Colocarei aqui magias e rituais desenvolvidos por mim mesmo, e também de diversas outras fontes de variadas linhas de pensamento, citando os autores. Pessoalmente, acredito que qualquer magia ou ritual tem poder, mesmo os mais simples, e independentemente do tipo e arquétipo auxiliador. Não tenho preconceito quanto a qualquer forma de espiritualidade. Mesmo representações que são antagônicas, ou seja, opostas, podem se combinar na mágica de uma pessoa. Todos os conceitos são interpretados de maneira pessoal por cada um. E os opostos estão em tudo e todos, como peças fundamentais. É dentro da espiritualidade mágica dos indivíduos que o sentido de cada definição é criado. Mesmo que um grupo esteja empenhado em um mesmo processo mágico, o efeito e o significado desse processo é individual. Ao se perceber isso, quaisquer estudos, processos mágicos ou rituais passam a ser uma fonte de energia espiritual.
========================
Aviso: Cuidado ao adentrar na trilha da magia. É preciso confiança interior e humildade para não se deixar levar pelas inúmeras forças que podem levar à loucura e trazer o infortúnio.
Por: Mago Akin
Os componentes gestuais e posturais em minhas magias e rituais Mul-Abrozicos, nunca são obrigatórios, apenas aconselhados. Pode-se dizer ou mentalizar as palavras do ritual em outro idioma, contanto que se mantenha o sentido. Verbalizar as palavras do ritual também nunca é obrigatório, somente, às vezes indicado. O pensamento corretamente direcionado é capaz de executar qualquer magia por si só. Todos os ingredientes do ritual podem ser reutilizados novamente em outros rituais. As instruções podem ser lidas durante o ritual, contanto que se mantenha a concentração, e, inclusive, eu recomendo que tenha o ritual escrito consigo durante sua execução, caso não o tenha bem memorizado.
Existe a possibilidade de que alguma magia de Mul-Abroz funcione mesmo se o mago não tiver realizado o Ritual de Iniciação e Comunhão com a Magia de Mul-Abroz, descrita abaixo, mas é menos provável e possivelmente menos eficaz. Também pode ser que uma magia de Mul-Abroz funcione mesmo que seus processos ou elementos tenham sido levemente alterados, porém, neste caso, não posso garantir quais os tipos de resultados. Então recomendo seguir todas as instruções que dou sobre os rituais.
Ritual De Iniciação E Comunhão Com A Magia de Mul-Abroz
Quando fazer: Para iniciar pela primeira vez os estudos e a
prática da arte da magia de Mul-Abroz. Também pode ser feito sempre que o
adepto quiser fortalecer sua conexão com a magia de Mul-Abroz.
Efeitos: Individual. Funciona somente para um indivíduo que o realiza, potencializando seus dons mágicos inatos e conferindo um meio para acessá-los.
Itens necessários: Um pentagrama / Um pouco de terra / 1
vela azul / 1 vela amarela / 1 vela vermelha / 1 vela negra ou bem escura / 1
cristal transparente, de preferência esférico ou em formato de pirâmide /
Misture em uma vasilha com água, pelo menos uma gota do seu sangue, ou da sua
urina, ou da sua saliva, ou do seu suor, ou de sua lágrima, ou de qualquer
líquido corporal seu.
O Ritual: De preferência esteja em um local escuro ou com pouca
iluminação, sob o céu noturno ou durante a noite.
Primeiro acenda a vela negra, e com ela, acenda as três
velas, a azul, a amarela e a vermelha, em disposição triangular no chão ou em
um altar.
Assopre a vela negra para apagá-la, então guarde-a ou
deixe-a de lado. Ao mesmo tempo em que assoprar a vela negra para apaga-la,
diga mentalmente: Aqui faço a minha
trilha.
Deposite o cristal
transparente no centro do interior do triangulo formado pelas velas azul,
amarela e vermelha.
De pé, de frente para as três velas e o cristal, feche um
pouco os olhos, mas não totalmente. Abra os braços, abraçando o universo, e se
conectando com todo o infinito ao seu redor.
