar mascavo / 9 maria-sem-vergonha (só as flores) / 21 pétalas de rosa vermelha / 1 foto da pessoa amada
Como fazer: 1) Misture todos os ingredientes em um recipiente de vidro bem bonito e coloque a foto dentro 2) Só tire quando a pessoa amada estiver totalmente doce com você 3) Guarde a foto dentro de um livro 4) Jogue o restante em água corrente
Quando fazer: Faça no primeiro dia de Lua cheia

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Ritual Para Afastar “Amantes” De Seu Companheiro =
Ingredientes: 1 litro de água do mar / 1 caneta azul
Como fazer: 1) Escreva na Terra o nome de seu companheiro 2) Pegue a água do mar e jogue em cima do nome em cruz, até que acabe a água / 3 Enquanto estiver jogando a água diga: “Que você (nome da pessoa) me ame, me adore e não tenha olhos pra mais ninguém. Amém.”
Quando fazer: Em uma sexta-feira

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Ritual para Afastar Um Rival (no amor) =
Ingredientes: 1 ovo branco cozido / 1 caneta vermelha / 1 caneta preta
Como fazer: 1) Escreva no ovo, na horizontal, com caneta vermelha o nome do seu amor 2) Na vertical em preto o nome de quem está atrapalhando vocês 3) Deixe o ovo em um jardim bonito
Quando fazer: Segunda-feira

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Ritual Para Atrair A Alma Idêntica (1) =
Ingredientes: 1 prato branco / 1 gravata borboleta / mel
Como fazer: 1) Pegue um prato branco, coloque uma gravata borboleta nele e cubra-o com mel 2) Quando o mel secar, deixe o prato sob uma árvore bonita,sem espinhos
Quando fazer: Segunda-feira

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Ritual Para Atrair A Alma Idêntica (2) =
Ingredientes: 1 bexiga branca / 1 bexiga vermelha / 1 caneta azul
Como fazer: 1) Compre uma bexiga branca e uma vermelha 2) Escreva 9 vezes em papeizinhos: “Lua, quero um amor” e coloque-os na bexiga branca 3) Escreva 9 vezes em papeizinhos: “Sol, quero um amor” e coloque-os na bexiga vermelha 4) Encha-as com gás hélio e solte do lugar mais alto que você conseguir
Quando fazer: Faça no primeiro dia de Lua Cheia

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Ritual Para Encontrar Um Amor =
Ingredientes: Flores de laranjeira / 1 rosa salmão / 1 rosa vermelha
Como fazer: 1) No primeiro dia de lua crescente faça um buquê de flores com laranjeira, uma rosa salmão e uma rosa vermelha 2) Deixe em seu quarto até o último dia de lua crescente 3) Faça um chá, coe e jogue do pescoço para baixo
Quando fazer: Faça no primeiro dia de Lua Crescente

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Ritual Para Esquecer Um Amor =
Ingredientes: 1 caneta vermelha / 1 faixa branca
Como fazer: 1) Pegue uma caneta vermelha e escreva no seu braço esquerdo o nome da pessoa, em cruz, duas vezes 2) Cubra com uma faixa branca 3) Durma com a faixa no braço 4) Tire a faixa e lave o braço no dia seguinte pela manhã
Quando fazer: Primeiro dia de Lua Minguante

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Ritual Para Reconquistar Um Amor (1) =
Ingredientes: 16 palmas brancas / 1 fita azul / 1 fita branca
Como fazer: 1) Amarre as 16 palmas brancas com as fitas azul e branca 2) Leve-a ao mar 3) Coloque seus pés na água 4) Solta para Nossa Senhora da Conceição (Yemanjá) e peça para que seu amor volte 5) Esfregue as mãos na areia por 16 vezes e enxugue-as 6) Saia de costas
Quando fazer: Faça em um sábado

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Ritual Para Reconquistar Um Amor (2) =
Ingredientes: 2 pedras quartzo rosa / 1 caixinha / 1 papel prateado / 1 fitinha prata
Como fazer: 1) Coloque 2 pedras de quartzo rosa em uma caixinha 2) Embrulhe com papel prateado e fitinha prata 3) Deixe ao luar (quando a Lua for Crescente) por três dias consecutivos 4) No quarto dia, deixe em uma Igreja de Santo Antônio
Quando fazer: Faça em um dia de Lua Crescente

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Ritual Para Seu Amor Voltar (1) =
Ingredientes: 1 maçã vermelha / 1 pêra amarela / açúcar mascavo / 3 colheres (sopa) de mel
Como fazer: 1) Pegue uma maça vermelha e tire o miolo 2) Pegue uma pêra amarela e também tire o miolo 3) Coloque um papel com seu nome dentro da pêra e um papel com o nome do seu amado dentro da maçã 4) Leve-as a um jardim lindo 5) Encha as frutas com açúcar mascavo e mel
Quando fazer: Segunda-feira

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Ritual Para Seu Amor Voltar (2) =
Ingredientes: 1 Vela do seu Arcanjo / 1 Vela do arcanjo do(a) amado(a) / 1 Cela Coração
Como fazer: 1) Escreva em um papel vermelho, a lápis, seu nome de batismo junto com o nome do(a) amado(a) 2) Coloque esse papel sob a Vela do Coração untada com mel 3) Do lado direito da Vela Coração, coloque a Vela do seu Arcanjo untada com mel. À esquerda, coloque a Vela do Arcanjo da pessoa amada também untada com mel 4) Acenda-as na ordem colocada. Coração, seu Arcanjo e Arcanjo do(a) amado(a) 5) Coloque um copo de água do lado direito das velas. Troque-o todos os dias, orando um “Pai Nosso”
Quando fazer: Sexta-feira

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Ritual Para Ter Seu Amor =
Ingredientes : 10 moedas de 10 centavos
Como fazer: 1) Deve ser feito antes de você ir na casa ou trabalho da pessoa que você ama 2) Ao sair de casa jogue no portão, do lado direito, 5 moedas de 10 centavos 3) Diga: “Quero todo o ouro, a formosura, o amor de (nome do amado)” 4) Ao chegar no local onde ele está, antes de entrar, jogue do lado direito da entrada 5 moedas de 10 centavos 5) diga: “Que este homem, (nome da pessoa), me dê todo seu ouro, sua formosura e todo seu amor”
Quando fazer: Quarta-feira

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Ritual Para Uma Pessoa Mudar De Ideia (aceitar sua ideia) =
Ingredientes: 9 moedas de 25 centavos (douradas) / 3 colheres (sopa) de sal grosso / 9 galhos de alecrim / 9 galhos de arruda / 1 vasilha de vidro / ½ litro de vinho branco / ½ de vinho tinto / 1 papel branco / 1 caneta azul
Como fazer: 1) Coloque as moedas, o sal, o alecrim e a arruda dentro da vasilha com ½ litro de vinho branco e ½ litro e vinho tinto 2) escreva o nome da pessoa que vocêw deseja convencer no papel e coloque-o na vasilha 3) Peça que a pessoa aceite sua ideia na paz e no amor orando o Pai Nosso” 4) Deixe nove dias guardado 5) Reutilize as moedas e jogue o restante em águya corrente

Quando fazer: Quarta-feira



(Continua...)



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Do Livro: MAGIA INDIANA Atharva-Veda Fórmulas e Práticas , De: Persas e Outros –Vyasadeva- , Editora MADRAS

ENCANTOS PARA TER HARMONIA, INFLUÊNCIA NA ASSEMBLÉIA E SIMILARES

III.30. ENCANTO PARA TER HARMONIA = 1. Unidade do coração e unidade da mente, livre de ódio eu vos procuro. Que peguem a alegria de outro, como uma vaca com seu recém-nascido bezerro! / 2. O filho deve ser devotado a seu pai, ter o mesmo pensamento que sua mãe; a esposa deve falar suave, docemente, ao seu marido! / 3. O irmão não deve odiar o irmão e a irmã não deve odiar a irmã! Harmoniosamente, devotados ao mesmo propósito, falem palavras com espírito de bondade! / 4. O encanto que leva os deuses a se desentenderem e não odiar um ao outro que eu prepare em sua casa, como um meio de acordo entre os seus. / 5. Seguindo seu líder, do mesmo pensamento, não vos separeis! Vinde, cooperai indo ao longo do mesmo eixo da carroça, falando agradavelmente um ao outro! Eu vos coloco no mesmo objetivo, na mesma mente. / 6. Vossa bebida deve ser idêntica, deveis compartilhar comida em comum! Eu vos uno nos mesmos traços: cultuai Agni, juntos, como raios ao redor do centro. / 7. Eu vos coloco no mesmo objetivo, na mesma mente, todos prestando respeito ao outro através de meu encanto de harmonia. Como os deuses estão guardando a ambrosia, que ele, o líder, esteja bem disposto para vós, dia e noite!

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VI, 73. ENCANTO PARA TRANQÜILIZAR A DISCÓRDIA = 1. Para cá devem vir Varuna, Soma, Agni; Brihaspati com os Vasus devem vir para cá! Vinde juntos, oh, todos os parentes com um pensamento, para a glória deste poderoso guardião! / 2. O fogo está em vossas almas, o esquema que entrou em vossas mentes eu frustro com minha oblação, com minha manteiga clarificada: alegrai-vos comigo, oh, parentes! / 3. Permanecei aqui, não fujais de nós; (as estradas) uma distância de Pûshan devem ser instransponíveis para vós! Vitoshpati deve chamar-vos urgentemente de volta: alegrai-vos comigo, oh, parentes!

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VI, 74. ENCANTO PARA TRANQÜILIZAR A DISCÓRDIA = 1. Que seus corpos sejam unidos, que seus pensamentos e seus propósitos sejam unidos! Brahmanaspati trouxe-vos aqui juntos, Bhaga trouxe-vos juntos. / 2. Eu procuro harmonia nos pensamentos para vós e também harmonia no coração. Além disso, com a ajuda dos esforços de Bhaga, eu vos levo a entrarem em acordo. / 3. Como os Âdityas são unidos com os Vasus, como o feroz (Rudras), livre de contratempos, com os Maruts, assim, oh, vós que tendes três nomes (Agni), sem contratempos, deixai estas pessoas aqui terem o mesmo pensamento!

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VII, 52. ENCANTO CONTRA BRIGA E DERRAMAMENTO DE SANGUE = 1. Que tenhamos harmonia com nossos familiares, harmonia com estrangeiros; que vós, oh, Asvins, estabeleçais aqui a concórdia entre nós! / 2. Que estejamos de acordo com a mente e com os pensamentos, que não lutemos uns contra os outros, em um espírito que desagrada aos deuses! Não ao barulho da carnificina de batalha que cegar, que a flecha não voe quando o dia de Indra tiver chegado!

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VI, 64. ENCANTO PARA TRANQÜILIZAR A DISCÓRDIA = 1. Que concordemos, unidos, que nossos pensamentos estejam em harmonia, como os deuses da antiguidade, em harmonia, sentaram-se para compartilhar! / 2. Que vosso conselho seja o mesmo, que vossa assembleia seja a mesma, que vosso objetivo seja o mesmo, em comum vossos pensamentos! A ‘mesma’ oblação que sacrifico para vós: que entreis no mesmo plano! / 3. Que as vossas intenções sejam as mesmas, que vossos corações sejam o mesmo. Que vosso pensamento seja o mesmo, de modo que possam estar perfeitamente em acordo convosco.

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VI, 42. ENCANTO PARA APAZIGUAR A RAIVA = 1. Como a corda do arco, assim eu tiro tua raiva de teu coração, de modo que, tendo nos tornado o mesmo pensamento, associemos-nos a nossos amigos! / 2. Como amigos devemos nos associar, eu retiro a tua raiva. Sob uma pedra que é pesada, nós atiramos tua raiva. / 3. Eu piso em tua raiva com meu calcanhar e com a parte da frente de meu pé, de modo que, sem desejos, possas falar, devas atender o meu desejo!

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VI, 43. ENCANTO PARA APAZIGUAR A RAIVA = 1. Esta grama darbha remove a raiva de familiares e de estranhos. E este removedor de ira é chamado de ‘apaziguador de ira’. / 2. Esta grama darbha de muitas raízes, que embaixo da terra alcança o oceano, cresceu da terra, ‘apaziguador de ira’ é chamada. / 3. Levamos para longe as ofensas que estão nesta mandíbula, para longe as ofensas que estão nesta boca, de modo que, sem desejos, tu possas falar, devas atender o meu desejo!

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II, 27. ENCANTO CONTRA OPONENTES EM DEBATE, FEITO COM A PLANTA PÂTÂ = 1. Que o inimigo não ganhe o debate! És poderoso e dominador. Vence o debate daqueles que debatem contra nós, deixa-os sem força, oh, planta! / 2. Uma águia encontrou a ti, um porco do mato cavou a ti com seu focinho. Vence o debate daqueles que debatem contra nós, deixa-os sem força, oh, planta! / 3. Indra colocou a ti neste braço para derrubar os Asuras. Vence o debate daqueles que debatem contra nós, deixa-os sem força, oh, planta! / 4. Indra comeu a planta pâtâ para derrubar os Asuras. Vence o debate daqueles que debatem contra nós, deixa-os sem força, oh planta! / 5. Por meio de ti eu conquisto o inimigo, como Indra conquistou os Sâlâvrikas. Vence o debate daqueles que debatem contra nós, deixa-os sem força, oh, planta! / 6. Oh, Rudra, cujo remédio é a urina, com a crista negra de cabelos, realizador de atos fortes, vence o debate daqueles que debatem contra nós, deixa-os sem força, oh, planta! / 7. Vence o debate daquele que é hostil conosco, oh, Indra. Encoraja-nos com tua força! Deixa-me superior no debate!

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VII, 12. ENCANTO PARA PROCURAR INFLUÊNCIA NA ASSEMBLÉIA = 1. Que a assembleia e a reunião, as duas filhas de Pragâpati, concorrentemente me ajudem! Que ele com quem eu devo me encontrar coopere comigo, que eu, oh, Pais, fale agradavelmente àqueles que estão em assembleia! / 2. Conhecemos teu nome, oh, assembleia: ‘mirth’, realmente este é teu nome; que todos aqueles sentados reunidos em ti discursem em harmonia comigo! / 3. Dos que estão sentados juntos, eu pego para mim o poder e a compreensão: nesta união completa deixa-me, oh, Indra, ter sucesso! / 4. Se tua mente foi desviada para uma distância ou levada para aqui ou para lá, então a trazemos para cá: que tua mente tenha alegrias comigo!

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VI, 94. ENCANTO PARA TRAZER SUBMISSÃO PARA O DESEJO DE ALGUÉM = 1. Tuas mentes, teus propósitos, teus planos, que eu os dobre. Pessoas além, que são devotadas a outros propósitos, que eu leve a concordar! / 2. Com minha mente eu pego tua mente: que teus pensamentos sigam os meus pensamentos! Eu coloco teu coração em meu controle: vem, direcionando teu caminho depois do meu! / 3. Eu chamei o paraíso e a terra, eu chamei as deusas Sarasvatî, eu chamei Indra e Agni, que sejamos bem-sucedidos nisto, oh, Sarasvatî.

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ENCANTOS PARA TER PROSPERIDADE EM CASA, NO CAMPO, COM O GADO, NOS NEGÓCIOS, NOS JOGOS E NOS PROBLEMAS COM PARENTES

III, 12. PRECE PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA CASA = 1. Aqui eu ergo a minha casa: que ela tenha uma boa fundação, pingando manteiga clarificada! Que habitemos, oh, casa, com todos os heróis, com heróis fortes, com heróis ilesos! / 2. Aqui, tu, oh, casa, fiques firmemente, cheia de cavalos, cheia de gado, cheia de abundância! Cheia de seivas, cheia de manteiga clarificada, cheia de leite, eleva-te em grande alegria! / 3. Um suporte és, oh, casa, com teto amplo, contendo grãos purificados! Que o bezerro venha a ti, a criança, as vacas leiteras, quando voltarem à tarde! / 4. Que Savitar, Vâyu, Indra, Brihaspati erijam com perspicácia esta casa! Alay, irão borrifar-te com umidade e com manteiga; que o rei Bhaga deixe nossos arados pegarem as raízes! / 5. Oh, senhora da habitação, como uma deusa de abrigo e bondade foste erguida pelos deuses na bealrinina; coberta com grama, sê disposta; dá-nos, também, saúde com os heróis! / 6. Tu, oh, travessa, de acordo com as regras, ascendes ao posto, tu, poderosamente governada, segura de inimigos! Que eles que se aproximam de ti reverentemente, oh, casa, não sofram ferimentos, que com todos os nossos heróis vivas uma centena de outonos. / 7. Para esta casa veio a terna criança, o bezerro com os outros animais domésticos; para o vaso cheio de licor, junto com tigelas de leite talhado! / 8. Carrega, oh, mulher, este jarro cheio, um rio de manteiga clarificada com ambrosia! Dá ambrosia a esses bebedores, o sacrifício e os presentes aos Brahmans devem a casa proteger! / 9. Estas águas, sem doenças, destruidoras de doenças, eu carrego. Que eu entre nos cômodos junto com o imortal Agni (fogo).

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VI, 142. BÊNÇÃO DURANTE A SEMEADURA = 1. Eleva-te, cresce sozinho, oh, grão! Rompe cada vaso! O relâmpago nos céus não deve te destruir! / 2. Quando invocamos a ti, bom grão, e deves ouvir, então eleva-te como o céu, sê incansável como o mar! / 3. Incansáveis devem ser aqueles que assistem a ti, incansáveis teus montes! Os que deram a ti como um presente devem ser incansáveis, os que comem a ti devem ser incansáveis!

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VI, 79. ENCANTO PARA PROCURAR UM GRÃO = 1. Que este bondoso Nabhasaspati (o senhor das nuvens) preserve para nós as posses sem medir nossa casa! / 2. Que tu, oh, Nabhasaspati, mantenhas alimentos em nossa casa, que a prosperidade e os alimentos venham! / 3. Oh, deus bondoso, comandaste muita prosperidade: que ofereças para nós, que dês para nós, que possamos compartilhar contigo!

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VI, 50. EXORCISMO DE VERMES QUE INFESTAM OS GRÃOS DO CAMPO = 1. Mata o tarda (‘furador’), o samanka (‘gancho’) e a verruga, oh, Asvins; corta suas cabeças e esmaga suas costelas! Fecha suas bocas de modo que eles não comam cevada; deixemos os grãos fora de perigo! / 2. Oh, tarda (‘furador’), oh, gafanhoto, oh, gabhya (‘abocanhador’), upakvasa! Como um Brahman não come em um sacrifício incompleto, que vós não comais esta cevada, sem prejudicá-la, ide embora! / 3. Oh, marido do tardã, oh, marido do Vaghâ, vós que tendes dentes afiados, ouvi-me! Os vyadvaras (‘roedores’) da floresta e os outros vyadvaras que existem, que possamos esmagar todos estes.

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VII, 11. ENCANTO PARA PROTEGER OS GRÃOS DE RELÂMPAGOS = 1. Com este grande trovão, com o farol, elevado por telhas, os deuses que atravessam tudo, com o relâmpago não possam destruir nossos grãos, oh, deus, não os destruas com os raios do Sol!

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II, 26. ENCANTO PARA A PROSPERIDADE DO GADO = 1. Para cá deve vir o gado que ficou perdido ao longe, cujo companheiro Vâyu (o vento) alegra! O gado cuja estrutura de forma Tvashtar conhece, Savitar deve manter no lugar neste estábulo! / 2. Para este estábulo o gado deve vir junto, Brihaspati deve conduzi-los para cá! Sînîvâlî deve conduzir para cá sua andorinha, oh, Anumati, mantém-nos no lugar depois que eles chegarem! / 3. Que o gado, que os cavalos e que os animais domésticos fiquem juntos, que o aumento da produção de grãos venha junto! Eu faço um sacrifício com uma oblação que faz com que venham juntos! / 4. Eu faço ficarem juntos com o leite das vacas, eu faço ficarem juntas a força e a seiva com a manteiga clarificada. Juntos devem estar nossos heróis, constantes devem ser as vacas comigo, o proprietário das vacas! / 5. Eu trago para cá o leite das vacas, eu trouxe para cá a seiva do grão. Aqui são os nossos heróis, aqui para este cavalo são nossas esposas.

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III, 14. ENCANTO PARA A PROSPERIDADE DO GADO = 1. Com um estábulo firmemente fundado, com saúde, com bem-estar, como o nome do que nasceu em um dia de sorte que eu os uma, oh, gado! / 2. Que Aryaman vos uma, que Pûshan, rihaspati e Indra, o conquistador de presas, vos unam! Que prosperem as minhas posses! / 3. Arrebanha com o medo, produzindo estrume neste estábulo, mantendo o mel para o soma, livre de doenças, que isso enha para cá! / 4. Vinde direto, oh, vacas, e prosperai aqui como o pássaro sakâ! E E exatamente aqui produzi vossos filhos! Que estejais de acordo comigo! / 5. Que este estábulo seja auspicioso para vós, próspero como os pássaros sári e como os papagaios! E exatamente aqui produzi vossos filhos! Ficai unidos a nós! / 6. Juntai-vos, oh, vacas, para mim como seu dono; que este estábulo vos leve a prosperar! Em vós, de numeroso crescimento e vida, que nós cresçamos em saúde, ativos, atentos!

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VI, 59. PRECE PARA A PLANTA ARUNDHATÎ PARA PROTEGER O GADO = 1. A maior proteção, oh, Arundhatî, que dês ao guia e à vaca de leite, ao gado mais velho quando desmamado de sua mãe, em todas as criaturas de quatro pés! / 2. Que Arundhatî, a erva, dê proteção junto com os deuses, encha de seiva o estábulo, livre de doenças os nossos homens! / 3. A planta variada, bondosa, que dá vida eu invoco. Que ela leve para longe de nós, para longe do gado, a flecha lançada por Rudra!

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VI, 70. ENCANTO PARA JUNTAR UMA VACA A SEU BEZERRO =  1. Como a refeição, o licor e o dado (abundam) nos locais de jogos de azar, como o coração dos homens robustos desejam a mulher, assim deve o teu coração, oh, vaca, desejar o bezerro! / 2. Como o elefante dá seus passos depois dos passos da fêmea, como o coração dos homens robustos desejam a mulher, assim deve o teu coração, oh, vaca, desejar o bezerro! / 3. Como o aro e os raios, e como a nave da roda é unida ao aro, como o coração dos homens robustos desejam a mulher, assim deve o teu coração, oh, vaca, desejar o bezerro!

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III, 28. FÓRMULA PARA REPARAÇÃO DO NASCIMENTO DE BEZERROS GÊMEOS = 1. Através de uma criação no tempo, esta vaca nasceu, quando os que fazem seres criaram as vacas de muitas cores. Portanto, quando uma vaca deve gerar gêmeos com presságio, rosnando e mal-humorada ela prejudica o gado. / 2. Esta vaca deve prejudicar nosso gado: uma comedora de carne, devoradora, ela deve se tornar. Para um Brahman ele deve dá-la, desta maneira ela pode ser bondosa e auspiciosa! / 3. Auspiciosa para os nossos homens, auspiciosa para os nossos cavalos e vacas, auspiciosa para todo este campo, auspiciosa deve ser para nós aqui! / 4. Que aqui esteja aprosperidade, como a seiva! Que tu sejas aqui uma que dá muitos! Faze o gado prosperar, mãe dos gêmeos! / 5. Onde nossos piedosos amigos vivem com alegria, tendo deixado para trás as doenças de seus corpos, para este mundo a mãe dos gêmeos deve ir: que ela não prejudique nossos homens e nosso gado! / 6. Onde é o mundo de nossos piedosos amigos, onde está o mundo daqueles que fazem sacrifício com agnihotra, para que este mundo a mãe dos gêmeos deve ir: que ela não prejudique nossos homens e nosso gado!

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VI, 92. ENCANTO PARA DAR RAPIDEZ A UM CAVALO = 1. Que sejas rápido como o vento, oh, cavalo, quando unido a uma carruagem; vai para Indra, ligeiro como a mente! Os Maruts, os que têm tudo, devem arrear a ti, que Tvashtar coloque velocidade em teu pé! / 2. Com a velocidade, oh, corredor, que foi depositada em ti em um local secreto, com a velocidade que foi feita para a águia, o vento e que os move, com isso, oh, cavalo, com força que ganhas a corrida, alcançando o objetivo na competição. / 3. Teu corpo, oh, cavalo, liderando o nosso corpo, deve correr, um prazer para nós, um deleite para ti! Um deus, não tropeçando, para o paoio do grande, ele deve, como se fosse do céu, encontrar sua própria luz!

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III, 13. ENCANTO PARA CONDUZIR UM RIO PARA UM NOVO CANAL =  1. Por causa de antigamente, quando a serpente (nuvem) foi morta por Indra, vós correis e chorais (anadatâ), portanto vosso nome é ‘gritador’ (rios nadyah): que é vossa designação, rios! / 2. Por isso, quando enviado por Varuna, vós, então, rapidamente borbulhastes, então Indra encontrou (âpnot) a vós, como vós fostes antes; portanto, agora sois vós os ‘encontradores’ (águas âpah)! / 3. Quando relutantemente vós fluís, Indra, certamente, pode vos escolher (avîvarata) como suas, oh, deusas! Portanto, ‘escolha’ (água vâr) foi dada a vós como vosso nome! / 4. Um deus vos levantou, como vos fluiu de acordo com o desejo. Respiraram (ud ânishuh) os que são conhecidos como ‘os grandes’ (mahîh). Portanto, ‘respiradores’ (‘águas udakam) eles são chamados! / 5. As águas sçao bondosas, as águas em verdade foram manteiga clarificada. Estas águas, realmente, suportam Agni e Soma. Que o fluxo pronto, a seiva forte das águas de gotas de mel venham a mim, junto com a respiração e o brilho da vida! / 6. Então, que eu os veja e também que eu os escute; seu som, sua voz devem vir a mim. Quando eu tiver refrescado a mim convosco que tendes cor de ouro, que eu imagine que estou comendo ambrosia (amrita)! / 7. Aqui, águas, é o vosso coração, aqui está o vosso bezerro, vós que sois corretas! Vinde, poderosas, por este caminho aqui, pelo qual eu estou conduzindo a vós!

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VI, 106. ENCANTO PARA DESVIAR O PERIGO DO FOGO = 1. De onde vens, oh, fogo, e para onde vais, a planta florescente dûrvâ deve crescer: uma nascente ali deve surgir ou um lago carregado de lótus! / 2. Aqui deve estar o local de reunião das águas, aqui o local de habitação do oceano! No meio de um pequeno lago, nossa casa deve estar: vira, oh, fogo, tuas garras para longe! / 3. Com uma cobertura de frescor que nós envolvamos a ti, oh, casa; fresca como o pequeno lago sejas para nós! Agni deve fornecer o remédio!

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IV, 3. ENCANTO DO PASTOR CONTRA ANIMAIS SELVAGENS = 1. Três devem ser afastados daqui: o tigre, o homem e o lobo. Sem visão, certamente, como os rios, sem visão cresce a árvore divina (a árvore banyan): sem visão os inimigos devem retroceder! / 2. O lobo deve pisar um caminho distante e o ladrão um mais distante ainda! Em um caminho distante deve se mover a corda que morde (a serpente), em um caminho distante o conspirador do mal! / 3. Teus olhos e tuas garras esmagamos, oh, tigre, e também as tuas vinte garras. / 4. Esmagamos o tigre, o principal animal, armado com dentes. Depois, também, o ladrão; e, então, a serpente, o feiticeiro e, também, o lobo. / 5. O ladrão que se aproximou hoje, esmagado em pedaços se foi. Onde os caminhos são precipitados ele deve ir, Indra deve mata-lo com seu raio! / 6. Os dentes do animal selvagem estão entorpecidos e suas costelas estão quebradas. Sem sua visão o dragão deve ir, deve cair o animal caçador de lebres! / 7. A garra, oh, animal, que fechaste, não deves abrir; a que abriste, não deves fechar! – Nascido em Indra, nascido de Soma, és, em encanto, o esmagador de tigres de Atharva.

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III, 15. PRECE DE UM COMERCIANTE = 1. Indra, o comerciante, eu chamo: que ele venha até nós, que ele seja nossa andorinha; levando para longe o demônio do contratempo, o armador de ciladas e os animais selvagens, que ele, o dono, dê riquezas a mim! / 2. Que os muitos caminhos, as estradas dos deuses, que venham juntos entre o céu e a terra, carreguem-me com leite e manteiga clarificada, de modo que eu tenha riqueza em minhas compras! / 3. Desejoso estou, oh, Agni, de oferecer minhas oblações a ti com lenha e manteiga clarificada, para obter sucesso e força; de acordo com a habilidade de louvar a ti com minha oração, que eu cante esta canção divina, que eu ganhe centenas! / 4. Perdão, oh, Agni, dos pecados dos nossos (incorridos) da estrada que atravessamos! Que nossas compras e nossas vendas sejam bem-sucedidas para nós, que o que eu obtiver com a troca me torne um vencedor! Que os dois (Indra e Agni), em acordo, tenham prazer nesta oblação! Que nossas transações e o ganho que obtiver sejam auspiciosos a mim! / 5. A riqueza que eu vou comprar, desejando, deuses, ganhar riquezas através de riquezas, que cresça mais, não menos! Leva para longe, oh, Agni, em retorno à oblação, os deuses que interrompem os ganhos! / 6. A riqueza que eu vou comprar, desejando, deuses, ganhar riquezas através de riquezas, que Indra, Pragâpati, Svitar, Soma, Agni coloquem brilho nela para mim! / 7. Louvamos com reverência a ti, oh, sacerdote (Agni) Vaisdnara. Que cuides de suas crianças, neles mesmos, no gado e na respiração de vida! / 8. Diariamente, sem nunca falhar, devemos trazer oblações a ti, oh, Gâtavedas, como se fosse ração para um cavalo no estábulo. No aumento da riqueza e dos nutrientes regozijando, que nós, oh, Agni, seus vizinhos, não sejamos prejudicados!

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IV, 38. PRECE PARA TER SUCESSO EM JOGOS = 1. A bem-sucedida, vitoriosa, que tem muita habilidade para jogos, Apsarâ, que faz os jogadores no jogo de dados, que eu chame para cá. / 2. A habilidosa jogadora Apsarâ, que varre e amontoa as apostas; que Apsarâ que toma os vencedores nos jogos de dado, que eu chame para cá. / 3. Que, ela, que dança com o dado, quando toma as apostas do jogo de dados, quando ela deseja vencer por nós, obtenha a vantagem por sua mágica! Que ela venha para nós cheia de abundância! Não os deixe nos vencer nesta partida! / 4. Que (Apsarâs) regozije nossos dados, que carregue tristeza e a ira que alegra e exulte Apsarâ, que eu chame para cá.

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B. PRECE PARA GARANTIR O RETORNO DE BEZERROS QUE SE PERDERAM = 1. Eles, o gado, que vagam com os raios de Sol ou os que vagam com a torrente de luz, eles cujo touro (o Sol), cheio de força, de proteção, com o dia, vaga sobre todos os mundos – que ele (o touro), cheio de força, e deleite-se com esta oferenda, venha para nós junto com a atmosfera! / 2. Junto com a atmosfera, oh, tu, que és cheio de força, protege o bezerro branco (karkî), oh, tu, cavalo rápido (o Sol)! Aqui estão muitas gotas de manteiga clarificada para ti; vem para cá! Que este teu bezerro branco (karkî) possa estar aqui! / 3. Junto com a atmosfera, oh, tu, que és cheio de força, protege o bezerro branco (karkî), oh, cavalo rápido (o Sol)! Aqui está a ração e a baia, aqui nós amarramos o bezerro. Quaisquer que sejam os nomes, nós o temos. Saudação!

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VII, 50. PRECE PARA O SUCESSO NOS DADOS = 1. Como o relâmpago que em todas as vezes bate irresistivelmente na árvore, assim eu possa, hoje, bater irresistivelmente com meu dado! / 2. Se eles estão em alerta ou não, a sorte destas pessoas, não resistindo, devem ir para todos os lados, a vitória colhida com minhas mãos! / 3. Eu invoco com reverência a Agni, que tem suas próprias riquezas; aqui atacados eles devem trazer a vitória para nós! Eu procuro (riqueza) para mim, como se fosse com carruagens que vencem a corrida. Que eu cante auspiciosamente a canção de louvor para os Maruts! / 4. Que nós, com tua ajuda, conquistemos a tropa de adversários; ajuda-nos a obter nossa parte nesta competição! Faze de nós, oh, Indra, uma boa boa e ampla estrada; esmaga, oh, Maghavan, o poder forte de nossos inimigos! / 5. Eu conquistei e os levei para fora (?); eu também ganhei com minha reserva. Como o lobo transforma a ovelha em pedaços, que assim eu faça com teus vencedores! / 6. Mesmo a mão forte o jogador conquista, como o jogador habilidoso empilha suas vitórias no tempo adequado. Nele, que ama o jogo (o deus), e não desperdiça seu dinheiro (o jogo, o deus), realmente dá os prazeres da riqueza. / 7. Através da posse de gado nós suprimimos nossa pobreza desventurada ou com grãos nossa fome, oh, deus suplicado! Que nós, principalmente entre governantes, sem danos, ganhemos riqueza através de nossos meios perspicazes! / 8. O ganho é depositado em minha mão direita; a vitória, em minha mão esquerda. Deixa-me tornar-me um conquistador de gado, cavalos, riqueza e ouro! / 9. Oh, dado, deixa o jogo ser rentável como uma vaca que é rica em leite! Cola-me em um sinal de ganho, como o arco é colado com a corda!

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VI, 56. EXORCISMO DE SERPENTES DAS CASAS = 1. Que as serpentes, vós deuses, não nos matêm e a nossas crianças e a nossos homens! A garra fechada não deve ser aberta; a aberta não deve fechar! Reverência seja feita à pessoa divina! / 2. Reverência seja feita à serpente negra, reverência que tem listas! À svaga marrom reverência; reverência à pessoa divina! / 3. Eu bato teus dentes em teus dentes e também tuas garras em tuas garras; eu pressiono tua língua contra tua língua e fecho, oh, serpente, tua boca.

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X, 4. ENCANTO CONTRA SERPENTES, INVOCANDO O CAVALO DE PEDU QUE MATA SERPENTES = 1. A Indra pertence à primeira carruagem; aos deuses, a segunda carruagem; a Varuna, a terceira. A carruagem das serpentes é a última: ela deve bater e tornar-se triste! / 2. A grama darbha jovem queima (as serpentes?), a cauda do cavalo e a cauda do bode, o assento da carroça queima (as serpentes?) / 3. Bate, oh, cavalo branco, com a parte da frente de teu pé e com a parte de trás de teu pé! Como a madeira flutuando na água, o veneno das serpentes, o fluido feroz está destituído de força. / 4. Relinchando alto, ele saltou para baixo e para cima outra vez, disse: “Como a madeira flutuando na água, o veneno das serpentes, o fluido feroz está destituído de força”. / 5. O cavalo de Pedu mata o kasarnîla, o cavalo de Pedu mata a serpente branca e a preta também. O cavalo de Pedu parte a cabeça de ratharvî, a víbora. / 6. O cavalo de Pedu vai primeiro: nós vamos depois de ti! Deves tirar as serpentes da estrada em que nós vamos! / 7. Aqui o cavalo de Pedu nasceu; daqui ele partiu. Aqui estão as trilhas das serpentes assassinas, cavalo poderoso! / 8. Que a garra da serpente fechada não se abra e que a aberta não se feche! As duas serpentes neste campo, marido e mulher, devem ser destituídas de força. / 9. Sem força estão as serpentes, aquelas que estão perto e aquelas que estão longe. Com um cajado eu mato o vriskika (escorpião), com um bastão eu mato a serpente que se aproximou. / 10. Aqui está o remédio para a aghâsva e para a svaga! Indra e o cavalo de Pedu destruíram completamente o plano malévolo da serpente (aghâyantam). / 11. O cavalo de Pedu nós lembramos, o forte, com patada forte: atrás dele, olhando fixamente para a frente, estas víboras. / 12. Sem o seu espírito de vida, sem veneno, morta por Indra com seu raio. Indra as matou: nós as matamos. / 13. Estão mortas as que têm listas, estão esmagadas as víboras! Mata a que produz uma capa, mata a branca e a negra na grama darbha! / 14. A donzela da tribo Kirâta, a pequena cultiva o remédio, com pás douradas, na parte de trás da montanha. / 15. Para cá veio um jovem médico: ele matou a serpente manchada, é irresistível. Ele, certamente, esmaga a svaga e a vriskika. / 16. Indra destruiu completamente a serpente para mim, e também Mitra e Varuna, Vâta e Parganya. / 17. Indra destruiu completamente a serpente para mim, a víbora, o macho, a fêmea, a svaga, a serpente que tem listas, a kasanîla e a dasonasi. / 18. Indra matou seu primeiro antepassado, oh, serpente, e como eles estão mortos, que força pode ser tua? / 19. Eu reuni suas cabeças, como o pescador faz com o peixe karvara. Eu entrei no rio e lavei o veneno da serpente. / 20. O veneno de todas as serpentes, o rio deve levar embora! Estão mortas todas as que têm listas, as víboras estão esmagadas! / 21. Como eu colho habilidosamente a fibra das plantas, como eu guio as éguas, assim, oh, serpente, teu veneno deve ir embora! / 22. O veneno que está no fogo, no Sol, na terra e nas plantas, o veneno de kândâ, o kanaknaka, teu veneno foi embora e voltou! / 23. As serpentes que nasceram do fogo, as que nasceram das plantas, as que nasceram das águas e as que se originaram do relâmpago; elas, de quem uma grande descendência nasceu de muitas maneiras, as serpentes que nós reverenciamos com obediência. / 24. Tu (oh, planta) tens uma donzela de nome Taudî; Ghritâkî é teu nome. Sob os pés é o teu lugar: eu peguei na mão o que destrói o veneno. / 25. De cada membro faço o veneno brotar; fecha-o fora de teu coração! Agora a força que está em teu veneno deve ir para baixo! / 26. O veneno foi embora: ele se fechou; ele fundiu veneno com veneno. Agni tirou o veneno da serpente; Soma retirou-o. O veneno foi para o mordedor. A serpente está morta!

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XI, 2. PRECE PARA BHAVA E SARVA PARA PROTEÇÃO DE PERIGOS = Oh, Bhava e Sarva, sede bondosos, não (nos) ataqueis; senhores dos seres, senhores do gado, reverência a vós! Não descarregueis vossa seta mesmo depois que ela tiver sido armada no arco e tiver sido puxada! Não destruais nossos bípedes e nossos quadrúpedes! / 2. Não prepareis nossos corpos para o cachorro ou para o chacal; para osaliklavas, os abutres e outros pássaros negros! Os insetos ávidos, oh, senhor do gado (pasupate), e seus pássaros não devem nos devorar! / 3. Oferecemos reverência, oh, Bhava, a teus rugidos, a tua respiração e a tuas qualidades prejudiciais; reverência a ti, oh, Rudra, que tens milhares de olhos, imortal! / 4. Oferecemos reverência ao Leste, ao do Norte, ao do Sul; de cada domínio e do céu. Reverência à tua atmosfera! / 5. Para tua face, oh, senhor do castelo, teus olhos, oh, Bhava, tua pele, tua forma, tua aparência e teu aspecto atrás, reverência! / 6. Para teus membros, teu ventre, tua boca, teus dentes, teu cheiro (nariz), reverência! / 7. Que não entremos em conflito com Indra, o arqueiro com o emblema negro, o que tem milhares de olhos, poderoso, o matador de Ardhaka! / 8. Bhava deve guiar nossa limpeza por todos os lados, Bhava deve guiar nossa limpeza, como o fogo da água! Que ele não tenha malícia: reverência a ele! / 9. Quatro vezes, oito vezes, reverência a Bhava; dez vezes reverência a ti, oh, senhor do castelo! A ti foram designados estes cinco tipos de gado: vacas, cavalos, homens, cabras e ovelhas. / 10. Tuas, oh, deus forte (ugra), são as quatro regiões; teu o céu, tua a terra e tua é a ampla atmosfera; teus são todos os que têm espírito e os que respiram sobre a terra. / 11. Teu ´[e o grande receptáculo de tesouros em que todos os mundos estão. Perdoa-nos, oh, senhor do castelo: reverência a ti! Que os chacais vão para longe de nós, os presságios maus, os cachorros; deve ir para longe o choro das mulheres que lamentam a desventura com os cabelos desgrenhados! / 12. Tu, oh, elevado deus, leva em tua mão, que atinge milhares, um arco amarelo, dourado, que mata centenas de pessoas; a flecha de Rudra, as flechas dos deuses voam: reverência seja-lhe feita na direção em que daqui ele voar! / 13. O adversário que se esconde e procura vencer a ti, oh, Rudra, dele deves afastar-te, como o caçador que segue o rastro de um animal ferido. / 14. Bhava e Rudra, unidos e de acordo, fortes (ugrau), vós avançais para atos de heroísmo: reverência a vós, na direção em que vós fordes daqui! / 15. Reverência a quem vem, reverência a quem vai; reverência, oh, Rudra, seja feita ao que está em pé e reverência, também, ao que está sentado! / 16. Reverência à tarde, reverência à manhã, reverência à noite, reverência todo o dia! Eu ofereci reverência a Bhava e a Sarva. / 17. Não nos deixes, com nossa língua, ofender Rudra, que investe, o que tem milhares de olhos, o que vê tudo, o que lança suas hastes para a frente, que é muito sábio! / 18. Aproximamos primeiro o deus que tem cavalos escuros, é negro, preto, destrutivo, terrível, que derruba o carro de Kesin: reverência seja feita a ele! / 19. Não lances em nós o seu bastão, seu raio divino não seja abatido sobre nós, oh, senhor do gado! Perturba os outros e não a nós, a parte celestial! / 20. Não nos prejudiques, vem por nós, perdoa-nos, não tenhas ira contra nós! Não nos deixes lutar contigo! / 21. Não cobices nosso gado, nossos homens, nossas cabras e nossas ovelhas! Dobra seu caminho, oh deus forte (ugra), mata a descendência dos blasfemadores! / 22. Ele, cuja flecha, febre e tosse atacam a única vítima, como o urro de um garanhão, que arrebata suas vítimas uma a uma, para ele reverência! / 23. Ele, que mora fixamente na atmosfera, atingindo os blasfemadores do deus que não sacrifica, a ele reverência com dez estrofes de sakvarî! / 24. Para os animais selvagens da floresta que foram colocados na floresta: flamingos, águias, pássaros predadores e aves domésticas. Teu espírito, oh, senhor do gado, está dentro das águas, para fortalecer o fluxo de águas celestialmente. / 25. Os golfinhos, as grandes serpentes boas, purîkayas (animais aquáticos), monstros do mar, peixes, ragasas que criaste – existem para ti, oh, Bhava, sem distância e sem barreiras. Em um piscar de olhos vês ao redor de toda a terra; do Leste matas no oceano do Norte. / 26. Não nos contamines, oh, Rudra, com febre ou com veneno ou com o fogo celestial: faze este relâmpago descer em outro lugar! / 27. Bhava governa o céu, Bhava governa a terra; Bhava preencheu a ampla atmosfera. Reverência seja-lhe feita em qualquer que seja a direção que ele permanecer! / 28. Oh, rei Bhava, sê misericordioso com teus adoradores, para ti, és o senhor dos animais que vivem! Ele que acredita que os deuses existem, com teu quadrúpede e teu bípede sê misericordioso! / 29. Não mates nossos grandes nem nossos pequenos; nem aqueles nossos que são montados, nem os que devem montar; nem nosso pai nem nossa mãe. Não prejudiques, oh, Rudra, nossas pessoas! / 30. A Rudra, os cachorros uivantes, que engolem sua comida sem bênçãos, que têm garras grandes, eu obedeço. / 31. Reverência, oh, deus, seja feita a teus anfitriões gritando, reverência ao teu que tem longos cabelos, reverência a ti devorando anfitriões. Que o bem-estar e a segurança estejam conosco!

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IV, 28. PRECE A BHAVA E SARVA PARA PROTEÇÃO DE CALAMIDADES = 1. Oh, Bhava e Sarva, sou devotado a vós. Notai que, sob vosso controle está tudo o que brilha (o universo visível!) Vós que governais todas estas criaturas de dois pés e de quatro pés, livrai-nos da calamidade! / 2. Vós a quem pertence tudo o que está perto, tudo o que está longe; vós que sois conhecidos como os arqueiros mais habilidosos entre os arqueiros, vós que governais todas estas criaturas de dois pés e de quatro pés, livrai-nos da calamidade! / 3. Os matadores de Vritra que têm milhares de olhos eu também invoco. Eu sigo louvando os dois deuses fortes (ugrau) cujo pasto se estende ao longe. Vós que governais todas estas criaturas de dois pés e de quatro pés, livrai-nos da calamidade! / 4. Vós que, unidos, realizais muitos atos de antigos e, além disso, visitais os presságios das pessoas, vós que governais todas estas criaturas de dois pés e de quatro pés, livrai-nos da calamidade! / 5. Vós de cujo golpe ninguém entre deuses e homens escapa; vós que governais todas estas criaturas de dois pés e de quatro pés, livrai-nos da calamidade! / 6. O feiticeiro que prepara um feitiço ou manipula raízes das plantas contra nós, contra ele, vós, deuses fortes, lançai vossos raios! Vós que governais todas estas criaturas de dois pés e de quatro pés, livrai-nos da calamidade! / 7. Vós, deuses fortes, favorecei-nos em batalhas, entrai em contato com o raio de Kimîdin! Eu louvo a vós, oh, Bhava e Sarva, chamo fervorosamente a vós em perigo: livrai-nos da calamidade!

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VII, 9. ENCANTO PARA ENCONTRAR A PROSPERIDADE PERDIDA = No distante caminho dos caminhos, Pûshan nasceu, no distante caminho do céu, no distante caminho da terra. / 2. Pûshan conhece todas essas regiões; ele deve nos guiar pelo caminho menos perigoso. Dando bem-estar, de brilho radiante, mantendo nossos heróis grandiosos, ele deve, alerta e habilidosamente, ir adiante de nós! / 3. Oh, Pûshan, sob tua lei nós não devemos nunca sofrer: como quem louva a ti estamos aqui! / 4. Pûshan deve, a partir do leite, colocar sua mão direita sobre nós, deve trazer novamente para nós o que foi perdido: nós que viemos pelo que foi perdido!

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VI, 128. PERDÃO DOS QUE PREDIZEM O TEMPO = 1. Quando as estrelas fizeram de Sakadhûma seu rei, elas deram bom tempo a ele: “Este deve ser teu domínio”, elas disseram. / 2. Dá-nos bom tempo ao meio-dia, bom tempo à tarde, bom tempo no comecinho da manhã, bom tempo à noite. / 3. Para o dia e a noite, para as estrelas, para o Sol e para a Lua e para nós, prepara bom tempo, oh, rei, Sakadhûma! / 4. A ti, oh, Sakadhûma, que governa as estrelas, que nos deste bom tempo à tarde e à noite e, durante o dia, aqui está nossa obediência!