Diga: A magia do abismal deve romper as barreiras! Estou
pronto para recebê-la.
Visualize que está atraindo energia, que vem na forma de tudo o que existe, de todas as sensações, e sentimentos que você já conhece e que está conhecendo. Essas energias vem em todas as cores, se misturam em sua mente, se concentram, e então se transformam em energia pura.
Sinta o campo de força mágico que se criou ao seu redor. Permaneça na mesma
posição mantendo tal mentalização por cerca de um minuto pelo menos.
Desenhe um quadrado ao redor das velas usando terra. Fique
de pé, de frente para as velas, com os braços elevados lateralmente na
altura dos ombros, os antebraços fletidos para cima, e as mãos abertas.
Diga: Ó fonte suprema, geradora daquele que criou tudo o que
existe; Desperte em mim, tua parte, o poder de Abroz, o dragão perfeito.
Relaxe o corpo, abaixando os braços ao lado do corpo, e
abaixe um pouco a cabeça. Visualize surgindo do interior da energia pura concentrada em sua mente, a forma de um dragão todo poderoso, que cresce até preencher todo
o seu corpo tornando-te um só com ele. Permaneça na mesma posição e mantendo a
visualização por cerca de 1 minuto.
Então, ajoelhe-se, e abrace o seu tronco
cruzando os braços a sua frente. Certifique-se de que você tem um pentagrama
consigo ou próximo de você. Focalize sua mente no pentagrama. Também pode
segurar o pentagrama se quiser.
Diga: Portador da sabedoria suprema que transcende a
realidade impura; Mul, a distância interminável além e através dos mundos; Une
a minha força a ti tal que eu possa revelar a tua glória ao Universo.
Despeje água misturada com uma gota do seu sangue, ou urina,
ou saliva, ou suor, ou lágrimas, ou de qualquer líquido corporal seu, sobre a
chama das três velas para apagá-las.
O ritual está concluído.
---
Magia Para O Sucesso
Efeitos: Individual, para quem executar a magia ritual. Sua
força espiritual se expandirá conduzindo a matéria em favor dos seus mais
importantes objetivos.
Itens necessários: 3 cristais de tipos diferentes. / 4 velas
de qualquer cor. / Uma varinha (Se quiser pode usar pedaço de madeira, ou um
galho de árvore, ou uma vareta de metal para isso.) / Uma capa preta, ou roxa,
ou vermelha, ou de cor escura. / Uma tigela com areia ou terra. Se o chão for
de areia ou terra pode usá-lo ao invés disso. / 1 incenso ou elemento
aromático.
O Ritual: Procure um local tranquilo, e de preferência escuro ou com
pouca iluminação.
Acenda o incenso ou aplique o elemento aromático.
Delimite uma área com as 4 velas, e coloque-se dentro dessa
área.
Mentalize, ou se quiser pode também verbalizar: “Poder
ilimitado deve ser usado agora.” Acenda
as 4 velas, e se aproxime do centro da área delimitada, coloque a tigela com
areia ou terra no local caso o solo não seja de areia ou terra.
Envolva seu corpo com a capa. Coloque um cristal no chão ou
em um altar próximo de você, enquanto mentaliza, ou pode também verbalizar:
“Com isso identifico a energia pura (Gonla)”.
Aguarde um instante, recomendo 3 ciclos de respiração, e
coloque outro cristal ao lado do primeiro, enquanto mentaliza e se quiser
verbaliza: “Com isso estabeleço o contato com a energia pura”. Então visualize
seus canais energéticos entrando em frequência com o universo infinito.
Visualize que a energia pura está ao seu redor e através de você na mesma
frequência. Permaneça concentrado nessa visualização por pelo menos 30
segundos.
Coloque o outro
cristal ao lado dos dois primeiros enquanto mentaliza e se quiser verbaliza:
“Com isso começo a me fortalecer.” Visualize que a energia pura trabalha junto
com a sua mente, e está te fortalecendo de todas as formas. Ela tem o potencial
criativo e soberano, sendo capaz de remover as barreiras. Aproveite para
mentalizar também as coisas que você deseja ter êxito. Permaneça concentrado
nessa visualização por pelo menos 2 minutos.