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XI, 6. PRECE PARA A LIBERTAÇÃO DE CALAMIDADE DIRIGIDA A TODO O PANTEÃO = 1.  Falamos para Agni e para as árvores, para as plantas e para as ervas; para Indra, Brihaspati e Sûya: eles devem nos libertar da calamidade! / 2. Falamos ao rei Varuna, a Mitra, Vishnu e a Bhaga. Falamos a Amsa e a Vivasvant: eles devem nos libertar da calamidade! / 3. Falamos a Savitar, o deus, a Dhâtar e a Pûshan; falamos a Tvashtar, que nasceu primeiro: eles devem nos libertar da calamidade! / 4. Falamos a Gandharvas e a Apsaras, aos Asvins e a Brahmanaspati, ao deus cujo nome é Aryaman: eles devem nos libertar da calamidade! / 5. Agora falamos ao dia e à noite, a Sûrya (Sol) e a Kandramas (Lua), aos dois; falamos a todos os Âdityas: eles devem nos libertar da calamidade! / 6. Falamos a Vâta (vento) e a Parganya, a atmosfera e às direções do espaço. E falamos a todas as regiões: eles devem nos libertar da calamidade! / 7. Dia e noite, e Ushas (pôr-do-Sol), também, devem livrar a ti de maldições! Soma, o deus, a quem eles chamam Kandramas (Lua), deve me livrar! / 8.Aos animais da terra e aos do céu, aos animais selvagens da floresta, aos pássaros que têm asas, falamos: eles devem nos libertar da calamidade! / 9. Agora falamos a Bhava e a Sarva, a Rudra e a Pasupati; suas flechas devem nos conhecer bem: estas (flechas) devem ser propícias a nós! / 10. Falamos aos céus, às estrelas, à terra, aos Yakshas e às montanhas; aos oceanos, aos rios e aos lagos: eles devem nos libertar da calamidade! / 11. Falamos agora aos sete Rishis, às águas divinas e a Pragâpati. Aos Pais com Yama e à sua cabeça; eles devem nos libertar da calamidade! 12. Os deuses que habitam no céu e os que habitam na atmosfera; os deuses poderosos que estão na terra: eles devem nos libertar da calamidade! / 13.Âdityas, Rudras, Vasus, os divinos Atharvans no céu e o sábio Angiras: eles devem nos libertar da calamidade! / 14. Falamos ao sacrifício e ao sacrificador, aos riks, aos sâmans e aos curadores (Atharva) de encantos; falamos às fórmulas yagus e às invocações aos deuses: eles devem nos libertar da calamidade! / 15. Falamos aos cinco reinados das plantas com soma, à de maior excelência entre elas. A grama darbha, ao cânhamo e à poderosa cevada: eles devem nos libertar da calamidade! / 16. Falamos aos Arâyas (demônios do contratempo), aos Rakshas, às serpentes, aos homens piedosos e aos Pais; a um e a centenas de mortos: eles devem nos libertar da calamidade! / 17. Falamos às estações, aos senhores das estações e às seções das estações; aos semestres e aos anos e aos meses: eles devem nos libertar da calamidade! / 18. Vinde, deuses, do Sul e do Oeste, deuses que estão no Leste, vinde! Do Leste, do Norte os poderosos deuses, todos os deuses juntos: eles devem nos libertar da calamidade! / 19, 20. Falamos aqui aos deuses que mantêm seus acordos, promovem a ordem do universo, junto com todas as suas esposas: eles devem nos libertar da calamidade! / 21. Falamos aos seres, ao senhor dos seres e também ao que controla os seres; a todos os seres juntos: eles devem nos libertar da calamidade! / 22.Às cinco regiões divinas, às doze estações divinas, aos dentes do ano: eles devem ser sempre propícios a nós! / 23. A amrita (ambrosia) trazida pelo preço de uma carruagem, que Mâtalî conhece como um remédio, que Indra armazenou nas águas: que, vós, oh, águas, deis-vos a nós como remédio! 

(continua...)



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DO LIVRO: RECEITAS PRÁTICAS DE MAGIA , DE: REGINA DRUMMOND , EDITORA:  GIZ EDITORIAL

PARA VIVER MELHOR =


RITUAL DAS FOLHAS QUE CAEM = A tradição mágica sabe que as folhas concentram em si grande sabedoria. Dizem que quando elas caem é porque já aprenderam com suas “mães-árvores” todos os segredos da sua espécie. Os antigos acreditavam que as folhas caídas traziam as mensagens dos deuses da natureza e, por isso, faziam este ritual: Procure no chão (em praças, parques, jardins) sete espécies de folhas caídas de diferentes árvores. Coloque todas juntas numa “pilha” e costure o lado esquerdo, de modo que fiquem parecendo um livro. Este é o seu “Livro da Natureza”. Coloque-o dentro de outro livro, de preferência que também seja muito especial para você, para que fique bem “assentado”. Sempre que precisar de um conselho do mundo mágico, abra-o, concentre-se e todo o conhecimento lje será transmitido.

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FEITIÇO ENERGIZANTE = Se seu trabalho ou seus estudos anda(m) sem graça, você está precisando da energia deste feitiço.
Você vai precisar: 1 prato branco / 11 folhas de louro / 7 moedas de pequeno valor / 2 colheres de sopa de açúcar cristal / algumas gotas de lavanda / 1 punhado de alfazema em grãos
Como fazer: 1. Lave as moedas em água corrente e perfume-as com a lavanda / 2. Coloque-as na volta do prato, com os valores virados para cima / 3. Cubra-as com o açúcar cristal / 4. Arrume as folhas de louro como se fossem raios de Sol / 5. Coloque a alfazema sobre o açúcar / 6. Quando estiver tudo pronto, levante o prato acima da sua cabeça, de frente para a janela e diga ao Sol o seguinte encantamento: “Peço ao Universo que traga para a minha vida (fazer o pedido), de acordo com o meu merecimento.” / 7. Coloque o prato em um lugar alto da cozinha. Nunca o coloque no seu quarto de dormir.

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AMULETO PARA SE SAIR BEM NAS PROVAS = Quando você tiver uma prova para fazer na escola, leve junto este amuleto. Ele estimulará a sua memória, e você, que estudou bastante, é claro, não vai se esquecer de nada que aprendeu.
Você vai precisar: 2 conchas do mesmo tamanho / 1 fio do seu cabelo / 1 pedacinho de sua unha / 1 botão da sua roupa / 1 pitada de canela em pó / 1 gota de óleo (de preferência perfumado) / 3 gotas de água / 1 pitada de sal / 3 sementes de qualquer espécie / cola
Como fazer: 1. Lave muito bem as conchas, com água mineral ou fervida, e deixe que elas sequem ao Sol / 2. Em uma noite de Lua Nova, pegue uma das conchas e coloque dentro dela todos os ingredientes, repetindo o seguinte encantamento: “Poseidon, senhor dos mares, Minha memória vai estimular. E com os seres mágicos do oceano ; Mais inteligência eu vou buscar. / 3. Após ter colocado todos os ingredientes, pegue a outra concha e cole-a em cima / 4. Se você quiser, pode colocar uma argolinha e dependurar numa corrente, para carregar no pescoço.

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BANHO DE ALHO = Contra a energia gerada por situações difíceis, nada melhor que este banho.
Você vai precisar: 2 litros de água / 2 colheres de sopa de tomilho / 7 dentes de alho frescos e inteiros / 2 colheres de sopa de sálvia seca / 2 colheres de sopa de manjericão / 1 colher de sopa de sal marinho
Como fazer: Coloque todos os ingredientes juntos na água quente e faça o banho conforme as instruções: 1. Coloque água em uma panela e leve ao fogo ; 2. Assim que ferver, desligue e coloque dentro os ingredientes, um por um, com todo o respeito ; 3. Tampe bem e espere esfriar um pouco ; 4. Coe e faça o banho ou chá.

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BANHO CONTRA A INVEJA E O CIÚME = Qualquer um sabe que a inveja e o ciúme atrasam a vida da gente. No entanto, nem sempre conseguimos escapar dos seus malefícios, pois eles podem vir do lado que menos se espera. Com esse banho, porém, você vai ficar literalmente imunizado(a).
Você vai precisar: 1. Orquídea / 1 noz
Como fazer: Coloque todos os ingredientes juntos na água quente e faça o banho conforme as instruções: 1. Coloque água em uma panela e leve ao fogo ; 2. Assim que ferver, desligue e coloque dentro os ingredientes, um por um, com todo o respeito ; 3. Tampe bem e espere esfriar um pouco ; 4. Coe e faça o banho ou chá.

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MORANGOS AVELUDADOS = Antes de pedir alguma coisa a alguém, traga essa pessoa para o “seu lado”, quer dizer, faça com que ela ouça o que você tem a dizer e reflita sobre o assunto. Experimente dar-lhe para beber essa poção mágica antes de começar a conversa.
Você vai precisar: 1 lata de leite condensado / 2 vezes a mesma medida de morangos / 2colheres de sopa de creme de leite / gelo / 1 incenso de morango / 1 vela vermelha
Como fazer: 1. Antes de começar a preparar, acenda a vela e o incenso na cozinha e relaxe pensando em coisas boas e especialmente naquilo que você deseja alcançar com essa receita / Bata todos os ingredientes no liquidificador / 3 Sirva com um moranguinho na borda do copo para enfeitar

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BOLINHO DE NEVE = “É dando que se recebe”, quem não sabe? Assim, se você estiver desejando ganhar alguma coisa de alguém – um presente em um dia especial, um olhar, mais atenção, a concordância dessa pessoa em um projeto seu, qualquer coisa – ofereça-lhe os Bolinhos de Neve e aguarde o resultado.
Você vai precisar: 1 lata de leite condensado / ½ quilo de coco ralado / forminhas de papel / 1 incenso de flor
Como fazer: 1. Acenda o incenso na cozinha e espalhe algumas folhas e/ou flores pelo chão / 2. Pense em coisas boas por um momento, para relaxar / 3. Misture 400 gramas de coco com o leite condensado em uma tigela e deixe a mistura descansar por alguns minutos / 4. Sempre pensando naquilo que deseja alcançar, faça bolinhas, enrolando-as com as mãos / 5. Passe-as no restante do coo / 6. Coloque-as em forminhas

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FEITIÇO PARA MANTER A HARMONIA DOMÉSTICA = Viver em harmonia é um item importante para a felicidade. Ninguém aguenta viver onde há brigas e desavenças frequentes, por isso, precisamos trocá-las pela paz e pela tranquilidade.
Você vai precisar: Um punhado de alfafa / Um vidro limpo
Como fazer: 1. Coloque um pouco de alfafa dentro de um vidro pequeno, de modo a preenche-lo totalmente / 2. Tampe o vidro / 3. Coloque-o dentro de um pote onde guarde alimentos (arroz, feijão, farinha etc.) e esteja certa de que, enquanto o vidrinho estiver lá dentro, a paz e a tranquilidade reinarão em sua casa.

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SORTILÉGIO PARA ACABAR COM A ANSIEDADE = Irmã da impaciência e prima da preocupação, a ansiedade, muitas vezes, traz consigo a insegurança e a indecisão. Para se livrar de todas elas, você precisa fortalecer a sua sabedoria, para ver claramente os caminhos e poder escolher com confiança, certa(o) de que existe um tempo a ser vencido – um tempo entre você e seu objetivo – e, apesar dele, mais dia, menos dia, você vencerá todas as batalhas porque está protegida(o) e possui força, coragem e determinação. Quando estiver se sentindo ansioso(a), experimente o sortilégio abaixo.
Você vai precisar:1 vela / 1 incenso
Como fazer: 1. Pouco antes de se deitar, acenda uma vela e um incenso / 1. Olhando para o fogo da vela, respire fundo o perfume do incenso / 3. Imagine que tudo está ficando amarelo à sua volta: a fumaça, os móveis, o ar, você... Deixe que seus pensamentos da vida normal adormeçam, para que a sabedoria desperte dentro de você. Relaxe. / 4. Concentre-se no problema propriamente dito e tente buscar as primeira soluções (ou se livrar dele, conforme o caso.). Pense sempre de um jeito positivo, evitando usar a palavra “não”, que o seu cérebro não reconhece, seguinte maneira: substitua o “não” por expressões do tipo “quero parar de fazer tal coisa” ou “quero deixar de ser do jeito x”. Se preferir, apenas peça ao Universo que lhe envie uma mensagem, sugerindo o que pode ser feito. / 5. Quando o incenso acabar, jogue as cinzas ao vento e peça que seus problemas desapareçam / 6. Deixe a vela queimar até o fim. Sempre que puder, reveja a chama, em pensamento, e visualize seus problemas sendo queimados por ela.

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MAGIA PARA VENCER OS MEDOS = Medos... quem não os tem? Embora a maioria das pessoas já tenha ultrapassado a fase de ter medo do escuro, todos guardamos os nossos receios, inclusive o de ficar no escuro. Medos – infundados ou não – são sempre fonte de angústia e ansiedade. Tem gente que tem medo de mios, trovões, tempestades; algumas pessoas têm medo da solidão e do abandono; outras tem medo de altura; enfim, medo é como escova de dentes: cada um tem o seu. Mas isso tem cura. Experimente essa magia. Você vai se surpreender com o resultado. E ainda poderá repeti-la quantas vezes quiser.
Você vai precisar: 1 vela cinza / 1 vela vermelha / 1 agulha nunca usada antes
Como fazer: 1. Segure com força a vela cinza, que representa o(s) seu(s) medo(s) / Passe para ela toda a sensação ruim que sente, quando se vê diante da situação que lhe provoca medo / 3. Usando a agulha, escreva na vela aquilo que a aflige. Use as suas próprias palavras / 4. Pegue a vela vermelha, que representa a força que lhe falta para superar o medo, mas que está dentro de você, latente, apenas esperando ser chamada para se manifestar, e escreva nela uma frase que demonstre seu desejo de superar o(s) medo(s). Mais uma vez, use as suas próprias palavras / 5. Quando achar que transmitiu para as velas tudo o que queria, acenda-as. Comece pela vela cinza. Observe o fogo consumindo seus temores e sinta-se livre e feliz / 6. Depois, acenda a vela vermelha e veja como a energia de luta, de coragem e de combatividade, que a cor vermelha carrega em si, vai invadindo a sua vida / 7. Fique um tempo observando as duas velas em ação; depois deixe que terminem de queimar sozinhas; todas as vezes que quiser, você pode voltar para observá-las e assistir novamente a queima de seus temores e a força nova que os substitui dentro de você. Se, no final, ainda restar algum resíduo, jogue-o no lixo com uma palavra de agradecimento (pode ser um simples “Obrigada”) e acenda um incenso

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FEITIÇO PARA ACABAR COM O MEDO =  Para aprender a lidar com os seus medos e enfrentar com coragem a realidade que a(o) cerca, eis um ótimo feitiço.
Você vai precisar: 1 vela dourada / Óleo de verbena / Papel branco / Fita branca
Como fazer: 1. Unte a vela dourada com o óleo de verbena / 2. Escreva no papel branco todos os medos dos quais você quer se livrar / 3. Dobre o papel e amarre-o com a fita branca, dando sete nós / 4. Acenda a vela e queime o papel completamente, fazendo desaparecer todas as letras / 5. Pegue as cinzas que restarem e faça-as virar farelo / 6. Procure um lugar com plantas (um parque, um jardim, etc.) e sopre as sete velas. Nada deve restar

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MAGIA CONTRA O MAU-OLHADO = Esta é uma das magias mais antigas e eficientes contra a praga que o mau-olhado é na vida da gente. Pode renová-la todas as vezes que achar necessário.
Você vai precisar: 33 pedrinhas de sal grosso / 1 copo virgem / água
Como fazer: 1. Pegue 33 pedrinhas de sal grosso e jogue em um copo que nunca tenha sido usado antes / 2. Acrescente água filtrada (ou fervida) / 3. Deixe no sereno por 3 noites / 4. Molhe com essa água os 4 cantos de cada cômodo da sua casa

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MAGIA PARA LIVRAR-SE DE ALGO = Para livrar-se de algo indesejado ou que você simplesmente quer tirar da sua vida, realize esse ritual na Lua Minguante.
Você vai precisar: 1 casca de ovo / Caneta
Como fazer: 1. Escreva na casca de um ovo tudo o que você deseja eliminar de sua vida / 2. Enterre-a em um jardim ou vaso e aguarde os resultados.

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FEITIÇO DO ESPELHO = Esse feitiço ajuda a fortalecer a autoestima e a redescobrir o próprio poder. Você pode repeti-lo quantas vezes quiser.
Você vai precisar: Roupas brancas / 1 maço de margaridas / 1 espelho de mão / 1 vela azul / 1 incenso
Como fazer: 1. Numa noite de Lua cheia, acenda o incenso e a vela, vista-se de branco e coloque uma margarida nos cabelos / 2. Pegue o espelho e olhe para sua própria imagem refletida nele. Aprecie cada detalhe do seu rosto: o formato, a cor e a textura DA PELE, OS OLHOS, O NARIZ, A BOCA, OS CABELOS ETC. / 3. Olhe profundamente dentro dos seus olhos e mergulhe em seu interior, repetindo o seguinte encantamento: “Espelho mágico, espelho meu ; Meu encanto se reflete ; Na luz que a Lua me deu.” / 4. Coloque-se de costas para a Lua, de modo que ela também possa estar refletida no espelho, sempre refletindo o encantamento. Nessa hora, sua luz se confunde com a dela e você pode lhe fazer um pedido especial, que ela não deixará de atender / 5. Sente-se no chão com as pernas cruzadas na frente e teça uma guirlanda de margaridas para enfeitar seus cabelos ou simplesmente se enfeite com flores / 6. Feche os olhos e sonhe os sonhos mais loucos

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MAGIA PARA PEDIR PERDÃO = Muitas vezes, magoamos as pessoas sem querer. Ou mesmo sabendo que vamos magoar alguém, nos vemos obrigadas a fazê-lo. Ou ainda só percebemos muito tempo depois que fizemos algo de errado. Como se desculpar pessoalmente nem sempre é possível, o recurso é fazer isso no astral, enviando ao outro uma mensagem de perdão.
Você vai precisar: Papel / Lápis / 1 vela lilás / 1 folha de louro / Alecrim / Erva-cidreira / Uma pitada de canela em pó / Terra
Como fazer: 1. Numa noite de Lua Minguante, acenda um incenso e escreva uma carta a lápis pedindo o perdão da pessoa. Explique o que aconteceu, porque você fez o que fez, como se sente hoje e peça para ser perdoada e liberada desse vinculo negativo que mantém com ela. Termine prometendo fazer algo para compensar / 2. Coloque a carta dentro de um envelope e subscrite-o como se fosse mandar pelo correio, com nome e endereço completos. Caso não tenha esses dados, escreva o nome do jeito que você conhece e acrescente “onde estiver” / 3. Acenda a vela lilás e queime tudo em sua chama, pedindo aos espíritos do fogo que levem a sua mensagem / 4. Coloque as cinzas numa tigela (de preferência de cerâmica) e acrescente o louro, o alecrim, a erva-cidreira e a canela em pó / 5. Misture tudo, sempre repetindo seu pedido, e termine cobrindo tudo com a terra / 6. Deixe dormir no sereno / 7. No dia seguinte, enterre a poção mágica no jardim ou no vaso e cumpra a sua promessa. Você tem o dia todo para isso, mas não pode deixar para o outro dia, de modo que aconselho que você prometa algo que possa cumprir nesse curto espaço de tempo

(continua...)



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Do Livro: RITUAIS E CERIMÔNIAS PARA O DIA-A-DIA Práticas de Magia , De: Lorna St. Aubyn , Editora MADRAS

Casamento =
Atualmente, cada vez mais pessoas rejeitam a ideia de um casamento na igreja, embora o casamento civil também lhes pareça insatisfatório. Embora cumprindo os requerimentos legais, isso evita aquele compromisso que é tão vital para um casamento. Para tais pessoas esse ritual é oferecido como uma alternativa ou como uma cerimônia adicional.  Um ingrediente essencial para qualquer ritual de casamento é a sensação de que duas pessoas estão se unindo além do nível romântico. O oficiante do casamento clama por uma união feita “sob os olhos de Deus”. Isso também poderia ser expresso como uma união da noiva e do noivo por meio de seus eus superiores – aquela parte deles que está ligada ao Divino. Dessa forma, o casamento fica comprometido com um propósito sagrado, e a ajuda para isso é evocada além do mundano. Se os noivos não tiverem alguma coisa além deles mesmos pela qual se esforçar, o casamento poderá perder a sua dimensão vital. Este ideal, este propósito sagrado, é um dos assuntos mais importantes para o casal debater. Qualquer conceito comum que venha transcender as diferenças e considerações mundanas são um fator de união. Quanto mais as partes puderem trazer para a vida diária o amor e a sabedoria adquirida em seu ponto mais alto, melhores as chances de um casamento ser bem-sucedido. Este ritual objetiva fortalecer os caminhos pelos quais um ideal pode ser alcançado. Esta cerimônia pode ser feita por vocês dois sozinhos ou com um grupo de pessoas com o qual se sintam fortemente ligados. Como esse é um evento espiritual mais do que social, certifique-se de que todos os participantes os estarão apoiando com sinceridade. Qualquer demonstração de ceticismo apresentada por qualquer dos participantes, até mesmo ficar embaraçado com a cerimônia, irá, em parte, negar o ritual.
O ritual: Se esta cerimônia puder ser realizada ao ar livre, você irá receber a ajuda adicional dos espíritos da natureza, das árvores e das plantas. Se não for possível, traga para dentro da sala a maior quantidade de verde que puder. Coloque uma pedra grande e plana no centro do espaço. Sobre ela, ponha dois vasos, com uma flor em cada, para representar seus eus superiores. Se tiver dois cristais com os quais se sintam à vontade, coloque cada um ao lado de cada flor, imaginando-os como a energia da Terra disponível para vocês. Também coloque duas velas nessa pedra central, simbolizando a luz. Entre esses dois grupos de objetos, deixe um espaço bem definido; nunca se esqueça de que vocês são dois indivíduos, embora muito ligados pelo amor. Em volta da pedra, formem um círculo de velas grande o suficiente para acomodar confortavelmente duas ou quatro pessoas, caso tenham escolhido incluir duas testemunhas em seu ritual. Deixe uma entrada no círculo, que representará o espaço da vida que vocês concordaram em compartilhar. Se quiser um acompanhamento musical, o músico ou os músicos devem permanecer do lado de fora do círculo. Quando tudo estiver no lugar, vocês dois acendem as velas. Cada um, começando pelas velas da pedra central, vai acender a sua metade do círculo, terminando naquela mais próxima da entrada. Vocês dois, então, entram nesse espaço que foi tornado sagrado pela beleza e pelo amor nele investidos. Fiquem um de cada lado da pedra. Se houver testemunhas, elas entram agora no círculo e tomam seus lugares Atrás e um pouco para o lado de vocês. O compromisso que eles estão testemunhando é dobrado. O primeiro é feito em silêncio: cada um de vocês invoca seu Eu Superior para ajudar a manifestar o amor e a alegria criados por essa união. Então, cada um fala seus votos, afirmando que esse amor não será apenas direcionado de um para o outro, mas também para o mundo. Se um de vocês quiser acrescentar a isso algum tipo de empreendimento ao Criador ou a qualquer entidade espiritual, mais poder será acrescentado aos seus votos. Qualquer um que não se sinta pronto para fazer isso, sempre poderá fazê-lo mais tarde. Tendo se empenhado para o bem em comum de ambos como um casal, agora é hora de afirmar que vocês também continuam separados, como indivíduos que devem ser completos em si para alcançarem um casamento de sucesso. Evite o arco destrutivo do amor, a possessividade, o ciúmes e a inveja. Leia um poema em voz alto para um bom encerramento desse ritual. Quando isso for feito, as testemunhas devem sair do círculo. Então, cada um de vocês assopra sua vela central e sua metade do círculo, começando pela entrada. Saiam do círculo juntos. Desfaçam o local do ritual.
Preparação: Se o ritual for feito em local fechado, decore a sala com muito verde. Faça um círculo de velas. Em uma grande pedra central, coloque um grupo de objetos (flor, cristal, vela) escolhidos para representar cada pessoa. Se tiver músicos, peça-lhes que fiquem fora do círculo.
Recapitulando: Acendam as velas como orientado. Reentrem no círculo e fiquem, cada um, do seu lado da pedra, ficando as testemunhas atrás e um pouco para o lado. Invoquem seus eus superiores silenciosamente. Falem seus votos, acrescentando um compromisso com o Criador, se desejado. Leiam um poema que escolherem. As testemunhas saem do círculo. Apaguem as velas – cada um apaga a sua metade. Saiam do círculo juntos.

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Cerimônia de Batismo =
Nosso nome carrega um som e uma vibração particulares que nos ligam a um tipo específico de experiências pelo resto de nossas vidas, ou pelo menos até mudarmos de nome; portanto, a importância de escolher o nome de um indivíduo não pode ser subestimada, uma vez que irá afetar profundamente o relacionamento dele com qualquer coisa e com qualquer pessoa que encontrar. A declaração formal e ritualística desse nome afirma a pessoa como um membro da raça humana. Negar a ela esse primeiro importante ritual de passagem é preocupante, particularmente em um tempo onde todos os seres humanos precisam da melhor integração possível entre seus corpos e espíritos e da ligação mais próxima possível com a Terra, um processo que pode levar a um passo significativo a partir do momento de seu batismo. No entanto, essa cerimônia é fortemente associada a uma religião definida e, nos dias de hoje, muitos pais relutam em fazê-la. Não querem seu filho formalmente comprometido com uma forma específica de culto. Em qualquer cerimônia de batismo, é importante reconhecer o chakra coronário, pelo qual nos comunicamos com nosso eu superior e que nos liga ao Divino. Durante a cerimônia, oferecemos ao bebê ou adulto a maior elevação a que ele pode chegar nessa vida. A união consciente de seu corpo e espírito e o seu reconhecimento como pessoa em seu próprio direito constituem um momento muito importante. Se está procurando nome para um bebê, preste-lhe muita atenção para poder encontrar o nome que mais se adapte a sua alma nessa vida em particular. Não deixe que a tradição familiar ou associações agradáveis com um nome permitam que você imponha algo impróprio à criança. Se o ritual for para um adulto que, até agora, não se harmonizou com o seu nome, este é o momento perfeito para escolher um nome novo. No caso de alguém que tenha feito grandes avanços espirituais, o nome, com o qual estava sintonizado até então, agora precisa ser mudado, Como a única coisa assumida por esse ritual é que todos nós viemos de um mesmo lugar, ele pode ser usado tanto em conjunto com uma cerimônia religiosa formal ou isoladamente. Também pode ser feito dentro de casa ou ao ar livre, mas é muito melhor que seja ao ar livre, já que você está buscando especificamente conectar a pessoa com o Céu e com a Terra. Se, entretanto, isso não for possível, não se preocupe; faça com que a cerimônia seja feita com amor e boas intenções que toda ajuda possível será dada a você.
O Ritual:
Os padrinhos formam um quadrado dentro do qual todos aqueles que forem estar presentes serão chamados. Coloque em cada canto um símbolo para cada um dos quatro elementos: terra, ar, fogo e água. Pode ser simplesmente uma pedra, uma pluma, uma vela e uma vasilha com água, ou algo mais elaborado. Como esses elementos formam tanto o nosso planeta como a pessoa que está sendo batizada, irão iniciar as primeiras fases de ressonância entre os dois. Depois evoque a assistência do Eu Superior e do Anjo Guardião da pessoa. Sua presença irá aumentar o nível das vibrações dentro do quadrado e chamar para dentro dele os guias e auxiliadores de todos aqueles que estiverem no ritual. Uma vez que essa preparação tenha sido feita, a pessoa que será batizada entra no quadrado com seus pais ou padrinhos – um homem e uma mulher – que devem ficar um de cada lado dela. Seguem-se a eles qualquer amigo ou parente que queiram participar da cerimônia, pessoalmente ou simbolicamente, representados por fotografias ou objetos que os evoquem. Esse grupo familiar deve incluir aqueles membros que morreram, mas cujo amor continua sendo sentido como um recurso positivo na família. Sua presença simbólica também introduzirá um desejável senso de continuidade. Esse grupo forma um semicírculo de frente para a pessoa que está sendo batizada. Em nome da simplicidade, a pessoa que estiver sendo batizada será, de agora em diante, referida como “você” e as diretrizes serão dadas como se ela fosse capaz de se mover e falar livremente. Se essa pessoa for um bebê, obviamente, o adulto apropriado irá carrega-lo e falar por ele. Quando todos estiverem em seus lugares, um dos padrinhos dá um passo à frente para saudá-lo e assume formalmente o dever de familiarizá-lo com qualquer conceito espiritual construído nesse ritual. Ele também concorda em ajuda-lo no importante processo de enraizamento. Se for uma criança quem estiver sendo batizada, ele também se compromete, em nome de ambos os padrinhos, em assumir o papel complementar ao dos pais. Depois explica o papel dos quatro elementos na cerimônia. O fogo está lá para ativar sua intuição; o ar irá trazer clareza mental; a terra oferece estabilidade e a água, adaptabilidade. Então, ele saúda o se Anjo Guardião, explicando que a função exclusiva dele é guiar e proteger a alma confiada ao seu cuidado. Seu Eu Superior é reconhecido, em qualquer termo que pareça apropriado à ocasião, que você é uma gota do Divino, que continua vibrando as nuvens da glória de sua curta estada no céu. Como tal, você é o doador e o recebedor de grandes presentes. Quando o padrinho tiver terminado de falar, você responde com qualquer agradecimento, compromisso ou contribuição que queira fazer. Qualquer questão que tenha pode ser colocada nesse momento. Após um momento de silêncio, você será questionado se está ou não pronto para receber seu nome. Quando consentir, seu pai ou padrinho diz: “Eu te nomeio.........; nome pelo qual deve ser conhecido de agora em diante pelos homens e também pelos reinos animal, vegetal e mineral. Orgulhe-se de seu nome e faça-o orgulhar-se de você.” Um presente de boas-vindas e celebração pode, agora, ser-lhe oferecido. Você deve ser o primeiro a sair do quadrado, seguido por todos os demais, exceto pela pessoa que evocou os quatro elementos, seu Anjo Guardião e seu Eu Superior. Ele deve agradecê-los e pedir-lhes que voltem para o lugar de onde vieram. Para encerrar as energias geradas pela cerimônia e deixar o lugar em tranquilidade, ele pode fazer o sinal da cruz circulado por luz ou, se esse símbolo não lhe for significativo, apenas agradecer. Esse encerramento da cerimônia pode ser feito pela família e pelos amigos do lado de fora do quadrado, ou sozinho.
Preparação: Os padrinhos fazem um quadrado com os quatro elementos.
Recapitulando:
Se uma vela tiver sido utilizada para simbolizar o elemento fogo, o padrinho a acende, invoca os quatro elementos e o Eu Superior e o Anjo Guardião da pessoa que está sendo batizada, mais os dos pais e dos padrinhos. Você entra no quadrado. Os padrinhos ficam um de cada lado, com você ao meio. Sua família e amigos fazem um semicírculo na sua frente. Um dos padrinhos mantém um diálogo com você. O padrinho pergunta se você está pronto para ser batizado. Você consente. Ele te nomeia. Presentes podem ser oferecidos. Os participantes deixam o quadrado com você à frente. Apenas o padrinho que fez as evocações permanece para agradecer e pedir às entidades evocadas para irem embora. Ele limpa o espaço enquanto os outros observam ou não.

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Morte 1 =
Em nossa sociedade ocidental, funerais, assim como batizados e casamentos, são quase sempre administrados de acordo com os preceitos de uma religião formal. Mas para muitas pessoas, a finalidade de um enterro cristão ou judaico é insuficiente porque contradiz suas crenças de que voltamos muitas vezes à Terra: essa vida é apenas uma conta no colar que é nossa vida total. Se é assim, então a morte não é apenas uma condição temporária, nós a temos experimentado por muitas vezes. Estamos certos, portanto, em um nível muito além de nosso pensamento consciente, de que o lugar para o qual vamos entre nossas vidas é onde encontramos a harmonia e o amor constantemente buscados na Terra. É que a restrição e a dor da vida na Terra são difíceis de suportar. Para aqueles que estão convencidos disso, o tom completo do ritual para a morte pode ser modificado. Enquanto lamentamos a perda de uma companhia amada podemos, ao mesmo tempo, estar celebrando sua libertação para um período de reunião com a Fonte e com suas muitas almas companheiras. Nesse ritual, então, você está dizendo apenas um adeus temporário; a ênfase está em celebrar o que a alma alcançou em todos os níveis durante sua estada na Terra. Você também está afirmando em seu ritual a presença de todas aquelas almas, encarnadas ou desencarnadas, que têm estado intimamente ligadas – nessa e em outras vidas – à pessoa morta. Elas o estarão ajudando em todos os sentidos e estarão preparando as boas-vindas do outro lado, onde irão compartilhar com a pessoa morta suas experiências na Terra. Para ajudar o falecido a passar da consciência terrena para uma consciência maior, você e todos os participantes do ritual devem, primeiro, encontrar um ponto de equilíbrio interior mediante o qual essa ajuda pode ser dada. Na preparação, cada um precisa expressar sua dor, preferencialmente a sós e, se possível, ao ar livre. Os ciclos da vida e da morte são mais facilmente contatados na presença de árvores e plantas, da terra e do céu. Quanto maior for a sua proximidade da pessoa que morreu, especialmente se a morte foi inesperada, maior será o tempo que você irá precisar. Qualquer tentativa de acelerar ou eliminar partes desse processo, ou de qualquer outra fase de seu luto, irá apenas resultar na necessidade futura de mais tempo e atenção. Esse é um processo que precisa sair através de todo o seu corpo e da sua psique. Se sentir necessidade de formalizar esse tempo de preparação, faça um pequeno círculo de pedras e, dentro, coloque  quaisquer objetos que se relacionem com a pessoa morta. Uma fotografia ou um presente que ela tenha lhe dado também pode ser útil. Então, entre no círculo, deixando todas as considerações para trás de você. Vocês dois estão sozinhos e totalmente seguros aqui. Qualquer coisa pode ser dita ou feita; quaisquer arrependimentos ou fracassos podem ser expressados, qualquer agradecimento não dito poderá sê-lo. Se, por outro lado, você simplesmente quiser se sentar e ficar pensando na pessoa, isso também é perfeitamente aceitável. O importante é que seus pensamentos atinjam um grau de serenidade que possa ajudar seu parente ou amigo durante esse ritual. Lembre-se sempre de que a morte de alguém não termina a jornada compartilhada entre vocês. Estar dando ou recebendo o perdão, por exemplo, pode ser um processo contínuo. Com isso em mente, não se limite em fazer esse ritual apenas para aqueles a quem amou. Aqueles com quem você teve os relacionamentos mais difíceis são, às vezes, para quem o ritual é mais benéfico – tanto para eles quanto para você. A cerimônia principal deve ter lugar três dias depois da morte; isso ajuda o processo pelo qual o espírito retorna para sua verdadeira casa, processo esse que leva três dias e consiste em renunciar a todos os elos com a Terra e a desintegrar os vários “corpos” com os quais estava vestido para aqui permanecer.
O Ritual:
Faça um círculo de pedras e flores e entre, sozinho ou com amigos. Entre em um estado de meditação, com os olhos fechados. Imagine uma espiral indo sempre para cima, envolvendo os corpos físico, etérico, astral e mental, que não são mais necessários à pessoa morta. Visualize os elementais do ar trabalhando com você para ajudar a transmutar esses corpos, a fim de fazê-los voltar ao estado de pura energia. À medida que a espiral se move para cima, a alma é finalmente libertada para subir em direção à Fonte. Quando você sentir que fez o que podia, coloque uma cruz dentro de um círculo de luz na espiral e deixe-a, lentamente, ir embora. Abra seus olhos. Quando todos vocês tiverem terminado a visualização, dêem-se as mãos e cantem o mantra budista Om três vezes. Para isso, diga a palavra Om no tom que preferir e permita que a vibração permaneça pelo tempo que for confortável para você.  Isso irá harmonizar tudo o que tiverem feito e o levará para o mundo. Saia do círculo. Desfaça-o.
Preparação:
Atinja o melhor grau de serenidade que puder. Faça um círculo de pedras e flores.
Recapitulando: Fique dentro do círculo de pedras. Visualize uma espiral levando os vários corpos do morto. Visualize os elementais do ar trabalhando com você. Cante três vezes o mantra Om. Saia do círculo. Desfaça-o.

Morte 2 =
Para as pessoas que não conseguem endossar verdadeiramente os ensinamentos do cristianismo ou de outras religiões, os funerais convencionais podem ser ainda mais insuficientes e revoltantes, o que é lamentável em um momento de dor. Precisamos dizer o nosso adeus em paz e de um jeito que pareça completo para ambas as partes envolvidas. O ritual proposto aqui é muito adaptável e pode ser feito em adição ao funeral tradicional ou em uma ocasião separada, quando poderá ser feito sozinho ou com amigos. Uma das características mais lastimáveis do funeral da igreja é o sentimento de fim criado pelo conceito de “tu és pó e ao pó voltarás”. A imensa paz e alegria de ser um com a mente de Deus, mal é mencionada; a promessa de uma reunião futur0a com os amados, não é suficientemente enfatizada; também somos tão fervorosamente levados a identificar a pessoa morta com o seu corpo (“homem que nasceu da mulher” etc.), que geralmente é esquecido o fato de que nós não somos o nosso corpo: somos uma gota imortal do Divino que, descendo na atmosfera densa da Terra, foi forçada a ficar por um tempo, como um corpo mortal.  O fato de essa “gota imortal do Divino” ter concluído sua jornada na Terra é muito triste para os que ficam, mas não para a alma, que retorna ao estado de felicidade dito pelos místicos de todos os tempos. Não estamos, portanto, em um funeral para lamentar a dissolução da pessoa física. Estamos para ajudar sua alma a passar, de forma segura e pacífica, para outro reino de consciência onde irá continuar, de um modo diferente, seu caminho. Para isso, nosso incentivo e força podem ser de grande ajuda.
O Ritual:
Esta cerimônia só deve acontecer três dias após a morte, que é o tempo necessário para que a alma se liberte de seu corpo físico. Se possível, escolha, para seu ritual, o lugar onde sentir que o morto mais gostaria de fazer sua despedida deste mundo. Para essa cerimônia, você precisa de dois símbolos: o símbolo para o corpo deve ser algo que se queime facilmente, assim como uma flor de papel na cor favorita da pessoa, e o para alma deve, ao contrário, ser algo indestrutível, como uma pedra ou um cristal. Se sentir que alguma coisa está faltando, pode utilizar um símbolo adicional de uma estrela ou sol, para servir como lembrete de que nossas almas pertencem por toda eternidade aso universo infinito. Coloque quatro velas em forma de um quadrado e, no centro, ponha os símbolos e qualquer coisa que represente, para você, as contribuições que a pessoa fez ao mundo. Junto disso, pode fazer também uma pequena lista de suas qualidades e traços de personalidade. Acenda as velas. Dentro do quadrado, faça um círculo em pé e passe lentamente por dentro dele o símbolo escolhido para o corpo. Diga adeus, alto ou em silêncio. Se mais pessoas estiverem participando do ritual, cada uma delas deve, neste momento, também dizer o seu adeus. Quando tiver terminado, queime o símbolo por completo. Então, em silêncio, passe pelo círculo o símbolo escolhido para a alma. É ele que permanecerá, vivo e vital como sempre. Após um momento, dê um passo para trás, em reconhecimento da necessidade da alma ser libertada de todas as preocupações mundanas. Se mais pessoas estiverem participando, elas farão a mesma coisa. Apague as velas e deixe o quadrado, levando as velas com você. O símbolo, ou símbolos, deve ser deixado no local por alguns minutos. Depois, você ou algum dos participantes do ritual deverá apanhá-lo e, juntos, deixá-lo reverentemente em qualquer lugar que sintam que ele estará mais “em casa”. Cantar uma música, um hino ou o mantra Om no final da cerimônia pode trazer uma grande libertação e até prazer.
Preparação: Tenha pronto um recipiente para queimar o símbolo para o corpo do morto. Forme um quadrado com quatro velas. Coloque o símbolo no centro do quadrado. Decore o quadrado com flores.
Recapitulando: Acenda as velas. Faça um círculo dentro do quadrado. Passe o símbolo para o corpo através dele; cada um apresenta suas despedidas. Queima esse símbolo no recipiente. Passe o símbolo da alma através do círculo e, depois, coloque-o de volta no centro. Dê um passo para trás. Outros participantes fazem o mesmo. Apague as velas. Saia (ou saiam) do local por alguns minutos, levando as velas. Uma pessoa pega o símbolo, ou os símbolos, e junto com os demais participantes do ritual, levam-no para um loca escolhido. Cantem um hino ou música ou Om.

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Tomando o seu poder =
Muitas pessoas que já estão prontas para ficar com seu próprio poder continuam operando com metade de sua capacidade. Algumas não têm consciência disso, mas outras, para quem isso é uma fonte de enorme frustração, continuam sendo incapazes de fazer a mudança. Por que? O que as prende? A atual transição para a Era de Aquário é um momento de grande crise, onde cada um de nós precisa ter o seu máximo poder espiritual; mas esse poder deve ser sólida e rigorosamente examinado. Os Mundos Superiores não nos podem arriscar, tratando isso superficialmente neste momento; não podem, deliberadamente, deixar que abusemos disso – como bem podemos ter feito no passado. Se esse foi o caso, nossas vidas atuais incluirão, quase inevitavelmente, o conhecimento do que é estar à mercê dos outros, manipulado por seus próprios fins. Talvez tenhamos crescido com um padrasto que nos odiava ou casado com um parceiro tirânico. Talvez tenhamos nascido incapacitados ou tão pobres que nosso talento criativo teve de ser abandonado para ganhar a vida em um emprego servil. É apenas depois de aprender o poder e a responsabilidade na parte mais profunda de nosso ser, que seremos autorizados a assumir nosso verdadeiro poder. Os efeitos psicológicos corrosivos das condições de vida atual combinados com uma memória mais ou menos consciente do passado – frequentemente apavorante – bem podem ter solapado nossa autoconfiança. Se soubermos de primeira mão as consequências do abuso de poder, iremos temer repetir os mesmos padrões do passado. O instinto nos alertará que um fracasso, dessa vez, seria desastroso. Tão urgentemente como os Mundos Superiores, nós também precisamos ter a certeza inequívoca de que estamos prontos para servir.
O Ritual:
Se você se sentir pronto para dar um passo em direção ao seu poder, o ritual a seguir é uma sugestão. Ele contém certas proteções para que, se quiser, você possa retroceder a qualquer momento. O desenho para o ritual é um círculo de pedras tendo ao centro um símbolo do seu poder. Pode ser um cristal, uma coroa, uma chama, uma pena ou até mesmo um espaço em branco. É importante que o símbolo não tenha uma qualidade limitada; ele deve representar a maior porção de poder a que você tem acesso agora, mas que pode sempre crescer se você estiver disposto a tanto. Pelo lado de fora desse círculo, coloque uma echarpe para cada um dos medos, necessidades ou hesitações que estão tentando impedi-lo de acessar seu poder. Ao colocar cada echarpe no chão, nomeie-as claramente e defina como estão lhe afetando. Então, ande lentamente em volta de todo o círculo, comprometendo-se, mais uma vez, com esse processo contínuo. Seus medos formam um círculo mágico que pode ser usado apenas quando tiver se livrado dos impedimentos que eles representam. Após manter um diálogo com cada um, jogue as echarpes correspondentes em um cesto de lixo que você colocou na entrada do círculo. Não esconda de si mesmo nada que fique entre você e seu poder. Se tiver alguma dúvida neste ponto, é melhor parar o ritual do que continuar em estado de medo ou de confusão. À medida que andar em volta do círculo mágico que pode ser cruzado apenas quando tiver se livrado dos impedimentos que eles representam, Após manter um diálogo com cada um, jogue as echarpes correspondentes em um cesto de lixo que você colocou na entrada do círculo. Não esconda de si mesmo nada que fique entre você e seu poder. Se tiver alguma dúvida neste ponto, é melhor parar o ritual do que continuar em estado de medo ou de confusão. À medida que andar em volta do círculo, mantenha um forte contato com o símbolo do seu poder que se encontra no centro. Ele está chamando por você? Você se sente confortável com ele? Você entende completamente com o que está se comprometendo? Considerou o custo de tudo o que precisa renunciar? Tem força física e psicológica suficientes? Continue andando pelo círculo até essas questões serem satisfatoriamente respondidas. Agora, pedindo por toda a força e proteção disponíveis, e lembrando-se de que está fazendo um movimento com consequências que serão duradouras, entre no círculo. Segurando seu símbolo nas mãos, dedique-se, tanto quanto sua vida, a usar o poder para o bem da humanidade. Após alguns minutos, saia do círculo levando o símbolo. Desfaça o ritual. A cada vez que repetir a cerimônia, reavalie completamente as qualidades e forças ligadas a cada uma das echarpes e ao seu símbolo de poder. Não tenha nada como garantido. Cada vez que entrar novamente no círculo, irá passar por uma grande mudança, não apenas dentro de si, mas também em se relacionamento com o mundo.
Preparação:
Faça um círculo de pedras. Coloque no centro o símbolo do seu poder. Tenha tantas echarpes quantas for precisar. Coloque um cesto de lixo na entrada do círculo.
Recapitulando:
Coloque as echarpes em volta e por fora do círculo, nomeando cada uma à medida que coloca-las no chão. Converse com cada uma das echarpes, enquanto mantém contato com o símbolo do poder, no centro. Ao fim de cada diálogo, coloque a echarpe no cesto de lixo. Ande lentamente em volta do círculo, concentrando-se no símbolo do seu poder. Quando se sentir pronto, entre no círculo. Segurando seu símbolo, dedique seu poder a servir e ao maior bem que puder alcançar. Fique por alguns minutos no centro do círculo. Saia do círculo, segurando o seu símbolo. Desmonte o local do ritual.