Com a ponta da varinha desenhe na areia ou na terra que está
ao centro da área delimitada com as velas um símbolo pessoal que você deseje
expressar no momento.
Quando terminar de desenhar mentalize e se quiser verbalize:
“Tal como sou, eu prospero. Triunfo em sabedoria”. Continue percebendo que a
energia pura o fortalece e trabalha junto de você. Medite acerca desse símbolo
por pelo menos 2 minutos.
Então para encerrar o
ritual desfaça o símbolo enquanto mentaliza e se quiser verbaliza: “Lacro minha
união com a força do supremo”.
Apague as velas, recolha os cristais e os componentes
do ritual.
Nota: O sucesso nem sempre significa ganhar uma disputa ou
atingir um objetivo que queremos, mas muitas vezes também está de acordo com
isso. O sucesso pessoal às vezes coincide com frustrações aparentes, mas está
em um estado de ser do indivíduo. Sua confiança está carregada com magia
interna e sua percepção apurada possibilita que aproveite da magia externa,
vivendo plenamente. Seu caminho é através da auto-realização.
--
Totem Amigo
Quando fazer: Para situações em que ficamos sobrecarregados
de tarefas e/ou dependemos de muitos fatores independentes para executarmos
nossos planos.
Efeito: Individual, para quem executar a magia ritual.
O que é: O mago irá criar através desse ritual um totem
animado e invisível que trabalhará a seu favor em muitos lugares, sem ser
notado.
Itens necessários: Uma vela branca e uma vela negra (ou bem
escura). Grafite ou carvão. Um pedaço de madeira, argila ou pedra. Uma gota do
sangue, ou saliva, ou suor, ou urina ou qualquer líquido corporal do mago. Um
copo com água e leite misturados, pode-se substituir o leite por mel ou açúcar.
Uma ferramenta para esculpir. Tintas de quaisquer cor (opcional). Um solo onde
seja possível cavar ou uma caixa.
O Ritual: Primeiro desenhe com o grafite ou carvão no chão
ou sobre um altar uma estrela com 12 pontas.
Pegue o pedaço de madeira, argila ou pedra e esculpa um
totem, dê preferência para esculpir o rosto pernas e braços.
Em seguida, misture no copo com água e leite (ou mel ou
açúcar) uma gota do seu sangue, ou saliva, ou da sua urina, ou suor ou qualquer
liquido corporal seu.
Coloque seu totem no centro da estrela de 12 pontas.
Acenda a vela branca e com ela acenda a vela negra (ou de
cor bem escura). Coloque as duas velas próximas da estrela de 12 pontas.
Prepare-se para
despejar o conteúdo misturado de dentro do copo no seu totem, dizendo, ou só
pensando: “Senhor inigualável que tudo vê, peço humildemente a vossa atenção.”
Então, despeje o liquido do copo sobre o totem. Diga ou só pense: “Eu batizo
esta imagem em madeira (pedra, argila) com a magia de Mul-Abroz, para que
reconheça-me como amigo e guia. És Totem Amigo (ou dê um nome que quiser para o
totem)”.
Em seguida, se quiser, pode colorir o totem a vontade.
Depois, enterre o totem, ou guarde-o dentro de uma caixa,
trancada ou não. Ou faça ambas as coisas.
Para finalizar o ritual diga ou só pense: Totem Amigo (ou o
nome que tenha dado ao totem) eu o saúdo." O ritual está concluído.
Pode apagar as velas, desfazer a estrela e recolher os itens
usados para o ritual.
O mago pode conversar
com o totem sempre que quiser, em pensamento ou verbalmente, contanto que ele
esteja ativado. A proximidade com a localização do totem melhora a comunicação
do mago com ele.
Observações: O totem não trabalhará caso esteja sendo visto
por alguém, por isso é importante que seja mantido enterrado ou guardado em uma
caixa.
Para cancelar a ajuda
do totem é preciso desenhar um círculo com grafite ou carvão, entrar em seu
interior e dizer ou só pensar: "Pelos poderes de Mul-Abroz, Totem Amigo
(ou o nome que tenha dado ao totem) seus serviços não me servem mais.
Obrigado."
Para novamente pedir o auxílio de um totem que tenha sido
desligado é preciso desenhar um círculo com grafite ou carvão, entrar em seu
interior e dizer ou só pensar: "Pelos poderes de Mul-Abroz, Totem Amigo
(ou o nome que tenha dado ao totem) eu o convoco para auxiliar-me."
Pessoas sensíveis
podem raramente ver o totem em ação.
--
Magia Para Boa Sorte E Crescimento Pessoal
Efeitos: Harmoniza a energia pessoal e favorece o progresso
material e espiritual. Atrai e sintoniza energias positivas com o mago. Promove
o florescimento de ideias e crescimento de projetos.
Itens necessários: No mínimo 10 cristais ou pedras de
qualquer tipo. / 4 velas, sendo que 1 branca, 1 vermelha, 1 verde e 1 que pode
ser violeta, roxa ou azul. / Uma vasilha, ou jarro com 1 litro de água mais ou
menos. / Uns punhados de terra. /
O Ritual: Encontre um lugar tranquilo, de preferência em
contato com a natureza, como próximo de vegetais, e em céu aberto.
Distribua os cristais e/ou pedras no chão em forma de
círculo. O círculo deve ser grande o bastante para você caber deitado dentro
dele.
Misture a terra
dentro da vasilha de água e mexa bem. Transforme a mistura em uma pasta de
lama.
Acenda a vela branca, e com ela acenda a vela vermelha, com
a vela vermelha acenda a vela verde, e com a vela verde acenda a vela violeta
(ou roxa ou azul). Distribua as quatro velas ao redor do círculo de forma
simétrica, formando um quadrado por fora dele.
Fique nú(a), e desenhe com a lama uma espiral com sentido de
dentro para fora nas palmas das suas mãos, nas solas dos seus pés, um palmo
abaixo do umbigo, ao redor do umbigo partindo dele, no centro do peito e na
testa, se possível. Posicione-se no interior do círculo de cristais e/ou
pedras, e diga (ou somente pense): “Yowhe, poderosa vertente caridosa do senhor
supremo. Senhor enigmático da vida e mantenedor do mundo. Vêm a mim as tuas
bênçãos.”
Em seguida, deite-se dentro do círculo de cristais e/ou
pedras, com as costas no chão. Pode fechar os olhos se quiser. Então diga ou
somente mentalize: “Força para seguir a minha senda. Mul-Abroz eterno e divino.
Força para seguir a minha senda.” Comece a visualizar que a energia pura do
universo se sintoniza com a sua, fortalecendo as suas qualidades conforme se
mistura com o seu ser. Imagine múltiplas cores ocorrendo nesse processo ao seu
redor, conforme a energia pura entra em contato com a sua energia. Perceba uma
energia que é tranquila e com ela vem força e sabedoria.
Permaneça ali,
deitado, nesse processo de visualizações por cerca de no mínimo três minutos.
Então diga, ou só mentalize, uma ou algumas palavras ou sons
de poder para concluir o ritual. Você já pode ter pensando em alguma(s)
palavra(s) e/ou sons anteriormente, ou pode pensar nela(s) durante o ritual, ou
simplesmente pensar nela(s) nesse momento, e pronunciá-la(s), verbalmente ou
apenas mentalmente como forma de encerramento. O ritual mágico está concluído.
Pode apagar as velas, desfazer o círculo de pedras e/ou
cristais e banhar-se se quiser.
--
Magia Para Proteção
Efeitos: O mago cria
um escudo mágico que bloqueia seu próprio campo energético contra energias externas prejudiciais a ele. Protege o corpo físico e o corpo sutil.
Quando fazer: Este
é um ritual mágico muito potente, e benéfico. Pode ajudar diante de situações
preocupantes ou ser diariamente realizado.