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Religando-se à Fonte =
Muitas pessoas, hoje, sentem-se cortadas da Fonte de onde foram originadas, enquanto outras nem sequer acreditam que tal Fonte seja acessível a nós ou mesmo exista. Isso deixa ambos os grupos vulneráveis e sozinhos, presas fáceis para qualquer medo. Uma cerimônia para contatar esse ser, qualquer que seja a forma dele para você, pode ser um instrumento muito forte para dispersar os seus medos e restaurar o sentimento de unicidade com o qual você veio para o mundo.
O Ritual:
O símbolo sugerido para a Fonte nesse ritual é o do Sol unido com a Lua, uma forma muito antiga de representar a conclusão do Universo. Se, por alguma razão, isso for inaceitável para você, encontre um símbolo mais abstrato. Coloque o seu símbolo da Fonte em uma mesa, na parte do círculo que fica à sua frente quando você entra. Ponha na frente do símbolo uma série de madeiras ou tiras de tecido para representar os degraus que você deve subir para alcançar a Fonte. Amarre em seu símbolo uma linha de algodão que você carregará durante toda a cerimônia. Se houver outros participantes, eles devem ficar ao lado esquerdo dos degraus – eles têm um papel passivo, mas sua fé e apoio podem contribuir muito. No começo da cerimônia, você está no degrau “mais baixo”. O fio prendendo você à Fonte encontra-se frouxo, simbolizando seu atual isolamento dela. Explore esse degrau para ver quando essa natural ligação foi rompida ou se a mesma atrofiou-se lentamente. Examine algumas quebras que foram criadas pelo medo e pela desconfiança e tente desvendar qualquer ceticismo que tenha destruído sua crença na Fonte e sua ligação com ela. Se parecer que, realmente, não existem rupturas em seu fio, mas sim um sentimento recoberto de bolor, como se a falta de uso tivesse tirado o seu poder, aspire isso para dentro de você com toda a força que puder invocar e libere, afirmando que o descuido agora é coisa do passado. Puxe o fio, tornando-o mais tenso. Com o fio entre você e a Fonte mais tenso, mova-se lentamente pelos degraus, parando sempre que precisar. Você pode sentir que passou a ter a consistência de uma corda. Sua suposição original foi, agora, confirmada: A Fonte sempre está totalmente disponível, a menos que você mesmo corte a conexão. Após dedicar-se a isso o quanto sentir necessário para o momento, você e seus amigos podem querer entoar algumas afirmações como: “Nossa ligação com a Fonte é real. Nossa ligação com a Fonte é boa”. Volte lentamente, mantendo o fio sempre tenso. Isso fornece uma rota mais direta entre você e a Fonte e você não pode deixar que se afrouxe novamente. Quando chegar ao topo dos “degraus”, fique por um momento absorvendo o grande presente que recebeu: uma fonte eterna e infinita respondendo a todas as suas necessidades antes mesmo de você as conhecer. Deixe o fio no chão; você não precisa mais de uma testemunha visual para provar sua união com a Fonte. Saia do círculo. Desfaça-o.
Preparação:
Faça um círculo. Coloque o seu símbolo para a fonte em uma mesa no círculo. Prenda a ele um fio que seja suficientemente grande para ser segurado frouxamente no início dos degraus. Coloque uma série de madeiras ou tiras de tecido representando os degraus. Eles devem ficar distantes o suficiente para que você possa mover-se confortavelmente entre eles.
Recapitulando:
Fique no começo dos degraus, segurando o fio frouxamente em suas mãos. Os outros participantes ficam à esquerda dos degraus. Sinta-se em seu fio. Ponha força nele. Reafirme-o. Com o fio tenso, suba os degraus lentamente. Quando estiver no símbolo, cante, se quiser. Dedique-se à Fonte. Volte lentamente com o fio tenso. Fique por alguns momentos no topo dos degraus, apreciando o presente que recebeu. Coloque o fio no chão. Saia do círculo. Desfaça-o.

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Lembrando-se de você =
É possível distanciar-se dos outros ou permitir que eles o puxem – quase o desmontem – de tal forma que nada, virtualmente, restará. Este é um tipo de relacionamento muito doentio e o ritual a seguir irá ajudá-lo a cultivar aquelas partes, suas, das quais você se desapropriou, seja por excesso de auto-sacrifício como por deliberado vandalismo. Essas partes, simbolicamente ausentes, podem ser um órgão, um sentido, ou mesmo uma função psicológica, como a discriminação. Com alguém reinvidicando a propriedade dessas suas partes, ele o está forçando a ver a vida ou a ter ideias resumidas pelos olhos e mente dele, em vez de fazê-lo pelos seus próprios, que, de certo modo, não mais existem. Você pode ter permitido que sua força vital lhe tenha sido tirada, e este é o roubo mais perigoso de todos.
O Ritual:
Coloque-se no centro de um círculo de cadeiras vazias. Tenha à sua volta um lápis e alguns cartões em branco. Sente-se lá calmamente, pedindo para que lhe seja mostrado quem controla alguma de suas partes vitais. Você pode já saber algumas das respostas, outras podem surpreende-lo. É muito provável que um deles seja membro de sua família próxima; seu chefe ou um grande amigo também podem aparecer. Quando reconhecê-los, escreva seus nomes em cartões e coloque um em cada cadeira. Por enquanto, não tente identificar o órgão ou a função psicológica que lhe foi retirada – apenas identifique as pessoas envolvidas. No momento, estão todos presentes; pode ser que tenha visto certos padrões surgindo e queira enfatizá-los agrupando as cadeiras de alguma maneira especial. Isso pode ser muito útil. Agora, imagine-se dividido em seções como se fosse um gráfico médico (você pode querer ter à mão um desenho do corpo humano que inclua os chakras e suas funções.) Começando pelos pés, vá subindo, averiguando se cada parte de você está intacta e presa ao seu corpo. Seus pés estão fazendo o caminho que você gostaria de fazer? Seu fígado está realizando sua função filtradora da forma que você escolheria ou outra pessoa está decidindo o que deve ou não fazer parte de você? Seu coração está presente ou alguém o levou embora? Se for o caso, foi algum de seus pais ou aquele por quem está apaixonado? Suas emoções estão coloridas por outra pessoa, você já não sabe mais o que sente? E a sua audição? Tudo o que lhe dizem é interpretado por outra pessoa? Se sim, por quem? Por um mestre? Por um parente? E a base da sua vida? Alguém simplesmente se apropriou dela por que precisava ou por que você abriu mão em um desencaminhado excesso de generosidade? Faça um cartão para cada parte de seu corpo que pareça estar faltando e coloque-o na cadeira apropriada. Comece um diálogo com qualquer pessoa que você sinta que mais seriamente o prejudicou. Explique-lhe como é lamentável ser tão incompleto e como é inconveniente ter a sua vida sendo interpretada por ela ou ter a sua força sugada pela dela. Ela deve então, ter a chance de explicar como essa situação aconteceu. Ouça cuidadosamente, pois ela irá ajudá-lo a impedir que a situação aconteça novamente. Permita que ela descreva como foi a experiência de viver tão intimamente com algo que não era seu. Você pode ficar surpreso em descobrir quão desastroso e confuso foi para ela, assim como para você. Façam uma pequena cerimônia juntos, na qual você recupera o que, por direito, é seu. Quando terminar, retire da cadeira o cartão com o seu nome e o do órgão ou sentido apropriado pela pessoa. Quando o domínio dela sobre você tiver sido renunciado, vire sua cadeira para o lado de fora do círculo. Repita o diálogo e a cerimônia com cada uma das pessoas envolvidas. Quando tiver terminado, vá e sente-se no centro do círculo com os cartões no seu colo. Dê as boas-vindas aos pedaços perdidos. Afirme que, agora, você está completo e nunca se permitirá novamente ser distribuído entre outras pessoas. Saia da sala. Desfaça o ritual.
Preparação:
Coloque uma cadeira no centro de um círculo de cadeiras. Na cadeira central, coloque um lápis, cartões em branco e, se quiser, um esboço do corpo humano.
Recapitulando:
Sente-se na cadeira central e sinta quem está prendendo algum aspecto de você que precise ser tomado de volta. Escreva seus nomes em cartões e coloque um em cada cadeira. É útil separá-las em grupos. Começando pelos pés, perceba seu corpo e descubra quais partes estão faltando. Quando descobri-las, escreva-as em cartões e associe-os com os nomes já colocados nas cadeiras. Dialogue com uma pessoa de cada vez. Retire o cartão e vire a cadeira para fora. Quando esse processo estiver completo, sente-se no centro do círculo e dê as boas-vindas a cada parte sua que estava faltando. Afirme que essa situação não acontecerá mais. Saia da sala. Desfaça o ritual.

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O Fim de uma doença =
Muitas pessoas acreditam que nós nos levamos às doenças ou aos acidentes necessários ao crescimento de algum de nossos aspectos espiritual e/ou psicológico. Então, entender nossa necessidade da doença e desvendar a mensagem dela, quando a contraímos, é vital para nos ajudar a terminar com ela e bani-la definitivamente. Uma razão comum para atrair a doença é que a vida espiritual de muitas pessoas, nesse momento, está se desenvolvendo tão rapidamente que elas precisam de bastante tempo sozinhas. Incapazes de conseguir esse espaço para reflexão e crescimento em sua rotina diária, tais pessoas podem, inconscientemente, chamar para si alguma forma de doença que as obrigue a dedicar mais tempo, em silêncio, para si mesmas. Outra razão está ligada às nossas vidas passadas. Como já foi dito, há muito mais do que o nosso corpo físico; temos outros corpos vibrando em frequências altas, todos com um objetivo comum: chegar à Luz ou ao Divino. Essa parte de nós que é eterna e retorna de tempos em tempos para a Terra para continuar seu aprendizado, está subordinada ao carma, à lei de causa e efeito. Uma vez que colhemos o que plantamos, iremos sempre nascer no ambiente onde voltaremos a encontrar aqueles que erraram conosco e aqueles com quem erramos – isso nos dá a oportunidade de pagar nossas dívidas cármicas. Da mesma maneira, se alguma coisa relacionada à nossa saúde permaneceu sem resolução em uma vida anterior, ficar doente agora poderia ser a forma mais natural de resolvê-la. O mesmo se aplica ao mal físico feito a alguém – carma passado pode ser redimido, agora, por uma doença. O motivo pelo qual uma doença em particular é atraída, põe em questão muitos aspectos. A doença respondeu a uma necessidade psicológica? Amor e atenção eram tão desejados? Se sim, por que eles não podiam ser conseguidos por meios mais delicados? A razão da doença era espiritual? A possibilidade da morte precisava ser encarada antes de um avanço no caminho poder ser feito? Foi um período de temporária imobilidade ou de alguma outra incapacidade necessária para despertar a compaixão pelos outros? Se temos que aprender algumas lições de uma doença, devemos analisar seus efeitos exatos no corpo. Onde, por exemplo, está localizada? Se do lado esquerdo, está chamando a atenção para a natureza feminina; se do lado direito, para a natureza masculina. Em que chakra? Quais dos quatro elementos estão envolvidos? Nossa circulação, por exemplo, está relacionada ao elemento água; os pulmões, ao ar; os ossos, à terra; e as emoções ao fogo. E qual função está sendo definida? Uma mão machucada pode representar ação prejudicial; um seio doente pode estar relacionado a nutrição; problemas aos pés podem apontar uma falta de sustentação; enquanto um coração doente pode estar falando sobre o centro vital da pessoa. Uma exploração concentrada na condição particular irá dar muitas dicas, desde um simples pedido de descanso até um violento aviso de desastre. Asa mensagens podem também ser mais sutis. Se, por exemplo, você tem a garganta constantemente inflamada, pode ser muito recompensador considerar com que sucesso sua criatividade tem recebido permissão para se expressar. Se sua respiração for ofegante e dolorosa, seus pulmões não estão sendo preenchidos com o ar da vida ou do Espírito – o que você está recusando da vida? A medicina moderna perdeu seu conceito de doença como um orientador e seu único critério é a velocidade da recuperação. Mas a supressão dos sintomas não significa cura e, muito comumente, drogas modernas não apenas nos privam da oportunidade de descanso e crescimento, mas também nos roubam algumas dicas inestimáveis sobre nossos estados psicológico e espiritual. Não é sábio deixar isso acontecer, simplesmente porque a doença, que é meramente omitida, não curada, irá quase sempre ressurgir. Então, mesmo se os sintomas tiverem desaparecido e você tiver recebido alta, não peça para que sua doença parta totalmente até estar satisfeito, até ter aprendido com ela tudo o que podia.
O Ritual:
Tudo o que é necessário para esse ritual é um círculo, dentro do qual você coloca uma grande bola de lã de algodão que tenha sido afofada o bastante para se tornar especialmente absorvente. Uma testemunha pode ser convidada para o ritual, se quiser, mas não é necessária. Entre no círculo e fique ao lado da bola de lã. Derrame nela todos os sintomas e ansiedades que tem experimentado durante sua doença; deixe que todas as dores de cabeça, indigestões, cãibras e tosse sejam absorvidos por ela. Esses medos e dores agora estão gastos; você não precisa mais carrega-los. Se a doença ameaçar-lhe a vida, dê adeus ao medo da morte. Agradeça a sua doença pela nova consciência que lhe trouxe. Pegue a lã de algodão e coloque-a em um recipiente fechado, do lado de fora do círculo, afirmando que, no final da cerimônia, irá queimá-la ou coloca-la embaixo da torneira e, depois, torcer ou enterrá-la. Coloque um chumaço limpo de lã de algodão no centro do círculo. Ande lentamente pelo lado de fora do círculo três vezes, afirmando sua liberdade da necessidade dessa doença em particular. Saia da sala. Desfaça o círculo.
Preparação:
Faça um círculo. Coloque uma bola grande de lã de algodão afofada dentro dele. Tenha outro chumaço de lã de algodão disponível. Coloque um recipiente fechado do lado de fora do círculo.
Recapitulando:

Entre no círculo. Derrame na lã de algodão todos os sintomas que tem experimentado durante a doença. Agradeça a doença pelo aprendizado recebido. Coloque a lã de algodão do lado de fora do círculo, no recipiente fechado, prometendo despachá-lo assim que o ritual terminar. Coloque um novo chumaço de lã de algodão no centro do círculo. Ande três vezes em volta do círculo, afirmando sua liberdade da necessidade dessa doença em particular. Saia da sala. Desmonte o local do ritual.

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Um aniversário =
Muitos de nós guardamos da infância a sensação de que nosso aniversário é um momento de celebração, um dia especial no qual todos estarão tentando nos agradar. Para essas pessoas, um ritual de aniversário não apresenta problemas. Elas simplesmente irão querer fazê-lo da forma mais divertida e triunfante possível para afirmar que o que já sabiam era verdade. Mas não é assim para todos. Para algumas pessoas, o aniversário é rodeado por memórias tristes e um amontoado de medos, cujas causas e durações variam. Alguém irá lembrar-se do seu aniversário? O que aconteceu no ano passado? Por que elas precisam ser dolorosamente lembradas de que suas vidas estão passando? Questões de autovalorização, em todas as suas formas, vêm muito antes do aniversário. Para aqueles que acham aniversários difíceis, um ritual irá precisar de mais imaginação, pois estará tentando reverter um padrão já estabelecido que é, fundamentalmente, suspeito de celebração. Pode ser de grande ajuda fazer, antes dele, um ritual de iniciação, pois muitas pessoas que evitam comemorações de aniversário são aquelas que relutam em ter raízes no planeta. Se essa ideia não lhe agradar, tente, antes de o ritual estar para acontecer, lembre-se de todas as coisas boas dos anos passados e antecipar o que é positivo para o ano vindouro. Tente também recordar-se4 dos aniversários felizes que já aconteceram – poucas são as pessoas que não têm do que se lembrar.
O Ritual:
Para aqueles que gostam de seus aniversários, vestir-se de um jeito especial é uma boa maneira para acrescentar o clima festivo ao ritual. Faça um círculo muito bonito com flores e objetos atrativos em cores harmoniosas. Preencha o círculo com bandeirolas e fitas. Se for em um bom local para o aniversariante receber seus presentes, empilhe-os em uma das extremidades do mesmo. Você também pode colocar o bolo ao lado deles. Acender as velas e apaga-las depois pode ser o ponto alto da cerimônia. Se o aniversariante tiver algum interesse ou hobby em particular, pode ser divertido ter um tema coordenando a decoração. Como é uma ocasião quando vocês todos estarão se mexendo e expressando com alegria mais do que com solenidade, não use adereços formais. Muitas das pessoas que se regozijam em seu aniversário irão, provavelmente, preferir que esse ritual seja realizado com o máximo de amigos possível; então, faça um círculo realmente grande. O aniversariante entra primeiro e, então, é cercado pelos convidados. Dessa posição de estrela, ele expressa qualquer coisa que quiser dizer: sua alegria de estar vivo, sua felicidade com as amizades, seus ideais para o ano que está vindo... o que ele sentir. Se alguém quiser dar uma resposta, deve fazê-lo. Abraçar todos, cantar, receber presentes, acender as velas do bolo... tudo isso pode ser parte do ritual – qualquer coisa que se adapte ao humor do aniversariante e afirme que um dia especial é, realmente, muito bom. Se todos entraram na sala dançando, podem querer sair dela do mesmo jeito. Desmonte o círculo. Uma cerimônia para alguém querendo reverter o padrão de tristeza que rodeia seu aniversário terá de ser um pouco diferente do descrito acima. Pede um local mais simples e poucos participantes, já que a ênfase será na mudança interior. Entre no círculo e comece dirigindo-se aos seus pais, cujas fotografias podem estar no local. Se foram eles que originaram seus sentimentos, diga-lhes que não deseja mais prosseguir pela vida de forma a ser anualmente encoberto por essa tristeza. Agora, dirija-se a “você” em anos anteriores. Comece colocando em volta do círculo cartões numerados, representando cada ano de sua vida. Acrescente a eles, quando apropriado, um símbolo para cada aniversário importante. Dirija-se a esses anos, se quiser. Deixe que a força para mudar flua por você. Deixe qualquer tristeza ou indiferença que rodeiem seu aniversário ir embora. Ande lentamente em volta do círculo. Quantas vezes precisar, contemplando profundamente a sua vida. Dar a si um presente, alguma coisa que realmente queira, mas não compraria em circunstâncias normais, é uma boa forma de declarar que se valoriza e que reconhece esse dia como especial. Se quiser cantar alguma coisa antes de sair do círculo, cante. Isso pode começar a estabelecer o sentimento de celebração que você, agora, quer ter presente em seus aniversários. Saia da sala. Desfaça o círculo.
Preparação:
Para a primeira versão desse ritual, faça um círculo com ênfase na beleza. Se quiser, coloque os presentes e o bolo no círculo. Tenha fósforos prontos para acender as velas. Para a segunda versão, faça um círculo simples. Tenha fotografias de seus pais, se quiser. Coloque, em volta do círculo, cartões numerados para cada ano de sua vida e alguns símbolos que precisar para os anos especiais. Prepara um presente para se dar.
Recapitulando:
Na primeira versão, ande ou dance pelo círculo com seus amigos. Fique no centro do círculo com todos a sua volta. Se quiser, fale alguma coisa para eles. Abra seus presentes e acenda as velas do bolo. Saia dançando e/ou cantando. Desfaça o círculo. Na segunda versão, entre no círculo. Dirija-se aos seus pais e àqueles anos que precisam de atenção especial. Dê a si mesmo o seu presente. Cante algo, se quiser. Saia do círculo e da sala. Desmonte o círculo.

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Começando um projeto novo =
Não importa o quanto nos consideremos racionais; secretamente, todos desejamos que a magia esteja viva e não muito distante, e que, se a chamarmos, ela nos dê uma calorosa resposta. Em momento algum esse desejo é mais ativo do que quando estamos começando um novo projeto. Juntando em um ritual toda a ajuda disponível, incluindo o encanto da boa sorte, nosso projeto receberá uma sensação de confiança que irá, a longo prazo, fazer dele um sucesso – fornecendo a direção em que o projeto estará a salvo.
O Ritual: Para essa cerimônia, todos aqueles que estiverem participando de um novo começo, de qualquer natureza, devem estar presentes. É a combinação de suas energias, entusiasmo e fé que irá trazer ao ritual, e depois ao projeto, a irresistível qualidade da certeza. O círculo preparado deve ser festivo e, ao mesmo tempo, tão mágico quanto vocês se sintam bem em fazer. Quaisquer amuletos, encantos ou objetos de sorte que qualquer um de vocês possua pode ser juntado às flores ou pedras do círculo. Vocês poderiam pendurar, no alto, uma lua nova, ter a foto de um varredor de chaminé, desenhar um trevo de quatro folhas ou representar qualquer um dos tradicionais objetos portadores da boa sorte. Coloquem no centro do círculo, qualquer símbolo que considerem apropriado ao projeto. Pensem muito para escolher, porque deve ser uma inspiração para todos vocês, assim como o ponto focal e o fator de união. Ficar em pé, no centro, durante o ritual, irá mostrar todo o amor e energia que vocês podem dar. Entrem no círculo e fiquem de pé, rodeando o símbolo. Esse é um ritual de grupo onde ninguém é líder; então, qualquer um pode falar em qualquer ordem. A primeira coisa a se estabelecer é a natureza do projeto, incluindo todas as expectativas e desejos que estão sendo colocados nele. A próxima coisa a se afirmar é o que cada um de vocês está preparado para dar ao projeto, em termos de dinheiro, tempo e esforço. Ouvir esses compromissos – tanto os seus quanto o dos outros – feitos nesse lugar sagrado, fará com que eles adquiram um peso maior do que se fossem feitos de outra maneira. Agora, chamem tudo o que, de alguma forma, puder ajudar ao empreendimento. Saiam da posição em que se encontram e andem ao redor do círculo, um de cada vez, tocando em cada um dos encantos que tiverem sido nele colocados.  Quem quiser dizer alguma coisa, diga. Alguém também pode querer fazer algum pedido especial ou potencializar um talismã ou símbolo com alguma afirmação positiva. A energia dos encantos da boa sorte irá unir o grupo e dar muita fé no sucesso do projeto. Vocês podem terminar indo, cada um, para o centro do círculo e tocando em um pedaço de madeira que tenham colocado lá. Se parecer supersticioso demais, terminem a cerimônia curvando-se uns aos outros e ao símbolo do projeto. Vocês podem sentir-se dando um grito de vitória enquanto estiverem saindo.
Preparação:
Façam um círculo muito festivo, contendo alguns amuletos, encantos e objetos de sorte de todos os participantes. Coloque, no centro, um símbolo para o projeto e, se quiser, um pedaço de madeira.
Recapitulando:

Todos entram no círculo e ficam de pé em volta do símbolo para o projeto. Cada um diz as expectativas e desejos que estão colocando no projeto. Cada um diz o que está preparado para dar ao projeto. Cada um anda em volta do círculo, tocando os encantos e evocando sua ajuda. Cada um toca o pedaço de madeira que está no centro, se quiserem. Os participantes curvam-se uns aos outros, depois, ao símbolo do projeto e, em seguida, saem do círculo. Saiam da sala. Desfaçam o círculo. 


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(continua...)




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VELAS

DO LIVRO: A MAGIA DIVINA DAS VELAS O Livro das Sete Chamas Sagradas , De: Rubens Saraceni , EDITORA MADRAS


Nas chamas das velas podemos ver ondas ígneas parecidas com as que são irradiadas pelos pontos de forças da natureza, que são os chacras planetários multidimensionais, que emitem energias que são conduzidas por poderosas correntes eletromagnéticas a todos os quadrantes das muitas dimensões da vida dentro do nosso todo planetário. Esses chacras ou vórtices planetários retiram energias do nosso plano material e as enviam a todas as outras dimensões existentes paralelamente com a nossa dimensão espiritual. Mas também coletam as energias geradas nas outras dimensões e as transportam até a nossa dimensão humana da vida, numa troca energética contínua. Sabemos que as energias do plano material são as mais densas e que vão sendo fracionadas pelas ondas das correntes eletromagnéticas multidimensionais. Esse fracionamento obedece ao mesmo processo da nossa digestão, quando ingerimos alimentos sólidos e eles vão sendo partidos em “pedaços” cada vez menores, até que é possível a retirada das vitaminas, proteínas, lipídios, etc., que são lançados na corrente sanguínea e chagam às células. As energias do plano material são absorvidas pelos vórtices energéticos e, dentro deles, elas vão sendo fracionadas e conduzidas por ondas energéticas às dimensões paralelas, onde são absorvidas pelos seres, criaturas e espécies que nela vivem. E essas mesmas ondas energéticas retornam à nossa dimensão humana, carregadas das sutilíssimas energias nelas existentes, descarregando-se no nosso prana ou éter universal. Então, numa troca energética continua, ora doamos, ora recebemos energias. Essas ondas ígneas tanto são absorvidas pelas correntes eletromagnéticas quanto podem ser projetadas a distâncias longínquas alcançando o alvo que mentalizamos. A nossa mente é a chave do processo, pois se mentalizarmos uma pessoa, as ondas chegarão até ela. E caso essa pessoa tenha falecido, as ondas chegarão até seu espírito, esteja ele onde estiver no mundo espiritual. Essa nossa mente é direcionadora de energias e ativadora de processos mágicos ou teúrgicos.
No passado, os “magos do fogo”, ao acenderem suas piras rituais, usavam só certas espécies de madeira, pois as chamas, dependendo da espécie usada, projetavam um tipo de energia própria para o fim desejado por eles. Quando surgiram as velas de cera de abelha, muitos adaptaram suas magias e elas e outros recorreram à mistura de elementos minerais para obter os mesmos resultados. Mas até hoje o uso das piras se mantém em algumas regiões e religiões, pois o fogo “religioso” delas é um purificador único.
Na vela branca estão todos os tipos de irradiações primárias e nas coloridas as irradiações mistas ou compostas, repetindo o fenômeno físico de luz branca, que, ao ser fracionada, mostra-se como um arco-íris. De um modo geral podemos dizer que a vela branca traz em si todas as irradiações e as projeta assim que é acesa e que as coloridas irradiam ondas compostas, originadas da fusão de ondas primárias irradiadas pela sua chama.
 Já a vela preta, quando é acesa, forma vários tipos de ondas, cujo maior fenômeno é o de absorver essências coloridas e fundi-las, adquirindo um magnetismo absorvente desagregador de muitos tipos de energias espirituais ou elementais.
A vela azul-escura, por outro lado, além de emitir vários tipos de ondas ao absorver a essência eólica existente no éter, emite, por meio de sua chama, uma onda tão polarizadora que é associada ao Trono da Lei – a potência Divina.
A vela vermelha é compartilhada por oito Tronos de Deus e é associada diretamente ao elemento fogo e ao Trono da Justiça. Mas, na verdade, a cor original desse Trono é um dourado parecido com a cor dos raios vistos durante as tempestades, cujos relâmpagos ofuscam nossa visão. Assim, se associamos a vela vermelha ao Trono da Justiça, é porque ela emite uma onda purificadora tão poderosa que consome todas as condensações energéticas desordenadas ou desequilibradas. E quando direcionada magisticamente para um espírito, consome todas as suas energias negativas e devolve-lhe seu equilíbrio mental e vibratório, curando-o e libertando-o dos seus próprios sentimentos negativos.
Enfim quando associamos uma vela e uma cor a uma divindade, é porque uma de suas ondas se destaca e tem correspondência com sua energia viva ou com o campo em que ela atua.
Velas e Tronos =
Vela Branca : Trono da Fé
Vela Azul-escura : Trono da Fé
Vela Rosa ou Azul : Trono do Amor
Vela Branca ou Azul-celeste : Trono do Amor
Vela Verde ou Branca : Trono do Conhecimento
Vela Magenta ou Vermelha : Trono do Conhecimento
Vela Marrom, Vermelha ou Branca : Trono da Justiça
Vela Laranja : Trono da Justiça
Vela Vermelha, Azul-escura ou Branca : Trono da Lei
 Vela Amarela : Trono da Lei
Vela Violeta ou Branca : Trono da Evolução
Vela Lilás ou Branca : Trono da Evolução
Vela Azul-clara ou Branca : Trono da Geração
Vela Roxa ou Branca : Trono da Geração
Vela Preta ou Vermelha : Trono da Vitalidade
Vela Vermelha : Trono dos Desejos

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ATIVAÇÃO DOS TRONOS:

Vela ROXA: Essa vela deve ser acesa para pedidos de cura de enfermidades, assim como para afastamento de espíritos sofredores, obsessores ou zombeteiros. Trono Masculino da Geração (IÁ-FÉR-SI-HE-IIM-YÊ)

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Vela LILÁS: Deve ser acesa para pedidos de saúde, de amparo familiar e de âmbito profissional. Também serve para afastar pessoas invejosas, cobiçosas ou falsas. Trono Feminino da Evolução (IÁ-FÉR-MA-RÉ-IIM-YÊ)

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Vela ROSA: Deve ser acesa para pedidos de união, para auxílio durante a gravidez ou para conseguir engravidar. Também deve ser acesa para pedir prosperidade no plano material e evolução nos planos consciencial e espiritual. Trono Feminino do Amor (IÁ-FÉR-MA-IIM-YÊ)

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Vela AZUL-ESCURA: Deve ser acesa para abertura dos caminhos materiais ou espirituais, para propiciar oportunidades profissionais e também para afastar obsessores. Trono Masculino da Lei (IÁ-FÉR-AG-IIM-YÊ)

Vela MARROM: Deve ser acesa para pedido de auxílio no campo religioso das pessoas, quando estas estiverem confusas, bloqueadas mediunicamente ou sendo demandadas. Trono da Justiça (IÁ-ÓR-RA-IIM-YÊ – IÁ-FÉR-KA-LI-IIM-YÊ)

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Vela LARANJA: Deve ser acesa para pedidos de justiça, purificação de ambientes e para cortar magias negras. Trono Feminino da Justiça (IÁ-FÉR-KA-LI-IIM-YÊ)

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Vela VERMELHA: Deve ser acesa para pedidos de justiça, para afastar inimigos e para proteção contra pessoas falsas, invejosas ou traidoras. Trono Masculino da Justiça (IÁ-ÓR-RA-IIM-YÊ)

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Vela AZUL: Deve ser acesa para pedir saúde, harmonia familiar e matrimonial, e para purificar os ambientes. Trono Feminino da Geração (IÁ-HÓR-MA-NI-IIM-YÁ)

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Vela VERDE: Serve para pedidos de saúde, para abertura de oportunidades profissionais e para melhorar o raciocínio. Trono do Conhecimento (IÁ-FÉR-SE-HI-IIM-YÊ)

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Vela AMARELA: Serve para direcionar a vida das pessoas. Trono Feminino da Lei (IÁ-FÉR-ÇA-IIM-YÊ)

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Vela PRETA: Deve ser acesa no quintal e deve ser consagrada a Deus e ao Divino Trono da Vitalidade Mehor yê, pedindo a Deus e a esse Trono que afastem de suas casas quaisquer atuações negativas. Trono da Vitalidade (IÁ-FER-ME-HOR-IIM-YÊ)

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Vela VIOLETA: Trono Masculino da Evolução (IÁ-ÓR-RA-IIM-YÊ)
(1). Deve-se acender uma vela violeta  de sete dias, consagrá-la a Deus e ao seu Trono Masculino da Evolução, evocando essa divindade e solicitando seu auxílio na solução de problemas com espíritos sofredores, “encostados” ou obsessores.
(2). Deve-se acender uma vela violeta de sete dias, consagrá-la a Deus e ao Trono Masculino da Evolução. A seguir, mentalizar esse “desenho” ígneo e trazê-lo ao chacra frontal, evocando essa divindade e solicitando seu auxílio na transmutação de conceitos e sentimentos não virtuosos.
(3). Deve-se acender uma vela violeta de sete dias, consagrá-la a Deus e ao Trono Masculino da Evolução. A seguir, mentalizar um desenho ígneo, e evocar essa divindade e solicitar seu auxílio na cura de doenças, na diluição de discórdias, etc.
(4). Deve-se acender uma vela violeta de sete dias, consagrá-la a Deus e ao Trono Masculino da Evolução. A seguir, evocar essa divindade e, mentalizar uma mandala ígnea, trazendo-a para você, posicionando-a ao seu redor, pois ela limpará suas auras e afastará espíritos sofredores.
(5). Deve-se acender em círculo sete velas violeta e consagrá-las a Deus e ao Trono Masculino da Evolução. A seguir, evocar essa divindade e solicitar seu auxílio na solução de vários problemas, tais como perseguição espiritual, magias negativas, doenças, etc.; inclusive, pode-se firmar as velas em um círculo maior e sentar-se dentro dela na posição de lótus, mentalizando a dissolução de seus problemas. Mas deve-se permanecer uns quinze minutos sentados, mentalizando uma chama violeta ao seu redor.

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Vela MAGENTA: Trono Feminino do Conhecimento (IÁ-FER-MA-IIM-YÊ).
(1). Deve-se acender uma vela magenta de sete dias, consagrá-la a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento e solicitar seu auxílio divino no fortalecimento do seu sentido da fé e no aperfeiçoamento do seu sentimento de religiosidade, transmutando-os para melhor. Depois, mentalizar uma mandala ígnea e trazê-la para o seu íntimo, através do chacra cardíaco ou do coração.
(2). Deve-se acender uma vela magenta de sete dias, consagrá-la a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento, evocando-o e solicitando seu auxílio na harmonização de relacionamentos amorosos.
(3). Deve-se acender uma vela magenta de sete dias, consagrá-la a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento. A seguir, mentalizar um pontal ígneo, expandi-lo a sua frente e solicitar o auxílio dessa divindade para abrir suas “portas”, sejam as materiais ou as espirituais.
(4). Deve-se acender uma vela magenta de sete dias, consagrá-la a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento. A seguir, mentalizar esse “desenho” ígneo e, evocando essa divindade, solicitar seu auxílio na cura de doenças.
(5). Deve-se acender uma vela magenta de sete dias, consagrá-la a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento. A seguir, mentalizar um desenho ígneo e solicitar o auxílio dessa divindade para anular antipatias, discórdias e inimizades.
(6). Deve-se acender uma vela magenta de sete dias, consagrá-la a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento. A seguir, evoca-lo, mentalizando um desenho ígneo, solicitando seu auxílio na cura de doenças e na abertura de novas oportunidades espirituais e materiais.
(7). Deve-se acender uma vela magenta de sete dias, consagrá-la a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento e, mentalizando uma mandala ígnea, solicitar o auxílio dessa divindade na solução de problemas variados.
(8). Sete velas magenta devem ser acessas e firmadas em círculo e consagradas a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento. Deve-se solicitar seu auxílio divino na solução de muitos problemas, tais como desarmonia familiar, desemprego, tristezas indefinidas, melancolia, apatia, etc. Deve-se evocar essa divindade de Deus e mentalizar uma mandala ígnea, deslocando-a para sua mente, de onde ela se expandirá e formará, a sua volta, uma aura expansora e transmutadora da realidade sombria ou triste que estiver envolvendo-o.
(9). Treze velas magenta devem ser acesas em cruz e consagradas a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento. Depois, evoca-las e solicitar seu auxílio divino na solução de vários problemas, tais como: limpeza de ambientes energeticamente negativados (inveja, mau-olhado etc.) ou para o afastamento de espíritos sofredores, obsessores, desequilibrados, etc.

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Vela AZUL-TURQUESA: Essa vela é ótima para a cura de doenças psíquicas ou de fundo emocional e também para harmonizar ambientes familiares. Os vários desenhos aqui ilustrados correspondem às formas ígneas formadas no plano espiritual pela balsâmica chama dessa vela. Tronos do Amor, do Conhecimento, da Geração e da Evolução

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Vela PRATA: Essa vela é usada para a decantação de sentimentos negativos, descarga de emoções desequilibradas, afastamento de espíritos perturbadores e sofredores, além de ser ótima nos processos de cura, desde que seja consagrada a um ou a vários Tronos de Deus. Todos os Tronos

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Vela DOURADA: Essa vela tem múltiplas utilidades e deve ser acesa em triângulo, em cruz ou em círculo.  Todos os Tronos.
(1). Tronos Femininos da Lei e do Conhecimento. Ao acender a vela, deve-se mentalizar uma mandala no plano espiritual. Ela tem o poder de abrir o mental, aguçar o raciocínio, concentrar a mente, reequilibrar o emocional e dimensionar os seres. Deve-se evocar esses dois Tronos e pedir-lhes auxílio Divino e suas irradiações vivas.
(2). Tronos Femininos da Evolução e da Justiça. Ao acender a vela dourada, deve-se mentalizar uma irradiação e pedir a Deus e a esses Tronos a queima das energias negativas, a autoenergização e a transmutação dos sentimentos íntimos, redirecionando suas vidas e espiritualidade. Também serve para auxiliar na cura de algumas doenças de fundo emocional.
(3). Tronos Masculinos da Fé, da Evolução e da Geração. Ao acender a vela, deve-se mentalizar uma mandala transmutadora, magnetizadora e evolucionista e pedir a Deus e aos Tronos que auxiliem na transmutação íntima e exterior, assim como na descarga e queima de energias negativas internalizadas em seus campos eletromagnéticos e energéticos sutis.
(4). Tronos da Fé e da Evolução. Ao acender a vela, mentalize uma mandala magnetizadora, e transmutadora e peça auxílio de Deus e desses Tronos para o fortalecimento da fé e da autoestima.
(5). Tronos do Amor e da Geração. Ao acender a vela, peça o auxílio de Deus e desses Tronos nos campos do amor e da geração de oportunidades profissionais; pode-se também pedir a cura de algumas doenças.
(6). Tronos da Geração e do Conhecimento. Ao acender a vela, mentalize uma mandala e clame pelo auxílio de Deus e desses Tronos para curas, queimas de energias negativas e concentração do raciocínio.
(7). Tronos do Amor, da Fé, da Evolução e da Geração. Ao acender a vela, mentalize uma mandala e peça auxílio a Deus e a esses Tronos para a cura de doenças, afastamento de espíritos desequilibrados e descarga de energias negativas condensadas dentro de seus lares.
(8). Tronos da Evolução e da Geração. Ao acender a vela, evoque o auxílio de Deus e desses Tronos e mentalize uma mandala transmutadora e geradora, pedindo auxílio para anular obsessões espirituais, afastar espíritos sofredores, gerar oportunidades profissionais assim como para curar algumas doenças físicas ou psíquicas.
(9). Tronos do Conhecimento. Ao acender a vela, mentalize uma mandala, pedindo o auxílio de Deus e desses Tronos para suas vidas, seja no campo da saúde, profissão, relacionamento etc.
(10). Tronos da Lei e da Justiça. Ao acender a vela, mentalize uma mandala, pedindo a Deus e a esses Tronos o auxílio divino para anularem magias negativas, atuações espirituais e queima de energias negativas em seus campos magnéticos ou condensadas em seus lares.
(11). Tronos da Evolução, do Amor e do Conhecimento. Ao acender a vela, evoque esses Tronos e mentalize uma mandala. A seguir, peça auxílio de Deus e desses Tronos para solucionar problemas de desemprego, doenças e desarmonias familiares ou profissionais.
(12). Tronos da Justiça, do Conhecimento e da Geração. Ao acender a vela, evoque esses Tronos e mentalize uma mandala pedindo o auxílio Divino para anularem inimizades, demandas mentais e descargas de energias negativas condensadas em seus corpos espirituais.
(13). Tronos da Evolução, da Geração e do Conhecimento. Ao acender a vela, evoque esses Tronos e mentalize uma mandala, pedindo o auxílio Divino para superarem as dificuldades espirituais, os sentimentos mórbidos e apatizadores e a tristeza.

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Todos os Tronos (1): Velas lilás, rosa, azul, verde, amarela, vermelha e branca paralelas nessa ordem. Servem para pedidos variados de auxílio.

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Todos os Tronos (2): Velas branca, vermelha, amarela, verde, lilás, rosa e azul, nessa ordem formando um círculo. Serve para pedidos diversos, tais como cortar magias negativas, pragas, amaldiçoamentos, inveja, quebrante, mau-olhado etc. Em caso de pessoas obsediadas, doentes ou internadas, deve-se colocar o nome ou uma foto recente delas dentro desse círculo mágico, que deve ser firmado no solo.

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Tronos da Lei Maior (IÁ-FÉR-AG-IIM-YÊ – IÁ-FÉR-ÇA-IIM-YÊ): Velas roxa, vermelha, azul-escura, amarela, verde, laranja, lilás, rosa, marrom e azul-clara, nessa ordem em círculo. No centro do círculo uma vela branca. Serve para afastar espíritos obsessores, limpar ambientes e cortar magias negativas. Também serve, clamando a Deus e ao Trono da Lei, para redirecionar a vida dads pessoas, afastando-as de condutas negativas. Deve-se acender sete vezes durante sete dias seguidos. Esse círculo forma um arco-íris celestial, sai da chama da vela branca e, depois, projeta, em caracol, suas cores rumo ao infinito.


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Trono da Fé (IÁ-ÓR-NA-HI-IIM-YÊ – IÁ-ÓR-NA-HE-IIM-YÊ): Velas vermelha, azul-escura, branca, laranja e rosa nessa ordem, formando uma linha. Formando uma linha com ângulo de 90 graus da primeira e partilhando a mesma vela branca, velas marrom, azul-clara, lilás, então a vela branca, depois amarela, verde e roxa. Deve-se acender para pedidos de paz, harmonia, descargas de energias negativas.

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PARA AMOR: Devem ser usadas velas azul, rosa e branca, acesas em triângulo.

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PARA PEDIDO DE JUSTIÇA: Devem ser usadas velas branca, azul, vermelha e laranja, acesas em cruz.

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PARA QUEBRAR UMA DEMANDA: Devem ser usadas velas branca, vermelha e preta, acesas em triângulo.

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PARA CONSUMIR MIASMAS: Devem ser usadas velas branca, azul, rosa, roxa ou lilás, acesas em círculo.

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PARA DILUIR EGRÉGORAS: Devem ser usadas velas branca, preta, vermelha e roxa, acesas em círculo.

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PARA PURIFICAR UM AMBIENTE: Devem ser usadas velas branca, rosa e violeta, acesas em triângulo.

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PARA ENERGIZAR UMA PESSOA: Devem ser usadas velas branca, vermelha, laranja e lilás, acesas em cruz.

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PARA DESCARREGAR A AURA: Devem ser usadas velas branca, vermelha, laranja e lilás, acesas em cruz.

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PARA CORTAR CORDÕES ENERGÉTICOS NEGATIVOS: Devem ser usadas velas branca, vermelha, amarela, azul e laranja, acesas em círculo.

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PARA CORTAR INVEJA, PRAGAS, MALDIÇÕES, OLHO GORDO E CIÚMES: Devem ser usadas velas das sete cores principais (branca, rosa, azul, verde, vermelha, amarela e roxa), acesas em círculo.

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PARA CRUZAR UM LOCAL: Deve ser usada vela branca.

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PARA FORTALECER UM NAMORO: Devem ser usadas velas branca, azul e rosa, acesas e amarradas com fitas das mesmas cores.

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PARA FASTAR UM INIMIGO DO NOSSO CAMINHO: Deve ser usada uma vela branca acesa em campo aberto.

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PARA VIRAR UMA DEMANDA: Devem ser usadas velas branca, azul-escura, vermelha e preta, acesas de ponta cabeça, em cruz.

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PARA CORTAR UMA DEMANDA: Devem ser usadas apenas velas brancas, vermelhas e pretas, acesas em triângulo.

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PARA “CRUZAR” UMA PESSOA: Deve ser usada vela branca.

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PARA DESOBSTRUÇÃO DOS CHACRAS:
Branca: Coronário, frontal, solear, laríngeo e básico
Azul: Coronário, cardíaco, umbilical e laríngeo
Verde: Frontal, coronário, esplênico e laríngeo
Vermelha: Umbilical, básico, esplênico e laríngeo
Lilás: Coronário, cardíaco, básico e esplênico
Rosa: Frontal, cardíaco, esplênico e laríngeo
Amarela: Frontal, laríngeo, umbilical, esplênico e básico
Laranja: Umbilical, frontal, cardíaco e básico

Essas cores atuam com maior intensidade e eficácia sobre esses chacras, e devem ser mantidas sobre eles por cinco minutos, porque esse é o tempo de que as ondas ígneas precisam para diluir, queimar, anular ou desagregar os acúmulos de energias que se formam ao redor deles, mas dentro do corpo energético. Um bastão de vidro incolor, se levemente aquecido na chama de uma vela e friccionado sobre os chacras, puxa para si toda a energia negativa acumulada ao redor deles. Aqueça apenas a ponta redonda do bastão e só até ela absorver energia ígnea, mas de forma que o calor seja suportável pela pele do corpo. Portanto, alguns segundos próximo da chama da vela já são suficientes para aquece-lo. Ele deve ficar morno, nunca quente. O vidro, sendo um material amorfo, magnetiza-se assim que é aquecido e torna-se um poderoso absorvedor de todos os tipos de energias negativas, inclusive as de natureza humana ou “carnal”. Já o quartzo, se levemente aquecido, projeta ondas ígneas raiadas até dois metros de distância, alimentando-se das energias negativas do ambiente. Logo, não é aconselhado o seu uso nos chacras, porque suas ondas são muito longas. 



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( Do Livro: A Cabala Draconiana, de Adriano Camargo Monteiro ; EDITORA MADRAS )
Alguns Símbolos de Malkuth/Lilith: Alguns símbolos utilizados nos trabalhos de Malkuth/Lilith são o crânio, o tambor, a cruz grega dentro do círculo e o altar negro de cubo duplo. O crânio, ou a caveira simboliza a terra, os ossos da terra (as rochas), a transitoriedade da vida física e, ao mesmo tempo, a essência imortal da existência através das transformações e dos ciclos naturais e cósmicos da vida, bem como os poderes dos “mortos” autoconscientes e dos ancestrais. O tambor é também um símbolo da Terra, do ritmo cósmico primordial da criação e da destruição, do pulsar de todas as formas de vida, dos instintos primitivos e das forças maternais da natureza. A cruz grega - a cruz de braços iguais – dentro do círculo é um símbolo dos quatro Elementos que interagem entre si no continuo processo da Criação macrocósmica e microcósmica. O altar merece uma atenção maior porque é um símbolo concreto, muito importante, utilizado na pratica cerimonial, além de nos dar um exemplo de geometria sagrada simples. O altar negro de cubo duplo representa a matéria que dá suporte para as forças espirituais se manifestarem no mundo físico e expressa a totalidade da Árvore cabalística e suas forças convergidas para a Terra; é o trabalho (mágico) completado. O altar com cubo duplo (um cubo sobre o outro) representa todas as Esferas, menos a Malkuth/Lilith que é representada pela própria Terra e o solo do templo cerimonial.

Alguns símbolos de Yesod/Gamaliel: a meia-lua, o caldeirão, a taça, o ovo e os perfumes. A meia-lua é o próprio símbolo da Lua e do plano astral, indicando receptividade e o inconsciente. O caldeirão representa o útero onde se dá a gestação da vida. É o receptáculo das influências astrais aproveitadas na magia ou na feitiçaria, bem das águas da Terra. O caldeirão simboliza a fusão da água, da terra, do fogo e do ar, e com esses elementos ele pode ser utilizado. A taça partilha de alguns significados do caldeirão e representa também a vagina no contexto mágico e ritualístico. O ovo representa a criação latente e os poderes latentes e criadores do magista; também partilha do simbolismo do caldeirão e da taça. Os perfumes são os símbolos do plano astral (e da mente também) que é mais sutil do que a matéria densa do plano físico, e sua fumaça sugere elevação espiritual e o véu do Além e seus mistérios que estão em nós mesmos.

Alguns símbolos da Esfera Hod/Samael: O caduceu, a varinha, a pluma, os rolos de papiros e a lemniscata. Sobre o caduceu já tratamos em capítulos anteriores. A varinha é um símbolo da magia e do elemento Ar, utilizada para traçar signos no ar juntamente com as vibrações de palavras pertinentes. A pluma é outro símbolo do Ar e da escrita, pois a mente, ou o intelecto, produz a palavra que é vibrada no ar, assim como o próprio pensamento e o raciocínio rápido são “elementos aéreos”. Os papiros são o símbolo do conhecimento arcaico e secreto, que contêm as palavras, os signos e as fórmulas da magia tanto da Mão Direita quanto da Mão Esquerda; os livros, revistas e jornais, são o desenvolvimento do papiro e hoje se prestam a registrar informações e conhecimentos úteis e construtivos ou inúteis, descartáveis e perniciosos. A lemniscata é o oito horizontal, símbolo gráfico do infinito e dos ciclos realizados em polaridade no Universo e na Natureza.