Itens necessários: Um
espelho / Um pouco de ferro / Um
punhado de sal / 2 velas vermelhas ou marrons / 3 velas amarelas, ou douradas
ou brancas / Um cristal transparente, de preferência em formato de pirâmide
O Ritual: Faça um
círculo (não precisa ser perfeitamente redondo) no solo utilizando o sal. O
círculo deve ser grande o suficiente para caber você dentro, e também todos os
itens que serão utilizados no ritual. Entre no círculo de sal e acenda as duas
velas vermelhas primeiro, e depois as amarelas (ou douradas ou brancas). Fique
no centro do círculo de sal e distribua as velas em forma de pentagrama ao seu
redor, não importando a localização de cada cor de vela. Você pode ficar de pé, ou de joelhos, ou sentado. Coloque o ferro no chão à sua frente. Então coloque o cristal
transparente e o espelho no chão, um em cada lado do ferro, não importando se
um está do lado direito ou esquerdo. Certifique-se, de que a sua imagem está
sendo refletida pelo espelho. De olhos abertos ou fechados, verbalize ou apenas
mentalize: “Que o conhecimento do vazio direcione a minha proteção!”
Permaneça no mesmo lugar, visualizando uma aura protetora à sua
volta, por cerca de cinco minutos, pronunciando ou apenas mentalizando a palavra
Arwan (Árvan). Essa aura queima as energias negativas que atentam contra o
mago.
Para concluir, esvazie sua mente por alguns segundos, e
então verbalize ou apenas mentalize: “Meu corpo e espírito estão seguros em
Abroz”
Apague as velas, desfaça o círculo de sal, e pode recolher os
componentes do ritual.
----------------------------------------------------
Mago Akin fala sobre seu uso de ídolos e imagens =
É importante ter o cuidado de saber que é capaz de lidar com a energia de cada um dos símbolos e imagens no local onde estão inseridos. Caso não goste de algum deles, ou não se sinta preparado para tê-los ali, não os coloque. Nesse caso, prefira antes meditar sobre tal símbolo ou imagem, conhecendo a energia que emana, buscando uma sintonia benéfica com isso. Depois sinta onde seria mais adequado deixar o símbolo ou imagem. Será que colocá-lo onde está a sua vista a todo momento lhe faria bem? Ou se seria melhor colocar tal imagem ou símbolo somente onde você a contemplaria em situações específicas, tendo tido tempo de preparar-se.
========================
Do Livro:
SABEDORIA E MAGIA DOS CELTAS Princípios do Druidismo , De: Ana Elizabeth
Cavalcanti da Costa , Editora BERKANA
CIRCULO MÁGICO = A primeira coisa necessária é determinar o
local onde vai realizar seus trabalhos. Em seguida, prepara-lo, limpando-o de qualquer energia negativa. Ao fazer
isto, procure mentalizar a cor violeta que é a cor do Grande Espírito e que
todas as energias negativas estão desaparecendo do local. O segundo passo é
centralizar-se para que sua energia fique estável, ancorada. Neste momento,
você pode sentar-se e imaginar que de seu corpo saem raízes que se fincam no
solo. Esta é uma forma de aproximação com a Mãe Terra. Imagine a sua umidade, o
seu cheiro. O terceiro passo é estabelecer suas intenções dentro do ritual ou
cerimônia que você está por realizar. Faça uma oração pessoal dedicada à Grande
Mãe e ao Grande Deus. Ore, também, pelo deus ou deuses, que você poderá invocar
em seu trabalho mágico. Forme então, o seu círculo mágico, lembrando que dentro
dele você irá entrar em sintonia com as energias do seu ritual. Quando
realizamos cerimônias, rituais e celebrações mágicas, é recomendável criar um
círculo mágico, a sua clareira pessoal, que funciona como um selo invisível,
que o protegerá de qualquer energia nociva. Usando a sua mão direita, forme o
círculo com sal, grãos, flores. Faça-o em sentido horário tendo bons
pensamentos, ou até mesmo cantando uma melodia. Quando estiver finalizando a
sua formação, entre nele e feche-o. O quarto passo é realizar suas invocações:
deuses, energias, espíritos. Cada invocação deve ser feita com respeito e
amabilidade. Você sentirá, então, que a energia dentro do círculo estará
crescendo. Sinta-se feliz por isso. Você pode cantar ou dançar, se quiser, em
honra às energias presentes. Neste momento você pode fazer suas orações e seus
pedidos, que devem vir do coração. Não use em suas orações a palavra eu, associada
a desejo. Procure falar simplesmente de suas necessidades. Geralmente, neste
ponto do ritual, as palavras fluem de uma forma espontânea. Não as bloqueie,
porque é o momento em que você está em conexão com todas as energias que
acionou. Peça sempre pela harmonização de sua vida e pela cura de seu corpo
físico e emocional. Aproveite para refletir sobre alguns aspectos de sua vida.