Alguns Símbolos da Esfera Netzach/A´Arab Zaraq: Os símbolos das Esferas de Vênus são a rosa (com espinhos), a pomba, o espelho, a concha, a lâmpada e a cruz ansata. A rosa é a flor sagrada de Vênus e simboliza o amor, a pureza, a alma humana e a vontade; com os espinhos caracteriza o aspecto qliphótico de purgação das impurezas, dos elementos indesejáveis da existência e o esforço doloroso para se atingir os planos mais elevados. A pomba é a ave sagrada de Vênus e simboliza o espírito e a paz de espírito, a tranquilidade ataráxica. O espelho é símbolo da beleza e da feldade, representa a Terra como um reflexo das Esferas cabalísticas e o ser humano como reflexo dos deuses e demônios; representa uma “porta mágica” para outros planos ou estados de consciência. É associado também à Esfera de Daath, o “Conhecimento”. A concha representa a vagina, o útero gerador, o desejo e o aspecto feminino da natureza, pois Vênus-Afrodite nasceu de uma concha, em meio à espuma do mar, fecundada com o sangue do falo de Urano, o pai dos Titãs. A lâmpada é a luz de Lúcifer (o “Gênio da Lâmpada”), e representa a inteligência, as ideias que iluminam a vida, a consciência e a autoconsciência nos planos sephiróticos e qliphóticos; simboliza o próprio planeta Vênus com seu brilho matutino e vespertino.  A cruz ansata é um símbolo da vida eterna e do caminho a ser seguido pela alma em busca do deus interno; representa o amor venusiano, pois é o próprio glifo astrológico de Vênus.

Alguns Símbolos da Esfera Tiphareth/Thagiriron: Alguns símbolos utilizados nos trabalhos solares são a cruz latina invertida, o mastro, o candelabro, os chifres, o círculo com o ponto e o outa (o olho-de-Hórus). A cruz latina invertida é o símbolo do sacrifício espiritual, da transmutação de algo inferior para algo superior e a união dos opostos na própria alma; é a espada apontada para cima e o falo gerador, a força masculina e positiva do universo manifestado e da individualidade. O mastro é um símbolo fálico da fertilidade, da vida e da ascensão. O candelabro representa a luz e o fogo solares, a iluminação espiritual e a presença de Eu Superior nos trabalhos ocultos. Os chifres são um símbolo da inteligência expandida e da compreensão espiritual, representando também a autoridade, o poder e a força, e jamais se deve considera-lo um atributo diabólico. Estão associados também às Esferas de Marte (Geburah), Júpiter (Chesed) e Saturno (Binah). O círculo com o ponto no centro representa o próprio Sol e o Eu Superior inserido na totalidade do universo, como o centro da evolução individual; é a Criação manifestada no Cosmos com a Luz que brilha nas Trevas. O outa ou udjat, o olho-de-Hórus, simboliza a visão espiritual do iniciado e a própria visão da Lei na manifestação de todas as coisas. O olho também está associado a Shiva e a Set, os destruidores da ilusão e do universo quando este chegar ao fim de seu ciclo evolutivo. Entretanto, esse olho destruidor não é exatamente um “olho solar”.

Alguns Símbolos da Esfera Geburah/Golachab: Alguns símbolos de Marte utilizados na Cabala são a espada, o açoite, a corrente, a rosa de cinco pétalas e o pentagrama. A espada representa destruição, a eliminação do inútil e desnecessário, a justiça e também a morte violenta; serve para banir e invocar, é um símbolo de divisão e análise, do raciocínio e da mente. O açoite simboliza a severidade da Lei e da Ordem, a dor das ações kármicas e do ascetismo iniciático. A corrente partilha de alguns significados do açoite. A rosa de cinco pétalas é o espírito renascido após os padecimentos da vida e do carma doloroso criado no passado. O pentagrama é um símbolo cabalístico da magia e também um antigo símbolo pagão, representando os quatro Elementos e o Espírito; de ponta cabeça expressa as forças cósmicas descendo para a Terra, sendo atraídas para o magista, e não o Diabo.


Alguns Símbolos da Esfera Chesed/Gha´Agsheklah: Alguns símbolos de Júpiter são: a suástica, o cajado ou o cetro, o orbe e a pirâmide. A suástica é uma cruz muito mais antiga do que o nazismo, e representa o movimento de expansão ou contração do universo; é um símbolo da boa sorte, da alegria e da saúde. O cajado e o cetro simbolizam a autoridade e sabedoria espirituais do iniciado e o poder do magista, assim como é a muleta do sábio ancião no fim de sua existência; pode também ser usado como instrumento de autoritarismo e opressão. O orbe é o globo do mundo representando o poder e o domínio sobre as forças materiais e sobre si mesmo. Sobre a pirâmide muito se tem falado, porém não vamos nos estender em discussões polêmicas. Para os nossos propósitos neste estudo, basta dizer que a pirâmide expressa as forças cósmicas expandindo-se e “descendo” para a Terra (e tem também essa finalidade), e simboliza os Mistérios, a Iniciação e o próprio universo – ou seja, a Obra concluída – constituído pelos quatro Elementos (metafisicamente) regidos pelo Espírito Arquiteto.
Alguns Símbolos de Daath: Alguns dos símbolos mais interessantes e significativos de Daath são o calabouço, a cela de hospício, a casa maluca, o labirinto, o cubo mágico, a semente, o holograma, o espelho (de Alice), a toca do coelho, a cabeça de Janus, o relógio mecânico, a “oficina do Diabo”, o palhaço, a máquina do tempo, a caixa de Pandora, o código binário, o cérebro, o disco rígido do computador, a torre de Babel, o navio fantasma. Além dos símbolos citados (alguns principais) e das atribuições astrológicas e astronômicas, podemos considerar todos os símbolos possíveis para Daath, os antigos e os modernos, os sagrados e os profanos, os concretos e os abstratos, infinitamente, bem como (paradoxalmente) desconsiderar qualquer símbolo também. Pelo que precede, Daath pode ser considerada como o centro principal da magia do caos ou caoísmo, que é um sistema não muito sistemático no qual cada magista faz seu próprio sistema. Na magia do caos o mais importante é a experiência individual (como em qualquer outro sistema ocultista), a busca pelos estados alterados de consciência, o desenvolvimento pessoal e a responsabilidade ou irresponsabilidade pelos seus seus resultados. Crenças são adotadas ou criadas à vontade como meios de se atingir determinados fins ou objetivos, podendo ser abandonadas ou substituídas por outras. O magista caótico visa alterar sua própria “realidade” e utiliza tudo o que possa ser útil e funcional para o seu sistema pessoal, como, por exemplo, magia cabalística, xamanismo, magia enochiana, tantrismo, Necronomicon, doutrinas religiosas, magia goética, mitologia, psicologia junguiana, radiônica, tarô, neurologia, fisiologia, biologia, mecânica quântica, ciência acadêmica em geral, plantas enteógenas e psicoativos sintéticos, sigilização, ufologia, música atonal, rock progressivo, filosofia, artes, literatura, poesia, fantasia, ficção científica, teorias, hipóteses, etc. Enfim, tudo pode ser adaptado e utilizado no sistema caótico no qual não há mestres, gurus ou professores, a não ser que o magista queira. Assim como a magia do caos, Daath é um verdadeiro pandemônio que influencia a vida na Terra e as civilizações. Na humanidade, a influência de Daath pode gerar insanidade ou criar gênios encarnados.

Alguns Símbolos da Esfera Binah/Satariel: Os símbolos saturninos utilizados na Cabala Draconiana são: a vagina (ou yoni, em sânscrito), o caldeirão, a taça, o triângulo invertido, o túmulo, o sarcófago, a foice, a túnica negra, o crânio e o tambor. O caldeirão e a taça, também abordados na Sephira Yesod, representam aqui o Grande Útero primordial, a fonte de toda a Matéria cósmica. A taça é também Ginnungagap, a Grande Taça da Ilusão dos escandinávios, o Mar do Caos do Espaço Primordial de onde provém toda a Matéria e a Vida; é a vagina da Grande Mãe, Binah. O triângulo invertido é o símbolo equivalente à vagina, ao útero e à taça, além de ser o glifo alquímico da Água ou do Grande Mar. O túmulo e o sarcófago simbolizam, obviamente, a morte ou melhor, a transformação e o retorno à origem primitiva da matéria. São símbolos femininos, já que a morte neste mundo significa renascimento em outro. A foice é outro símbolo de morte e transformação, de passagem e do tempo de todas as coisas. A túnica negra representa o ocultamento, a introspecção e o silêncio. É usada nos trabalhos cabalísticos cerimoniais e na magia de modo geral como um sinal de recolhimento, isolamento da vida mundana e cotidiana. Indica a ideia de segredo e sagrado, de seriedade e concentração no trabalho. O crânio e o tambor são também abordados na Sephira Malkuth. Esses símbolos se associam tanto à Terra quanto à Esfera de Saturno.

Alguns Símbolos de Chokmah/Ghogiel: Os símbolos utilizados aqui são o cetro e o falo. O cetro é também abordado na Sephira Chesed (Júpiter), que é um desdobramento imediato de Chokmah no Pilar da Misericórdia. O falo (ou linga, em sânscrito) simboliza o princípio masculino abstrato, primordial e espiritual do universo, é a força masculina impetuosa, o fluxo de energia livre em direção ao Receptáculo feminino para gerar a Vida; tem correspondência com o cetro e o cajado.


Alguns Símbolos de Kether/Thaumiel: Os símbolos cabalísticos são, o ponto, a suástica e a coroa. O Ponto é a Primordial Latência Espiritual que irá se diferenciar e expandir; é a origem de Tudo, o Princípio Imanifesto do Universo. A Suástica, também tratada em Chesed, aqui é o primeiro movimento (Primum Mobile) originando-se do ponto para dar início à Criação. A Coroa simboliza o Princípio Espiritual Absoluto, o Rei do Universo em toda a sua abrangência, assim como é a consciência espiritual totalizada do ser humano.




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HISTÓRIA

(Fonte:  A HISTÓRIA SOMBRIA DO OCULTO , Magia Loucura e Assassinato - De: Paul Roland ;  EDITORA MADRAS )



A palavra “mago” deriva de Magi, o nome dos sacerdotes persas do Zoroastrismo, que eram hábeis na interpretação de sonhos e astrologia. Zoroastro (c.1700-1400 a.C) foi o primeiro profeta a proclamar que o amor do Ser Supremo (Ahura Mazda) deveria ser buscado por sublimação, não por sacrifícios, e que todas as criaturas vivas têm valor igual ao do homem. Zoroastro reformulou o culto ao fogo, de forma que ele se tornou o símbolo da Força da Vida Universal. De acordo com os Gathas, um texto sagrado atribuído ao profeta, Ahura Mazda deu à luz espíritos gêmeos, que lutaram pelo controle do mundo. Mas o Ser Supremo não criou o bem e o mal, pois esses conceitos são humanos. O que chamamos de bem é simplesmente a habilidade de perceber a realidade, ou a verdade das coisas, enquanto o mal é uma percepção distorcida do mundo e nosso propósito nele. Esses conceitos teriam um efeito profundo – embora raramente reconhecido – sobre os pensamentos judeus, cristãos e muçulmanos, bem como sobre a filosofia grega.
Assumindo que a natureza humana não evoluiu de forma significativa desde que os primeiros humanos começaram a observar seu ambiente com algum grau de curiosidade, não é insensato imaginar que seu primeiro pensamento não foi apreciar a majestade da criação, mas simplesmente a autopreservação. E, quando anoitecia, podemos presumir com segurança que, em vez de ficar admirando o pôr do sol, nossos ancestrais corriam em busca de abrigo, parando apenas para se armar com porretes imensos, por medo do que poderia estar espeitando nas sombras. A sobrevivência é nosso impulso mais fundamental, e não um anseio espiritual. A reflexão, contemplação e introspecção surgiram muito mais tarde, com o despertar gradual da autoconsciência e uma persistente curiosidade sobre o significado da vida. Muitos de nós não são mais sábios hoje em dia no que diz respeito a essa questão e, ouso dizer, a vasta maioria da humanidade ainda está preocupada com a sobrevivência básica e a autogratificação. Mesmo após a fundação das primeiras grandes civilizações na Suméria e no Egito, por volta de 4000 a.C, o primeiro instinto não era cultuar o Criador, mas acalmar os deuses sombrios da morte e destruição, pois o mundo antigo era um ambiente duro e hostil. A vida cotidiana era uma batalha incessante contra o deliberado poder destrutivo da Mãe Natureza, sem mencionar a ameaça representada pelos predadores famintos, doenças que se alastravam e inimigos impiedosos por todos os lados. Em um mundo de morte e crueldade, os deuses sombrios mantinham o domínio sobre todos. Não foi à toa que os medos dos homens encontraram expressão em lendas sobre seres cósmicos que lutavam por supremacia nos céus e abaixo da terra, criando tempestades, inundações, fome, terremotos e todos os tipos de desastres naturais no processo. E em um esforço para explicar o fenômeno da morte, que em geral era violenta e ao acaso, surgiu a crença na imortalidade da alma e na vida após a morte, em que os bons eram recompensados e os maus, punidos. Esse mundo inferior de almas e sombras variou de civilização para civilização e, mesmo assim, todas as culturas, até as mais diversificadas, produziram relatos de similaridade impressionante dele. Mas podemos presumir que ninguém retornou do mundo dos mortos para descrever a jornada da alma. A única conclusão que podemos obter é que os xamãs das tribos primitivas e os sumo sacerdotes das civilizações antigas compartilhavam uma visão da vida após a morte, adquirida a partir de estados alterados e sonhos alguns induzidos por drogas, e outros conseguidos a partir de jejuns rigorosos e outras formas de rituais religiosos ou de magia. É claro que tais estados alterados são subjetivos e caracterizados pelos indivíduos, as limitações de sua linguagem e a cultura em que a experiência aconteceu. Isso explica o simbolismo muitas vezes obscuro na descrição dos mundos superior e inferior e de seus habitantes imaginários, encontrados nos textos sagrados e imagens das religiões do mundo.
O registro mais antigo de um ritual de magia e xamanismo é uma pintura pré-histórica em caverna que data do Paleolítico, encontrada na Caverne des Trois Frères, em Ariège, na França. Ela retrata um homem vestido em uma pele de animal, com um ornamento de cabeça com chifres, que parece ocupado em alguma forma de dança ritualística. Alguns sugeriram que a figura representa o Deus Cornudo de um culto da fertilidade, que sobreviveu na Europa até a Idade Média e é a origem do deus grego Pã. Outros propuseram que foi dessa fonte que o demônio cristão adquiriu seus cascos, chifre e rabo. Mas a pintura em Ariège é de interesse mais que histórico, por ser um dos exemplos mais antigos de magia ritual. A pintura não pretendia ser uma mera descrição de uma cena de caça, pois, ao pintar sua presa, o xamã e seu povo estavam usando a técnica de magia mais antiga conhecida pelo homem – eles estavam visualizando o que desejavam para trazer aquele acontecimento à vida, a partir de sua vontade. Trocando em miúdos, aquilo era a mente suplantando a matéria, uma técnica intuitiva que foi praticada por todo o mundo e em todas as épocas, por culturas que não tiveram ligação óbvia.
O Deus cornudo dos pagãos europeus teve sua contraparte na divindade suprema suméria Marduk, que, de novo, não era nem bom nem mau, embora permitisse a existência da maldade, disfarçado como o Deus Bel. Com o tempo, as duas divindades tornaram-se uma só – Bel-Marduk -, e essa nova divindade exigia sacrifícios humanos. Com o declínio do império sumeriano, os povos da Babilônia e Assíria degeneraram para a idolatria e sua magia tornou-se corrupta e destinada ao interesse pessoal. Abandonaram as realizações culturais do início do império – astronomia, astrologia, arquitetura – em favor do sacrifício de sangue, superstição e conquistas. O antropólogo Ivar Lissner data a aparição da magia negra nessa época. Entre os sumérios surgiu a ideia de que, se eles pudessem induzir animais a morrerem por meio de magia, eles poderiam vencer seus inimigos humanos desfigurando suas imagens. Nesse mesmo estágio da evolução humana, por todo o mundo, os homens de repente pararam de fazer imagens com a forma humana – todos, exceto os praticantes do que hoje chamamos de Artes Negras.
 “... os deuses e a magia nascem para iluminar sua majestade...” (Tabuleta memorial a Osíris)
Nos tempos antigos, os sacerdotes-feiticeiros do Egito praticavam a análise dos sonhos, adivinhação, cura pela fé, profecia, visualização remota, cirurgia psíquica (operações em pacientes hipnotizados sem anestésicos) e uma forma de meditação conhecida como “assumindo a forma de Deus”, que era usada quando alguém precisava de orientação. A pessoa envolvida sentaria em uma atitude típica do deus que ela desejasse consultar – ou seja, como retratados em estatuetas e murais. Depois, entrando em um transe leve, ela se identificaria com as características específicas atribuídas àquela divindade, antes de fazer seu pedido de ajuda ou orientação. Acredita-se também que os grão-sacerdotes egípcios executavam projeção astral como rito de iniciação para que pudessem adquirir experiência direta dos segredos da vida e da morte. Contudo, quando os sacerdotes trocaram a busca de compreensão por mascatear seus serviços, encontraram-se reduzidos a lançar pragas e vender a passagem em segurança através do mundo subterrâneo. Os sacerdotes haviam desenvolvido um método original de lançar pragas nas pessoas. Primeiro eles criavam uma estatueta com o nome da vítima e depois atiravam sete talos de sete tamareiras na boneca, com um arco de crina de cavalo, enquanto entoavam o nome da pessoa amaldiçoada. Por meio de tais práticas, os grãos-sacerdotes alcançaram uma influência e um poder sem precedentes, a ponto de até o faraó temer ofende-los. Existiam rumores de que eles podiam animar estátuas de barro para que, em seguida, enviavam para matar seus inimigos. Um relato desse procedimento está preservado nos Papiros Westcar, que contam a história do grão-sacerdote Aba-aner, que matou o amante de sua esposa depois de conferir vida a um crocodilo de argila. Quando o faraó Neb-Ka visitou o sacerdote, ele foi levado à margem do rio, onde Aba-aner convocou a fera encantada do Nilo, o corpo ainda preso em suas mandíbulas. Impressionado com o poder do sacerdote e não desejando causar desagrado, o faraó declarou “Levai o que é vosso e saí!”. A partir daquele dia, os sacerdotes tornaram-se imunes à censura. Os tempos do antigo Egito não eram lugares de culto silencioso. Pelo contrário, eram abarrotados de praticantes das artes da magia, que ofereciam aos visitantes análises de sonhos, adivinhação e orientação, tudo por um preço. Um típico pedido aos deuses envolvia escrever a solicitação com o sangue de um pássaro ou de um animal pequeno e, então, desenhar uma imagem do deus na mão esquerda. Depois, a mão seria amarrada em um tecido consagrado e o suplicante se retiraria para a cama, com a esperança de que o deus de sua escolha aparecesse em seus sonhos e lhe desse a resposta que buscava. Para os egípcios. Tais praticas eram tão inofensivas quanto consultar cartas de tarô ou um astrólogo hoje em dia, mas depois que o faraó Akhenaton fracassou em introduzir o monoteísmo (crença em um único deus), em 1362 a.C, o Egito caiu na escuridão. Todas as evidências do reino de Akhenaton foram apagadas e os sacerdotes tornaram-se os defensores todo-poderosos dos “deuses antigos”. A partir de então, o culto dos mortos, presidido pelo deus com cabeça de chacal (Anúbis) dominou a sociedade egípcia, minando-a de sua vitalidade e levando à paralisação do progresso. Seth, o irmão maligno de Osíris, suplantou o deus solar Amon-Rá e os curadores pela fé foram substituídos pelos magos-sacerdotes, que se tornaram cada vez mais ocupados com a feitiçaria e menos com a ciência, consequentemente comprometendo a distinção entre magia branca e negra. Muitos feiticeiros adquiriam corpos dos embalsamadores, corpos em que eles praticavam a arte negra da necromancia (conversação com os mortos).
Há uma praga que funciona sob as leis da magia simpática, que afirma que o mago pode estabelecer uma ligação psíquica com sua vítima se possuir um objeto pessoal, ou amostra de cabelo, ou unha daquele indivíduo. Uma boneca feita à semelhança da vítima será mais eficiente se ela puder ser vestida com algo que pertença a tal pessoa. Essa prática procede da forma mais primitiva de culto, o totemismo. Os nativos norte-americanos, os povos inuit da América do Norte, do Ártico e da Sibéria e a maioria das tribos africanas, todos se desenvolveram a partir de culturas centradas no totemismo – a crença de que o destino das tribos estava ligado a uma espécie específica de animal. Na Índia, essa forma de culto da natureza foi contaminada pelo culto do sacrifício animal, introduzido pelas tribos arianas que invadiram o Vale do Indo, por volta de 1500 a.C. O princípio central dessa prática é que todas as doenças e infortúnios podem ser curados se forem transferidos para o corpo do animal sagrado, que depois é morto e oferecido aos deuses. Uma ideia similar originou a expulsão simbólica do bode expiatório. O triunvirato de deuses hindus era Brahma, o absoluto, Vishni e Shiva. Brahma é o criador do Universo e Vishnu, o mantenedor; porém o papel de Shiva é destruir o Universo, para que ele possa ser recriado, dessa vez sem suas imperfeições. De vez em quando, Shiva é representado com aspectos masculinos e femininos. Alternativamente, ele tem uma consorte, a Deusa Mãe que pode adquirir muitas formas. Uma delas é Kali, a Deusa da Morte, armada até os dentes. Tradicionalmente ela é retratada pingando sague, usando um colar de crânios e armada com um par de espadas afiadas e letais. Mas seu papel, poderes e significado variavam de acordo com a seita a que a pessoa pertencesse. Para os shaktas, ela era cultuada com rituais que envolviam orgias sexuais, enquanto os tugues a veneravam pelos assassinatos rituais por estrangulamento. Mas, para os hindus, todos os deuses eram apenas aspectos de Brahma, e eles não consideram Kali uma figura destrutiva, mas um símbolo de mudança, pois no Hinduísmo a morte não é um fim, mas uma fase no ciclo interminável da vida.
Em suas memórias, A Patern of Islands, o funcionário público britânico, sir Arthur Grimble, comissário residente das Ilhas Gilbert, recordou ter testemunhado um xamã nativo invocando do mar um imenso cardume de marsopas, após entrar em transe. O xamã saiu de sua cabana gritando: “Elas estão vindo, elas estão vindo”, minutos antes de a primeira marsopa ser avistada. O escritor Colin Wilson gosta de citar as experiências do explorador britânico Ross Salmon como um exemplo excelente da ligação psíquica entre o homem “primitivo” e a natureza. Em suas memórias, My Quest For Eldorado, Salmon descreveu um “julgamento pela natureza” conduzido pelo povo callawaya, nativos do norte da Bolívia. Uma jovem fora acusada de ser infiel ao marido, então os anciãos decidiram convocar o animal sagrado da tribo, um condor, para julgar a fidelidade da moça. O condor é um pássaro reticente e não afeito a contato com humanos, mas depois da cerimônia de invocação três desses pássaros surgiram aparentemente a comando dos anciãos. Enquanto Salmon filmava a cerimônia, ele captou o momento em que um imenso pássaro macho mergulhou e desceu na frente da mulher aterrorizada, que tinha sido amarrada em um posto de madeira. O condor circulou por alguns momentos e então foi em direção a ela, atacando sua garganta com o bico, antes de um membro da equipe de filmagens espanta-lo com uma pedra. Alguns dias depois, a mulher cometeu suicídio, jogando-se de um despenhadeiro. Ela estava convencida de que o pássaro a havia exposto como mentirosa.
No Velho Testamento, diz-se que o rei Saul consultou a feiticeira de Endor para perguntar ao espírito do profeta Samuel como ele poderia vencer seus inimigos. Samuel respondeu que o destino de todo homem é submeter seus poderes a outro. A feiticeira nessa história não é má; ela é apenas uma sensitiva, que usa um talismã para convocar o espírito benigno às ordens do rei, embora ele tivesse proibido expressamente seus súditos de se envolver com o oculto. É o rei que tenta engana-la, disfarçando-se e alardeando seus próprios decretos quando lhe era conveniente. O fim, a feiticeira senta pena de Saul e mata um de seus animais para alimenta-lo. A história serve apenas para revelar a falibilidade da natureza humana e os perigos da arrogância. Os gregos também contaram histórias de videntes, feiticeiros e magas, pois, ao mesmo tempo em que falavam de filosofia, também consultavam os oráculos e praticavam tipos moderados de magia. Na Odisseia, o poeta do século VIII a.C., Homero, faz seu herói protagonista convocar o espírito do vidente Tirésias e encontrar a maga Circe, e nenhum deles era maldoso. Quinhentos anos mais tarde, as feiticeiras ainda eram fábulas da imaginação poética, pois o poeta Teócrito conjurou a imagem de uma garota com o coração partido, que foi levada a rezar para Hécate, a deusa do Inferno, para ter de novo em seus braços o amante infiel. Mas, de novo, essa feiticeira noviça não era má. Glauco, o herói de uma passagem do Philopseudes de Luciano, que é o mais antigo texto conhecido por fazer referência ao encanto de amor das feiticeiras chamado de “descenso da Lua”, também não era mau. Glauco estava tão apaixonado pela bela Cila que tema morrer de tristeza se não pudesse vê-la de novo, então ele consultou um mago que invocou Hécate, a deusa dos mortos. Glauco foi instruído a criar uma imagem de sua amante em argila e cravar agulhas de bronze nela, enquanto repetia as palavras: “eu furo a ti para que te lembres de mim”. O encanto provou-se bem-sucedido, pois Cila correu para o jovem doente de amor e o abraçou, jurando amor eterno.
Foram os escritores romanos Horácio, Ovídio, Petrônio, Lucano e Apuleio que criaram a imagem icônica da feiticeira como a velha enrugada e ressequida, que vasculhava cemitérios à procura dos ingredientes de beberagens venenosas e conversava com seus espíritos familiares. A fábula de Lucano sugere que, embora os pensadores radicais da sociedade grega estivessem avançando no conceito de livre-arbítrio e despachando os deuses para seu passado poético, eles ainda estavam acorrentados à ideia de que um indivíduo podia influenciar outro exercitando sua vontade superior. Lúcio Apuleio tornou-se conhecido como a primeira história completa da feitiçaria, “O Asno de Ouro”, no século II. Embora seja uma sátira, que acompanha as desventuras do autor depois que ele se lambuzou com um unguento de feiticeira, a obra ensina uma importante lição, ou seja, que o caminho do Lado Esquerdo era cheio de perigos. O sábio homem ou mulher faria bem ao se manter do Lado Direito, ou correria o risco de se tornar um asno. Não existia moral para se extrair da descrição de um ritual necromântico na fábula de Lucano, Farsália, apenas o terror absoluto diante do pensamento de que tais práticas poderiam ser possíveis. Nesse relato, Sexto Pompeu, filho do general romano Pompeu, o Grande (106-48 a.C), consultou a necromante mais formidável do mundo clássico, Erista, para saber se seu pai seria vitorioso contra César. Erista, que Lucano descreve como “suja imunda” e horrorosa de se olhar, vivia em um cemitério na Tessália e dormia em um túmulo, cercada por relíquias dos mortos roubadas das sepulturas à sua volta. Quando Sexto se aproximou dela e perguntou-lhe se poderia predizer o futuro, ela disse que apenas poderia saber o que ele precisava saber por intermédio de um cadáver recente, porque o espírito dos mortos permanecia sobre o corpo e podia ser persuadido a voltar pra ele. Mas deveria ser um que não tivesse sido ferido gravemente na boca, na garganta ou nos pulmões de forma a impedir o cadáver reanimado de falar. Então, ela o levou a um campo de batalha onde eles encontraram um espécime adequado, um soldado que fora morto havia pouco tempo. Enquanto Sexto lutava contra a repugnância ao pensamento do que estava para fazer, Erista prendeu a mandíbula do cadáver com um gancho, arrastando-o para uma caverna próxima. Lá ela preparou uma poção nojenta, que continha sangue menstrual, a saliva de um cachorro louco e a carne de uma hiena, e colocou em uma ferida acima do coração para reanimar o cadáver. Em meio a um estrondo ensurdecedor de trovão e do grito de animais selvagens, ela apelou aos deuses sombrios Hermes, Caronte, Hécate, Prosérpina e Caos para tomarem o espírito do soldado, que era visto planando sobre o corpo sem vida. Mas o espírito não obedeceria a suas invocações para entrar no cadáver mutilado até ela prometer que queimaria o corpo em seguida, para que ele nunca mais fosse convocado. Apenas após a promessa, o fantasma do soldado reentrou no corpo. À luz espectral da lua, ele ergueu-se, trêmulo, e previu o futuro pelos lábios do cadáver. O corpo foi queimado em seguida, o que libertou o espírito. Esse episódio, com certeza, é pura ficção, mas tais histórias não tinham a intenção de ser tomadas como fatos. Foram criadas para preservar a fé de pessoas que precisavam acreditar na sobrevivência do espírito depois da morte. Uma simples história de um fantasma benigno voltando para tranquilizar os entes queridos de que tudo estava bem no mundo além não teria fascinado tanto a imaginação quanto a história repulsiva de Erista.
A evidência de que o culto da feitiçaria foi uma religião formalizada anterior ao Cristianismo só foi revelada em 1886, quando o folclorista americano Charles Leland descobriu um documento intrigante em uma viagem à Itália. Ele viajara até lá para pesquisar os costumes dos ciganos, mas durante sua visita encontrou uma feiticeira autoconfessa, chamada Madalena, que produziu uma cópia manuscrita do “Aradia – Gospel of the Witches”, que dissipou a imagem da feitiçaria como um rito infernal. Não existia menção ao Diabo, sexo com Satã ou sacrifício. Em vez disso, o livro delineava uma crença de que uma força de vida universal residia em todas as coisas vivas e que essa fonte de poder podia ser mobilizada e canalizada por aqueles que conseguissem entrar em sintonia com ela. Leland convenceu-se de que o livro era um artefato genuíno e tinha sido passado para Madalena como parte de sua iniciação na La Vecchia Religione (A Religião Antiga) – um termo que é muito aplicado à feitiçaria italiana. O documento apresenta um mito da criação alternativo em que Diana, a deusa da Lua, dá nascimento a Arádia, a deusa da magia, depois de ter sido fecundada por seu irmão Lúcifer, o deus do Sol. Não existe sugestão de que Lúcifer seja nada mais que o deus da luz e do fogo, o aspecto masculino ativo na natureza e em nós, enquanto Diana é o aspecto passivo que se manifesta nos humanos como o instinto nutridor. Porém, o aspecto mais interessante do Evangelho é a impressão que o texto passa, de que a feitiçaria estava em decadência quando a Igreja instigou sua perseguição e era vista como nada mais que uma relíquia arcaica de nosso passado pagão. Os círculos de pedra monolíticos que haviam sido erguidos e venerados por nossos ancestrais foram abandonados, caindo em ruínas, seu propósito místico e significado astrológico esquecidos quase que por completo. Muitos lugares sagrados para os pagãos foram construídos pela Igreja, e o solo, uma vez venerado como o ventre da Mãe Terra, era cultivado e arado sem consideração pelo ser maternal que o originou. Os festivais pagãos foram esvaziados de sua potência e importância ao serem representados como celebrações comunitárias das estações. O ritual da fertilidade de Beltrane. Por exemplo, foi substituído por uma dança de roda em torno de um mastro inócuo. Por insistência da Igreja, as celebrações para marcar o solstício de verão e o equinócio de inverno foram condenadas como sabás de feitiçaria, para assegurar que as comunidades rurais fossem dissuadidas de revivê-los. Mas, quando pareceu que a Igreja estava decidida a apagar todos os rastros do Paganismo, os indivíduos, evidentemente tiveram a iniciativa de preservar essa tradição de conhecimento natural, registrando suas crenças e práticas em documentos como o que Leland descobriu.

A erradicação das formas de veneração mais antigas estendeu-se para a construção de igrejas nas fundações de templos pagãos, embora se tenham ignorado as atividades de seus construtores que tentavam acalmar os seus deuses da fertilidade colocando os falos de pedra debaixo do altar. Muitas igrejas antigas também abrigavam as efigies de Sheela-na –Gigs - ou seja, mulheres nuas expondo seus órgãos sexuais. Mas, enquanto essas imagens do passado observassem de cima a congregação temente a Deus, Pã, o travesso espírito da floresta e provedor de potência sexual, era demonizado como um fornecedor do pecado e seus seguidores, condenados como servos de um mestre profano.

É muito significativo que a Igreja não levou a sério a prática da bruxaria até o século XIV, quando o papa João XXII sancionou uma caça às bruxas, na crença de que seus inimigos estavam conspirando para assassina-lo por meio de recursos de magia. Suas suspeitas eram bem fundadas. Três bispos liderados por Hugh Geraud, o bispo de Cahors, admitiram testar a força de seus poderes lançando uma maldição sobre a imagem de cera do sobrinho do papa. O garoto morreu logo em seguida. Encorajados pelo feito bem-sucedido, eles besuntaram imagens do papa e de dois líderes da corte papal de Avignon e confiaram aos seus criados a missão de contrabandeá-las para dentro da corte, escondendo-as em nacos de pão. Mas os criados foram revistados na entrada e a conspiração foi descoberta. Em meio aos itens suspeitos encontrados, havia venenos, ervas, sapos e os cabelos de um homem enforcado. O bispo Geraud protestou inocência, mas o consideraram culpado. Ele foi esfolado vivo e seu corpo, queimado. Embora a Igreja reconhecesse a existência das bruxas antes de 1300, elas eram vistas como velhas inofensivas, que ganhavam a vida vendendo remédios de ervas e poções de amor para os vizinhos. O documento mais antigo da Igreja a mencionar as bruxas, o Canon Episcopi, data do século IV. Faz desenho à crença de que as bruxas eram “mulheres abandonadas e pervertidas por Satã” e que tinham o poder de voar. No século XII, a autoridade do papa estava sendo questionada por uma seita puritana chamada os cátaros (“os puros”), que acusou a Igreja de corrupção e seus ministros de hipocrisia por enriquecerem à custa de seus paroquianos, abandonando a doutrina de piedade e pobreza que Jesus e seus discípulos pregaram. Os cátaros também acreditavam em um Universo onde Deus e Satã estavam em guerra, o que deu à Igreja a oportunidade de espalhar o rumor de que eles cultuavam Satã em pessoa e praticavam bruxaria. No entanto, pouco se fez até 1208, quando os cátaros assassinaram o núncio apostólico. Irado com o ato, o papa Inocêncio III declarou uma cruzada contra os cátaros ou albigenses.

Cavaleiros Templários, uma ordem de monges guerreiros formada em 1118, depois da Primeira Cruzada. Sua finalidade era proteger os peregrinos cristãos que viajavam pela Terra Santa. Muitos desses monges tinham sido excomungados por desafiar a autoridade do papa, portanto não tinham nada a perder a não ser a vida. Os rigores da vida monástica os tornaram lutadores formidáveis e, em pouco tempo, eles enriqueceram com as doações generosas legadas por cruzados agradecidos, bem como pelos muçulmanos, que confiavam aos Templários seus tesouros ao tomar conhecimento de que eles eram homens honestos. Diz a lenda que os Templários também eram os guardiões do tesouro cátaro e que o Santo Graal, o cálice que Jesus usou na Última Ceia, faria parte desse tesouro.

Existiram rumores sombrios e perturbadores acerca da ordem. Diziam que eles eram sodomitas e adoradores do Diabo, e praticavam magia negra diante de um ídolo chamado Baphomet, que tomou a forma de uma cabra com casco fendido, com órgãos sexuais masculinos e femininos. Baphomet era tradicionalmente retratado sentado de pernas cruzadas sobre um globo, com uma vela preta queimando entre seus chifres e um pentagrama gravado em sua testa. Corriam boatos de que os Templários se prostravam diante de um falo de madeira e um crânio decorado com joias antes de jurar sua lealdade, beijando seus irmãos iniciados na boca, no abdome e no ânus. 

Essas práticas, sem dúvida, eram inverdades, histórias fantasiadas por seus inimigos para desacredita-los e dar motivo à Igreja para dissolver a ordem e confiscar sua vasta fortuna.

Filipe IV, da França, que precisava desesperadamente de fundos, se ofendia por ter de pedir dinheiro emprestado aos Templários. Ele exigiu que o papa acusasse os cavaleiros de heresia, para que suas propriedades e riquezas fossem confiscadas. E assim, em 13 de outubro de 1307, todos os Templários da França foram presos e torturados em um esforço para arrancar-lhes confissões. Em poucos dias, 36 deles morreram em consequência de seus ferimentos. No mês seguinte, o atormentado papa Clemente V emitiu um decreto ordenando que todos os monarcas aprovassem a prisão de qualquer Templário em seus reinos. Muitos morreram acreditando ter sido traídos pela Igreja, a qual eles arriscaram suas vidas para proteger. Em 1314, a Igreja exigiu sua última vítima entre os Templários. Jacques de Molay, Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários, foi queimado vivo em uma ilha no Sena, ao pôr-do-sol, depois de desmentir sua confissão anterior, que fizera mediante tortura. Quando o carrasco queimou os feixes de paus, De Molay afirmou que os Templários eram vítimas do rei Filipe e seu coconspirador, o papa. Ele amaldiçoou os dois homens que condenaram seus leais cavaleiros à morte. O rei e o papa se juntariam a ele diante do trono de Deus dentro de um ano e responderiam ao seu criador. Não foi uma ameaça em vão. Em um ano, Clemente V e Filipe IV da França estavam mortos.

Os cátaros foram cruelmente exterminados, o que ainda não satisfez o papa João XXII, cuja bula papal de 1326 declarou que a feitiçaria era crime punível com a morte. Os inquisidores não teriam mais de provar a heresia para justificar suas torturas de suspeitas de feitiçaria e, como resultado, a paranoia e a perseguição espalharam-se como uma praga. Nos 400 anos seguintes, um número incontável de homens e mulheres por toda a Europa foram “colocados” à prova” com todos os tipos de aparato desumanos, que nem mesmo o Diabo teria conseguido imaginar. Muitos deles fizeram confissões falsas para encerrar seu sofrimento. E tudo em nome de uma religião que fora fundada com base no princípio do amor fraternal, do perdão e da misericórdia. Muitos daqueles arrastados ante a Inquisição foram denunciados por vizinhos por serem velhos, feios ou estranhos. Alguns poderiam ter sido ouvidos falando consigo mesmos, com seu gato ou outro animal “familiar” – um sinal indubitável de estarem em união com o Diabo, segundo seus acusadores. Outros foram “colocados à prova” porque se sabia que eles usavam ervas e raízes em seus remédios naturais ou porque adivinhavam a sorte. Muitos, porém, foram mortos simplesmente por olhar para seus vizinhos de maneira errada, amaldiçoando-os com “o Olho do Diabo”. Para justificar sua barbárie, os líderes da Inquisição mencionaram a citação bíblica “Não tolerarás que uma feiticeira viva.”, mas eles ignoraram o fato de que uma tradução mais precisa seria “Não permitirás que um envenenador viva” (de acordo com o acadêmico Reginald Scot, publicado em 1584). Entretanto, nem todos os administradores do papa aprovaram seus métodos. O arcebispo de Rheims e dois de seus colegas declararam que a feitiçaria era uma fantasia, o que foi suficiente para persuadir o parlamento de Paris a ordenar a liberação de todos os suspeitos. Se não fosse pelo entusiasmo do papa Inocêncio VIII, que sucedeu no trono papal em 1484, a febre da caça as feiticeiras teria acabado antes que se pudessem enviar mais almas inocentes para seu criador. Mas o papa Inocência era um radical, que se engajou em punir os pecadores da Terra e arrancar as sementes do Diabo. O primeiro ato do seu reinado foi louvar os esforços dos “filhos queridos” do Vaticano – o inquisidor austríaco Heinrich Kramer e Jacob Sprengler, reitor da Universidade de Colônia – por revelarem a extensão do culto ao Demônio na Alemanha. O aval do papa foi suficiente para encorajar Kramer e Sprengler a embarcar em um relato completo sobre feitiçaria, publicado dois anos mais tarde. Cópias da obra Malleus Maleficarum (O Martelo das Feiticeiras) poderiam ter acumulado poeira nas prateleiras das bibliotecas eclesiásticas e instituições teológicas se seus autores não tivessem feito descrições tão detalhadas das atividades sexuais dos servos de Satã. As descrições gráficas dos hábitos noturnos de súcubos e íncubos, que diziam visitar os cristãos tementes a Deus durante o sono, foram aumentadas com os debates acadêmicos sobre se uma feiticeira tinha ou não o poder de roubar o pênis de um homem. A questão libidinosa e a quase simultânea invenção da prensa tipográfica asseguraram que o livro se tornasse leitura obrigatória em cada mosteiro ou lar que pudesse pagar pela cópia. Para os autores, infelizmente, os efeitos produzidos pelo livro foram mais seculares que espirituais, levando seus leitores mais reprimidos sexualmente a descarregarem sua raiva e frustração em incontáveis suspeitas de feitiçaria. Por ironia, a caça as bruxas estimulou o ressurgimento do interesse pela “velha religião”, que ganhou impulso quando um novo Ato de Bruxaria foi aprovado em 1735, revogando o ato sangrento de 1604. As pessoas não poderiam mais ser enforcadas por bruxaria, que não existia, de acordo com os autores do ato. Mas elas poderiam ser presas e ridicularizadas caso fingissem ser bruxas.

A corrupção e a imoralidade não foram eternizadas apenas por hereges e pagãos. Durante a Idade das Trevas e por toda a Renascença, o poder do papado rivalizou com o dos imperadores bizantinos e dos reis da Europa. Uma sucessão de papas acumulou grandes fortunas e vastos exércitos para fazer cumprir sua autoridade, mas sua arma mais formidável foi a ameaça de excomunhão. Intimidados pela importância de uma maldição papal, soberanos do Ocidente resistiam ao anseio de criticar os representantes de Deus na Terra. Até mesmo os excessos do papa Bórgia, Alexandre VI (1431-1503), não geravam censura. Alexandre era conhecido por gostar de presenciar orgias sexuais, em que as prostitutas mais bem pagas de Roma eram remuneradas para ter relações sexuais com a guarda papal, enquanto Lucrécia Borgia, sua filha, aplaudia e premiava os casais mais ousados. Tais atividades macularam a santidade do palácio papal e levaram a Igreja de Roma ao alcance da hóstia comunal de ritos blasfemos de uma Missa Negra. De acordo com o romancista do oculto, Dennis Wheatley, uma trindade profana de predecessores do papa de fato havia se entregado à magia negra; em outras palavras o papa Leão I, no século V, o papa Honório I, 200 anos mais tarde, e o papa Silvestre III, nos séculos X e XI. É evidente que Honório não se envergonhava de suas práticas diabólicas, pois publicou um registro delas em “O Grimório do Papa Honório”.

Em 694 d.C, o Concílio de Toledo condenou diversos padres que teriam rezado missas para os mortos, enquanto as pessoas por eles nomeadas ainda estavam muito vivas. Os padres tinham sido pagos para encenar as missas como uma forma de maldição. A ameaça de excomunhão, entretanto, não erradicou a prática por completo, já que continuou a ser usada no século XIII. Na Idade Média, algumas ordens monásticas tinham dúvidas quanto à sua verdadeira devoção. Por exemplo, no século XIV, o bispo de Exceter registrou o dia em que flagrou, no bosque, os monges do convento de Frithelstock prestando homenagem a uma estátua de Diana, a deusa da caça, e ordenou-lhes que a destruíssem. Em 1329, o frade carmelita Pierre Record recebeu uma sentença de prisão perpétua depois de admitir ter seduzido várias mulheres fazendo suas imagens com cera, que ele aspergiu com seu sangue e saliva, antes de enterrá-las embaixo das soleiras de suas portas. Esses não foram casos isolados.

Antes da Reforma, frades itinerantes perambulavam pelo campo extorquindo comida e doações dos camponeses, a quem diziam estar cometendo pecado se negassem abrigo e sustento a “um homem de Deus”. Rígidos votos de castidade eram reforçados com autoflagelo, cilícios e penitência, porém mesmo essas medidas drásticas muitas vezes não eram páreo para a libido reprimida dos jovens monges. Gerações de clérigos jovens sucumbiram à compulsão de seduzir suas jovens paroquianas, lançando a respiração sobre elas durante a confissão – uma técnica conhecida como insuflação. A prática era tão difundida que Santo Agostinho, São Jerônimo e São Gregório foram compelidos a proferir uma declaração pública que condenava a insuflação como forma de feitiçaria. O cura de Peifane foi queimado na estaca por seduzir mulheres desse modo, bem como o padre Louis Gaufridi e Pierre Girard, de Aix-em-Provence. O último caso é especialmente interessante porque a vítima, uma garota simplória chamada Charlote Cadière, ficou tão traumatizada com as investidas frequentes de Girard, que apresentou o fenômeno dos estigmas – chagas que sangram, correspondentes às do Cristo crucificado.


  Quando madame de Montespan soube que seria substituída pela última obsessão de Luís XIV, Madame de Maintenon, governanta das crianças da realeza e futura segunda esposa do rei, ela correu até La Voisin(Catherine Deshayes, uma cartomante, que diziam ser feiticeira e confidente de madame de Montespan)  e encomendou uma  Missa Negra – para amaldiçoar a governanta. La Voisin obedeceu por lealdade, contratando o idoso abade Guibourg como mestre de cerimônias. Porém, a vítima pretendida possuía uma determinação mais forte. Madame de Maintenon colocou sua rival de lado, com um sussurro na orelha do rei, exigindo que a feiticeira fosse silenciada para sempre. La Voisin foi presa, mas, na ocasião, suas ameaças de expor os segredos sórdidos da corte não foram suficientes para evitar sua execução. Marguerite, a única filha de La Voisin, testemunhou ter ajudado sua mãe na Missa Negra conduzida pelo abade Guibourg. A garota descreveu como Madame de Montespan ofereceu-se ao Demônio, enquanto o abade realizava um ritual indecente em seu corpo nu deitado em um altar negro drapeado. Em cada mão, ela segurava uma vela preta feita de gordura humana e fornecida pelo carrasco público, que foi um de seus muitos amantes. La Voisin foi considerada culpada pela prática de bruxaria e queimada viva em público, no ano de 1680. Madame de Montespan teve mais sorte. Ela não só escapou com vida, como também lhe foram dados meios suficientes para viver com requinte durante seu longo retiro.

Em setembro de 1589, o rei James VI da Escócia (que depois ficaria conhecido como rei James I da Inglaterra) esperava por sua futura noiva, a princesa Anne da Dinamarca, que estava sendo levada à Escócia por uma grande frota dinamarquesa. Entretanto, os navios foram abatidos por uma tempestade tão violenta que o comandante declarou que poderia ter sido causada por bruxaria. Depois de a frota encontrar abrigo na Noruega, o próprio James navegou até lá para trazer sua noiva. O casal feliz finalmente alcançou a terra firme em maio de 1590, após sobreviver a outra tempestade. James chegou à conclusão de que as tempestades se formaram porque seus inimigos estavam aliados ao Demônio, e por isso ordenou uma grande caça às bruxas por toda a Escócia. Esse não foi mero nervosismo pré-nupcial, porque era de conhecimento público que o quinto conde de Bothwell, um dos principais adversários de sua majestade, associara-se às feiticeiras. Mais tarde, soube-se que as tempestades tinham, de fato, sido preparadas por ordem de Bothwell. Pela liderança do bruxo John Fane, uma assembleia de feiticeiras executou a magia necessária. No julgamento deles, Fane e sua assistente, Agnes Simpson, confessaram ter obtido itens das roupas do rei, que enrolaram em uma efígie de cera e depois queimaram no fogo. Não bastando, eles batizaram um gato com o nome do rei e o afogaram no mar. Muito do que sabemos sobre a bruxaria nos séculos XVI e XVII vem das confissões detalhadas de Fane e Simpson, com as de inúmeras almas desafortunadas que foram capturadas e torturadas no que seria a maior caça às bruxas da história da Inglaterra. Os relatos da inquisição real foram registrados no próprio trabalho do rei sobre o assunto, publicado em 1580 sob o título de “Daemonologie”. 

Salém, Massachusetts, em 1692, a caça às bruxas começou na casa do reverendo Samuel Parris, um homem mal-humorado, de espírito mesquinho, que retornara recentemente de Barbados com Elizabeth, sua filha de 9 anos de idade, e seus criados negros. Elizabeth e Abigail Williams, sua prima de 11 anos, com Ann Putnam, uma amiga de 12 anos, logo caíram sob o feitiço de uma empregada, Tituba, que as entretinha com narrativas de ritos vodus e encantamentos para invocar os espíritos. Essas histórias lúgubres, combinadas com às advertências severas do reverendo Parris contra o interesse pelo Demônio, deram uma ideia às crianças entediadas para conseguirem atenção e divertirem um pouco à custa dos seus pais austeros e puritanos.  Em janeiro de 1692, elas fingiram (ou não) convulsões, engajando-se em ataques de grito e falando em uma língua irreconhecível, como se estivessem possuídas. Mas o jogo fugiu ao controle quando o médico chamado diagnosticou que Elizabeth fora amaldiçoada. Como resultado, mais de 200 pessoas foram presas e torturadas e 22 foram executadas ou morreram na prisão. Tituba foi espancada severamente pelo reverendo Parris, depois do que ela “confessou” as crianças com a ajuda de suas cumplices, uma indigente chamada Sarah Good e Sarah Osborne, uma senhora acamada. Quando as três garotas se apresentaram diante do magistrado, reclamaram de estar impedidas de testemunhar pelo espírito de Sarah Good, que deixara seu corpo para atormentá-las. Osborne e Good negaram praticar bruxaria, mas Tituba declarou que outros aldeões estavam envolvidos no coven. Ann Putman mencionou que Martha Cory era um deles, porque ela riu quando a garota encenou as convulsões. Ninguém ficou a salvo das acusações das crianças. Até mesmo um sacerdote, George Burroughs foi denunciado e executado. Quando viram o poder e a histeria que as garotas haviam desencadeado, outras crianças logo declararam ter sido possuídas, para poder acusar aqueles de quem elas não gostavam. Um homem foi torturado até a morte, certamente por não confessar ser um membro do coven, pois receava ter suas propriedades e bens confiscados caso confessasse. Posteriormente, sua mulher foi enforcada como bruxa. Quando as pessoas dos povoados mais distantes souberam como o Diabo fora efetivamente erradicado em Salém, as garotas foram convidadas a identificar bruxas suspeitas nas cidades vizinhas. Mas o magistrado de Andover recusou-se a processar seus vizinhos com base na palavra de algumas crianças; então, ele e sua família foram expulsos por uma multidão furiosa, que os acusou de proteger uma bruxa. Em outubro de 1692, a razão começou a prevalecer quando Increase Mather, presidente do Harvard College, e sir William Phips, o governador de Massachusetts, opuseram-se à histeria em massa que os circundava. No passado, Phips havia enfrentado alguns selvagens empunhando machados, portanto, não se intimidaria com um grupo de crianças neuróticas e seus apoiadores fanáticos. Ele decretou que “evidências espectrais” não seriam admissíveis em julgamentos futuros e depois ordenou a libertação de dezenas de pessoas que esperavam julgamento por acusações de bruxaria. Na ocasião, a lista de detidos incluía vários membros da igreja e alguns membros respeitados da comunidade. Infelizmente, para alguns foi tarde demais. Depois que o reverendo Parris foi denunciado, foi forçado a empacotar seus pertences. Sua saída encerrou a caça às bruxas tão subitamente quanto havia começado.


Entre os acessórios usados pelas bruxas e magos negros, existe a horrível “Mão da Glória” – a mão decepada de um enforcado segurando uma vela feita com sua própria gordura. Acreditava-se petrificar qualquer um que a visse, possibilitando à bruxa ou feiticeira roubar uma casa sem interferência. A receita para mumificar a mão foi publicada em 1722, em um livrinho de feitiços, conhecido como “Little Albert”. Foi utilizada, ainda recentemente, em 1939, quando uma gangue de envenenadores na Filadélfia empregou-a para aterrorizar suas vítimas e intimidar testemunhas.

O Culto Vodu dos Mortos Vivos:
Em uma manhã em 1936, os donos de uma pequena propriedade rural na estrada suja e sinuosa perto de Port-au-Prince, no Haiti, perceberam uma mulher nativa cambaleando em sua direção, saída da névoa matinal. Ela estava vestida com uma bata branca e parecia procurar por alguém. Quando ela se aproximou, eles lhe perguntaram se poderiam ajudar, mas ela não respondeu. Seu rosto estava sem expressão, seis olhos mortiços não viam e sua boca tinha uma expressão dura. Então, um dos fazendeiros arfou ao reconhece-la. Mas aquilo era impossível, porque a garota tinha morrido 29 anos antes. Foi feito um exame superficial no hospital local. Todas as indicações eram de que ela era surda, muda e cega, mesmo assim ela se retraiu quando os doutores tentaram tocá-la, e sua cabeça se movimentava de um lado para o outro, como um pássaro se movimenta, como se para pegar o que eles estavam falando. Resolveu-se, por fim, o mistério, quando a paciente foi identificada formalmente por seu irmão e seu marido. Ela era Felícia Felix-Mentor, que fora enterrada em 1907. Quando uma enfermeira perguntou qual doença ele deveria registrar na ficha de admissão da paciente, o médico só pôde estremecer e responder “zumbi”. Existem histórias incontáveis de zumbis no folclore sombrio do Haiti – uma criatura digna de piedade e sem vontade própria, que existe em um estado entre vida e morte -, mas este não foi o caso. O caso de Felícia Feliz-Mentor foi investigado e documentado pela escritora norte-americana Zora Hurston, uma cética severa que encontrou e fotografou a garota “morta”, e saiu convencida de ela ser uma vítima genuína dos bokors, os feiticeiros vodus que praticam magia negra. Foi um encontro que a srta. Hurston nunca se esqueceria.  “A visão foi terrível. Aquele rosto imóvel, com os olhos mortos. As pálpebras eram brancas em torno dos olhos, como se tivessem sido queimadas com ácido. Não existia nada que você pudesse dizer a ela ou retirar dela exceto olhar para ela, e a visão de sua ruína era demais para suportar por muito tempo.”

Praticamente todos os haitianos acreditam que os mortos podem ser trazidos de volta à vida por feiticeiros, que então os usam como escravos maquinais, e é por isso que os pobres pagam tudo o que podem para proteger os túmulos de seus entes queridos. Eles compram um sarcófago pesado de pedra e então injetam veneno nos cadáveres ou os mutilam. Aqueles que são pobres demais para pagar, por proteção, montam vigília no cemitério durante dias, até o corpo ter se decomposto a ponto de não ter utilidade para os maus. Outros colocam uma faca no punho cerrado dos cadáveres, para que ele possa matar o bokor como vingança por perturbar a santidade dos túmulos. A lenda dos zumbis, ou jumbee, não está restrita à pequena ilha caribenha do Haiti. O termo é comum a várias culturas africanas, das quais as práticas e crenças do vodu derivam. Então, elas foram desenraizadas e transplantadas para o caribe, onde mesclaram a invocação de espíritos com o culto aos santos do Catolicismo francês. Os praticantes do vodu moderno distanciam-se das superstições de seus ancestrais, que eles veem como resíduos de uma tradição cultural em que os escravos tentavam se proteger da crueldade de seus capatazes. As bonecas ou marionetes, ainda que são oferecidas à venda nos mercados de Port-au-Prince, não são figuras para facilitar a magia simpática, mas objetos de poder (pwen) criados para transportar mensagens entre vivos e os mortos. Como tal, eles são pregados às portas dos cemitérios. A associação do vodu com a magia negra foi obra dos missionários cristãos, que tentaram dividir seus novos convertidos nativos dos obstinados vodouisants, que eles acusavam de praticar feitiçaria. A alegação de feitiçaria foi uma fiação maldosa encorajada pelos proprietários brancos de monocultura, que temiam os sacerdotes homens (houngan) e mulheres (mambo) pudessem se tornar tão poderosos que poderiam instigar uma revolta entre os escravos. Seus medos se concretizaram em 1791, quando um feiticeiro vodu chamado Dutty Boukman convocou milhares de escravos para uma cerimônia à meia-noite, nas profundezas da floresta, onde ele executou um ritual de sangue. Em meio a uma extraordinária tempestade tropical, ele ordenou à multidão reunida beber o sangue morno do porco que ele sacrificara, se eles quisessem se libertar do domínio colonial dos franceses. Quando a tempestade amainou, os escravos evaporaram de volta às fazendas e derrubaram seus opressores. Durante os dias seguintes, dezenas de plantações foram invadidas e seus proprietários brutalmente assassinados. Os franceses mantiveram-se firmes no poder durante anos, mas os sobreviventes viviam com medo dos servos sem alma – os bokors -, que, dizia-se eram imunes ás suas balas. Em 1803, o último latifundiário francês havia sido expulso e a república independente e negra do Haiti foi fundada. Mais tarde, os filmes hollywoodianos de terror transformaram a lenda do zumbi em sensação, mas ela não tem base em fatos. Alguns explicam o fenômeno afirmando que esses indivíduos apáticos são simplesmente retardados mentais, enquanto outros dizem que eles foram enfeitiçados por feiticeiros, pelo uso de drogas, e uma forma de hipnotismo. Mas o caso de Felícia Felix-Mentor está lá para alertar os céticos de que horrores inexplicáveis são realmente possíveis no Haiti.

A LENDA DO REI SALOMÃO:


Desde os tempos mais antigos, as figuras mais significativas na moldagem da civilização foram os reis-sacerdotes, que eram versados nas leis morais do homem e na sabedoria arcana dos mistérios. Eles eram capazes de fazer a distinção entre o que estava sugerido nas Escrituras e o que era comumente compreendido como sendo apenas um conjunto de leis morais que Deus concedeu ao homem. O primeiro deles e o mais reverenciado foi o rei Salomão. Sua fama foi universal, estendendo-se muito além das terras dos israelitas, sobre as quais ele reinou. Ele ascendeu ao trono aos 12 anos de idade, depois que seu pai, o rei Davi, morreu. O esplendor do palácio de Salomão sobrepujava até mesmo o dos faraós. Dizia-se que suas casas de tesouro transbordavam ouro, metais preciosos e gemas do tamanho de olhos de águia, enquanto ele ostentava roupas de ouro e veludo. A seu comando havia 1.400 carros, 40 mil cavalos de carros e 20 mil cavalos de montaria. Todas as suas taças de beber eram de ouro, pois desprezava-se a prata como metal inferior. Seu palácio, que ele denominou de Iahar-Halibanon, a Floresta do Líbano, tinha cem cúbitos de extensão, 50 cúbitos de largura e 30 cúbitos de altura, com aposentos de cedro. Uma floresta de colunas se erguia de chãos pavimentados com cristal, mas o mais maravilhoso era o trono de Salomão. Feito de mármore, era tão grande que o rei tinha se subir seis degraus para sentar-se nele. Cada degrau era guardado por leões, um em cada lado, que estendiam suas garras quando ele se sentava. Dois leões de madeira foram esculpidos no trono, que tinha um par de águias trepadas nele, cujas asas protegiam o rei do implacável sol do deserto. Ainda mais grandiosa era a sabedoria de Salomão. Ele era mais sábio que Etã, o Ezraíta, Chalcol, Darda ou os filhos de Mahol. Mesmo os reis das nações vizinhas enviavam seus sábios e filósofos para serem instruídos pelo rei dos hebreus. Pois Salomão era instruído – algo raro entre os monarcas daqueles tempos. Ele compôs 3 mil provérbios e 5 mil cânticos, em que expôs seus conhecimentos de teologia, ciências naturais e filosofia. Os três reinos da natureza – a terra, o céu e o mar – obedeciam a seu comando, do mesmo modo que os espíritos: celestiais, terrenos e infernais. De acordo com a lenda, os bons espíritos cuidavam dos jardins de Salomão, esculpiam estátuas com as pedras retiradas das pedreiras e fiavam seus carpetes preciosos. Mas existiam outros espíritos com que ele tinha a reputação de se congregar. Com a ajuda do poder investido em si por um anel mágico, Salomão também comandou a obediência de demônios, de quem, dizia-se, ele adquirira sua sabedoria extraordinária. Esses demônios ficavam confinados dentro dos muros do palácio pelo poder do anel e eles comiam com o restante dos familiares em mesas de ferro. Afirmações que possivelmente foram feitas pelos que tinham inveja da riqueza e do poder de Salomão. Com toda a sua sabedoria, Salomão desviou-se para o lado negro, sob influência funesta de uma filha do faraó, que o seduziu a servir a deusa dos sidonianos Astarte e Moloch, o deus dos amonitas, com sacrifícios rituais para suas imagens. Quando se aproximou do fim da vida, Salomão rezou para que sua morte fosse escondida dos demônios, até que eles tivessem acabado de escrever os grimórios (livros de magia ritual) que haviam começado sob suas ordens. Então, Salomão virou as costas para seus servos ímpios, apoiou-se em seu bastão e se ajoelhou como se estivesse rezando. E morreu naquela posição, enquanto os demônios continuavam a trabalhar sem perceber que seu poder sobre eles tinha acabado. Contudo, quando eles completaram sua tarefa, um réptil arrastou-se de uma fissura no chão e subiu pelo bastão, e diante disso o cadáver de Salomão desmoronou, transformando-se em poeira e vestimentas. Então, os demônios fugiram, deixando os livros para trás, e com eles o poder de trazê-los de volta à vida. Esta é a lenda da origem dos grimórios que trazem o nome do rei – “A Chave de Salomão”, que data do século I, e o “Lemegeton” ou “Chave Menor de Salomão”, que pode ser datado de 1500 a.C, mas que, sem dúvida, é bem mais antigo. Os dois livros foram traduzidos e muitas línguas e copiados à mão nos séculos anteriores à invenção da máquina de impressão. A cópia mais antiga sobrevivente da “Chave de Salomão” data do século XV. Ela é mantida trancada e à chave na ala “proibida” do Museu Britânico. O Lemegeton lista não menos que 72 demônios e suas funções. Todos eles são descritos em detalhes, como se tivessem sido capturados e catalogados por um caçador de insetos sobrenaturais, creditados tanto com vícios, como com virtudes. Mais da metade dos demônios serve para ensinar ao mago matérias como matemática, filosofia, astrologia, astronomia, lógica, línguas, artes e ética. De acordo com o autor anônimo do livro, esses habitantes do mundo subterrâneo também podem ser consultados sobre assuntos do passado, presente e futuro. Porém, também existem demônios que podem ser comandados para trabalhar como servos, localizando objetos pessoais que se consideravam perdidos ou avisando sobre as propriedades particulares de certas ervas como o alho, que tradicionalmente mantinha os espíritos malignos a distância.  Outras ervas agiam como eméticos, para que o mago fosse purgado das impurezas para iniciar um período de jejum, abstinência e castidade antes de um ritual importante. Isso era crucial, porque se acreditava que um espírito impuro existia em um nível inferior de existência que o dos humanos, então o mago podia reduzir o risco de contaminação ou possessão elevando sua vibração até um nível mais alto de purificação. É por isso que se acredita ser perigoso estar sob a influência de álcool ou drogas enquanto se envolve com o oculto. Existe um forte elemento de satisfação de desejo, é claro, em dar a certos demônios a tarefa de garantir os desejos secretos de seu mestre, sejam eles riqueza, posição social ou qualidades pessoais, tais como a astúcia ou a coragem. Por mais curioso que pareça, quatro demônios são encarregados de fornecer entretenimento para aliviar o espírito atormentado ao fim de um dia difícil de conjurações. Ele vem na forma de música, com sons naturais e visões. A um demônio, inclusive, cabe a tarefa de verter água quente para o banho, enquanto outros tornam a água em vinho e de novo em água. Mas os mesmos demônios podem causar devastações em cidades inteiras, incinerar os inimigos do mago ou empestar qualquer um de quem eles não gostem com pústulas e outras doenças. Também está em seu poder criar desastres naturais e artificiais, seja na forma de guerras, terremotos, misérias ou inundações. Os prazeres da carne não são negligenciados. Não menos que 11 espíritos recebem a responsabilidade de enfeitiçar mulheres para que seu mestre possa seduzi-las e um tem a função única de força-las a se despir. Com certeza a ciência progrediu desde a era da magia, mas a natureza humana, evidentemente evoluiu mais devagar.

 
MONTAGUE SUMMERS:


Em 1926, no auge da “Era do Jazz”, um obscuro clérigo católico romano experimentou o sucesso da noite para o dia, com um dos mais inesperados best-sellers. “The History of Witchcraft and Demonology”, do reverendo Montague Summers (1880-1948), foi apresentado como um trabalho sério de um acadêmico, repleto de citações em latim e francês, notas de rodapé e uma bibliografia abrangente. Mesmo assim, imediatamente incitou a ira dos mais notáveis pensadores da época e foi igualmente condenado pela imprensa. O escritor H.G Wells difamou a obra como um catálogo se superstições sem sentido, enquanto muitos jornais se perguntavam se a publicação não seria uma piada sofisticada. Summers, no entanto, era extremamente sério. Em sua introdução, ele declarou que a obra não era apenas uma análise de pesquisador de antigos ritos rurais esquisitos. Ao separar o fato do folclore, ele foi capaz de cortar caminho para “a essência e a realidade duradoura da bruxaria e do culto às bruxas ao longo dos séculos”, para concluir que “existiram e existem organizações deliberadamente, diria mais, entusiasticamente dedicadas ao serviço do mal”. Para respaldar seu argumento, Summers citou caso após caso em que as bruxas espontaneamente confessaram comungar com o Diabo. Ele observou que muitos relatos estranhamente similares em substância, apesar das diferenças das culturas em que eles se deram. A imagem romântica de bruxa voando montadas em cabos de vassoura foi descartada como pura fantasia, e os que declararam ter testemunhado tais cenas, como Claudine Bauban, foram desacreditados como pessoas que queriam chamar atenção ou sem bom senso, como Julian Cox, que confundiu um ritual de dança camponesa que usava cabos de vassoura com um voo de bruxas. Mas não foi o vigor acadêmico de Summers nem a erudição de seus argumentos que garantiram ao livro o status de cause célebre. Foi sua tendência a se prolongar nos detalhes sexuais das cerimônias satânicas das bruxas. Seu gosto pouco reprimido combinava-se à indignação virtuosa de alguém que não tinha sido convidado para a orgia. Essa era uma sensação compartilhada pela maioria dos seus leitores, que só puderam concluir que a bruxaria existia, e bem no século XX. Summers teve a singular habilidade de tornar o assunto deliciosamente sedutor. Montague Summers foi um personagem tão extraordinário quanto seu contemporâneo Aleister Crowley, que ele conheceu pessoalmente. Com um rosto de anjo excêntrico, ele aparentava ter saído de uma novela do século XVIII de Swift ou Fielding, uma impressão que se ajustava com sua voz em falsete cômica e penteado que se assemelhava a uma peruca da Regência. Ele costuma vestir sotaina, chapéu de abas largas e uma capa preta. Para completar o quadro, usava sapatos de fivela e uma bengala com castão retorcido de prata, que representavam uma cena lasciva da Antiguidade. Seu título ecumênico era totalmente fictício. Ele fora ordenado diácono da Igreja da Inglaterra em 1908, mas não foi aceito oficialmente como clérigo. Talvez em função dos rumores sobre seu interesse por satanismo ou, mais provavelmente, pelas suspeitas a respeito de sua conduta sexual imprópria com os garotos do coro, pelo que, posteriormente, foi julgado e absolvido. Seja qual for a verdade, ele converteu-se ao Catolicismo e se fez passar por padre católico. Ele era um “personagem” conhecido, representado com frequência pelos cartunistas dos jornais, como um Frei Tuck, em caricaturas que o desenhavam surgindo da biblioteca do Museu Britânico com um livro sobre vampirismo debaixo do braço. Mas havia os que o consideravam um personagem um tanto sinistro. O autor de ocultismo Dennis Wheatley recordava-se de ter sido convidado para a residência de Summers, em Alresford, onde ele foi entretido com as histórias das lutas de seu anfitrião com o Diabo. Um episódio especialmente memorável mostrava o suposto clérigo realizando um exorcismo na esposa de um trabalhador na Irlanda. Ela espumava pela boca e teve de ser subjugada enquanto executava a cerimônia. No auge do combate, viu-se um vapor negro saindo da boca da mulher. Depois, a nuvem escura penetrou na perna de um carneiro, que tinha sido preparado para o jantar. Quando chegou a hora de destrinchar a carne, o anfitrião exausto e seu convidado ficaram horrorizados ao ver a mulher cheia de vermes. É uma boa história, mas os mesmos acontecimentos foram atribuídos a meia dúzia de ocultistas em várias épocas. Mais significativo foi o fato de Wheatley e sua mulher terem ficado chocados ao descobrir que dividiram sua cama com uma dezena de aranhas gigantes. Um sinal claro, diz-se, da presença de magos negros. Na manhã seguinte, o anfitrião levou o autor a um quarto repleto de livros. Ele selecionou um pequeno volume de capa de couro e ofereceu-o ao seu convidado por 50 libras esterlinas. “É sua cara”, disse Summers, “vale muito mais, mas eu o deixarei compra-lo por 50.”. Um tanto embaraçado, Wheatley declinou a oferta, dizendo que não poderia pagar por ela naquele momento. “Nunca tinha visto a expressão de um homem mudar com tanta rapidez”, Wheatley escreveu mais tarde. “De uma calma benevolente, de repente se encheu de uma fúria demoníaca. Ele jogou o livro e saiu do quarto irritado.” Para evitar mais atritos, Wheatley enviou um telegrama fictício para si mesmo e voltou para Londres na mesma noite. O sucesso de “The History of Witchcraft and Demonology” encorajou Summers a escrever mais volumes sobre temas relacionados (dois exploraram a lenda do vampirismo e o outro instigou os lobisomens), todos ostentando um grau acadêmico similar e uma pesquisa cuidadosa. Ele apresentou cada volume como evidência documental da existência de cada uma das criaturas parecia acreditar em cada palavra que escrevera. Ela editou também uma tradução do Malleus Maleficarum, tratado do século XV de Kramer e Sprenger, e pôs seu nome em uma edição revisada de “The Discovery of Witches”, o infame guia de caçadores de bruxas de Matthew Hopkins, além de compilar várias coleções de histórias de horror góticas. Porém, é por reacender o interesse pela feitiçaria que ela será mais bem lembrado, reverenciado ou insultado. “Eu me esforcei para mostrar uma feiticeira como ela realmente era – um ser diabólico; uma peste e parasita social; devota de uma crença repugnante e obscena; uma adepta do envenenamento, chantagem e outros crimes horripilantes; membro de uma organização secreta poderosa e inimiga da Igreja e do Estado; blasfema na palavra e nas ações, que domina aldeões pelo terror e superstição; uma charlatã e curandeira, às vezes; uma alcoviteira, uma aborteira, a conselheira sinistra das damas lascivas da corte e dos galanteadores adúlteros; sacerdotisa do vício e de corrupção inconcebível, à custa da vulgaridade e das paixões mais abomináveis da época.” É necessário lembrar, porém, que o “reverendo” Montague Summers não era uma fonte inteiramente confiável e imparcial. Apesar do seu zelo religioso professo, ele era um membro ativo da Ordem de Chaeronea, uma ordem pederástica cujos interesses por meninos não eram puramente filosóficos ou platônicos; ele também foi membro da British Society for the Study of Sex Psychology, para a qual escreveu um ensaio exaltando os defeitos e virtudes do Marquês de Sade.


GERALD GARDNER:
Com o impacto de seus cabelos brancos, barbicha de bode e sobrancelhas espetadas, Gerald Gardner parecia um sátiro envelhecido. Ele também desempenhou o papel, manifestando uma predileção pelo autoflagelo, que deixava os jornais de domingo ávidos por confissões lascivas. Eles especulavam sem distinção sobre cenas de libertinagem, que imaginavam acontecer quando os membros de seu coven davam cambalhotas, nus sob a lua cheia. Porém, por trás do velho travesso e de sua aparência suspeita, havia uma paixão genuína pelo misticismo como experiência concreta e a ele pode ser creditado o renascimento da Wicca moderna que é, atualmente, a religião que mais cresce na América.  Gardner (1884-1964) viveu na Malásia durante a juventude e lá ele se entregou à paixão pela arqueologia e antropologia, retornando brevemente à Inglaterra, em 1920, para ver se poderia despertar o interesse do movimento espiritualista por feitiços e “ferramentas de magia” criadas por ele. Ele não teve sucesso, então voltou para a Malásia, onde trabalhou para o Serviço de Alfândega Colonial até 1936. Em sua aposentadoria, emigrou para a Inglaterra, onde se envolveu em uma sociedade secreta, a Sociedade da Ordem Rosa-Cruz de Crotona, que praticava uma forma de magia cerimonial que Gardner considerou fascinante, porém arcaica. Ele resolveu revigora-la com suas próprias criações baseadas em descrições detalhadas de cerimônias pagãs de fertilidade, que apareceram em dois trabalhos de grande influência: “The Witch Cult In Western Europe” (1921) e “The God of the Witches” (1931), ambos da professora Margaret Murray do University College, de Londres. Murray havia começado com a presunção de que as bruxas antigas tinham sido mulheres velhas desiludidas, que haviam cultuado o diabo, mas ele concluiu declarando que elas eram remanescentes de um culto de fertilidade que foi injustamente perseguido pela Igreja. No início, Gardner aproximou-se da bruxaria como um exercício acadêmico, rastreando suas rotas até a Idade da Pedra. Mas ele também era um exibicionista excêntrico, que desejava estar cercado por acólitos dispostos a se prostrar aos pés de seu mestre e se submeter ao seu tipo peculiar de disciplina. Gardner pode também ter tirado ideias de a “Deusa Branca” de Robert Graves, uma história abrangente do paganismo e da magia, e de “Golden Bough”, de James Frazer. Os dois livros teriam dado a ele material suficiente para “Book of Shadows”, seu livro de rituais de magia e textos religiosos. Contudo, os que estavam enamorados demais por seu mestre para observar com mais atenção consideraram-no como totalmente original. Os textos de Dion Fortune inspiraram Gardner a escrever “High Magic´s Aid”, seu romance sobre magia publicado em 1949, um romance medieval pomposo, no estilo de sir Walter Scott. Ele declarou utilizar rituais de magia autênticos, parcialmente retirados de “A Chave de Salomão”, um grimório (livro de magia) “e parcialmente de manuscritos de magia que eu possuo”. O Ato de Feitiçaria de 1735 impedia-o de admitir abertamente que praticava a Arte, mas quando o ato foi revogado, em 1951, Gardner viu sua oportunidade e a explorou. Seu segundo livro, “A bruxaria Hoje” (1954), ostentava um prefácio de Margaret Murray, que na ocasião estava perdendo credibilidade, pois começara a promover teorias cada vez mais excêntricas, em específico a ideia de que todos os monarcas ingleses eram bruxos. Contudo, seu endosso não prejudicou o livro. Ele inclusive encontrou aceitação imediata pelo público em geral, que ficou fascinado em saber que “a antiga religião” ainda estava viva e bem na Grã-Bretanha moderna e seus adeptos não tinham vergonha de praticar sua fé, nus, nas florestas e até nos subúrbios. Em 1946, Gardner contratou Aleister Crowley para criar novas cerimônias de iniciação e rituais, com o objetivo de criar sua própria versão da Arte, embora uma versão com uma temática sadomasoquista inconfundível. Flagelos rituais e cópula eram centrais nos ritos de iniciação gardnerianos e muito do que se passava como culto era um teatro do absurdo. Mesmo assim, o coven de Gardner atraiu dezenas de seguidores desencantados com as religiões ortodoxas, e eles encorajavam outros a criar seus próprios covens na Inglaterra e na América. Esses convertidos tinham se distanciado dos aspectos mais sensacionais da filosofia de seu fundador. Eles haviam amadurecido em uma irmandade que outorga poderes às mulheres e celebra o princípio feminino. Não é difícil compreender por que a Wicca é tão popular nos dias de hoje. A religião ortodoxa oferece à mulher algo além de subserviente, ao passo que o Cristianismo faz da mulher a responsável pelo Pecado Original. A fonte primária dos ritos de iniciação, rituais e regras gardnerianos é o “Livro das Sombras”. Apresentado originalmente como um documento manuscrito que professava ser do século XVII, foi de fato escrito por Gardner no fim dos anos 1940 ou no início da década de 1950. Só Gardner poderia ter tido o atrevimento de esboçar uma lei afirmando que as altas sacerdotisas deveriam renunciar em favor de uma mulher mais jovem se o coven assim o desejasse. O título “Livro das Sombras” também faz referência aos registros pessoais dos trabalhos de magia mantidos por todas as bruxas. O livro de Gardner é singular por delinear um plano de resistência da magia à invasão nazista da Grã-bretanha, uma ideia que Dion Fortune compartilhou em “The Magical Battle of Britain”.



ALEX SANDERS:

Atrás das cortinas de chintz rendado de uma modesta casa com terraço, na região de veraneio à beira-mar de Bexhill-on-Sea, o autoproclamado “Rei das Bruxas” Alex Sanders, de 60 anos, vestia uma máscara de ouro e um cocar pesado de penas antes de invocar um espírito do fogo asteca de uma dimensão além do tempo e do espaço. Em seguida, seus assistentes removiam seu robe, deixando esse xamã suburbano dançar em volta do cômodo da frente enquanto segurava uma vela flamejante em cada mão. Aparentemente, ele estava possuído pela entidade, que proferia palavras de sabedoria do mundo dos mortos. “Muitos me olham com estranheza”, ele disse à equipe de TV que filmou o ritual para um documentário. “Muitas pessoas têm medo de mim, isso é culpa delas, não minha.” Na época, Alex era um velho frágil, com dificuldade para permanecer em pé sem ajuda, mas, uma vez que o espírito estivesse nele, ele sentia que podia “liderar o caminho” para seu “povo”, protegendo-os da perseguição e dos olhares indiscretos dos tabloides. Como muitos magos e ocultistas, Alex era um egotista impenitente e um fantasista por hábito, que cortejava a controvérsia e atormentava a imprensa para publicar suas atividades. Não foi apenas seu apetite por publicidade que enfureceu seus colegas wicanos, os quais temiam que relatos sensacionalistas incitassem a perseguição e o ridículo: ele também tinha o hábito de “enfeitar” a verdade para tornar-se mais interessante. Parece que ele foi iniciado na Arte por um membro de um coven de Nottingham em meados dos anos de 1960, mas Alex sempre insistiu que sua avó galesa Mary Bibby tinha executado a cerimônia depois que ele entrou em sua casa enquanto ela realizava um ritual. “Em uma noite de 1933, quando eu tinha 7 anos, fui enviado para a casa de minha avó para um chá. Por alguma razão, não bati na porta ao entrar, e me deparei com minha avó nua, seus cabelos cinzentos soltos caindo até a cintura, em pé em um círculo desenhado no chão da cozinha.” Quando se recobrou do choque de ter sido descoberta, ela lhe disse para retirar suas roupas e se juntar a ela dentro do círculo. Então, ela fez um corte em seu escroto com uma faca e declarou que ele era um deles. Depois de fazer com que jurasse segredo, ela informou ser descendente do chefe e rei de bruxas galês Owain Glyn Dwr, e que Alex teria o direito de assumir o título quando fosse a hora. Mas primeiro ele tinha de se familiarizar com os ritos da “religião antiga”, copiando os rituais de seu próprio Livro das Sombras. Qualquer que fosse a verdade, Alex era um médium natural, assim como seus irmãos. Sua futura esposa e alta sacerdotisa Maxine Sanders lembrou que a casa da família ficava lotada de espíritos, atraídos pela energia psíquica gerada pelos irmãos de Alex e as sessões mediúnicas regulares que aconteciam em volta da mesa da cozinha. “Não era incomum entra4r na cozinha dos Sanders em plena luz do dia e encontrar uma sessão mediúnica de materialização completa acontecendo. A sra. Sanders estaria entretida em suas rotinas domésticas, independentemente das aparições presentes.” A primeira praga concreta de Sanders foi dirigida à sua primeira esposa, que o deixou quando ele tinha 26 anos, levando seus dois filhos com ela. Alex amaldiçoou a mulher com um feitiço de fertilidade, para que, quando ela se casasse de novo, tivesse a sobrecarga de dar à luz três pares de gêmeos. Mas isso foi um pequeno consolo para o sentimento de ser rejeitado e abandonado, então Alex saiu em busca de riqueza e sexo, usando feitiços para tal fim. “Eu cometi um erro terrível ao usar magia negra em uma tentativa de conseguir dinheiro e êxito sexual. Funcionou muito bem – eu estava andando por Manchester e fui interpelado por um casal de meia-idade que me disse que eu era o duplo exato de seu filho único, que morrera havia alguns anos. Eles me levaram para sua casa, alimentaram-me e vestiram, e trataram-me como um familiar. Eles eram riquíssimos e, em 1952, quando pedi a eles que me dessem uma casa, com uma pensão para mantê-la, eles ficaram felizes em realizar meus desejos. Eu fiz festas, comprei roupas caras, eu era sexualmente promiscuo; mas depois de algum tempo, percebi que tinha uma dívida terrível a pagar.” Vários membros da família de Sanders morreram prematuramente de câncer e a namorada de Alex cometeu suicídio. Esses acontecimentos dissuadiram-no de continuar se aventurando pela Linha Esquerda. Em vez disso, ele trabalhou por um tempo como curandeiro, mas não conseguia resistir a libertar um cliente de verrugas, transferindo-as para alguém de quem ele não gostasse. Ele também afirmou ter curado um homem viciado em drogas e ter executado abortos psíquicos enviando a alma de volta para o Paraíso. E, quando ele não conseguia persuadi-la a voltar, diz-se que ele recomendava um aborteiro aqui da Terra. Ele recebeu o crédito de ter curado p pé deformado de sua própria filha Janice, cujo tratamento fora desacreditado pelos médicos. Seguindo instruções de seu guia espiritual, Alex banhou o pé de Janice em azeite de oliva e o massageou até ser capaz de virá-lo de volta à posição correta, sem nenhuma dor. Em 1963, a partir de conselhos de seu anjo da guarda e espíritos guias, ele aceitou um trabalho subalterno na John Rylands Library em Manchester, onde pôde estudar a fundo as cópias de dois grimórios lendários, “A Chave de Salomão” e “O Livro da Magia Sagrada de Abramelim, o Mago”. Mas ele não contentou só com a leitura dos livros. Ele tinha de possuí-los. Uma noite, conseguiu retirá-los às escondidas da biblioteca, mas foi pego em seguida. Sob a ameaça de processo, prometeu devolvê-los, mas não antes de fazer uma cópia manuscrita dos rituais mais potentes. É provável que lhe teriam pedido que deixasse a livraria de qualquer modo, porque ele havia atraído atenção indesejável sobre si ao persuadir o Manchester Evening News a publicar uma matéria de primeira página sobre bruxaria. Esse incidente também o levou a ser banido de seu coven local, que o considerou um peso morto. Mas a imprensa importunou-o por mais petiscos lascivos e ele atendeu de boa vontade. Em 1965, declarou presidir sobre cem covens a partir de sua casa em Manchester e ter criado um familiar na forma de um bebê, feito a partir de um ato de magia sexual com outro membro masculino do coven. Alex parece ter sido um médium de transe genuíno, mas sua afirmação de ter canalizado um bruxo do século XVII chamado Nick Demdike não foi provada. Acusaram-no de retirar o nome de um romance do século XIX, “The Lancashire Witches”, de William Ainsworth, que tinha um bruxo com o mesmo nome. Em 1969, outra reportagem no jornal dominical sensacionalista empurrou Sanders para os holofotes e ele se viu uma celebridade menor no circuito dos programas de entrevistas, para desgosto de outras bruxas. A reportagem era em torno da afirmação de Alex de ser capaz de erguer os mortos, um rito que ele executou com uma expressão séria em Alderley Edge, diante de um repórter embasbacado. O “cadáver” era, um dos assistentes de Alex, que jazeu obediente até o momento combinado, imóvel como uma múmia egípcia sob camadas de bandagens. O médico que atestou a morte da vítima, para começar, era outro amigo de Alex. Quanto ao ritual, Alex não desejava o risco de incorrer na fúria dos deuses ao dizer seus nomes em vão, então resistiu à tentação de usar um verdadeiro encantamento e em vez disso leu uma receita de trás para a frente! Suas farsas e a ânsia por publicidade zangaram muitos dos que se empenhavam em praticar suas crenças a portas fechadas e no anonimato, e Alex tinha plena consciência das críticas levantadas contra ele. Em 1979, fez um pedido de desculpas completo e sincero e expressou a esperança de que a totalidade dos convertidos que ele trouxera para a Arte superasse vastamente a atenção negativa que atraíra. Sanders morreu de câncer do pulmão no dia de Beltane, 30 de abril de 1988. Seu último desejo foi de que seu filho Victor o sucedesse, mas Victor não queria nada com o movimento e imigrou para a América. O ramo Alexandrino da Wicca hoje em dia está firmemente estabelecido como uma alternativa à tradição gardneriana, mas não é tão popular. Isso, em parte, se deve ao fato de que Sanders representou uma imagem negativa da Wicca na imprensa, mas outro motivo pode ser a insistência de Sanders pela admissão de homossexuais – uma regra que desorganiza a dinâmica macho-fêmea, que é central nos trabalhos de um coven.


DION FORTUNE

A autora e ocultista Dion Fortune (1890-1946) foi a responsável pela disseminação da teoria e prática da magia cerimonial para um círculo tão amplo como nunca visto. A informação que ela forneceu só estivera disponível antes para iniciados de sociedades secretas como a Golden Dawn. Codificada em seus romances – “The Winged Bull”, “The Sea Priestess”, “The Goat Foot God” e outros – eram ritos e rituais que os wiccanos e magos modernos foram capazes de adaptar e incorporar a um sistema de magia neopagão baseado no culto à deusa, ou o princípio feminino. Ele foi um afastamento da “religião antiga”, em que a figura patriarcal de Pã mantivera-se suprema. Seus diversos estudos sobre magia ritual e filosofia oculta, incluindo “The Cosmic Doctrine”, “The Mystical Qabalah” e “Sane Occultism”, foram realizados na “The Occult Review”, uma revista que teve circulação ampla nos anos de 1930. Eles devem ter sido devorados por pessoas como Gerald Gardner e Doreen Valiente, os responsáveis pelo ressurgimento da Wicca dos anos de 1950. Pode-se argumentar que, sem a contribuição de Dion Fortune, o movimento wicano moderno não teria florescido como floresceu e o movimento Nova Era não teria evoluído para uma forma de espiritualidade centrada na natureza, que é simbolizada pela Mãe Terra e a Rainha do Céu. Nascida Violet Mary Firth em Llandudno, Gales, ela foi criada como cientista cristã, mas aos 20 anos foi compelida a mergulhar na filosofia e magia oriental, depois de sofrer um colapso nervoso quando trabalhava como professora em um colégio particular de garotas. Mais tarde, declarou que não foi uma desordem nervosa comum, mas o resultado de um “ataque psíquico” mantido pela diretora, que havia estudado ioga na Índia e usou sua vontade superior para quebrar a resistência de Violet e destruir sua autoconfiança. “Eu entrei como uma jovem forte e saudável. Saí como um destroço psíquico e mental”, ela escreveu. Quando se recobrou, ela decidiu aprender tudo o que pudesse sobre os poderes latentes da mente, que ela suspeitou ser a fonte de todo fenômeno oculto. Pouco antes da Primeira Guerra Mundial, ela matriculou-se na Tavistock Clinic para estudar psicanálise freudiana, onde conheceu seu mentor, o místico anglo—rlandês T.W.C Moriarty, que inspirou sua coleção de contos “The Secreto f Dr. Taverner”. Depois da morte dele em 1923, ela uniu-se à “Cristian Mystic Lodge of the Theosophical Society”. Em 1919, ela foi iniciada em uma “loja irmã” da Ordem Hermética da Aurora Dourada (Golden Dawn), onde aprendeu o funcionamento da magia cerimonial, mas, na ocasião, a ordem estava em declínio. “seus velhotes futriqueiros” passavam mais tempo discutindo sobre procedimentos do que um Conselho do que um conselho de pastores de província. Durante os três anos em que permaneceu com a ordem, ela adquiriu seu nome mágico, uma contração de “Deo Non Fortuna” (“Por Deus, não pelo Acaso”), e chegou à conclusão de que os ocultistas modernos não poderiam se dar ao luxo de ignorar as percepções oferecidas pela psicologia. Ela pontuava que as ordens de magia como a Golden Dawn estavam condenadas à extinção porque seus membros estavam determinados a preservar um conhecimento arcano, em vez de desenvolvê-lo, do mesmo modo que as religiões ortodoxas fizeram antes. Ela delineou sua filosofia em “Sane Occultism”, o primeiro de vários livros sobre os aspectos práticos de magia e do desenvolvimento psíquico. “Um conhecimento de filosófica oculta pode dar uma pista para as pesquisas dos cientistas e equilibrar os êxtases dos místicos.” Como psicóloga treinada e ocultista praticante, ela percebeu que a fonte primária de nossa moléstia moderna origina-se de uma negação do nosso ser subconsciente intuitivo, personificado pelos pagãos como Pã, ou a consorte do Deu Cornífero, Arádia, o arquétipo feminino do si mesmo. De acordo com Dion Fortune, a não ser que pudéssemos reconciliar os aspectos psíquicos e práticos de nossa espiritualidade, permaneceríamos vítimas de desordens mentais, tais como depressão, bem como doenças relacionadas ao estresse crônico. Nos romances de Dion Fortune, mais que em seus panfletos de magia, fica claro que se realinhar com a natureza é o caminho para a integração psicológica e a autorrealização. A religião pede ao crente que aceite a promessa da vida após a morte com confiança, para submeter a vida ao serviço do divino e resistir à tentação, enquanto a filosofia oferece vida após a morte como apenas uma possibilidade e pede ao indivíduo que assuma a responsabilidade por seu destino. Apenas o ocultismo revela a verdadeira natureza da Realidade Maior e nosso propósito nela, e isso capacita o indivíduo com a habilidade para criar essa realidade. Nos anos de 1920 e 1930, não era permitido criticar a religião. Qualquer autor que o fizesse seria ridicularizado pela imprensa e podia dizer adeus à sua carreira literária, portanto, Fortune fez com que seus pontos de vista sobre o Cristianismo ficassem conhecidos pela boca de seus personagens. No “The Winged Bull”, ela deixa o personagem central, um acadêmico erudito e ocultista, fazer o discurso. “E, então, vieram os caçadores de heresias e deram a ele (Cristianismo) um trato final, realizando um grande esforço para se livrar de tudo que ele havia herdado de crenças mais antigas. E eles haviam sido como moleiros modernos, que refinam todas as vitaminas retirando-as do pão e condenam metade da população ao raquitismo. Foi o que aconteceu com a civilização, ela teve raquitismo espiritual porque seu alimento espiritual era refinado demais. O homem não pode prosseguir sem um traço de paganismo e, em geral, ele não tenta.” O ritual central na Wicca moderna, conhecido como Descenso da Lua, sempre foi creditado ao autoproclamado “Rei das Bruxas” Gerald Gardner e sua alta sacerdotisa Doreen Valiente, mas ele é, na verdade, uma variação do rito descrito por Dion Fortune em seu romance “The Sea Priestess”, publicado em 1938. Desenha-se um círculo sagrado em volta de um sacerdote e uma alta sacerdotisa do coven, cercando-os em um espaço consagrado, marcado nos quatro pontos cardeais do compasso e santificado com os quatro elementos: fogo, ar (incenso), água e terra (sal). Depois, o grão-sacerdote ajoelha-se diante da alta sacerdotisa, que está em pé de frente para o altar segurando um bastão em uma mão e um cesto em outra, com os braços cruzados em uma imitação de Osíris. Então, o sacerdote dá um beijo nos pés, joelhos, abdome (barriga), seios e por fim nos lábios da sacerdotisa, antes de se dirigir a ela como a encarnação da Deusa Mãe. Daí, ela pode ser inspirada a se dirigir ao coven, como se canalizando a deusa, ou pode recitar uma passagem do Livro das Sombras, a “bíblia” das bruxas, ou outro trabalho que pareça relevante na ocasião. Não existe menção ao Demônio ou nada que possa ser interpretado como uma afronta ao Cristianismo. Na verdade, é bem o oposto. “Eu sou a Deusa graciosa que oferece a dádiva da alegria para o coração do homem. Sobre a terra eu concedo o conhecimento do espírito eterno; e, após a morte, eu concedo paz, liberdade e reunião com os que se foram no passado. Eu não exijo sacrifício; pois, perceba, eu sou a Mãe de tudo que vive, e meu amor brota por toda a terra.” Nos romances de Dion Fortune, o protagonista em geral é um homem que sofreu um esgotamento nervoso ou outra crise. Em seguida, ele é resgatado por uma ocultista que o ajuda a encontrar equilíbrio e perspectiva por meio da iniciação nos Mistérios. Um tema secundário envolverá um hieros gamos (casamento divino) do homem com a mulher que ele está destinado a amar. Por intermédio dela, ele encontrará redenção e completude. “Quando o corpo de uma mulher é transformado em um altar da Deusa que é toda beleza e vida magnética... então a deusa entra no templo.” (The Sea Priestess) Para os ocultistas, todos os aspectos da vida, em especial a união do homem e da mulher, têm um significado simbólico. A vida em si é um ritual sagrado. “Todos os deuses são um deus e todas as deusas são uma deusa e existe um iniciador.”


ALEISTER CROWLEY:

A verdadeira face do mago notório Aleister Crowley (2 de outubro de 1875 - 5 de dezembro de 1947) está envolta em mitos e informações incorretas, muitas delas de sua própria autoria. Mesmo seus discípulos mais devotados tinham uma imagem distorcida do homem que se comprazia com o título “A Grande Besta”. Crowley foi um mestre na manipulação, um autopublicista descarado que ansiava por atenção e tinha um prazer perverso em chocar a sociedade polida, vangloriando-se de seus excessos com drogas e libertinagem. Ele divertia-se em seu papel de “o homem mais perverso do mundo” e fez tudo o que pôde para aumentar sua reputação. Uma vez, alguém o descreveu como “um menininho sórdido que nunca cresceu”, e embora essa descrição não leve em conta sua influência considerável na tradição esotérica ocidental, especificamente a magia prática, ela é afinal um resumo bastante acurado de sua personalidade excepcionalmente desagradável. Crowley nasceu em Royal Leamington Spa, perto de Srtatforupon-Avon, em 12 de outubro de 1875, Batizado Edward Alexander Crowley, ele mudou seu nome para Aleister quando estava na universidade. Seus pais puritanos foram afetuosos e extremamente indulgentes ao criar seu filho único, mas ele ressentia-se de sua criação rígida e opressiva, descrevendo sua mãe mais tarde como uma “carola descerebrada”. Seu pai morreu de repente, quando Aleister estava entrando na adolescência, e isso teve um efeito profundo em seu desenvolvimento. Enquanto ele se tornava cada vez mais provocador e cheio de vontades, sua mãe ficava cada vez mais apaixonada em sua devoção pela igreja. Ela tentou instilar a crença de que o sexo era criação do Demônio em seu filho e de que se submeter a tentações era o primeiro passo na estrada da maldição. “O amor era um desafio para o Cristianismo”, escreveu Crowley mais tarde, e ele determinou-se a superá-lo na primeira oportunidade. Com a idade de 14 anos, ele seduziu uma empregada na cama de sua mãe, enquanto ela estava na igreja. Quando ele confessou triunfante, ela acusou o filho de ser a Grande Besta do Apocalipse, cuja vinda fora profetizada no Apocalipse de João, e o enviou para um internato. A reação da mãe apenas reforçou sua crença de que a mania religiosa era uma forma amena de insanidade. Longe dos olhos da mãe, ele explorou sua bissexualidade de maneira irresponsável, bem como sua paixão por escrever poesia pornográfica. Seus versos falharam em criar impressão nos círculos literários, onde foram menosprezados como decadentes, derivativos e de um sadismo mórbido. Sem se intimidar, Crowley pagou para tê-los publicados, porque ele se recusava a aceitar que pudesse ser algo além de brilhante em tudo o que fizesse. “É uma coincidência estranha”, ele vangloriou-se mais tarde, “que um pequeno condado deu à Inglaterra dois de seus maiores poetas – porque não podemos esquecer Shakespeare”. Sua outra paixão consumidora na época era o montanhismo, para o que ele era bem equipado tanto mental quanto fisicamente. Seu físico avantajado e a destemida indiferença ao perigo garantiam que se sobressaísse, embora ele carecesse de espírito de equipe e cuidado com seus companheiros alpinistas, tão críticos para o sucesso naquele esporte quanto a habilidade e a força. Uma vez, em um caso famoso, ele abandonou seus parceiros de escalada à sua sorte durante uma subida ao Kanchenjunga, quando pareceu que eles o impediriam de alcançar o pico. Ele havia sido deposto como líder da expedição por seu “tratamento sádico e cruel aos carregadores” e, quando os outros membros do grupo foram enterrados em uma avalanche, ele ficou em sua tenda, emburrado e rancoroso, ignorando seus gritos por socorro. Porém, Crowley esqueceu o alpinismo e os versos ao descobrir o oculto no fim da adolescência. Ele devorou os livros “The Kabbalah Unveiled”, de McGregor Mathers, e “The Book of Black Magic and of Pacts”, de A. E. Waite, de uma só vez, mas se recusou com teimosia a reconhecer o débito que seus livros deveram a esses autores, que ele ridicularizou como pretensiosos. Era impossível para Crowley elogiar qualquer pessoa que fosse, porque se considerava superior a todos; mas ele ficou entusiasmado com as ideias de Mathers de que a magia oferecia um meio de se elevar acima da rotina mundana da vida cotidiana e de que o talento em questões ocultas dependia da intuição, não do intelecto. Como Crowley recordou posteriormente, o sucesso na magia dependia da habilidade para “despertar o gênio criativo”, não apenas acreditando que a vontade de alguém se tornaria realidade, mas também a visualizando. Uma expectativa de sucesso quase infantil e uma determinação obstinada em obter o que se deseja a qualquer custo são cruciais para o resultado da magia cerimonial. Em todo ato de magia, é preciso suspender a mente racional, por que ela limita o poder do inconsciente, do mesmo modo que um pai desaprovador pode atrasar o progresso de uma criança, advertindo-a sobre os problemas que ela pode encontrar. O sucesso inicial de Crowley como mago foi resultado de sua crença que mais tarde se transformou em autovalorização, o que ofuscou sua intuição. Ele teve uma prova de seu poder potencial na juventude. Quando estava estudando em Cambridge, ele amaldiçoou um mestre que havia recusado a permissão para ele encenar uma peça indecente. Sua ação foi fincar alfinetes em uma imagem de cera feita por ele. Mas o ritual não aconteceu como Crowley planejara. Em uma noite de lua cheia, ele convenceu alguns de seus colegas estudantes a se juntar a ele em um campo ao lado do St. John´s College. Eles deveriam fazer um círculo enquanto ele executava a conjuração. Contudo, no momento crítico, um dos participantes não teve coragem e tentou arrancar a boneca de Crowley. Uma agulha escorregou o fincou em seu pé. No dia seguinte, o mestre caiu em uns degraus e quebrou o joelho. No início, Crowley encantou-se com o convite para se unir ao círculo oculto da moda de Mathers, a Hermetic Order of the Golden Dawn (Ordem Hermética da Aurora Dourada), em 1898 – que contava com vários membros da sociedade vitoriana entre seus adeptos, inclusive o poeta W. B. Yeats e vários autores renomados. Mas ele se desesperou quando percebeu que eles eram tão preocupados com classificações e regras quanto os maçons. “Eles não eram protagonistas no combate espiritual contra restrições”, observou, “contra os opressores da alma humana, os blasfemadores que negavam a supremacia da vontade do homem”. Com essas palavras, ele referia-se à religião institucionalizada. Crowley estava impaciente por poder e obcecado com a ideia de que, de alguma forma, sexo e magia estavam ligados, que a energia vital canalizada durante o sexo poderia ser usada em magia ritual, de modo que os desejos mais profundos pudessem ser concretizados. Com a riqueza herdada, uma aparência de sofisticação e personalidade dominadora, Crowley teria muitos admiradores, que se submeteriam a qualquer ato humilhante se ele os cortejasse a acreditar que isso poderia dar nascimento a uma “criança mágica”, uma forma-pensamento sem alma que cumpriria suas ordens. A magia sexual, entretanto, era desaprovada pelos “velhotes” da Golden Dawn, que consideravam a ambição imprudente de Crowley como embaraçosa e, decididamente, de mau gosto. Crowley sentia ser merecedor de uma posição elevada dentro da sociedade, mas Mathers pensava diferente. Seu antagonismo intensificou-se até que, em 1904, os dois homens brigaram nos tribunais sobre os direitos dos rituais um dia secretos, que Crowley declarou terem sido transferidos para ele pelos “chefes secretos” incorpóreos da ordem. Mathers conseguiu obter um mandado que impedia seu rival de publicar o material, mas Crowley era mau perdedor. Ele invocou Belzebu e seus 49 demônios auxiliares para atormentar seu inimigo. Mathers retaliou amaldiçoando o cachorro de Crowley e tornando seus criados enfermos, mas o ataque psíquico deixou-o esgotado e derrotado, e ele perdeu o apelo seguinte. A publicidade que se seguiu precipitou a dissolução da ordem e empurrou Crowley para as páginas dos tabloides de domingo, cujos leitores aceitaram sem reflexão suas histórias de batalhas psíquicas no plano astral. Mas eles ficaram mais fascinados ainda por seus relacionamentos bizarros e vício em drogas. O apetite sexual voraz e o traço sádico de Crowley foram satisfeitos por uma série de mulheres neuróticas e impressionáveis, que se submetiam de bom grado às suas exigências, que ele justificava afirmando ser parte de um ritual oculto. Ele chegou a ir ao extremo de afiar seus dois dentes caninos a ponto de poder dar a suas discípulas femininas adoradoras um “beijo de serpente”. Ele também se tornou viciado em mescalina, que com o passar do tempo drenou consideravelmente sua força interior e prejudicou sua saúde. Se ele não possuísse uma vontade tão indomável, teria deteriorado a um ritmo bem mais rápido. Doses generosas de heroína, ópio e haxixe ofuscavam seu julgamento e percepção, ao mesmo tempo em que   exacerbavam suas idiossincrasias e relacionamentos, que eram não convencionais, para dizer o mínimo. Ele exercia atração fatal sobre mulheres neuróticas e masoquistas, para que pudesse dominá-las e abusar delas à vontade. Em uma ocasião, conhecidos viram-no chutando uma de suas amantes, que ele amarrara e deixara para dormir no chão do apartamento deles. Outra vez, ele trancou sua primeira esposa em um guarda-roupa, enquanto divertia uma amante no mesmo quarto. Ele era igualmente abusivo com seus amantes e companheiros homens, usando-os e descartando-os como se fossem cães doentes. Os que cruzaram seu caminho atestaram a eficácia de suas maldições, que deixaram um ex-acólito em estado de exaustão nervosa durante meses. Crowley forjou uma ligação psíquica com seus discípulos mais devotados, que era tão difícil para eles quebrarem quanto a dependência de drogas ou álcool. Nos círculos ocultos, muitos acreditavam que a morte de Mathers em 1918 foi resultado direto de uma maldição de Crowley. Na época do caso nos tribunais, Crowley ainda não fizera 30 anos, mas já era uma figura conhecida nos círculos boêmios e um mago de poder considerável. Porém, sua vida privada era uma bagunça. Ele iniciara uma amizade com um jovem e promissor pintor, Gerald Kelly, mais tarde presidente da Royal Academy, e, de brincadeira, ofereceu-se para se casar com a irmã emocionalmente instável de seu novo amigo, Rose, para salvá-la das atenções indesejáveis de seus inúmeros pretendentes. A família ficou enraivecida ao pensar que esse fantasista poderia herdar sua fortuna, e realmente enfurecida quando Crowley casou-se com Rose, no dia seguinte e, então, arrastou-a para Paris, anunciando que dali por diante eles deveriam ser tratados como Príncipe e Princesa Chioa Khan. Toda correspondência que não fosse endereçada de modo apropriado eles retornariam sem abrir. O casamento revelou a maldade de Crowley para que todos vissem. Ele levou Rose como uma criança petulante de Paris para o Cairo e então para o Ceilão, explorando sua devoção masoquista a ele, embora fossem claras suas intenções de humilhá-la. Mas, em seguida, aconteceu algo totalmente imprevisto. Rose, agora grávida de seu primeiro filho, revelou-se uma médium. Seja isso verdade ou não, pelo menos garantiu que ela teria, por fim, a total atenção de seu marido. Ela disse-lhe que ele havia ofendido o deus egípcio Hórus, mas se seguisse as instruções dela ao pé da letra ele poderia invocar uma deidade que ditaria uma nova escritura radical que teria seu nome. Crowley confessou ter considerado o ritual sem sentido, mas provou ser eficiente. Não foi somente Hórus quem falou com ele, mas também seu anjo da guarda Aiwass, provavelmente por intermédio de Rose. Juntos, eles ditaram todo o texto que mais tarde foi publicado como “The Book of the Law”. Ele era um pastiche pseudobíblico que anunciava a criação de uma nova religião, cujo princípio central era de que o homem é Deus e Aleister Crowley, seu profeta. “... pegue vossa cota e vontade de amor como quiserdes, quando, onde e com quem quiserdes.” (Private Chaos) Se Crowley tivesse vivido na América nos anos de 1960, ele poderia ter fundado um novo culto lucrativo; entretanto, nos anos que precederam a Primeira Guerra Mundial, ele foi desprezado pelo público em geral como apenas outro excêntrico nos moldes da líder teosofista Madame Blavatsky, que também afirmava canalizar a sabedoria esotérica do mundo espiritual. Entretanto, a filosofia autocentrada de Crowley influenciou uma geração que surgiu nos cínicos anos de 1970 e foi adotada como credo central da Church of Satan (Igreja de Satã). Seu édito para abandonar os fracos e viciosos à própria sorte e rejeitar sentimentos de piedade para com aqueles que sofrem poderia ter sido extraído da A Bíblia Satânica. Porém, em sua época, a percepção do público sobre o ocultismo de Crowley foi distorcida por toda a falação em torno de sua vida privada. Rose era uma musa indigna de confiança. Depois que seu bebê morreu de febre tifoide em Rangum, ela deu à luz uma segunda criança, mas provou ser uma mãe incapaz. Ela começou a beber e mais tarde foi internada em um hospital psiquiátrico. Enquanto isso, Crowley atingira um grau de poder oculto que apenas seus amigos íntimos e iniciados tiveram o privilégio de testemunhar. Um deles descreveu como Crowley demonstrou sua vontade superior ao deixar um homem inconsciente e fazer outro implorar como um cão. Em outra ocasião, o escritor americano William Seabrok caminhava com Crowley ao longo da quinta Avenida em Nova York, quando ele lhe pediu para demonstrar suas habilidades. Crowley concordou. Ele seguiu um estranho por alguns momentos, imitando seu modo de andar e, então, entortou os joelhos, o que fez com que o homem caísse na rua. Mesmo enquanto vivia em um apartamento arrendado em Londres, Crowley teve sucesso em convocar seres do mundo subterrâneo. Em uma ocasião, ele materializou um espírito de cura com elmo e, em outra, convocou um exército de demônios, que marcharam em torno do quarto até serem dispersos pelos primeiros raios do sol matinal. Mas, na Mansão Boleskin, sua propriedade recém-adquirida às margens do Lago Ness na Escócia, os espíritos tornaram-se tão numerosos que, segundo consta, ele tinha de trabalhar com todas as luzes acesas, mesmo em plena luz do dia, pois o quarto estava vivo, cheio de sombras. Diz a lenda que o capataz da propriedade ficou possuído e tentou assassinar a família, o que motivou Crowley a fazer uma viajem não planejada para o México. Lá, ele declarou ter chegado perto de fazer seu próprio reflexo desaparecer da superfície de um espelho, simplesmente pelo poder da vontade. Ele percebeu que o homem é Deus, mas não teve a humildade de se submeter ao seu ser superior como um verdadeiro adepto faria. “O homem ignora a natureza de seu próprio ser e poder (...) O homem é capaz de ser e usar tudo o que ele percebe, pois tudo o que ele percebe é, em certo sentido, parte de seu ser.” Contudo, apesar de todas as suas intuições, Crowley não pôde resistir à busca das paixões animais de sua natureza inferior. Para ele, sexo e submissão eram inseparáveis da magia, e ele se tornou um devoto ávido de sua própria religião. Em 1912, entrou em conflito com outro grupo oculto – o culto Ordo Templis Orientis (OTO), sediado na Alemanha – por revelar os segredos da ordem em sua revista de impressão própria “The Equinox”, ou seja, de que o sexo é a chave para o poder oculto. Mas essa querela pessoal aconteceu fora dos holofotes públicos, com Crowley conseguindo permissão para estabelecer seu próprio ramo da OTO na Grã-Bretanha. Quando a Grande Guerra eclodiu, Crowley fugiu para a América, onde espalhou propaganda antibritânica para ofender o pais que falhara em reconhecer sua genialidade. Lá ele viveu à custa de amigos e seguidores ricos, tendo dissipado a fortuna familiar em um estilo de vida extravagante, que agora ele não estava preparado para moderar, embora não tivesse os meios para sustenta-lo. Em 1916, tornou-se exasperado pela contínua recusa de seus contemporâneos em lhe conceder o grau de Magus em magia, então realizou o cerimonial sozinho. No fim da cerimônia, ele batizou um sapo e, então, crucificou-o. No fim da guerra, seus financiadores relutantes já estavam enfurecidos com sua arrogância e cansados de ser menosprezados. Estava na hora de a “Besta” seguir em frente. Crowley sabia que não seria bem-vindo na Grã-Bretanha, então comprou uma casa de campo em Cafalu, Sicília, com as rendas de uma pequena herança, e mudou-se com sua nova “mulher escarlate”, Leah Hirsig (a quem ele nomeou Símio de Toth), e uma amante rival, Ninette Shumway. Ninette, sua antiga governanta, trouxe seu filhinho como companhia para os filhos pequenos de Crowley e Leah, duas crianças pequenas, mas a “Abadia de Thelema”, como ele rebatizou a casa, não era lugar para crianças. Crowley decorou as paredes de seu estúdio – a câmara dos pesadelos – com suas pinturas de demônios, e o quarto de dormir com casais copulando. As duas mulheres estavam o tempo todo brigando e gritarias de ataques de bebedeira eram comuns. Crowley logo se cansou delas. Ele usou sua influência e reputação para atrair mulheres casadas e entediadas para sua casa, todas sedentas de aventuras adúlteras longe de casa. Seus diários mágicos registraram seus sucessos com uma alegria muito pouco reprimida. “M. M. mulher casada respeitável... a garota é muito fraca, feminina, facilmente excitável e muito arguta, sendo esta a primeira vez que ela comete adultério. Operação altamente orgástica e elixir (isto é, esperma) de primeira linha.” Visitantes masculinos também eram sujeitos aos poderes hipnóticos de seu anfitrião. Eles competiam com ciúmes por seus favores como os membros sujeitos à lavagem cerebral dos cultos modernos e de boa vontade compartilhavam suas esposas com o mestre. Sem dúvida, seu julgamento fora comprometido pelas quantidades copiosas de cocaína e heroína presentes, que o anfitrião compartilhava à larga. Como muitos homens de personalidade e vontade forte, Crowley acreditava que podia abandonar-se à sua ânsia por drogas sem se tornar um viciado. Para poucos de seus convidados, os ensinamentos de Crowley foram uma revelação e libertação vitalícia da repressão social e sexual, mas sem autodisciplina a doutrina do “Faze como quiseres” era uma fórmula para a autodestruição. A magia é uma busca solitária que requer autodisciplina rigorosa, o que Crowley sem dúvida não tinha. Ele precisava de uma audiência, mesmo que fosse composta de desocupados da alta sociedade, que estivessem a três graus abaixo de seu nível intelectual e fossem instáveis psicologicamente. Infelizmente, alguns de seus visitantes estavam ansiosos demais, para agradar a seu guru das trevas. Durante uma cerimônia de magia, o discípulo Raoul Loveday bebeu o sangue de um gato que fora sacrificado. Ele morreu em seguida. Para um homem que se declarava um adepto, Crowley estava claramente descontrolado e era incapaz de proteger seus devotos. Talvez ele fosse apenas um ímã para indivíduos autodestrutivos e fadados ao infortúnio. Ou o destino estava manipulando tudo a partir das sombras? A esposa de Loveday, que o acompanhara à ilha, recordou-se mais tarde de ter tido uma premonição da morte dele anos antes. Uma fotografia do casal feliz tirada em Oxford, Inglaterra, tinha sido desgastada pelo que na época eles acreditaram ser uma falha na revelação. Atrás de seu marido, existia a leve sombra de uma figura com as mãos juntas acima da cabeça – a mesma postura em que Raoul morreu. O episódio marcou o fim do retiro boêmio de Crowley. Mussolini ordenou que ele fosse deportado sem cerimônia, mas o incidente reuniu uma avalanche de manchetes chocantes. Quando tudo estava acabado, Crowley descobriu que tinha adquirido o apelido de “o homem mais perverso do mundo”. Ele viveu com o apelido os últimos 20 anos de sua vida. “Este homem, Aleister Crowley, é uma das figuras mais sinistras dos tempos modernos.”, declarou o The Sunday Times, em um artigo publicado em 1922. “Ele é um viciado em drogas, autor de livros vis, disseminador de práticas obscenas.” Desencorajado a voltar para a Grã-Bretanha, Crowley embarcou para Túnis com Leah e seu filho de 5 anos, Dionysus, que havia adquirido o hábito da nicotina com seu pai e se gabava de fumar vários maços de Woodbines por dia. Crowley não fez nada para desencorajá-lo. Ele era tão incapaz de afeição e irresponsável como sempre. Quando Ninette deu à luz à sua segunda filha, Anne Leah, o pai relutante fez seu mapa astrológico e concluiu: “Parece que ela vai se tornar uma ‘putazinha’ bem comum”. Em semanas, ele abandonou tanto sua família quanto seus discípulos, incluindo o garoto negro que ele havia iniciado em seu culto de magia sexual, e fugiu sozinho para a França. Lá ele viveu explorando amigos, até eles terem sua paciência exaurida e os bolsos vazios, enquanto sua família passava fome em Túnis esperando em vão que Mussolini mostrasse piedade e permitisse que eles permanecessem na Itália. Foi quando estava em Paris que, segundo dizem, ele tentou o ritual que provocou sua queda – uma invocação a Pã. Um discípulo colocara à disposição de Crowley seu pequeno hotel privado na margem sul do Sena em Paris, junto com a permissão para ele fazer tudo o que desejasse. Nessa época, Crowley havia atraído um pequeno círculo se seguidores, então aproveitou a oportunidade para executar um rito que ele planejava há meses, um rito que seria o auge de sua carreira como mago. Ele desocupou um quarto no ponto mais alto da casa e executou um ritual de banimento, para limpar a atmosfera de toda energia residual e qualquer impressão dos que haviam usado o quarto anteriormente. Depois, recolheu-se a portas fechadas com seu acólito principal, que havia tomado o nome de MacAleister (filho de Aleister). Os dois homens deram instruções estritas para não serem perturbados em nenhuma circunstância. Era o fim da tarde e esperava-se que a cerimônia duraria até o amanhecer. Os outros se distraíam no restaurante e esperavam a volta de seu líder, mas no decorrer da noite o ambiente esfriou e a conversação foi interrompida repetidas vezes por batidas e gritos altos. Quando amanheceu, eles subiram para o último andar e bateram na porta com cautela, mas não obtiveram resposta. Tentaram a maçaneta da porta, mas estava trancada; então não tiveram escolha a não ser quebra-la. Dentro eles encontraram MacAleister morto e Crowley nu em um canto. Ele estava petrificado pelo medo e balbuciava feito um imbecil. Foram necessários quatro meses de recuperação na tranquilidade de uma instituição mental para os fantasmas o abandonarem. Porém, embora tenha recobrado sua força física e sua sanidade, depois de Paris ele nunca mais foi o mesmo. Agora na meia-idade, quase à penúria e desesperado para financiar o hábito crescente de consumo de drogas e álcool, Crowley ficou reduzido a vender suas ideias libidinosas a quem desse o maior lance. No fim de uma temporada em Lisboa, sua amante na época o abandonou, o que o sacudiu de seu estupor por tempo suficiente para procurá-la e implorar por uma reconciliação. Mas a garota alemã de 19 anos, que ele chamava de “O Monstro”, não voltou para ele. Nunca ninguém havia dado as costas para a Besta antes.  Portanto, a rejeição deixou-o vacilante. Em um gesto melodramático, ele encenou a própria morte, deixando uma nota sob sua cigarreira com monograma, que ele colocou no topo de um penhasco na praia apropriadamente denominada Hell´s Mouth (Boca do Inferno). Mas, como uma criança petulante que tem de ser persuadida a voltar aos holofotes, reapareceu dias depois, a tempo de abrir uma exposição de suas pinturas. Pouco depois, ele forjou uma ação judicial contra a autora Nina Hammet, que o havia descrito como um mago negro em seu livro “The Laughing Torso”. “Eu fui acusado de ser um mago negro. Nunca foi feita uma declaração mais tola a meu respeito. Eu desprezo a coisa em tal grau que mal posso acreditar na existência de pessoas tão degradadas e idiotas a ponto de praticá-la.” (Aleister Crowley) Todo o caso havia sido tramado por Crowley, que estava cavando dinheiro. Nina era uma velha amiga que supostamente concordou em pagar qualquer indenização vinda da ação por difamação, se Crowley tivesse sucesso. Mas o caso foi rejeitado quando seus amigos se recusaram a testemunhar a favor dele. Pior ainda, a defesa produziu resmas de sua poesia pornográfica e regalou o júri atônito com relatos de seus rituais mágicos de masturbação. Ao rejeitar a ação, o juiz Justice Swift declarou que ele nunca tinha visto “coisa tão espantosa, horrível e blasfema como a produzida pelo homem que descrevia a si mesmo como... ‘o maior poeta vivo’.” O caso levou Crowley à falência, mas isso não teve efeito sobre ele, porque ele já dependia financeiramente de seus amigos e seguidores há anos. Ele passou os últimos anos de sua vida em uma pensão barata na cidade de Hastings, no litoral inglês. Uma sombra pálida da pessoa antes formidável, ele tinha medo do escuro. Morreu em 5 de dezembro de 1947 de dependência a álcool e drogas. Suas palavras finais – “Eu estou perplexo” – resumem uma vida esbanjada em autoindulgência e uma luta contra a sociedade que ele considerava responsável por inibir o indivíduo. Crowley exemplificou o destino do “mago negro” moderno, que é seduzido por sua própria imagem e corrompido pelo poder que procura exercer tanto sobre seus admiradores como sobre seus inimigos. Contudo, apesar de todas as suas falhas, Crowley possuía vontade, intelecto e imaginação formidáveis, que, quando combinados com o desejo de êxito, inspiraram-no a produzir diversos marcos da literatura oculta, incluindo o impressionante “Magick In Theory and Practice”. Porém, mesmo essas obras sérias foram “sabotadas” com informações incorretas e rodeios perigosos para os incautos e inexperientes. Crowley não pôde resistir a alardear seu conhecimento e autoridade sobre o tema, mesmo que isso significasse colocar seu autointeresse antes do bem-estar de seus estudantes. Foi isso que o tornou uma figura importante na história da magia. Ele apreciava sua reputação de infame, embora protestasse vigorosamente não ser um mago negro, e de explorar os que os seguiam como escravos, por quem não sentia nada além de repugnância. “Eu estremeço”, ele escreveu, “quando contemplo a idiotia desses imbecis.” A fama de Crowley era tal que diversos personagens de ficção foram baseados nele, embora ele tivesse especialmente se enraivecido por ser imortalizado no romance “The Magician”, de Somerset Maugham, e no suspense oculto de Dennis Wheatley, “The Devil Rides Out”. No primeiro, ele foi o personagem central e, no segundo ele é reconhecido instantaneamente como o satanista imprevisível Morcata. Mas, alguns dizem que Crowley não acreditava no demônio, apesar de suas declarações de devoção ao lado negro, feitas para o benefício dos tabloides. Ele adorava importunar picaretas de Fleet Street e se deliciava imaginando o verdadeiro ultraje que se seguiria quando suas histórias fossem devoradas no café da manhã no dia seguinte. “Eu simplesmente fui para o lado de Satã; e até o momento não posso dizer por quê. Mas me encontrei apaixonadamente ansioso para servir meu novo mestre... Eu não estava contente em acreditar em um demônio pessoal e servi-lo, no sentido comum da palavra. Eu queria agarrá-lo pessoalmente e tornar-me seu chefe de Estado.” (Aleister Crowley, “The Confessions of Aleister Crowley”)

Aleister Crowley fez pouco uso de conjurações arcaicas, preferindo criar as suas. Diz-se que uma das mais eficientes entre elas foi o Liber Samekh para a convocação de um demônio chamado Choronzon. Crowley usou esse ritual em 1909, durante uma viagem a Algiers. Ele foi para o deserto acompanhado do pupilo devotado Victor Neuburg, que o ajudou a desenhar o círculo mágico na areia, seguido pelo triângulo de Salomão, como prescrito pelo Lemegeton. Em seguida, eles cortaram as gargantas de três pombos e depositaram seu sangue na extremidade de cada ponta do triangulo. Neuburg ficou no círculo enquanto Crowley, vestido em um manto negro com capuz, ajoelhou no triangulo e convidou o demônio a possui-lo, usando um encantamento do Grimório de Honório. Em uma mão, ele segurava um topázio e foi dentro da pedra que o demônio apareceu. Falando com a voz de Crowley, ele vangloriou-se das pragas que trouxera ao mundo nos tempos antigos. Neuburg permaneceu na proteção do círculo, mas foi quase tentado a sair, quando percebeu que Crowley tinha sido substituído por uma mulher linda e sedutora, que agora lhe implorava que se unisse a ela. Mas Neuburg lembrou-se de que se tratava de uma ilusão, um dos truques típicos de Choronzon. Naquele momento, o demônio mostrou seu rosto verdadeiro e soltou uma risada alta e zombeteira. Em seguida, ele tentou outra artimanha. Ele ofereceu-se para ser assistente de Neuburg se ele simplesmente o convidasse para entrar no círculo, mas o pupilo aprendera bem a lição de Crowley e se recusou. Choronzon, em seguida, utilizou o truque mais antigo do guia do feiticeiro. Ele assumiu a forma do mestre de Neuburg e implorou por água para aplacar sua sede. Mas, de novo, Neuburg recusou. Ele ameaçou o demônio com todos os tormentos do Inferno se ele não partisse. Ele não ficou impressionado. “Tu não pensaste, ó tolo, que não existe nenhuma raiva ou dor que eu não seja, ou qualquer inferno que não seja meu espírito?”. Choronzon libertou uma torrente de insultos e depois jogou areia no círculo, quebrando o contorno. Antes que Neuburg pudesse repará-lo, o demônio estava dentro do círculo agarrado à sua garganta. Neuburg lutou furiosamente, repetindo os nomes de poder e apunhalando a aparição com a adaga sagrada. Choronzon interrompeu o ataque e voltou para o triangulo, onde assumiu a forma de uma mulher sedutora. Finalmente, a energia vital do sangue dos pombos dissipou-se e ele foi arrastado de volta para o mundo de onde viera, deixando Crowley desorientado e exausto.

Uma vez, Crowley confessou que seus rituais de magia continham “apenas chocolate suficiente para ter o sabor do bolo de chocolate”. Com isso, ele queria dizer que não estava preparado para distribuir todos os seus segredos para todo mundo que se ocupava em comprar seus livros em um balcão. Esse também era um aviso de que ele tinha salpicado as páginas com rodeios perigosos, para assegurar que apenas os que tivessem se dedicado ao trabalho árduo e aos estudos necessários para se tornar um adepto teriam sucesso no uso de seu sistema. A ocultista Dion Fortune considerava essa uma estratégia mesquinha, desprezível e extremamente perigosa. “A fórmula (...) com que ele trabalha deveria ser considerada adversa e maligna pelos ocultistas acostumados com a tradição cabalística(...) não é dada nenhuma pista disso no texto e ele é uma perigosa armadilha para o estudante incauto. Crowley(...) dá o Norte como o ponto sagrado para onde o operador se volta para invocar, em vez do Leste, ‘uma vez que a luz sobe’ como na prática clássica. Agora, o Norte é chamado ‘o lugar da maior escuridão simbólica’ e é apenas o ponto sagrado de uma seita, os Yezidees ou adoradores do Demônio(...) uma invocação ao Norte não irá contatar o que a maioria das pessoas consideraria serem forças desejáveis.

ANTON LA VEY E A IGREJA DE SATÃ

Anton La Vey sentou-se diante do órgão, em sua câmara de horrores no porão – denominada de forma zombeteira “Toca da Iniquidade” – como Vincent Price, em “The Abominable Dr. Phibes”. Ele estava cercado por parafernália satânica e marionetes em tamanho real vestidas com meias arrastão e artigos de fetiche. Quando o castiçal de velas lançou uma sombra repentina sobre as paredes vermelho-sangue, ele tocou canções de bandas de baile antigas para os amigos e frequentadores habituais que haviam se reunido para homenagear o homem que eles chamavam de “O Papa Negro”.  O ano era 1986 e o fundador da Igreja de Satã era o centro das atenções em uma ampla casa vitoriana perto do Golden Gate Park em São Francisco, que fazia o papel de capela para a organização satânica. Ele estava entusiasmado para provar que o Demônio pode ser um amigo cativante e um maldito de um anfitrião requintado. Seu porão santuário e clube noturno de prazer exibia uma coleção de artefatos horrivelmente fascinantes, entre eles uma faca sacrificial asteca genuína, um gancho de tortura usado pelos inquisidores espanhóis e uma cabeça encolhida da América do Sul, de doador desconhecido. Todos eram relíquias de religiões mortas, seu proprietário orgulhoso observou em um sussurro tão seco quanto um pergaminho. Do lado de fora, o edifício estava pintado de preto bíblia e a tubulação, de púrpura, de modo que se destacava como um dente estragado no meio dos prédios em cores claras das casas urbanas que ladeavam a rua suburbana coberta de folhas. Seu proprietário também tinha uma aparência igualmente anticonvencional, com sua cabeça raspada, barba de bode e olhar penetrante, sem mencionar sua habitual vestimenta funérea. Ele era a própria imagem de um Mefistófeles moderno. Em 1968, sua aparição surpreendente e sinistra assegurara a ele o papel que havia nascido para encenar, o do Demônio no filme de terror de Roman Polansky “O bebê de Rosemary”. Mas a Igreja de Satã foi apenas um show paralelo, uma fraude cínica perpetrada pelo ex-ator de carnaval, ou seria La Vey um verdadeiro crente? Anton La Vey (1910-1997) – nascido Howard Stanton Levey – dedicou sua vida a espalhar o evangelho negro da Igreja de Satã, seu culto pessoal, que em seu auge tinha milhares de membros por todo o mundo, inclusive, diz-se, celebridades convertidas como Sammy Davis Jr., Marc Almond e Marilyn Manson. Goste-se ou não dela, agora é uma religião oficialmente reconhecida na América, com status caritativo. Até os capelães do exército americano são versados em seus princípios, para que possam pregar para seus membros quando eles estiverem sob duras provas. Seu fundador admitiu ter concebido o movimento como uma paródia da religião ortodoxa, mas quanto mais ele refletia sobre a necessidade de uma alternativa afirmativa da vida para o credo cristão pacifista, mais rapidamente seu cinismo natural desmoronou até ele se tornar um convertido.
Em 30 de abril de 1966, Noite de Valburga, La Vey raspou a cabeça para ficar parecido com os executores medievais e declarou a abertura da Igreja de Satã, ou “o templo da indulgência gloriosa”. Ele exibia um pendor para a autopromoção que daria orgulho a P.T Barnun. Nos anos que se seguiram, o Demônio recompensou-o bem. Ele adquiriu várias propriedades luxuosas, uma frota de carros clássicos e até um iate, para que pudesse fugir mais rápido que Noé, caso um Jeová raivoso se ofendesse com sua filosofia “blasfema” e atormentasse o mundo com outro dilúvio ou, no caso de São Francisco, com um terremoto.
Mas cortejar o Demônio também trouxe atenção indesejada, na forma da morte trágica de Jayne Mansfield. Em 29 de julho de 1967, a estrela de Hollywood viajava em um carro dirigido por seu amante e advogado Sam Brody, quando um caminhão em alta velocidade os atingiu. Mansfield sofreu ferimentos fatais na cabeça e Brody também morreu. O único sobrevivente foi a filha mais nova de Mansfield, Mariska Hargitay (hoje a estrela da série de crimes na TV “Law and Order”). Jayne Mansfield tornara-se um membro ativo da Igreja de Satã, contra a vontade de Brody, o que provocou Brody a ameaçar expor La Vey como charlatão na imprensa nacional. La Vey respondeu amaldiçoando o advogado publicamente e declarando que ele estaria morto em um ano. Ele advertira Mansfield a não viajar com Brody, mas ela não levou a ameaça a sério. Não é surpresa que a publicidade subsequente tenha atraído o tipo “errado” de pessoas para o culto. La Vey tinha plena consciência de que sua ideologia imortal atrairia “os malucos”, como ele os chamava. Isto é, neonazistas, discípulos rejeitados por Charles Manson e os inúmeros excêntricos que viam conspiração em cada esquina ou ouviam vozes que os impeliam a matar em nome do Demônio. Porém, ele afirmava que a maioria dos convertidos era atraída pelo Satanismo porque precisavam pertencer a algo que desse sentido às suas vidas. Eles eram os produtos psicologicamente danificados de lares desfeitos, viciados em drogas arrastando-se dos destroços do beco sem saída de suas vidas, ou os filhos desorientados de pais carolas, que, ao se tornar adultos, voltaram-se para La Vey, seu guru das trevas, para exorcizar seus supostos pecados. Na Casa Negra, ele compartilhava o desdém de seus discípulos pelas pessoas que viviam vidas monótonas e rotineiras – o rebanho, como ele os chamava -, mas também desprezava os indivíduos que matavam em nome de Satã para adquirir notoriedade. “Essas pessoas não são satanistas”, ele disse a um repórter uma vez. “São dementes. Mas, independentemente de quanto mais fizerem, elas nunca alcançarão os cristãos. Nós temos séculos de assassinatos em nome de Deus.” Quando chegou ao circuito de programas de entrevistas, ele aceitou as zombarias contra seu “estilo de vida” bizarro. Satisfeito por ser comparado à Família Adams, ele decorou sua sala de estar com teias de aranha artificiais, caveiras de lojas de truques e um leão de estimação. Fazia meses que o leão não comia nenhum convidado, ele garantia a seus visitantes. Mas apesar de todo o seu lado espetaculoso, La Vey era extremamente sincero a respeito de suas crenças, mesmo elas sendo mercadorias de segunda mão que ele adquirira de mentes mais argutas que a dele – intelectos como o da romancista russo-americana Ayn Rand, que formulou a filosofia do egoísmo ético e objetivismo; de H. L. Mencken, o crítico norte-americano áspero que se punha ao Cristianismo fundamentalista; do poeta e visionário William Blake; e, é claro, de Friedrich Nietzsche, que originou o conceito frequentemente mal compreendido do Homem Superior. Aleister Crowley, entretanto, não estava na lista de leituras de La Vey. Ele acusava “a Besta” de ter “se vendido” ao negar ser um satanista e criticava-o por escrever de forma prolixa e interminável sobre magia ritual. La Vey declarava que ele poderia ter condensado tudo aquilo em um volume fino. A pretensão era um dos pecados imperdoáveis da Bíblia Satânica escrita por La Vey, um sucesso de vendas perene que foi publicado em 1969. Os outros eram a abstinência, fantasias espirituais, autoengano, amor incondicional por aqueles que não o merecem, pacifismo, recusa em aceitar as responsabilidades pelas próprias ações, a presunção de o homem ser mais que um animal e superior a todas as criaturas e a observância religiosa cega.

Ao escrever seu panfleto impresso privado “The Cloven Hoof”, La Vey atacava as pessoas de sua categoria que depositavam a fé nos “grandes ensinamentos” de Aleister Crowley e nos antigos grandes mestres da Golden Dawn. O confronto entre os dois velhos demônios era claro, e La Vey fazia exceção apenas à adoção do número da besta – 666 – que, ele lembrava a seus discípulos, era de origem Cristã. Tanto a Igreja como Crowley haviam dado um nome ruim para o Demônio, e ele restauraria a reputação do velho cão. Em “A Bíblia Satânica” e seus companheiros, “The Satânic Witch” (1971) e “The Satanic Rituals” (1972), La Vey arrolou os princípios em que sua fé materialista estava embasada.
“Parece que a teoria é esta: enquanto o homem fracassa, ele é um dos filhos de Deus, mas, logo que obtém sucesso, ele é tomado pelo Demônio.” (Henry Louis Mencken)
De acordo com La Vey, Satã não é uma entidade malévola, mas uma “projeção externa do mais alto potencial de cada indivíduo”. Ele é a personificação de nossa natureza carnal, o arquétipo de um aspecto primitivo em nós que não deve ser suprimido ou negado. Os verdadeiros satanistas não são, portanto, demoníacos, mas indivíduos que se dedicam à busca dos prazeres e uma vida livre de restrições ou limitações impostas a eles pela sociedade civilizada e sua cúmplice, a religião ortodoxa. Dessa forma, todos os satanistas são responsáveis por suas próprias ações e não podem contar com um salvador sobrenatural para redimi-los se forem desleais consigo mesmos e com o código pelo qual vivem. La Vey afirmava que a religião ortodoxa fora criada pelo homem, não por Deus; então, ninguém é obrigado a viver seguindo suas regras, principalmente depois que as leis e os costumes de seus fundadores perderam relevância no mundo moderno. Os profetas e sacerdotes criaram um Deus à sua própria imagem falha, concebendo-o como um patriarca cruel e caprichoso que nunca pode ser aplacado, porque nenhum de seus filhos pode viver de acordo com os padrões de perfeição que a Igreja impõe a eles. Contudo, como La Vey ressaltou, ninguém deu autoridade à Igreja para que se tornasse mediadora entre o homem e Deus ou para impor seus dogmas à sociedade. Portanto, é direito de todos questionar essa instituição autoeleita. A obediência sem questionamento e a fé cega são contrárias aos princípios do Satanismo, que exige que o indivíduo pense por si mesmo e aja de acordo com sua consciência. La Vey sustenta que a religião ortodoxa não tem o monopólio da verdade e sugere que seus pastores são tão capazes de agir com crueldade, em causa própria e corruptamente, quanto os demônios com quem eles afirmam estar em guerra. Por fim, ele argumenta que é irrealista e antinatural viver no mundo material e resistir aos prazeres que ele tem a oferecer, recebendo em troca apenas a promessa de um paraíso.
“O Satanismo é a única religião conhecida pelo homem a aceitar o homem como ele é.” (A Bíblia Satânica)
Em seu prefácio para a obra “A Bíblia Satânica”, La Vey rejeita toda a literatura oculta como “bobeira esotérica” e “relíquias quebradiças de mentes amedrontadas”. Seu credo, ele afirma, não tem por objetivo ofender, mas é uma forma tardia de “indignação diabólica” diante da hipocrisia da religião organizada. Em contraste, o Satanismo encoraja a gratificação dos sentidos no lugar da culpa, pois a negação dos prazeres está na raiz de todos os nossos sofrimentos e frustrações. La Vey não declarou ter canalizado esses mandamentos de alguma fonte sobrenatural. Pelo contrário, ele afirmava que formulara sua filosofia com base no individualismo assertivo, a partir de escritos da moderna elite de intelectuais com quem ele desejava se identificar. Embora ele não negasse que a maior parte dos textos de seu livro fosse a síntese das ideias de outros escritores, e não menos válida por ser assim, ele começa a parecer tão escorregadio quanto um vendedor de óleo de serpente quando alguém olha com mais atenção para a parte que ele denomina “O Livro de Satã”. A similaridade gritante entre a polêmica da pseudiobíblia de La Vey e o notório tratado de darwinismo social do século XIX, “Might is Right” – publicado pelo pseudônimo Ragnar Redbeard -, justifica claramente a acusação contra La Vey por plágio e cinismo. Se ele foi preguiçoso até para criar paráfrases com os dogmas principais de “Might is Right” quando os inclui em sua própria “bíblia negra”, é de se perguntar do que mais ele se apropriou de outros trabalhos sem reconhecimento. Para os que possam ser intimidados pelas ideias abstratas da “A Bíblia Satânica”, La Vey acrescentou alguma sabedoria simples de seus dias de espetáculos de carnaval, e também sua própria observação da natureza humana extraída da experiência pessoal. Como um organista de 16 anos contratado para tocar nos encontros evangelistas das manhãs de domingo, La Vey havia testemunhado a hipocrisia em primeira mão. Os homens que agora se sentavam respeitosamente com suas famílias, rezando e cantando hinos, tinham cometido a luxúria, atrás de garotas seminuas na noite anterior. Ele sintetizou seu cinismo quando trabalhou para o departamento de polícia de São Francisco como fotógrafo de cenas de crime, durante os anos de 1950. Depois de testemunhar a brutalidade de que o ser humano era capaz e ouvir as mentiras que eles contavam para salvar suas peles, ele não pôde negar a existência do demônio interno. Se Anton La Vey tivesse sido louco o suficiente para imaginar que tinha a proteção do próprio Satã, com certeza teria tentado oferecer o sacrifício definitivo, como Charles Manson e seus seguidores ofereceram. Mas ele era um egoísta calculista e criterioso, que não infrigiria a lei, arriscando tudo o que havia conquistado, mesmo para agradar a seu mestre infernal. Na verdade, ele explorou a lei para garantir que sua “igreja” se qualificasse para uma classificação de caridade. Isso fez dele um verdadeiro satanista aos olhos de seus críticos, pela definição de satanista como um maquinador desavergonhado em causa própria.

La Vey realizava Missas Negras em seu apartamento pintado de vermelho e preto para o entretenimento da mídia, mas nenhum sangue humano foi espargido em nome do Demônio. Era puro teatro para os curiosos, que eram agraciados com a visão de uma garota nua amarrada em um altar, enquanto a congregação entoava seu mantra “In nomine dei Satanas. Lucifer excelsi...”. Depois, um alto sacerdote encapuzado aspergia uma mistura de urina e sêmen de um incensário com o formato de falo. Mais invocações eram acompanhadas por pedidos individuais de qualquer coisa que os membros desejassem – um trabalho mais bem pago, as atenções de uma garota bonita ou até a morte de um inimigo. La Vey confessou a jornalistas que seus próprios rituais de magia negra limitavam-se a pedir por lugares para estacionar e sucesso nos negócios, com toda a fanfarronice de lado. Os cristãos e moralistas ficaram indignados com a autopromoção desavergonhada de La Vey e a natureza provocante de suas crenças, mas a verdade da questão é que eles precisavam de um demônio para condenar. Eles precisavam acreditar que La Vey era o próprio Demo, senão sua própria existência perderia o sentido. La Vey deve ter sido o melhor vendedor de Satã, mas ele acertou na mosca quando escreveu: “Satã tem sido o melhor amigo que a Igreja já teve, uma vez que a manteve no negócio por todos estes anos.”

A Golden Dawn:

A Ordem Hermética da Aurora Dourada (Golden Dawn) não foi uma sociedade secreta vitoriana sinistra dedicada à prática de ritos arcanos proibidos, como muitas autoridades do oculto já sugeriram. Em vez disso, ela era uma irmandade de ex-maçons e intelectuais eminentes, que procuravam contato com entidades poderosas invisíveis, as quais eles acreditavam supervisionar a evolução da humanidade. Entretanto, a ordem não estava totalmente livre de personagens excêntricos e incomuns, que são atraídos naturalmente para os círculos esotéricos. De fato, o próprio fundador era um megalomaníaco excêntrico de nome Samurel Lidell Mathers, o filho de um clérigo de Londres, que se vestia com kilt e insistia em ser chamado de Macgregor Mathers, conde de Glenstrae. Mathers decorou sua casa em Paris para parecer um templo egípcio, onde ele celebrava uma forma de missa em honra à deusa Ísis. Nessas ocasiões, vestia-se com um manto branco esvoaçante, com uma pele de leopardo caindo de seus ombros. Quando não estava participando de cerimônias de magia, ele gostava de relaxar com uma variação incomum do jogo de xadrez para quatro jogadores, em que seus oponentes eram sua esposa e seu convidado da noite. O parceiro de Matheus era um espírito desencarnado, com quem ele entrava em comunicação telepática. Mathers era maçom e um erudito com alguma reputação. Foi por seus conhecimentos em línguas arcaicas e magia prática que ele foi abordado por um amigo maçom, dr. William Wynn Westcott, em março de 1888, e convidado a formar uma ordem moderna de magia, uma que se distanciasse bastante das que ainda se apoiavam nos grimórios medievais. O dr. Westcott persuadiu Mathers de que sua organização seria como nenhuma outra antes dela, porque o destino tinha colocado as bases de um sistema de magia inteiramente novo em suas mãos. Westco6tt tinha adquirido diversos manuscritos contendo símbolos ocultos e instruções para ritos, escritos em uma cifra que ele nunca tinha visto. Tudo o que eles precisavam fazer era decodifica-los. A fonte dos manuscritos é incerta. Uma versão da história mostra o dr. Westcott encontrando-os por acaso em uma livraria de livros usados no mercado de Farrindon Street. Outros relatos sugerem que ele os descobriu na biblioteca da Sociedade Rosacruziana, ou que eles vieram de uma coleção privada pertencente ao clarividente Frederick Hockley. Diz-se que a única pista para sua verdadeira origem é uma referência a uma adepta alemã, Anna Sprengler de Nuremberg, que rabiscou em uma margem. Diz-se que Westcott se correspondeu com ela, com a esperança de criarem juntos o sistema e extraírem mais segredos. Existem dúvidas, entretanto, de que Frau Spengler tenha existido. Alguns insinuaram que toda a história foi tramada por Westcott e Mathers, que pretendiam atrair membros de alto calibre, pessoas que garantiriam que a organização fosse proeminente e bem fundada. Se esse foi o caso, eles tiveram sucesso. Personalidades conhecidas como Bram Stoker, W. B. Yeats, William Peck, o astrônomo real da Escócia, Arthur Machen, Sax Rohmer e Algernon Blackwood arrebanharam-se para unir ao grupo.
Os exercícios práticos baseavam-se em uma mistura de yoga oriental, misticismo cristão rosa-cruz, magia cerimonial egípcia e Cabala Judaica – todos destinados a se obter uma expansão da consciência e aumentar a percepção de uma realidade maior. Na prática, isso significava executar exercícios de visualizações poderosos, tais como o Pilar do Meio, em que os iniciados estimulavam os centros sagrados de energia do corpo etéreo (o duplo espírito ou alma dentro de cada ser humano) para energizar, curar e equilibrar a mente, o corpo e o espírito. Rituais rosacruzianos ofereciam os meios para despertar o Cristo interior, o Professor Interior, ao reencenarem a crucificação e ressurreição de Jesus, e explorações guiadas aos mundos interiores simbólicos da psique poderiam ser feitas pela visualização de si mesmo viajando pelos caminhos e esferas da Árvore da Vida cabalística. Outras técnicas incluíam a projeção astral e experimentos com símbolos Tattwa – formas coloridas simples, em cartões negros, que diziam precipitar o acesso a outras dimensões quando segurados contra a testa. Os cinco símbolos mais importantes – um triângulo vermelho, um quadrado amarelo, uma lua com um chifre prateado, um círculo azul e uma elipse índigo – representavam os quatro elementos do ar, terra, fogo e água, e o reino do espírito.  O poeta W. B. Yeats, no início, tinha dúvidas de que tais técnicas simples pudessem produzir qualquer efeito, mas ficou convencido quando Mathers o persuadiu a segurar um dos símbolos em sua testa e depois fechar os olhos e descrever o que tinha visto. Depois de concordar com relutância, Yeats assustou-se com uma imagem que irrompeu de seu subconsciente, sobre o qual ele não teve nenhum controle. Era a de um titã negro, emergindo de uma paisagem estéril e desértica, que, de acordo com Mathers, era um espírito elemental do fogo. Mesmo depois dessa experiência surpreendente, Yeats não se convenceu. Ele testou as cartas de novo, em particular, apenas com seus voluntários presentes, para que não fosse influenciado por ninguém mais, e deliberadamente deu a eles a carta “errada” enquanto descrevia outra diferente. Yeats queria ver se sua cobaia “veria” a imagem relacionada com a carta que ele havia descrito ou com a carta que haviam de fato recebido. Para sua surpresa, eles viram a imagem apropriada à carta que seguravam, o que sugere que os símbolos tinham ligação com arquétipos universais. Yeats possuía uma imaginação muito desenvolvida e, mesmo assim, seu intelecto não conseguia compreender como imagens tão fortes poderiam ser desencadeadas pela meditação com formas simples coloridas. Mas ele teve de reconhecer que essa forma de magia funcionava. As imagens, ele concluiu: “(...) inspiravam associações que estão além do alcance do subconsciente individual (...) que as margens de nossa memória estão (sempre) mudando e nossas memorias são parte de uma grande memória, a memória da própria Natureza(...) e que esta(...) grande memória pode ser evocada por símbolos.”

Os membros da Golden Dawn consideravam-se os guardiões de uma sabedoria eterna, que guardavam com a mesma desconfiança com que concediam seus títulos e graus dentro da Loja. Mas foi o orgulho de seu líder que provocaria sua queda. Depois de passar por vários ritos de iniciações com uma rapidez incrível, Crowley exigiu o reconhecimento formal de seus avanços, com o grau correspondente, mas seu pedido foi recusado por Yeats, que tinha grande aversão a ele. Crowley apelou a Mathers, que consentiu, mas yeats não seria intimidado. A disputa foi levantada em tribunal aberto, o que assinalou o início do fim da ordem original. Em seu auge, a Golden Dawn podia afirmar possuir mais de 300 membros, um terço dos quais eram mulheres, e a criação de Lojas em Edimburgo, Paris e Chicago. Hoje, várias organizações afirmam descender diretamente da Golden Dawn original, mas estão baseadas nos Estados Unidos e na Nova Zelândia.

Nazistas e o Oculto:

Em maio de 1945, os aliados vitoriosos viram a rendição da Alemanha nazista como o clímax de uma batalha apocalíptica entre as forças do bem e do mal, o ato de destruição visualizado por Richard Wagner na ópera épica Götterdämmerung. A diferença foi que a Segunda Guerra Mundial aconteceu no palco do mundo e suas consequências foram tragicamente reais. No fim das hostilidades, todos concordavam que a vitória dos Aliados significou mais que a derrota militar de uma ditadura cruel que havia ameaçado arrastar o mundo para uma nova Era das Trevas. Líderes religiosos, políticos e até alguns personagens militares falaram da vitória sobre o Demônio e do próprio Demônio sendo consumido pelas forças diabólicas que ele havia liberado inadvertidamente. Porém, ninguém na época pensou que tais declarações fossem mais que retóricas. Entretanto, muitos anos mais tarde, começaram a afirmar por meio de diversas “histórias alternativas” sensacionalistas que deve ter havido algo de realmente diabólico no coração sombrio do estado nazista. Em 1973, o controverso historiador Trevor Ravenscroft causou agitação com “The Spear of Destiny”, um relato bastante imaginativo da alegada obsessão de Hitler por um artefato oculto de grande poder – a lança que atingiu o lado esquerdo de Jesus no local de sua crucificação. Diz a lenda que um exército que marchasse atrás dela seria invencível (para um relato completo leia “Nazis and the Occult, Arcturus, 2008 do mesmo autor). Por volta da mesma época, o autor Gerald Suster publicou “Hitler – Black Magician” (mais tarde republicado como “Hitler and the Age of Horus”), uma exposição de pseudociências nazistas excêntricas, como as teorias da Terra oca e o mundo de gelo, que influenciaram a estratégia militar desastrosa de Hitler na Rússia, bem como um número de experimentos bizarros com armas secretas impraticáveis que desviaram recursos em um ponto crucial da guerra. Outra famosa autoridade no oculto, Francis X. King, acrescentou suas revelações em “Satan and the Swastika”, em que detalhou as atividades do “escritório oculto” do nazismo. Entre outras coisas, seus operativos eram submetidos a testes de eficácia dos médiuns que declaravam ser capazes de localizar os navios inimigos, usando pêndulos suspensos sobre um mapa do Atlântico. Esse ramo da abwehr (departamento de Defesa) também tinha a fama de ter sido usado para localizar o ditador italiano deposto Benito Mussolini, para que ele pudesse ser resgatado pelas forças especiais alemãs. King também revelou detalhes dos planos do Reichsführer Heinrich Himler de gastar vários milhões de marcos para construir uma “Camelot” nazista em Schloss Wewelsburg, na Westphalia, para os “Cavaleiros Teutônicos” da SS. Esses três títulos instigaram todo um subgênero de “histórias” altamente especulativas, centradas no pressuposto de que membros da elite nazista estavam em conluio com o Demônio ou, pelo menos, com seus acólitos. Essa ideia fascinante, embora absurda, foi sugerida pela primeira vez nos anos de 1930 pelo romancista e ex-militar da inteligência britânica Dennis Weathley; mas, na época, os suspenses de magia negra eram vistos como romances sensacionalistas, tal qual os filmes universalmente populares de Indiana Jones, que surgiram meio século depois. Enquanto os livros de Weatley e os filmes de Spielberg são pura fantasia, é fato registrado que certos membros da elite nazista tinham uma obsessão doentia pelos aspectos sombrios do oculto.
Heinrich Himmler foi um homem ordinário em vários sentidos, um burocrata insignificante com um físico mirrado, sem personalidade marcante, e ainda sofria das vistas e de hipocondria crônica. Ele teria sido excluído da SS se Hitler não o tivesse apontado como cabeça da organização, como uma recompensa por sua lealdade inabalável. Um ex-chacareiro de criação de galinhas e chofer, Himmler tornou-se o oficial mais temido no regime nazista, com poder absoluto sobre a vida e a morte. Embora não tivesse nenhuma das qualidades que o tornassem um grande líder, ele imaginava-se presidindo uma ordem secreta de cavaleiros teutônicos, em um esplendor copiado de uma Camelot germânica. Quando ele viu as ruínas de Schloss Wewelsburg em Westphalia, soube que havia encontrado o “lar espiritual” de seus cavaleiros negros. Diz a lenda que o local testemunharia a última batalha entre o povo ariano e seus inimigos do leste, uma batalha que Himmler pretendia ganhar a qualquer custo. A significância da localização foi confirmada por especialistas no Ahnenerbe, o Escritório Oculto nazista, que informou ao Reichsfüher que o castelo fora construído na interseção de várias linhas de poder. Isso significava que as energias da terra convergiam para suas fundações em forma de triângulo e poderiam ser utilizadas em rituais de magia. Com o destino da Alemanha em jogo, o dinheiro não era impedimento. A indulgência de Hitler garantiu que nenhuma despesa fosse poupada para o restauro do castelo à sua glória anterior. Suas galerias amplas e aposentos abobadados foram guarnecidos com as tapeçarias e antiguidades mais requintadas. Em um ano, gastaram-se vários milhões de marcos na reconstrução do edifício e decoração de cada suíte em um estilo condizente ao de um herói alemão. A peça central desse palácio extravagante era o magnífico salão de banquetes, com sua távola redonda arturiana majestosa, em torno da qual foram dispostas 12 cadeiras entalhadas em madeira em que sentavam os “12 cavaleiros” de Himmler. As 12 cadeiras também representavam os signos do zodíaco. Outra cadeira, à cabeça da mesa, seria usada pelo próprio Reischfüher. Abaixo do Grande Salão estava a catacumba circular de pedra, que eles chamavam de “reino dos mortos”, onde 12 pedestais negros circundavam um poço profundo. Essa era a cripta em que os ossos dos “cavaleiros” caídos seriam venerados pelas gerações futuras. Mas Wewelsburg era mais que um santuário. De acordo com vários oficiais de alta patente da SS que visitaram o castelo a convite de Himmler, ele também servia como um santuário privado para o Reichsfüher. Walter Schellenberg testemunhou um círculo psíquico em curso, cujos membros tentavam projetar suas mentes até um quarto adjacente onde um prisioneiro estava sendo interrogado. O objetivo do exercício era focar suas vontades combinadas para que o suspeito relutante fosse forçado a dizer a verdade. Não está registrado se eles tiveram ou não sucesso.
Originalmente, os SS foram criados para servir como guarda pessoal de Hitler, mas se tornaram a mão direita brutal do regime e uma força que respondia apenas a si mesma. Ao criar os rituais distintivos, juramentos e insígnia, Himmler foi capaz de instilar em cada membro a crença de que eles eram mais que uma entidade de combate de elite. Cada homem deveria considerar-se um iniciado em uma ordem religiosa secreta, cuja responsabilidade sagrada era subjugar as “raças inferiores” por qualquer meio que fosse necessário. Uma nova ordem seria estabelecida então, em que a Raça Ariana Superior reinaria como os faraós da Antiguidade. Os membros da SS eram doutrinados com a ideia de que eram seres superiores em um Universo amoral, e assim operavam além dos conceitos humanos de bem e mal. É duvidoso se todos os oficiais da SS compartilhavam a visão romântica perversa de Himmler, ou encaravam as runas que decoravam as bandeiras e capacetes, uniformes e veículos armados da SS como nada mais que acessórios distintivos de sua irmandade sombria. Mas, para Himmler, as runas tinham um significado sobrenatural. Ele emprestou a ideia dos ocultistas Völkisch, que acreditavam que as runas eram uma verdadeira expressão da cultura ariana antiga. De acordo com a lenda norueguesa, o “alfabeto” rúnico precedeu a palavra escrita e, portanto, cada símbolo incorporava forças naturais de magia. Uma runa em particular tinha um significado especial para a SS, por sua ligação com a “Volsunga Saga” do século XIII, a mais importante das sagas islandesas, que formou a base do círculo do “anel” de Wagner. Tanto na saga como no círculo do anel, Brynhyld (Brunilda) persuadiu Sygur (Sigefredo) a esculpir a runa Tyr no cabo de sua espada para assegurar a vitória na batalha. Seis séculos depois, a SS adotou tal prática. Algumas das outras runas usadas pela SS foram:
Hakenbreuz (Cruz Curvada), que foi um símbolo pagão de Thor, o Deus do Trovão.
Sonnenrad (Suástica da Roda do Sol). Adotada pela 5 Divisão de Tanques da SS, era o antigo símbolo escandinavo do Sol.
“Feixe de Luz”, uma dupla SiegRune, que representava coragem, vitória, dever e força física. Ela foi uma invenção moderna e não teve origem no paganismo.
Wolfsangel (Garra do Lobo), que foi adotada pela 2 Divisão de Tanques, conhecia como Das Reich, e acreditava-se afastar o perigo.
Eif Rune, que foi incorporada aos uniformes dos assistentes pessoais de Hitler como um símbolo de devoção e lealdade.
O SS Reichfüher Heinrich Himmler contratou várias expedições ao Tibete e outras regiões remotas do mundo em busca de artefatos ocultos, e também acreditava muito em astrologia. De fato, ele recusava-se a tomar qualquer decisão importante antes de consultar seu astrólogo pessoal, Wilhelm Wulff, que tinha a reputação de fazer previsões com precisão misteriosa. Wulff observou que Himmler tinha um conhecimento prático de astrologia, mas ele “fazia as perguntas mais estranhas e infantis em sua busca por clareza astrológica em questões sobre a política e militar”, o que levou Wulff a concluir que um dos homens mais temidos do regime não era um adepto, mas “uma mediocridade(...) um burocrata trivial com crises de consciência”. No verão de 1923, Wulff calculou os mapas de Hitler, Göring e Ernest Röhm, o líder AS. Ele previu um destino terrível para o futuro Füher e seus seguidores. Hitler, disse Wulff, estava fadado a ser temido e “lançar ordens cruéis e sem sentido”, que levariam à sua morte na primavera de 1945. Ele morreria nas mãos de um assassino e uma mulher teria um papel importante em sua morte. As previsões de Wulff mostraram-se corretas. Em abril de 1945, Hitler cometeu suicídio em seu bunker em Berlim, com sua amante Eva Braun ao seu lado.
Trevor Ravenscroft afirmou que Hitler fora iniciado em uma irmandade oculta pelo professor Karl Haushofer, que “despertou Hitler para os reais motivos do Principado de Lúcifer que o possuíam para que ele pudesse se tornar um veículo consciente de suas intenções malignas no século XX”. Porém, a contribuição do professor para a ascensão de Hitler ao poder foi puramente política. Ele introduziu as teorias geopolíticas ao ditador e em especial ao conceito de lebensraum (espaço vital) com que Hitler justificou as invasões dos Estados vizinhos. O professor Hausfer também persuadiu seu protegido a abandonar o chicote de madeira como seu símbolo e moderar sua montaria como seu símbolo e moderar sua imagem de agitador de massas em favor de uma aparência mais de homem de Estado. Essa estratégia possibilitou a Hitler cortejar uma parcela maior do eleitorado, que viu o apoio ao partido nazista ampliar significativamente, até Hitler perder a paciência com o sistema eleitoral em 1933 e tomar o poder pela força.
Embora não haja nenhuma evidência de que Hitler e seu círculo íntimo praticassem magia ritual, existe evidencia considerável de que eles foram influenciados pelos gurus das trevas do neopaganismo, tais como Guido von List (1848-1919), fundador do Armanismo; Lantz von Liebenfels (1874-1954), líder da Nova Ordem dos Templários; e Houstton Stewart Chamberlain (1855-1927), autor de tratados racistas violentos que Hitler leu com voracidade nos anos anteriores à Grande Guerra. Esses “filósofos” protonazistas promoveram o mito de que o povo alemão era descendente de uma raça ariana superior, que sobrevivera à destruição da lendária ilha da Atlântida. Eles também declaravam que era o destino da Alemanha reivindicar seu papel como a Raça Superior e arruinar os povos “inferiores”, em especial os negros, os ciganos, os eslavos e os judeus, que eram os “Untermenschen” ou sub-humanos nesse mito wagneriano. Os nazistas colocaram muita fé em artefatos ocultos, tais como a Lança e o Santo Graal e também em locais sagrados de onde as energias magnéticas da terra poderiam ser canalizadas para objetivos de magia. Tais conceitos deviam ser familiares a Hitler, que lera a revista Ostara de Liebenfels e outras publicações ocultas em sua juventude, mas foi o componente de mitologia ariana que atraiu sua visão de mundo extremamente nacionalista, não as fantasias esotéricas. Hitler colocou sua fé na intimação e na bala do revólver, não em relíquias míticas. Ele estava todo entusiasmado com a revolução violenta e não tinha paciência para “místicos Völkisch”, cuja visão irremediavelmente romântica de um idílio rural seduziu os operários a abraçarem o Nacional-socialismo como uma revolução cultural. Ao aderirem o mito ariano, pode-se dizer que os nazistas se colocaram no papel de emissários de Satã na Terra, pois eles perverteram a ciência, a religião e cada faceta do esforço humano para promover sua ideologia maligna, que impingiram pelo medo, ódio, mentiras e violência. Eles também doutrinaram seu povo com sua propaganda venenosa, a ponto de aceitarem de bom grado o assassinato dos incapazes e enfermos, o aprisionamento e tortura de seus inimigos políticos, a invasão e escravidão de nações vizinhas e guerra global e genocídio de cidadãos inocentes. Se tivessem sido bem-sucedidos em suas ambições de estabelecer uma Nova Ordem na Europa, os nazistas teriam superado o Cristianismo com uma forma de culto neopagão, com a suástica substituindo a cruz cristã. Como Hitler declarou: “ou o indivíduo é alemão ou cristão. Você não pode ser ambos (...) Nossos camponeses não se esqueceram de sua verdadeira religião. Ela ainda está viva(...) As antigas crenças serão trazidas de volta à boa reputação(...) Ao camponês será contado o que a Igreja destruiu: todo o conhecimento secreto da natureza, do divino, do informe, do sobrenatural(...) nós devemos eliminar o verniz cristão e trazer de volta uma religião apropriada para a nossa raça(...) nosso campesinato ainda vive com crenças e valores pagãos(...) por meio do campesinato, nós seremos realmente capazes de destruir o Cristianismo porque neles existe uma verdadeira religião enraizada na natureza e no sangue”.
A tentativa do regime foi de impor sua demagogia a seu próprio povo, em vez de suas campanhas assassinas no estrangeiro, isso incensou a Igreja alemã e levou à acusação de influências satânicas no interior do Reich. O historiador e ocultista britânico Lewis Spence expressou o desconforto sentido pelas autoridades religiosas alemãs nos anos anteriores à guerra ao escrever: “... o movimento neopagão na Alemanha, a origem satânica inflexível de seus métodos e intenções não admite discussão. A substituição da cruz pela suástica, a abolição do Sacramento em favor de um rito parecido com o dos mistérios de Deméter, a perseguição de igrejas cristãs e de seus sacerdotes e pastores, e a substituição do ritual ou serviço e hinário por cerimônias blasfemas e canções, pelo estabelecimento de uma nova divindade, pela instrução dos jovens nos mitos do passado em vez das Escrituras – tudo isso fornece a prova mais clara da regressão da Alemanha naquele tipo de paganismo, o qual a política e a propaganda satanista invariavelmente consideram como o meio mais adequado para a destruição da fé cristã”. Spence não tinha dúvidas de que Hitler era um Fausto moderno que vendera sua alma para o Diabo e, assim, dedicava-se a cumprir o plano de seu mestre para o domínio do mundo. “O Füher é apenas a criatura e instrumento de forças que por séculos estiveram usando este ou aquele ditador tirano ou outra marionete famosa, para avançar em suas intenções arcanas que, trocando em miúdos, são a criação do caos generalizado e a destruição final da humanidade.” Spence sustentava que o nazismo não foi iniciado por satanistas, mas foi infiltrado pelos discípulos do Demônio, para que a Alemanha se tornasse seu instrumento para o caos e a destruição. “Se o Príncipe das Trevas em pessoa tivesse tomado para si o governo daquela nação, é difícil sugerir como ele poderia ter se trazido à vida senão da forma que seu líder infeliz o fez, ou com ruindade mais fantástica.” “Toda palavra que vem da boca de Hitler é mentirosa. Quando ele diz paz, ele quer dizer guerra; e, quando ele usa de forma blasfema o nome do Senhor, ele quer dizer o poder do Demônio, o anjo caído, Satã(...) quem hoje em dia duvidar da realidade, da existência de poderes demoníacos, falhou consideravelmente em compreender o fundamento metafísico dessa guerra. Por trás do concreto, os acontecimentos visíveis, por trás de qualquer objetivo, consideração lógica, nós encontramos o elemento irracional: a luta contra o Demônio, contra os servos do Anticristo.”
O único grupo dentro da Alemanha, além da Igreja, que teve coragem para falar contra o regime foi a organização de estudantes antinazista conhecida como Rosa Branca, liderada por Sophie Scholl e seu irmão Hans. Eles se sacrificaram em um esforço vão de despertar a consciência de seus compatriotas e expor a verdadeira natureza do inimigo interno.
Toda essa falação sobre o Demônio e sobre Hitler ser um médium para forças malevolentes é naturalmente descartada como irreal pelos historiadores convencionais, que veem a Alemanha nazista como um fenômeno sociopolítico e Hitler como nada mais que um agitador de massas demagogo e oportunista militar. Eles estão certos quando sugerem não existir evidência de que Hitler e seu círculo íntimo praticassem magia ritual ou convocassem demônios para cumprir ordens. Contudo, Hitler despertou força das trevas latentes na alma alemã e a nação sucumbiu a uma neurose de massas que subverteu toda a razão. Mas ninguém que tenha marchado sob os estandartes rubro-negros, ou encorajado as tropas de assalto com seu passo de ganso, compreendeu a verdadeira natureza dessas forças, nem eles poderiam ter resistido à atração do malevolente Flautista de Hamelin que os conduzia como a lemingues para a autodestruição, a não ser que eles possuíssem uma vontade equivalente à dele. Pois o encanto que Hitler inconscientemente lançava sobre as massas que o idolatravam era uma forma de magia, embora ela não requeresse um círculo desenhado no chão nem precisasse de fórmulas mágicas, mantos ou outra parafernália oculta. O fenômeno que foi a Alemanha nazista foi, de fato, um “triunfo da vontade”, para ecoar o título do notório filme de propaganda nazista de Leni Reifenstahl – foi o exercício da vontade dominante de Hitler sobre todos os outros, foi sua neurose tornada manifesta. Todos os que caíram na órbita do Führer testemunharam seu magnetismo pessoal e seu olhar penetrante, que drenava sua vontade de resistir. E não eram apenas as massas que ele dominava. Até seus generais confessaram manter suas visitas ao quartel-general a um mínimo, pois temiam que seus protestos diante da incessante intromissão de Hitler nos assuntos militares seriam silenciados por sua personalidade autoritária. O arquiteto de Hitler, Albert Speer, testemunhou a habilidade de seu mentor para subjugar seus subordinados pela pura força de vontade em várias ocasiões.  “Eles ficavam todos sob o seu feitiço, com obediência cega e sem vontade própria(...) estar em sua presença por qualquer período de tempo me deixava cansado, exausto e vazio.” Mesmo nos dias finais da guerra, quando a degeneração do estado físico de Hitler ficou visível, o oficial do Comando-Geral Ulrick de Maizière observou que ele “não tinha perdido nem um pouco de seu carisma demoníaco”.
Hitler não era impressionante ou atraente como homem, mas possuía o poder de entreter uma audiência, o que ele explorou sem piedade para seus próprios fins. “O poder que sempre iniciou as maiores religiões e avalanches políticas no decorrer da história foi, desde tempos imemoriais, o poder mágico da palavra falada(...) o que eu digo é como uma ordem dada sob a hipnose.” (Adolf Hitler, Mein Kampf) Outros, não suscetíveis a seu magnetismo pessoal, atribuíam a atração de Hitler a forças sobrenaturais. De acordo com o líder político nazista Hermann Rauschning: “É impossível não se pensar nele como um médium. Pois a maior parte do tempo os médiuns são pessoas comuns e insignificantes. De repente, eles recebem o que parece ser um poder sobrenatural, que os coloca à parte do resto da humanidade(...) Uma vez passada a crise, eles caem de novo na mediocridade. Era assim, sem qualquer dúvida, que Hitler era possuído por forças demoníacas, das quais o homem individual, Hitler, era apenas um veículo temporário.”

(Do Livro: História Oculta do Satanismo A Verdadeira História da Magia Negra Da Antiguidade até Nossos Dias)

O polêmico arcebispo Emmanuel Milingo proclamou, em novembro de 1996: “Núcleos satanistas dentro do clero levam a cabo missas negras no recinto do Vaticano (...) O Diabo está tão protegido que proíbem ao caçador, ao exorcista, fazer seu trabalho!” O clero foi, curiosamente, um dos elementos essenciais da história das relações do homem com o Diabo.
O sacerdócio francês da época de Luis XIV era uma classe social imensamente empobrecida, e a grande quantidade de sacerdotes ordenados fazia com que fosse quase impossível que todos pudessem encontrar um posto na hierarquia funcionarial da Igreja. Muitos deles foram vítimas de uma ilusão de prosperidade que sacudira muitas famílias humildes da época. Os filhos do campesinato eram enviados aos seminários, às vezes em condições muito precárias e a custo de grandes sacrifícios por parte de suas famílias, para que a igreja lhes desse educação e um meio de vida que seus pais não lhes podiam proporcionar. No outro extremo da escala social, os segundos filhos da aristocracia eram consagrados à Igreja de modo a evitar problemas com os legados e para que fossem divididos os grandes patrimônios da oligarquia francesa. Essa situação conduziu, ao longo dos anos, a que um grande número de pessoas especializadas nos rituais da Igreja não tivesse paróquia alguma para ganhar a vida. A única forma que essas pessoas tinham de obter receitas parcas era vendendo seus serviços a quem pagasse melhor. Em que consistiam esses serviços? Basicamente na celebração de missas pagãs, com o objetivo de proporcionar ao cliente algum tipo de benefício. Assim, chegaram a ser celebradas missas petitórias solicitando a sedução de uma garota, o aumento da riqueza ou, até mesmo, a morte de um inimigo. Do ponto de vista de um sacerdote do século XVI ou XVII, não havia nada particularmente contraditório em tais ações. Eram sacerdotes, homens de Deus consagrados. A Igreja lhes havia investido, em nome de Deus todo-poderoso, uma série de atribuições que eles tinham a liberdade de utilizar como melhor considerassem, especialmente lhes servia para que não fossem para a cama com o estômago vazio. A missa era considerada um ato mágico dotado de poder em si mesmo, sem levar em conta o propósito pelo qual a missa era celebrada. Essa prática se converteu em algo tão comum que ocorreu o caso de um sacerdote executado publicamente por tentativa de assassinato ao aceitar, em troca de uma substancial quantia em dinheiro, oferecer uma missa fúnebre em nome de alguém ainda vivo com o objetivo de conseguir sua morte. O misticismo cristão tem raízes mágicas evidentes e, se estudássemos a história da Igreja antiga, descobriríamos que muitos sacerdotes eram realmente feiticeiros, indistinguíveis em sua atuação daqueles de outras tradições nas quais a presença mágica parece muito mais evidente. Dessa forma, a missa poderia ser considerada, sem dificuldades, um ato mágico. Cabe recordar que existem muito mais formas de Magia que aquele estereotipado pronunciamento de feitiços. A Teurgia – que implica oração, um ritual religioso e meditação – é uma forma de Magia voltada ao estabelecimento de uma comunhão com os deuses. Geralmente, emprega-se essa forma de Magia para criar um fluxo de energia entre o praticante e sua ideia de divindade. Se meditarmos a respeito, descobriremos que o mesmo propósito está contido na missa católica e que culmina no ato ritual da Eucaristia. O pão e o vinho convertem-se no corpo e no sangue de Cristo porque Jesus, que é uma manifestação de Deus, assim o disse. Visto dessa maneira, encontramo-nos perante uma poderosa forma de Magia. Tradicionalmente, é conhecido o costume dos feiticeiros de pronunciar a fórmula “Hocus pocus” no momento da realização de um ato de Magia. “Hocus pocus” é um jogo de palavras retirado do que dizia Jesus na Bíblia latina: “Hoc est corpus meum”, que significa “Este é meu corpo” (Coríntios, 11:24). O mago pretendia apoiar-se de alguma maneira na doutrina da presença verdadeira de Cristo na Eucaristia. Compreendia o fato de que o sacerdote realizava um ato de Magia na missa quando pronunciava a frase latina “hoc est corpus meum” e pretendia explorar assim o poder inerente ao sacerdócio.
Ainda que esses sacerdotes mercenários não estivessem sempre implicados em práticas tão elevadas e espirituais, certa senhora de Lusignan foi surpreendida em companhia de um sacerdote, enquanto saltavam e brincavam alegremente desnudos no bosque e praticavam “abominações” com a ajuda de um grosso círio pascal. Embora a maioria desses personagens tenha limitado suas atividades aos rituais ortodoxos da Igreja, houve aqueles que atravessaram a fronteira, tornando assim o Satanismo e a Magia Negra práticas consagradas. Conjuravam demônios, fabricavam talismãs para seus clientes e celebravam a famosa e legendária missa negra, que tinha de ser oficiada por um sacerdote apóstata. Isso não pressupunha qualquer dificuldade, pois, por aqueles dias, havia uma abundância desse tipo de sacerdotes.
O papa Honório III (1216-27) é o presumido autor do grande grimório de Honório, o Grande, que compila uma série de cerimônias projetadas expressamente para serem realizadas por um sacerdote católico, e o conteúdo do livro implica que fora escrito por alguém iniciado nos ritos da Igreja: “Este é o livro de Magia Negra considerado, geralmente pelos escritores especializados em ciências ocultas, o trabalho mais diabólico da história da magia”, disse uma vez, para descrevê-lo, o autor Idries Shah. O livro pretende ter saído da pena de Honório, mas muitos escritores católicos denunciam-no como uma falsificação. Escrito originalmente em latim, o livro não obteve qualquer opinião a seu favor entre os magos até o século XVII. Sua introdução afirma oferecer aos magos “as chaves do reino dos céus” a capacidade “de invocar o príncipe das trevas e os anjos que são seus criados”. A obra inclui uma curiosa bula papal que proclama: “Nós, o Pontífice (...) temos a intenção e o desejo de comunicar este poder sobre os espíritos que possuímos e que, até este momento, fora conhecido somente por aqueles de nossa classe. Pela inspiração de Deus, desejamos transmitir e compartilhar este poder com nossos irmãos respeitados e nossos queridos filhos em Jesus Cristo”. Na preparação do ritual, o livro aconselha que o mago “deva, em primeiro lugar, jejuar durante três dias. Depois disso, deve confessar-se e prostrar-se perante o altar da Igreja...” Uma vez cumpridos esses requisitos prévios, o mago “deve procurar um galo preto, ao qual matará depois do pôr-do-sol e do qual extrairá a primeira pena da asa esquerda, a qual será guardada cuidadosamente. Então, os olhos deste são removidos e estes, juntamente com a língua e o coração, devem secar ao sol e serem pulverizados.” Depois de uma série de operações que implicava consagrações, uma missa, os cânticos, orações, a preparação de pergaminho mágico com a pele de um cordeiro macho degolado e a preparação de um círculo mágico, poderia começar a grande conjuração: “Conjuro-te neste círculo, ó maldito (nome do espírito)... que atrevestes a desobedecer a Deus. Vem, agora (nome do espírito), obedeça a mim e cumpra com meus desejos”. Depois de fazer o pedido, o mago era instruído sobre a forma adequada de mandar o demônio embora, usando “a ordem do pentáculo” e uma oração que era concluída da seguinte forma: “Toda honra e toda glória àquele que está no trono, o que é eterno. Amém”.
Honorius era igualmente famoso nos círculos ocultos por aprovar a formação da ordem dominicana em 1220. Chamados de os “monges negros” ou os “frades de negro”, os dominicanos formaram mais tarde a maior parte do molde da Inquisição, enviando para a tortura e para a morte incontáveis inocentes que, no que se refere à prática da Magia Negra, encontravam-se muito longe de muitos membros do próprio clero.
A.E. Waite, em seu “Livro de Magia Cerimonial”, considera ridícula a ideia de que o papa estava por trás da redação deste grimório, se bem que aceita a participação de membros do clero nesse tipo de atividades. De fato, deixando de um lado a improvável situação de que um papa se vira implicado em tais feitos, considera-se que o mais provável seja este livro ter sido escrito por um sacerdote renegado. O entendimento que mostra o autor da função e do planejamento do ritual é sofisticado e elegante. Fosse quem fosse a pessoa que concebera o cerimonial deste grimório, possuía visão e compreensão do poder da liturgia católica do que carece a imensa maioria dos grimórios.
As raízes literárias de outros livros de Magia conhecidos são ainda mais insuspeitadas. No período em que foram publicados pela primeira vez, a colônia do Haiti era uma das possessões mais ricas e apreciadas da França. Ainda que esse não seja o lugar para ingressar em uma discussão histórica a respeito do assunto, a maioria dos historiadores tem consciência da brutalidade que foi mostrada em relação aos escravos negros importados (milhões deles foram levados à ilha durante todo o período colonial) por parte de seus senhores cristãos. A prática da religião africana foi terminantemente proibida pelos governantes da ilha, se bem que a população de escravos era tão grande que ninguém poderia garantir que eles não realizariam, em segredo, suas cerimônias tradicionais. Durante o tempo em que o Haiti foi território francês, não foram poucos os europeus que mostraram interesse por esses ritos africanos e que os estudaram com o propósito de incorporá-los a seus próprios sistemas de bruxaria. Ao contrário do que ocorria na América do Norte, ali os brancos mantiveram relações pessoais muito estreitas com seus escravos, o que podemos comprovar pela altíssima porcentagem de mulatos que, inclusive hoje em dia, podem ser vistos na ilha. Parece provável que, graças a essa relação íntima, alguns brancos tenham obtido o privilégio de ser iniciados na tradição ritual africana, a qual, mais tarde, foi assimilada pela Magia europeia por intermédio deles. Essa influência pode ser percebida em alguns famosos tratados de Magia Negra, naqueles em que o aspecto ritual adquire uma importância desconhecida até então. Os grimórios clássicos não contém rituais especialmente complexos. Os livros, como o “Lemegeton” e a “Clavícula de Salomão”, falam de espíritos e talismãs, além de incluírem conjurações e ameaças a serem repetidos pelo feiticeiro até conseguir que as entidades a serem convocadas cumpram com sua vontade.

Não obstante, existem outros rituais nos quais é necessário, como etapa prévia à sua execução, que haja um longo período de purificação e de sacrifício, assim como a criação ritual das ferramentas apropriadas para realizar a liturgia. No caso do ritual atribuído a Honório III, esse processo estende-se durante um mês. Isso constitui um inegável paralelismo com os rituais afro-caribenhos praticados diariamente em cada grande cidade do Hemisfério Ocidental. Essas religiões estão a caminho de converter-se em um pujante fenômeno espiritual que já transcendera com seu crescimento as fronteiras geográficas e culturais que as viram nascer. Apenas nos Estados Unidos, é estimado que existam uns cinco milhões de praticantes de Santería (conjunto de sistemas religiosos que misturam crenças Católicas-Cristãs com as do Yorubá tradicional). A Santería não é uma religião arcaica. É uma força vibrante com 500 anos de história ininterrupta no Hemisfério Ocidental e cujas raízes africanas são pelo menos tão antigas e profundas como as do Cristianismo. São milhões de praticantes nos Estados Unidos, no Caribe, na América do Sul, na América Central e na Europa. Existe o Vodu no Haiti, a Macumba no Brasil e o Candomblé nas costas do Norte da América do Sul. Seus adeptos procedem de todas as classes sociais: médicos, advogados, políticos, ladrões e prostitutas. Todos eles buscam obter o poder de controlar suas próprias vidas e conduzi-las segundo seu critério. Os sistemas de crença tradicionais do mundo Ocidental não têm uma participação emocional direta dos mistérios da vida, motivo pelo qual, cada vez mais pessoas buscam respostas no vibrante ritmo dos tambores santeiros. É uma religião de transe, de mistério, de possessão, de sangue e de sexo. Pouco pode ser feito pelas páginas de um livro para transmitir a verdadeira essência dessa liturgia. Se queres conhecer de verdade a Santería, é preciso frequentar as cerimônias, fazer uma oferenda e dançar ao som dos tambores. A cor da pele ou o lugar de nascimento não formam qualquer barreira. Os Deuses Antigos reconhecem os seus. A Santería, ou mais corretamente, a Regla de Ocha, é uma religião originária da África. Foi levada ao Novo Mundo pelos Yorubás da costa ocidental da África, que hoje em dia são a Nigéria e Dahomey, uma região onde a atividade dos traficantes de escravos foi especialmente intensa. Quando os africanos chegaram à América, tiveram que adaptar sua religião para continuar praticando-a, evitando o controle dos brancos. Mascararam seus orixás (as deidades da religião Yorubá), fazendo com que eles adotassem a identidade dos santos cristãos. Os donos das plantações assumiram a ideia de que os escravos tinham se convertido em devotos católicos quando, na verdade, continuavam adorando secretamente seus Orixás. O panorama político e cultural na terra dos Yorubás era muito similar ao da Grécia Clássica; existia uma série de cidades-estado livremente associadas. Cada cidade estava consagrada a um Orixá e esse era seu centro de adoração. Se alguém fosse designado a ser sacerdote de Oxum, por exemplo, essa pessoa deveria ir a Osogbo, cidade na qual havia lugar, cidade na qual havia lugar para sua iniciação e onde tal pessoa viveria para sempre. Essas cidades sofriam saques periódicos por parte dos traficantes de escravos. Dessa forma, adoradores dos diferentes deuses do panteão Yorubá viram-se obrigados a conviver no Novo Mundo. Chamavam-se entre si “Lukumí”, uma expressão yorubá que significa “meu amigo”. Dessa maneira, eles podiam identificar-se e diferenciar-se do restante dos escravos, procedentes de outras regiões, como o Congo. A situação anômala de sobrevivência que presumia a existência da escravidão fez com que os Lukumí se vissem obrigados a adaptar sua religião às circunstâncias. Na África, cada um deles estaria sob a proteção de um Orixá à parte de ser consagrado a Elegba. Entretanto, no Novo Mundo, perderam-se alguns sacerdócios dos Orixás menos comuns. Os sacerdotes começaram a temer pela adoração de seu respectivo Orixá assim que decidiram consolidar suas práticas religiosas por meio de um sistema de iniciações que culminava com o sacerdócio, no qual, diferentemente dos costumes africanos, o indivíduo recebia cinco ou seis Orixás. Essa adaptação demonstrou ser extremamente eficaz para manter o culto entre os escravos. A América foi um terreno especialmente fértil para o enraizamento das religiões tradicionais africanas e, hoje em dia, os Estados Unidos constituem um foco de grande expansão dessas crenças. Muitos afro-americanos buscam suas raízes por intermédio da espiritualidade da terra de onde foram arrancados seus antepassados e voltam-se à Santería em busca de uma parte de sua identidade. Os Orixás não são entidades malvadas, ao contrário, poderíamos considera-los o equivalente aos anjos cristãos. A imagem negativa associada à Santería foi, em grande parte, inventada pelos meios de comunicação sensacionalistas e os exageros de Hollywood. Curiosamente, a Santería foi condenada e caluniada pela Igreja católica como uma bárbara, primitiva, arcaica e demoníaca. Contudo, os Orixás e sua religião mantiveram-se mais vivos do que nunca.
(continua...)



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Fonte: TRÊS LIVROS DE FILOSOFIA OCULTA

AUTOR: HENRIQUE CORNÉLIO AGRIPPA DE NETTESHEIM

NOTAS DE: DONALD TYSON

 

De anéis e suas composições:

Também os anéis, que sempre foram muito estimados pelos antigos, se feitos de maneira oportuna, imprimem sua virtude em nós, no sentido de que afetam o espírito daquele que os porta com alegria ou tristeza, e faz dele um indivíduo cortês ou terrível, corajoso ou temerário, amável ou detestável; além disso, os anéis nos fortificam contra doenças, venenos, inimigos, espíritos maus e toda espécie de coisa que fere, ou pelo menos não nos deixam sofrer influências dessas coisas.        

Ora, o modo de fazer esses anéis é o seguinte: quando qualquer astro ascende de maneira afortunada, com o aspecto afortunado, ou na conjunção da Lua, devemos pegar uma pedra e uma erva regidas sob tal astro e confeccionar um anel do metal próprio de tal astro, e nele prender e pedra, colocando a erva ou a raiz debaixo dela; não devemos omitir as inscrições de imagens, nomes e caracteres também como sufumigações apropriadas, mas falaremos deles mais adiante, quando abordarmos as imagens e os caracteres.

Lemos em Filóstrato que Jarco, um sábio príncipe da Índia, mandou confeccionar sete anéis, de acordo com esse procedimento, marcados com as virtudes e os nomes dos sete planetas, e deu de presente a Apolônio, o qual usava um todo dia, distinguindo-os de acordo com os nomes o dia, desfrutando com eles o benefício de viver mais de 130 anos de idade e ainda conservar a beleza de sua juventude.

Do mesmo modo, segundo Josephus, Moisés, o legislador e governante dos hebreus, habilidoso na magia egípcia, teria feito anéis e amor e esquecimento. Segundo Aristóteles, existia também entre os cireneus um anel de Battus capaz de produzir amor e honra. Lemos ainda que Edamo, um filósofo, confeccionou anéis contra mordida de serpente, feitiço e espíritos malígnos. O mesmo relata Josephus acerca de Salomão.

Em Platão, lemos que Giges, um pastor na Lídia, tinha um anel de virtudes fantásticas e estranhas que, quando tinha o selo voltado para palma de sua mão, ninguém podia vê-lo, embora ele visse tudo. Aproveitando essa oportunidade, ele deflorou a rainha e matou o rei, seu senhor, além de eliminar quem quer que parecesse se colocar em seu caminho, e nesses atos vis ninguém o via; até que um dia, graças aos benefícios do anel, ele se tornou rei da Lídia.

(continua...)


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ENCICLOPÉDIA DA BRUXARIA

AUTOR: DOREEN VALIENTE

 

A Escada das Bruxas:

O Folklore Journal em 1886 trouxe uma história sobre um achado impressionante em uma casa velha em Wellington, Somerset. Alguns construtores que estavam trabalhando na casa descobriram uma sala secreta no espaço entre o quarto de cima e o telhado. A julgar pelo conteúdo daquele buraco secreto, parecem ter chegado à conclusão de que aquele lugar era um local de encontro de bruxas.

Seis vassouras foram encontradas lá, junto com uma antiga poltrona; talvez um assento para a pessoa que presidia as reuniões. Havia também um outro objeto muito curioso, que a princípio os descobridores não conseguiram explicar.

Ele era formado por um pedaço de corda, com cerca de um metro e meio de comprimento e um centímetro e meio de espessura. Ela era composta de três tranças, e tinha um laço em uma das pontas. Inseridas na corda, de forma cruzada, estavam uma série de penas. Na maioria penas de ganso, embora algumas plumas pretas de corvo ou gralha, saindo para fora da corda em intervalos irregulares. As penas não tinham sido simplesmente amarradas na corda, mas pareciam ter sido fixadas entre as tranças no momento em que a corda tinha sido feita.

Algumas pessoas de mais idade de Somerset que viram essa estranha descoberta olharam para aquilo com desagrado e se mostravam reticentes quando lhes perguntavam o que era aquilo. Os trabalhadores o chamaram de “uma escada de bruxas”, e sugeriram que ela fosse usada para “subir até o telhado”, o que era totalmente absurdo. Uma senhora idosa, quando lhe perguntaram se ela sabia o que era aquilo, respondeu que conhecia o uso da vela com alfinetes, e da corda e das penas. Ela se recusou a dizer qualquer coisa mais, mas como feitiços de espetar uma vela ou uma cebola com alfinetes eram conhecidos como uma forma de amaldiçoar alguém, ficou evidente para os estudantes do folclore que se interessaram por essa descoberta que a escada das bruxas era um outro meio de colocar uma maldição.

Futuras investigações trouxeram à tona mais alguns detalhes. A corda e as penas tinham que ser novas, e as penas tinham que ser de um pássaro macho. Esse feitiço também não era particular de Somerset. Ele também era conhecido em outras partes do País Ocidental, e era obviamente considerado uma forma perigosa e secreta de bruxaria.

Quando a cópia do Folklore Journal que apresentava uma descrição e um desenho da escada das bruxas chegou às mãos de Charles Godfrey Leland na Itália, ele investigou e descobriu que a maldição da corda e das penas era conhecida naquele país também. Entre as bruxas italianas, ela era chamada de la guirlanda delle streghe, a “guirlanda das bruxas”. Ela tinha uma forma muito semelhante, de uma corda com nós amarrados, e uma pena de galinha preta em cada um dos nós. A maldição era repetida várias vezes, conforme cada nó era feito, e então o trabalho terminado era escondido na cama da vítima para trazer-lhe desgraças.

O Reverendo Sabine Braing-Gould, que tinha um amplo conhecimento do folclore do West Country, introduziu o feitiço da escada das bruxas em seu romance Curgenven, publicado em 1893. De acordo com seu relato, a escada da bruxa era feita de lã preta, fios brancos e marrons, entrelaçados; e a cada cinco centímetros era amarrado nessa corda um punhado de penas de galo, ou penas de faisão ou galinha d´água, alternadamente. A velha avó que a fazia tecia e instigava a cada nó da escada das bruxas um tipo de dor ou sofrimento que ela desejava, para que atingissem o inimigo para quem a corda era feita. Depois ela amarrava uma pedra na ponta da corda, e mergulhava o objeto em Dozmary Pool, uma água que a lenda dizia ser assombrada. Ela acreditava que enquanto as bolhas subiam para o alto da panela, o poder da maldição era liberado para realizar seu trabalho. 

É um tributo incrível à natureza disseminada das práticas secretas das bruxas, que praticamente o mesmo objeto fosse conhecido e usado em lugares tão distantes como Somerset e a Itália, por pessoas que naqueles dias não eram suficientemente alfabetizadas a ponto de aprenderem as coisas em livros; mesmo que qualquer descrição do feitiço tivesse sido publicada em algum lugar antes, o que, de acordo com o ponto de vista confuso dos folcloristas mais importantes que foram confrontados com esta descoberta, parece ser muito improvável;

Podemos observar que o número três mágico aparece na fabricação do feitiço, fato que é muito comum. Ela tem que ser uma corda tripla em que as penas são amarradas. As próprias penas são possivelmente símbolos do envio do feitiço voando de forma invisível em direção à pessoa intencionada.


(continua...)



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45 comentários:

  1. Olá amigos, meu nome é Ann Roberts da Inglaterra. Eu estive ótimo
    dor por quase 4 anos sofrendo nas mãos de um marido traidor, nós
    ficaram felizes até encontrar sua namorada antiga e ele começou a namorar com ela
    fora do nosso casamento antes que você soubesse que ele parou de cuidar e cuidar
    sua própria família. Era tão ruim que ele estava planejando casar com ela e divorciar
    eu chorei e relatei a sua família, mas ele nunca ouviu ninguém além de
    Corte minha história curta, fui em busca de um verdadeiro conjurador de feitiços que poderia
    destrua seu relacionamento e faça ele voltar para mim e nossos 2 filhos.
    Ao pesquisar, vi pessoas com testemunho de como seu casamento era
    restaurado pelo DR UZOYA através do seu email: druzoyaspiritualtemple@gmail.com
    e eu relatei minha história para ele e ele concordou em me ajudar e depois
    realizando um feitiço no segundo dia ambos tiveram uma discussão e ele bateu o seu
    namorada e ele chegou pra casa implorando por mim e pelos meus filhos para perdoá-lo,
    ele disse que seus olhos estão claros agora e que ele não fará nada que
    vai ferir sua família novamente e promete ser um pai atencioso e nunca
    enganação. Estou tão feliz que não perdi meu marido para a menina. O todo
    A apreciação vai para o Dr.UZOYA porque você é um excelente lançador de feitiços e para
    a quem isso pode concernir se você tem um marido ou esposa trapaceira ou você precisa
    Seu ex amante de volta. Você também pode enviar um e-mail para ele;
    druzoyaspiritualtemple@gmail.com obrigado grande UZOYA por me ajudar a trazer
    Meu marido de volta, muito obrigado.

    ResponderExcluir
  2. Eu quero agradecer muito ao DR PRINCE IDIALU pelo trabalho maravilhoso que ele fez para me ajudar a salvar meu casamento, meu marido pediu uma carta de divórcio por causa do pequeno mal-entendido que tivemos nos últimos meses. Nunca quis isso porque eu amo tanto o meu marido e todo o nosso investimento foi um negócio conjunto e eu não quero estar longe da minha família e meus dois filhos adoráveis. Meu amigo me contou sobre o DR PRINCE IDIALU e como ele também a ajudou com seus problemas conjugais, então eu tive que contatá-lo porque eu queria impedir meu marido de completar a carta de divórcio e eu quero manter minha família unida e depois de contatá-lo, Foi-me dito o que eu precisava fazer e quando eu ia começar a ver o resultado, eu fiz como DR PRINCE IDIALU instruiu e depois de 3 dias meu marido me ligar e começar a pedir o meu perdão e foi tudo como um sonho para mim e estamos todos vivendo felizes juntos novamente, tudo graças ao DR PRINCE IDIALU. Contate-o hoje para ajuda conjugal através de seu EMAL (princeidialu@outlook.com Você também pode Ligar / WhatsApp: +1 (845) 731-5643)

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  3. Eu quero agradecer muito ao DR PRINCE IDIALU pelo trabalho maravilhoso que ele fez para me ajudar a salvar meu casamento, meu marido pediu uma carta de divórcio por causa do pequeno mal-entendido que tivemos nos últimos meses. Nunca quis isso porque eu amo tanto o meu marido e todo o nosso investimento foi um negócio conjunto e eu não quero estar longe da minha família e meus dois filhos adoráveis. Meu amigo me contou sobre o DR PRINCE IDIALU e como ele também a ajudou com seus problemas conjugais, então eu tive que contatá-lo porque eu queria impedir meu marido de completar a carta de divórcio e eu quero manter minha família unida e depois de contatá-lo, Foi-me dito o que eu precisava fazer e quando eu ia começar a ver o resultado, eu fiz como DR PRINCE IDIALU instruiu e depois de 3 dias meu marido me ligar e começar a pedir o meu perdão e foi tudo como um sonho para mim e estamos todos vivendo felizes juntos novamente, tudo graças ao DR PRINCE IDIALU. Contate-o hoje para ajuda conjugal através de seu EMAL (princeidialu@outlook.com Você também pode Ligar / WhatsApp: +1 (845) 731-5643)

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  4. Olá Saudações a todos que está lendo este testemunho. Eu fui rejeitado por meu marido após três (3) anos de casamento só porque outra mulher tinha um feitiço sobre ele e ele me deixou e o garoto para sofrer. Um dia, quando eu estava lendo através da Web, eu vi um post sobre como este feitiço rodízio Dr ona ter ajudar uma mulher a voltar seu marido e eu dei-lhe uma resposta ao seu endereço e ele me disse que uma mulher tinha um feitiço sobre o meu marido e ele me disse que ele vai me ajudar e depois de 3 dias que eu vou ter o meu marido de volta. Eu acreditava nele e hoje estou feliz em deixar que todos saibam que este rodízio feitiço tem o poder de trazer os amantes de volta, porque agora estou feliz com o meu marido. Obrigado por seu grande trabalho aqui é o Dr. ona e-mail: onaspellhome@gmail.com ou WhatsApp número + 5511981541847. Você também pode contatá-lo diretamente em seu site http://onaspellhome.website2.me. Ele também irá ajudá-lo a resolver seus problemas.

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    1. Sinceramente eu estava tão arrasada quando meu marido de 8 anos me deixou e se mudou para o Texas para estar com outra mulher. As dores eram demais para eu suportar que eu não podia suportar mais. Eu viajei para cumprimentar minha amiga e sua família durante a celebração de Natal, então eu expliquei a ela, como meu marido me abandonou e meus filhos por um período de tempo e estar com outra mulher, e meu amigo me contou sobre o Dr. Ogbefun que a tinha ajudado no passado antes, quando eu o contatei com o seu email via ogbefunhearlingtemple @ gmail. com eu explico para ele, como meu marido tem estado com outra mulher há dois anos e esse é o problema que estou enfrentando no meu casamento agora e eu preciso acabar com isso matando ela, e eu não quero fazer uso de assassino porque será arriscado, então eu precisava fazer isso de uma maneira espiritual, por isso decidi entrar em contato com ele, ele me garantiu que não se preocupe, já que entrei em contato com a pessoa certa na hora certa, eu cooperei com ele e em menos de uma semana ela morre, ela dormiu e nunca mais acordou, e verdadeiramente meu marido volta se desculpando que ele nunca soube o que veio sobre ele meu marido me pedir desculpas e nós somos uma família feliz agora. tudo graças a dr ogbefun você pode entrar em contato com o Dr. Ogbefun para qualquer feitiço de morte, como matar seu superior no escritório e ocupar o lugar dele.spell para aumento de salários, feitiço para promoção no escritório, feitiço para ter seu ex-amante de volta , se as coisas não estão funcionando bem em sua vida, então você precisa entrar em contato com ele agora através do site https://ogbefunhearlingtem.wixsite.com/spell ou adicioná-lo no whatsapp +2348102574680

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  5. Oi a todos eu sou Grace Ken estou aqui para compartilhar o trabalho maravilhoso Dr. ona fez por mim. Depois de 5 anos em casamento com meu marido com 2 filhos, meu marido começou a agir estranho e sair com outras senhoras e me mostrou amor frio, em várias ocasiões ele ameaça se divorciar de mim se eu ouso questioná-lo sobre seu caso com outras senhoras , Eu estava totalmente devastado e confuso até que um velho amigo meu me disse sobre um rodízio de feitiços na Internet chamado Dr. ona que ajudam as pessoas com relação e problema de casamento pelos poderes de feitiços de amor, no início eu duvidei se tal coisa já existe, mas decidiu giv e uma tentativa, quando eu contatá-lo, ele me ajudou a lançar um feitiço de amor e dentro de 48 horas meu marido voltou para mim e começou a se desculpar, agora ele parou de sair com outras senhoras e sua comigo para o bem e para o real. Você também pode entrar em contato com o Dr. ona e-mail: onaspellhome@gmail.com ou WhatsApp número + 5511981541847. Você também pode contatá-lo diretamente em seu site http://onaspellhome.website2.me. Ele também irá ajudá-lo a resolver seus problemas.




    Oi a todos eu sou Grace Ken estou aqui para compartilhar o trabalho maravilhoso Dr. ona fez por mim. Depois de 5 anos em casamento com meu marido com 2 filhos, meu marido começou a agir estranho e sair com outras senhoras e me mostrou amor frio, em várias ocasiões ele ameaça se divorciar de mim se eu ouso questioná-lo sobre seu caso com outras senhoras , Eu estava totalmente devastado e confuso até que um velho amigo meu me disse sobre um rodízio de feitiços na Internet chamado Dr. ona que ajudam as pessoas com relação e problema de casamento pelos poderes de feitiços de amor, no início eu duvidei se tal coisa já existe, mas decidiu giv e uma tentativa, quando eu contatá-lo, ele me ajudou a lançar um feitiço de amor e dentro de 48 horas meu marido voltou para mim e começou a se desculpar, agora ele parou de sair com outras senhoras e sua comigo para o bem e para o real. Você também pode entrar em contato com o Dr. ona e-mail: onaspellhome@gmail.com ou WhatsApp número + 5511981541847. Você também pode contatá-lo diretamente em seu site http://onaspellhome.website2.me. Ele também irá ajudá-lo a resolver seus problemas.


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  6. Am writing this article to appreciate the good work of DR PAPA that helped me recently to bring back my wife that left me for another man for no reason for the past 3 years. After seeing a post of a woman on the internet testifying of how she was helped by DR PAPA. I also decided to contact him for help because all i wanted was for me to get my wife, happiness and to make sure that my child grows up with his mother. Am happy today that he helped me and i can proudly say that my wife is now with me again and she is now in love with me like never before. Are you in need of any help in your relationship like getting back your man, wife, boyfriend, girlfriend, winning of lotteries, herbal cure for sickness or job promotion E.T.C. Viewers reading my post that needs the help of DR PAPA should contact him now on his E-mail: Email> greatpapax@gmail.com...contact HIM of any of these today AT whatssap +2348106431263 Email> greatpapax@gmail.com

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  8. Oi, meu nome é "Patricia Richard" Eu sou dos EUA. Eu fui casado por 7 anos com Ruben. As coisas começaram a ficar feias e tivemos brigas e discussões quase todas as vezes. Ficou pior no momento em que ele pediu o divórcio ... Eu tentei o meu melhor para fazê-lo mudar de idéia e ficar comigo, mas todo o esforço era fútil. Eu implorei e tentei de tudo, mas ainda assim, nada funcionou

    O avanço veio quando alguém me apresentou a este maravilhoso, ótimo conjurador que eventualmente me ajudou ... Eu nunca fui fã de coisas assim, mas apenas decidi tentar com relutância porque eu estava desesperado e não tinha escolha ... Ele fez orações especiais e usou raízes e ervas ... Dentro de dois dias ele me ligou e ficou triste por todo o trauma emocional que ele me causou, ele voltou para a casa e continuamos a viver felizes. que maravilhoso milagre o thegreatitoyahtemple@gmail.com
     fez por mim e minha família.

    Eu o apresentei a muitos casais com problemas em todo o mundo e eles tiveram boas notícias ... Eu acredito fortemente que alguém lá fora precisa de sua ajuda. Para ajuda urgente de qualquer tipo, entre em contato com o grande templo Itoyah agora através de seu e-mail: thegreatitoyahtemple@gmail.com

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  9. UM GRANDE CASO DE SPELL LOVE Dr, Ilekhojie SE ESPECIALIZA NA RESTAURAÇÃO DE CASAMENTOS QUEBRADOS CONTACTE-O DIRETAMENTE.
    O que mais posso dizer em vez de agradecer ao Dr. Ilekhojie, que Deus usou para reunir meu casamento? Todos os dias da minha vida, peço a Deus para abençoar o Dr. Ilekhojie, pois ele fez a minha vida completa, trazendo de volta o meu marido para mim e, por essa razão, eu fiz um voto para mim que testificarei na internet para deixar o mundo sabe que o Dr. Ilekhojie é um Deus na Terra. Meu marido e eu tivemos uma briga por três dias que levou ao nosso divórcio. Neste dia fiel, me deparei com um testemunho de como o Dr. Ilekhojie ajudou uma dama a recuperar seu amante. Então, eu entrei em contato com ele e expliquei para ele e ele me disse que os meus dias de tristezas acabaram, que meu marido voltará para mim dentro de 48 horas para que ele prepare um feitiço para mim. Você pode acreditar, meu marido chegou em casa implorando que ele precisa de mim de volta. Você precisa de algum tipo de ajuda? Contato; (gethelp05@gmail.com) OU ligue para o seu número de telefone via +2348147400259

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  10. Minha boca está cheia de testemunhos, meu marido deixou a casa por dois anos na África do Sul para um turista, onde ele se referia a essa prostituta e foi enfeitiçado pela garota que meu marido se recusa a voltar para casa novamente, choro dia e noite procurando quem me ajudou, li um jornal sobre um poderoso lançador de feitiços chamado Dr love e entrei em contato com o lançador de feitiços para me ajudar a trazer meu amante de volta para mim e ele me pediu para não me preocupar com os deuses que lutamos por mim. Ele me disse no meio da noite, quando todo o espírito estivesse em repouso, ele lançaria um feitiço para reunir meu amante de volta para mim. e ele fez em menos de três dias meu marido voltou para mim e começou a chorar para que eu o perdoasse. Estou tão feliz com o que esse lançador de feitiços fez por mim e meu marido, você também pode alcançá-lo em: lovespelltemple @ gmail .com

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  11. Devolvo toda a glória ao Dr. Alashira pelas coisas maravilhosas que ele fez na vida de minha família desde que o conheci. Especialmente por encerrar a estéril de 10 anos em minha família com o bebê. Minha esposa e eu nos casamos em agosto de 2008, mas tivemos desafios de fruto do útero desde então. Eu vim com vários desafios notáveis, entre os quais onde o desemprego, os problemas acadêmicos e a falta de filhos, mas o Dr. Alashira me entregou um após o outro através de um encontro em diferentes testemunhos que eu vi on-line. meus problemas, ele disse que eu não deveria entrar em pânico que tudo vai ficar bem. Após o primeiro encontro milagrosamente, consegui um emprego. e ele também conheceu outros desafios e me deu algumas tarefas a fazer ... e coisas a serem feitas. .ele me disse com precisão, inúmeras vezes que a única maneira de superar qualquer desafio da vida é acreditar em tudo o que eles pedem para você nunca duvidar e eu duvidei. Eu nunca duvidei do Dr. Alashira no ano passado, em abril, minha esposa foi aos hospitais que foi confirmar grávida..Dr ALA SHIRA se prova fiel a si próprio e ao seu mundo, encerrando a estéril de 10 anos e nos deu um menino saltitante em 9 de dezembro de 2018 / Eu lhe dei toda a glória. Te louvarei para sempre por seu trabalho maravilhoso ... por favor, em qualquer situação, ele pode ajudá-lo vá até ele_ e-mail dr.Alashirao1@gmail.com WhatsApp +2348034395438 obrigado e acredito que ele irá ajudá-lo também ..

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  12. Que o Todo-Poderoso continue a abençoar o Dr. Alashira pelo seu excelente trabalho ... há quase um ano que venho solicitando uma carga para estourar minha empresa, mas sei como me inscrevi em muitas organizações, mas não consegui encontrar as equipes e condições. Eu desisti disso por um empréstimo ... minha empresa continuava caindo dia após dia Eu queria vender a empresa porque as coisas não estavam funcionando bem e conhecia equipamentos ... eu entre em contato com um amigo para compradores antes que ele me dissesse como Alashirahelphiminkeepingis negócios indo e ele está obtendo lucro agora .. Entrei em contato com o Dr. Alashira e expliquei tudo a ele ... ele me disse o que conseguir e eu fiz isso ... eis a organização para a qual solicitei empréstimo e me informei. eles me deram um empréstimo de (500.000 $) EUA..que pagaram e minha empresa está indo além das minhas expectativas .. Que o nome dele seja ótimo..por favor, irmãos irmãs em qualquer situação, existe uma solução que nunca perca a esperança, apenas acredite que ele ajudará envie um email para dr.Alashirao1 @ gmail.com WhatsApp +2348034395438 obrigado pela leitura

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  13. Alashira, por um bom trabalho para mim, eu quero magoar o nome do Dr. Alashira por me curar de um pão menstrual crônico .. este pão chamado apenas começou de repente, era aburdento Vou ficar comigo e ficar inquieto, porque o pão é insuportável. É como se eu estivesse lutando com a morte semanas atrás, quando vim ver o Dr. ALASHIRA, ele me perguntou se eu sentia algum pão. Foi-me dito que era normal, e me disseram que era normal.O Dr. Alashira disse que não era normal e me disse que eu não estava lá. a última vez que sinto o pão, vim para dar a Alashira ... porque estou livre dos pães, não sinto nenhum pão ou fraqueza quando chega a hora de fluir normalmente. Entre em contato com o Dr. Alashira para obter ajuda por e-mail dr.alashirao1@gmail.com ou WhatsApp + 2348034395438 .. obrigado.

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  14. Olá, meu nome é harriet estava passando por um artigo e descobri sobre um homem chamado The great dr alashira .Eu sofro de problemas de separação com caras diferentes. Eu tive que entrar em contato com o lançador de feitiços .para meu homem, Ben, Ben estava no máximo Para outras mulheres, mas acredito que eu poderia tê-lo de volta e fazê-lo ficar.lo e eis que o grande Grande alashira me ajudou. Steve e eu vamos nos casar em breve O grande Alashira é um homem tão bom, ele também ajudou a interromper o problema de parada cardíaca, Se você tiver algum problema, entre em contato com ele neste e-mail:

    Entre em contato com ele para o seguinte e veja o excelente trabalho de O grande alashira, email dr.alashirao1@gmail.com whatsap +2348034395438
    (1) Se você quiser seu ex-marido.
    {2} Se você quer ser muito bem sucedido
    (3) Se você estiver procurando por um emprego
    (4) Você quer ser promovido em seu escritório.
    (5) Você quer que mulheres / homens corram atrás de você.
    (6) Se você quer um filho.
    (7) Você quer ser rico.
    (8) você quer obter Magias Casadas
    (9) Remova a doença do seu corpo Feitiços
    (10) Feitiço de negócios
    (11) Números vencedores da loteria
    (12) Traga de volta o amor perdido, mesmo para reduzir seu peso.
    e muito mais …… .email dr.alashirao1@gmail.com whatsap +2348034395438

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  15. Olá sou do indiano. e estou muito feliz por postar neste blog como um grande lançador de feitiços me ajudou a trazer de volta o amor da minha vida. Eu sei que existem muitas mulheres como eu por aí que fizeram muito para ter seu Marido de volta. Estou aqui para dizer a todos que não procurem mais porque a resposta está aqui. Sinceramente, acredito que, se houver até cinco lançadores de feitiços como o Dr. AYOOLA, este mundo seria um lugar melhor. Vi pessoas reclamando de como as castas falsas prometiam ajudá-los, mas não conseguiram, mas com o Dr. AYOOLA, digo que seu problema é já resolvido. Meu marido e eu estávamos separados por 3 anos e eu não aguentava viver sem ele, tentei de tudo para tê-lo de volta, mas nada funcionou até que vi vários testemunhos sobre um lançador de feitiços chamado Dr. AYOOLA e como ele é ótimo. . Entrei em contato com ele por e-mail (drayoolasolutionhome@gmail.com) imediatamente e sigo a etapa que ele pede. Nas próximas 48 horas, meu amante me ligou e estava ansioso por meu perdão e que não queria nada além de me ter em seus braços para sempre . Enchi tanta alegria e felicidade que encontrei o Dr. AYOOLA. Espero que todos vocês encontrem este meu testemunho e devolvam seu marido em apenas 48 horas, graças ... entre em contato com o endereço de e-mail dele; drayoolasolutionhome@gmail.com ou ligue para ele no whatsapp +31684065675

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  16. Sempre serei grato ao grande doutor MICHAEL por consertar meu casamento desfeito depois que meu marido me deixou por três meses como amante. Eu nunca acreditei em feitiços até meu amigo me apresentar a ele. No começo, eu era cético em relação a ele porque ouvi muito sobre lançadores de feitiços falsos, mas deixei minhas dúvidas para trás porque estava desesperado para recuperar meu marido e o fiz de acordo com o que ele me instruiu a fazer. Agora meu marido está de volta apenas 48 horas depois de entrar em contato com ele. Estou vivendo feliz com meu marido novamente após 6 meses de divórcio e não vou descansar até que ele seja conhecido em todo o mundo. Ele também é especialista em feitiços de dinheiro, loterias, feitiços de doença E.T.C. Conecte-se ao Doutor MICHAEL agora, seu e-mail é drmichaelspellcaster@gmail.com ou WhatsApp no +2348139206346)) e eu disse que devo deixar qualquer e-mail que eu vejo na rede saber disso, porque estou muito feliz em ver minha vida novamente. .. obrigado novamente dr Michael

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  17. Como ter seu marido em casa com seus filhos novamente

    Eu sou uma senhora com 2 filhos, sou de Houston Texa, meu marido me deixa e seus 2 filhos por cerca de 10 meses. Sofro muita dor, faço todo o possível para fazê-lo voltar para mim e para os filhos, mas nada dá certo. foi realmente um período estressante para mim, porque eu poderia passar pelo desgosto. foi-me dito para entrar em contato com um médico de feitiço de amor para me ajudar, o que fiz tive a sorte de obter DR.PEPOKO Contato que foi capaz de me ajudar, ele lançou um feitiço de amor que trouxe de volta meu marido para mim e para o seu crianças muito obrigado DR. PEPOKO Eu realmente aprecio o que você fez por mim. aqui está o contato dele, se você precisar, resolvendo o e-mail do seu relacionamento. Pepokospiritemple@gmail.com ligue para whatssap +2348156148821
    Aqui também está o site do Dr. PEPOKO, você mesmo pode visitar www.pepokospiritemple.blogspot.com

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  18. Que milagre ter minha ex-esposa e preciso compartilhar esse grande testemunho. Só quero agradecer ao Dr. ODION que lançou um feitiço por ter tempo para me ajudar a lançar a mágica que traz de volta meu ex-amante agora meu amante que de repente perdeu o interesse em mim após seis meses de noivado, mas hoje estamos casados ​​e estamos mais felizes do que nunca, estou com poucas palavras e alegre, e não sei o quanto eu aprecio você Dr ODION conjurador de feitiços que você é Deus enviado para restaurar o relacionamento quebrado, ele gosta muito de ajudar as pessoas a alcançar seus desejos, encontrar o amor verdadeiro, recuperar seus ex-amantes, interromper relacionamentos abusivos, encontrar sucesso, atrair sucesso, encontrar almas gêmeas e muito mais, entre em contato com ele hoje. e deixe que ele lhe mostre as maravilhas e o espanto de seu sistema de feitiços de amor. Ele fornece os melhores resultados em lançamentos de feitiços reais, entre em contato com ele por e-mail; (drodion60@yandex.com) ou você também pode whatsApp ele no +2349060503921. ele também pode ajudá-lo a lançar um poderoso feitiço de amor em seu relacionamento ou casamento.

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  19. Quero dizer rapidamente ao mundo que existe um lançador de feitiços on-line real, poderoso e genuíno. O nome dele é Dr. ozalogbo. Ele me ajudou recentemente a reunir meu relacionamento com meu marido que me deixou. Quando entrei em contato com o Dr. Ozalogbo, ele lançou um feitiço de amor para mim, e meu marido, que disse que não tem nada a ver comigo, me ligou novamente e começou a me implorar para voltar. ele está de volta agora com tanto amor e carinho. Hoje, fico feliz em informar a todos que esse lançador de feitiços tem o poder de restaurar o relacionamento quebrado. porque agora estou feliz com meu marido. Para quem está lendo este artigo e precisa de ajuda, o Dr. ozalogbo também pode oferecer qualquer tipo de ajuda, como cura de todos os tipos de doenças, processos judiciais, período da gravidez, proteção espiritual e muito mais. Você pode entrar em contato com ele por meio do email ozalogboshrine@gmail.com ou adicioná-lo no whatsapp com o número de telefone +2348162562991

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  20. Quero dizer rapidamente ao mundo que existe um lançador de feitiços on-line real, poderoso e genuíno. O nome dele é Dr. ozalogbo. Ele me ajudou recentemente a reunir meu relacionamento com meu marido que me deixou. Quando entrei em contato com o Dr. Ozalogbo, ele lançou um feitiço de amor para mim, e meu marido, que disse que não tem nada a ver comigo, me ligou novamente e começou a me implorar para voltar. ele está de volta agora com tanto amor e carinho. Hoje, fico feliz em informar a todos que esse lançador de feitiços tem o poder de restaurar o relacionamento quebrado. porque agora estou feliz com meu marido. Para quem está lendo este artigo e precisa de ajuda, o Dr. ozalogbo também pode oferecer qualquer tipo de ajuda, como cura de todos os tipos de doenças, processos judiciais, período da gravidez, proteção espiritual e muito mais. Você pode entrar em contato com ele por meio do email ozalogboshrine@gmail.com ou adicioná-lo no whatsapp com o número de telefone +2348162562991

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  21. Ei, estou tão animado que meu casamento desfeito foi restaurado e meu marido voltou depois que ele deixou eu e nossos dois filhos por outra mulher. Depois de quatro anos de casamento, eu e meu marido tivemos uma briga ou outra até que ele finalmente me deixou e se mudou para a Califórnia para ficar com outra mulher. senti que minha vida havia terminado e meus filhos pensaram que nunca mais veriam o pai. Eu tentei ser forte apenas para as crianças, mas eu não conseguia controlar as dores que atormentam meu coração, meu coração estava cheio de tristezas e dores, porque eu estava realmente apaixonada por meu marido. Todos os dias e noites penso nele e sempre desejava que ele voltasse para mim. Fiquei muito chateado e precisava de ajuda. Por isso, procurei ajuda on-line e me deparei com um site que sugeria que o Dr. IYAYA pudesse ajudar a voltar rapidamente . Então, eu senti que deveria experimentá-lo. Entrei em contato com ele e ele me disse o que fazer e, então, ele fez um (feitiço de amor) por mim. 28 horas depois, meu marido realmente me ligou e me disse que sentia muita falta de mim e das crianças, tão incrível! Foi assim que ele voltou no mesmo dia, com muito amor e alegria, e pediu desculpas por seu erro e pela dor que causou a mim e às crianças. Então, a partir daquele dia, nosso casamento ficou mais forte do que era antes, tudo graças ao Dr. IYAYA. ele é tão poderoso e eu decidi compartilhar minha história na internet que o Dr. Mohammed real e poderoso lançador de feitiços, que eu sempre rezarei para viver muito tempo para ajudar seus filhos em tempos de problemas, se você estiver aqui e precisar do seu ex-costas ou seu marido se mudou para outra mulher, não chore mais, entre em contato com este poderoso lançador de feitiços agora. Aqui está o contato dele: envie um e-mail para: Doctoriyaya@gmail.com, você também pode ligar para ele ou adicioná-lo no Whats-app: +2347032756397. Visite o site, link ??
    https://dr-iyaya-herbal-remedy.webnode.com
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  24. Quero dizer rapidamente ao mundo que existe um lançador de feitiços on-line real, poderoso e genuíno. O nome dele é Dr. ozalogbo. Ele me ajudou recentemente a reunir meu relacionamento com meu marido que me deixou. Quando entrei em contato com o Dr. Ozalogbo, ele lançou um feitiço de amor para mim, e meu marido, que disse que não tem nada a ver comigo, me ligou novamente e começou a me implorar para voltar. ele está de volta agora com tanto amor e carinho. Hoje, fico feliz em informar a todos que esse lançador de feitiços tem o poder de restaurar o relacionamento quebrado. porque agora estou feliz com meu marido. Para quem está lendo este artigo e precisa de ajuda, o Dr. ozalogbo também pode oferecer qualquer tipo de ajuda, como cura de todos os tipos de doenças, processos judiciais, período da gravidez, proteção espiritual e muito mais. Você pode entrar em contato com ele por meio do email ozalogboshrine@gmail.com ou adicioná-lo no whatsapp com o número de telefone +2348162562991

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  25. My husband, who walked away from me three years ago, started calling me and wanted us to come back, and I knew it was Dr. ADELEKE's help that made my husband come to terms with me. When he came back, he was all over me kissing and rubbing me, saying how much he missed me and loves me, Dr. ADELEKE is spectacular at repairing the relationship! Your job is wonderful, I highly recommend this service to those who face difficulties trying to restore the relationship. He's really the guy. you can contact Dr. ADELEKE via Whatsapp +27740386124 and send an email to him aoba5019@gmail.com for help

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  26. My husband, who walked away from me three years ago, started calling me and wanted us to come back, and I knew it was Dr. ADELEKE's help that made my husband come to terms with me. When he came back, he was all over me kissing and rubbing me, saying how much he missed me and loves me, Dr. ADELEKE is spectacular at repairing the relationship! Your job is wonderful, I highly recommend this service to those who face difficulties trying to restore the relationship. He's really the guy. you can contact Dr. ADELEKE via Whatsapp +27740386124 and send an email to him aoba5019@gmail.com for help

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  27. Quando encontrei BABA ADELEKE, eu precisava desesperadamente trazer de volta meu ex-amante. Ele me deixou por outra mulher. Aconteceu tão rápido e eu não tive nenhuma opinião sobre a situação. Ele só me largou depois de 3 anos sem nenhuma explicação. Entro em contato com BABA ADELEKE e ele me disse o que preciso fazer antes que ele pudesse me ajudar e fiz o que ele me disse, depois de fornecer o que queria, lançou um feitiço de amor para nos ajudar a voltar a ficar juntos. Logo depois que ele fez seu feitiço, meu namorado começou a me enviar mensagens de texto novamente e me senti horrível pelo que ele acabou de me fazer passar. Ele disse que eu era a pessoa mais importante em sua vida e ele sabe disso agora. Nós nos mudamos juntos e ele estava mais aberto para mim do que antes e ele começou a passar mais tempo comigo do que antes. Desde que BABA ADELEKE me ajudou, meu parceiro é muito estável, fiel e mais próximo de mim do que antes. Eu recomendo BABA ADELEKE a quem precisar de ajuda. E-mail: aoba5019@gmail.com. Ligue para ele ou adicione-o no whatsapp via: +27740386124

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  28. Estou compartilhando esse testemunho com parceiros que sofrem em seus relacionamentos porque há uma solução duradoura.
    Meu marido deixou eu e nossos 2 filhos para outra mulher por 3 anos. Tentei ser forte apenas para os meus filhos, mas não conseguia controlar as dores que atormentam meu coração. Fiquei magoado e confuso. Eu precisava de ajuda, então fiz uma pesquisa na internet e me deparei com um site onde vi que o Dr. Adeleke, um conjurador, pode ajudar a recuperar os amantes. Entrei em contato com ele e ele fez uma oração especial e feitiços para mim. Para minha surpresa, depois de alguns dias, meu marido voltou para casa. Foi assim que nos reunimos novamente e havia muito amor, alegria e paz na família.
    Você também pode entrar em contato com o Dr. Adeleke, um poderoso lançador de feitiços para soluções em seu e-mail de contato: aoba5019@gmail.com. Ligue para ele ou adicione-o no whatsapp via: +27740386124

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  29. Estou compartilhando esse testemunho com parceiros que sofrem em seus relacionamentos porque há uma solução duradoura.
    Meu marido deixou eu e nossos 2 filhos para outra mulher por 3 anos. Tentei ser forte apenas para os meus filhos, mas não conseguia controlar as dores que atormentam meu coração. Fiquei magoado e confuso. Eu precisava de ajuda, então fiz uma pesquisa na internet e me deparei com um site onde vi que o Dr. Adeleke, um conjurador, pode ajudar a recuperar os amantes. Entrei em contato com ele e ele fez uma oração especial e feitiços para mim. Para minha surpresa, depois de alguns dias, meu marido voltou para casa. Foi assim que nos reunimos novamente e havia muito amor, alegria e paz na família.
    Você também pode entrar em contato com o Dr. Adeleke, um poderoso lançador de feitiços para soluções em seu e-mail de contato: aoba5019@gmail.com. Ligue para ele ou adicione-o no whatsapp via: +27740386124

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  30. Sempre serei grato ao grande Doutor ODION por consertar meu casamento desfeito depois que meu marido me deixou por seis meses como amante. Eu nunca acreditei em feitiços até meu amigo me apresentar a ele. No começo, eu era cético em relação a ele porque ouvi muito sobre lançadores de feitiços falsos, mas deixei minhas dúvidas para trás porque estava desesperado para recuperar meu marido e o fiz de acordo com o que ele me instruiu a fazer. Agora meu marido está de volta apenas 48 horas depois de entrar em contato com ele. Estou vivendo feliz com meu marido novamente após 6 meses de divórcio e não vou descansar até que ele seja conhecido em todo o mundo. Ele também é especialista em feitiços de dinheiro, loterias, feitiços de doença E.T.C. Conecte-se com o Doutor ODION agora, entre em contato com ele por e-mail; (drodion60@yandex.com) ou você também pode solicitar o aplicativo no +2349060503921.

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  31. Meu marido e eu somos casados há mais de 10 anos. Nos conhecemos quando eu tinha 18 anos e ele tinha 21 anos. Passamos por muitas emoções juntos. Houve várias brigas ENORME e situações dolorosas em nosso casamento, mas sempre parecemos mais fortes do outro lado. Do nada, meu marido acabou de lançar a conversa sobre divórcio comigo, fiquei totalmente deprimido até encontrar o testemunho de uma mulher testemunhando sobre um lançador de feitiços chamado Dr. Oniha online, e pedi um feitiço de Amor. Você não acredita que meu marido me ligou no momento exato em que o lançador de feitiços terminou seu trabalho em 48 horas. Fiquei totalmente surpreso! Ele é maravilhoso e seus feitiços funcionam tão rápido. Você também pode entrar em contato com ele se estiver tendo problemas com seu casamento ou relacionamento.
    Site: http://onihaspelltemple.com
    E-mail: Onihaspelltemple@gmail.com
    Whatsaap +1 (505) 633-6879.

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  32. Meu marido e eu somos casados há mais de 10 anos. Nos conhecemos quando eu tinha 18 anos e ele tinha 21 anos. Passamos por muitas emoções juntos. Houve várias brigas ENORME e situações dolorosas em nosso casamento, mas sempre parecemos mais fortes do outro lado. Do nada, meu marido acabou de lançar a conversa sobre divórcio comigo, fiquei totalmente deprimido até encontrar o testemunho de uma mulher testemunhando sobre um lançador de feitiços chamado Dr. Oniha online, e pedi um feitiço de Amor. Você não acredita que meu marido me ligou no momento exato em que o lançador de feitiços terminou seu trabalho em 48 horas. Fiquei totalmente surpreso! Ele é maravilhoso e seus feitiços funcionam tão rápido. Você também pode entrar em contato com ele se estiver tendo problemas com seu casamento ou relacionamento.
    Site: http://onihaspelltemple.com
    E-mail: Onihaspelltemple@gmail.com
    Whatsaap +1 (505) 633-6879.

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  33. Este é o meu testemunho sobre o maravilhoso trabalho que a Dra. Oniha fez por mim. Meu marido me abandonou e as crianças e foi ficar com outra mulher que ele acabou de conhecer. E a mulher o soletrou para que ele nunca tivesse nada a ver comigo e com meus filhos por isso, meu eu e os filhos estavam sofrendo e foi uma luta e tanto, mas eu decidi fazer todos os meios para fazer Certifique-se de que minha família se reúna como costumava fazer, então eu fiquei on-line lá, vi tantas boas conversas sobre esse lançador de feitiços chamado Dr. Oniha em seu site. Então eu tive que entrar em contato com ele e explicar meu problema para ele e, em apenas 48 horas, como ele havia prometido, meu marido chegou em casa e seu comportamento voltou ao homem com quem me casei. Não posso agradecer a este lançador de feitiços o suficiente pelo que ele fez por mim, sou muito grato e nunca pararei para publicar seu nome na internet pelo bom trabalho que ele fez por mim. Mais uma vez, agradeço ao Dr. Oniha pelo seu excelente trabalho ''. Você também pode resolver seus problemas com a ajuda do Dr. Oniha. contate-o por e-mail
    onihaspelltemple@gmail.com
    Whatsapp número +15056336879.
    Site www.onihaspelltemple.com

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  34. Voltei com meu ex-namorado com a ajuda do Dr.Wealthy, o melhor lançador de feitiços on-line, e eu recomendo o Dr.Wealthy a qualquer pessoa que precise de ajuda. Eu quero testemunhar como eu voltei com meu namorado depois que ele terminou comigo, estamos juntos há 4 anos, recentemente eu descobri que meu namorado estava tendo um caso com outra garota, quando eu o confrontei, isso levou a brigas e ele finalmente terminei comigo, tentei tudo o que pude para recuperá-lo, mas sem sucesso até que vi um post em um fórum de relacionamento sobre um lançador de feitiços que ajuda as pessoas a recuperar seu amor perdido através do feitiço de amor; no começo, duvidava disso. mas decidi tentar, quando entrei em contato com esse lançador de feitiços por e-mail, e ele me disse o que fazer e eu o fiz. Então ele fez um feitiço de amor por mim. 48 horas depois, meu namorado realmente me ligou e me disse que sentia muita falta de mim, tão incrível! Foi assim que ele voltou no mesmo dia, com muito amor e alegria, e pediu desculpas por seu erro e pela dor que me causou. Então, a partir desse dia, nosso relacionamento agora era mais forte do que era antes, tudo graças ao Dr.Wealthy. Ele é tão poderoso e eu decidi compartilhar minha história na Internet que o Dr.Welly, real e poderoso lançador de feitiços, que eu sempre rezarei para viver muito tempo para ajudar seus filhos em tempos de dificuldade, se você estiver aqui e precisar do seu Ex de volta ou seu marido se mudou para outra mulher, não chore mais, entre em contato com este poderoso lançador de feitiços agora. Aqui está o contato: envie um e-mail para: wealthylovespell@gmail.com Você pode escrever o número do WhatsApp OR viber: + 2348105150446, OBRIGADO AO Dr.Wealthy

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  35. CÓMO OBTENER AYUDA PARA TRATAR CON EL DESPLAZAMIENTO Y EL DIVORCIO ¿QUIERES TU EX-BACK? ¿ESTÁS BUSCANDO UNA RELACIÓN? ¿QUIERES MANTENER TU RELACIÓN HASTA EL FINAL? ¿Vas a atravesar un ataque espiritual? El Dr. ADELEKE es un especialista en hierbas y espiritual curativo del amor, correo electrónico: aoba5019@yahoo.com. llamada o Whatsapp +27740386124?

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  36. Thank you sir for your genuine spells. This is really incredible, and I have never experienced anything like this in my life. Before i met you Sir, i have tried every possible means that i could to get my wife back, but i actually came to realize that nothing was working out for me, and that my wife had developed lot of hatred for me.. I thought there was no hope to reunite with my ex wife and kids. But when i read good reviews about your work sir, i decided to give it a try and i did everything that you instructed me and i Trusted in you and followed your instructions just as you have guaranteed me in 48 hours, and that was exactly when my wife called me.. We are more contented now than ever. Everything looks perfect and so natural! Thank you so much for your authentic and indisputable spells. Thanks Sir for your help. So I promise to tell the world about you great If you need help in your marriage of broken relationship,please contact Dr Osasu right now for urgent help WhatsApp +2347064365391 or Email drosasu25@gmail.com I want every one who is facing any problem should also give a testimony soon. Just like me today

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  37. Hello everyone , I was totally broken when the love of my life left me it was so hard for me and I almost gave up if not for a friend who directed me to a very good and powerful man called Dr Ralph who helped me bring back the love of my life and now he treat me with so much love and care. I don’t know what kind of problem you are passing through but with what he did for me I know he can help you. So try and talk to him on WhatsApp on: +2347037816417 Or email at: Ralphspellsolution@gmail.com. He has a permanent solution to any type of problems such as: Lottery Spell, Love Spell, Power Spell, Psychic reading, Success Spell, Cure of any sickness, Pregnancy Spell, Marriage Spell,Job Spell, Protection Spell,Win court Case Spell, Luck Spell and many more.

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  38. Um grande agradecimento ao Dr. Oselumen, eu nunca acredito que ainda exista um verdadeiro lançador de feitiços de morte depois de todos esses anos de decepção com os enormes spammers na Internet que andam por aí para enganar as pessoas, até que tive a oportunidade de conhecer o Dr. Oselumen, um verdadeiro lançador de feitiços através de uma amiga próxima chamada Jennifer a quem o Dr. Oselumen havia ajudado antes, quando eu o contatei com seu e-mail via droselumen@gmail.com eu explico como meu ex tem me causado problemas no meu casamento, ele nunca me permitiu um momento de paz, e eu preciso acabar matando ele, e eu não quero fazer uso de assassino porque seria arriscado então eu precisava fazer isso de uma forma espiritual é por isso que decidi contatá-lo, ele me garantiu que não me preocupasse. Entrei em contato com a pessoa certa na hora certa, cooperei com ele e em menos de uma semana meu ex estava morto, ele dormia e nunca acordava tudo graças ao Dr. Oselumen na verdade ele é realmente um homem humilde. você pode contatar dr oselumen para qualquer feitiço de morte, como matar seu superior no escritório e tomar seu lugar, feitiço de morte para matar seu pai e herdar sua riqueza, feitiço de morte para matar qualquer um que te enganou no passado, feitiço para aumento de salários, feitiço para promoção no escritório, feitiço para ter seu ex-amante de volta, se as coisas não estão funcionando bem em sua vida então você precisa contatá-lo agoravia E-mail droselumen@gmail.com ligue ou adicione-o no whatsapp + 2348054265852

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  39. https://sauderiqueza.com.br/aprenda-goetia-na-pratica-do-basico-ao-avancado

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  40. Olá a todos, sei que há alguém em algum lugar lendo isso, meu nome é Dena Osco, da cidade de Leicester, Reino Unido. Quero compartilhar um ótimo trabalho de um lançador de feitiços chamado Dr. Ibinoba Omion. Meu marido e eu tivemos uma briga que levou ao nosso divórcio, mas quando ele me deixou, uma parte de mim saiu com ele e eu fiquei muito triste e chorei o dia todo e a noite. Eu estava procurando algo online quando vi pessoas testemunhando sobre seu excelente trabalho e resolvi dar uma chance a ele fiz tudo o que me disse para fazer e ele me garantiu que depois de 48 horas meu marido vai voltar para mim, depois de tudo, para minha maior surpresa um carro parou em frente a minha casa e era meu marido eu estou muito feliz até a data. Entre em contato com o Dr. ibinoba hoje porque ele também pode te ajudar com qualquer problema que o desafie .. WhatsApp +2348085240869

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  41. Olá, todos que ainda se preocupam com seu ex, eu nunca acreditei em
    feitiço até conhecer este homem chamado Dr ibinoba, que me ajudou a lançar um feitiço que
    trouxe de volta meu ex-amante que me deixou por outra mulher, seus feitiços funcionam
    além da minha imaginação e hoje, sou feliz no casamento, tenho dois filhos e estamos muito felizes mais do que nunca,
    o que mais eu posso dizer do que agradecer Dr. ibinoba por estar lá para mim, entre em contato
    ele hoje e sua vida nunca mais será a mesma,
    Email: dromionoba12 @ gmail.com, número do WhatsApp: +2348085240869

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  42. Fiquei chorando por 4 semanas porque meu marido disse que queria o divórcio. Fiquei muito confusa e com o coração partido. Até um dia muito bom quando ouvi falar do Dr. Ajayi, li alguns depoimentos em seu site de como ele foi capaz de reconciliar relacionamentos rompidos, então decidi dar uma chance a ele. Entrei em contato com ele e ele me disse coisas que precisavam ser feitas para ele lançar um feitiço, a princípio eu estava pensando se deveria fazer isso, e decidi tentar. Eu fiz o que o Dr. Ajayi, o lançador de feitiços, me disse para fazer, então não até 7 dias de intervalo do nada meu marido que me deixou sem qualquer razão voltou para casa uma noite e estava implorando para me ter de volta, ele até veio com seu irmão e implorou por perdão. Depois de tanta dor que passei, meu marido ainda voltou, estou muito feliz. tudo graças ao Dr. Ajayi, você pode contatá-lo para qualquer tipo de feitiço. Eu acredito que ele vai te ver através de seus problemas de RELACIONAMENTO.

    Email: drajayi1990@gmail.com
    Viber / Whatsapp: +2347084887094

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  43. Este é o meu testemunho sobre o bom trabalho de um homem que me ajudou.
    base nos EUA .Minha vida está de volta !!! Após 8 anos de casamento, meu marido
    me deixou e me deixou com nossos três filhos. Eu senti que minha vida era sobre
    para terminar, e estava desmoronando. Graças a um lançador de feitiços chamado Dr
    ibinoba que conheci online. Em um dia fiel, enquanto eu estava navegando
    através da internet, eu estava procurando um bom lançador de feitiços que pudesse
    resolver meus problemas. Encontrei testemunhos sobre este particular
    lançador de feitiço e em outro site. Algumas pessoas testemunharam que ele
    trouxe seu ex-amante de volta, alguns testemunharam que ele restaura o útero,
    alguns testemunharam que ele pode lançar um feitiço para impedir o divórcio e assim por diante.
    Eu vi um testemunho particular, era sobre uma mulher chamada
    graça, ela testemunhou sobre como o Dr. ibinba trouxe de volta seu ex-amante em
    menos de 48 horas e no final de seu depoimento ela soltou o e-mail dele.
    Depois de ler, decidi dar uma chance ao Dr. ibinoba e consegui um perfeito
    feitiço feito para mim.
    Email: dromionoba12@gmail.com ou WhatsApp: +2348085240869

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  44. Este é o meu testemunho sobre o bom trabalho do Dr. ibinoba que me ajudou ...
    Sou Anne Earnis, da Carolina do Norte, EUA. E me desculpe por colocar isso
    na net, mas eu terei que, por este melhor lançador de feitiços do mundo que
    trouxe de volta meu marido, que me deixou de fora nos últimos 3 anos, eventualmente
    conheci este homem em um blog postando por um de seus clientes pedindo ajuda, eu
    explicou tudo a ele e ele me contou sobre um lançador de feitiços que
    ele tinha ouvido falar e me deu um whatsapp para enviar uma mensagem de texto ao lançador de feitiços
    para contar a ele meus problemas. Em apenas 2 dias, meu marido estava de volta para mim. eu
    só quero agradecer a este verdadeiro e sincero lançador de feitiços,
    Senhor, tudo o que você me disse aconteceu e obrigado, senhor. Por favor eu quero
    para dizer a todos que procuram alguma solução para o seu problema, eu
    aconselho você a consultar gentilmente este lançador de feitiços, ele é real, ele é
    poderoso e tudo o que o lançador de feitiço disser é o que acontecerá,
    porque tudo o que o lançador de feitiço me disse aconteceu. Você pode gentilmente
    entre em contato com ele em: o endereço de e-mail dele é
    dromionoba12@gmail.com ou WhatsApp: +2348085240869

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