Muitos milagres e coisas boas poderão acontecer a partir deste momento. Você
poderá ter visões e intuições muito fortes sobre algumas situações que está
vivendo. Finalmente, agradeça às energias presentes. Quebre, então, o círculo
caminhando nele em seu sentido anti-horário. Esta é uma forma básica de se
criar um círculo mágico. Você poderá encontrar outras formas, usando até mesmo
outros elementos em sua construção. Fazer uma conexão com a energia da Terra,
reconhecendo a sabedoria da Mãe Terra, é muito simples. Você se sentirá com uma
grande energia de poder e realização ao fazer rituais, ou mesmo simples orações
dentro de um círculo mágico. As perspectivas de sua vida mudam, você deixa de
sentir bloqueios em seu caminho e começa a compreender mais os significados da
Roda do Ano e entender a sabedoria do tempo.
---------------
PROSPERIDADE
ADORNO QUE ATRAI DINHEIRO = Escolha um adorno feito com jade.
Pode ser um anel, um pingente, pulseira. Numa quinta-feira, dentro do seu
círculo mágico, faça uma invocação para a deusa Brighit. Segure o adorno com a
mão direita (se for canhoto, com a esquerda). Mentalize, então, todas as boas
situações que o dinheiro lhe proporciona, visualizando-se criativamente e
produtivamente. É preciso que se crie uma atitude positiva em relação ao
dinheiro. Permita-se conscientemente, receber dinheiro. Procure usar esse
adorno por um período extenso. Quando for resolver algum negócio, alguma
situação financeira, toque-o com a ponta dos dedos (se for canhoto, com a
esquerda). O jade lhe impregnará de energias de prosperidade. Só depois, decida
o que fazer. Além de favorecer a prosperidade, o jade também favorece o amor e
lhe dá proteção. Colocado junto ao terceiro olho (entre as sobrancelhas)
favorece a sabedoria.
-----
ATRAINDO PROSPERIDADE = Numa quinta-feira de Lua Crescente,
escolha uma bacia ou uma outra vasilha e encha-a com água. Coloque nela uma
moeda e um cristal olho de tigre. Mergulhe suas mãos nesta água. Deixe-as ali
por um pequeno período de tempo, mentalizando todas as coisas que você estará
realizando com o dinheiro. Deixe depois as mãos secarem naturalmente. Em poucos
dias você terá boas oportunidades que se não deixar escapar, poderão resultar
em dinheiro, prosperidade e abundância.
---------------
MAGIAS PESSOAIS ( CORAGEM, FÉ, TRANQUILIDADE, PAZ)
CRIANDO CORAGEM = Separe uma sodalita, que aciona os poderes
da cura, paz e meditação. Pegue-a com a mão direita (se for canhoto, mão esquerda)
e esfregue-a com tranquilidade por todo o corpo. Esta pedra tem o poder de
dispersar o medo, a culpa, acalmando a mente, aliviando tempestades mentais e
emocionais. Deixe-a num jardim durante uns três dias e depois lave-a em água
corrente.
-----
BANHO PARA ALIVIAR A TENSÃO = Encha uma banheira com água.
Coloque nela um pedaço de rodocrosita. Fique ali por alguns momentos. Este
banho é relaxante, reconforta as emoções e o corpo físico, retirando a tensão e
o estresse. Se você não tiver uma banheira, use a rodocrosita como uma esponja,
passando-a por todo o corpo, principalmente na planta dos pés.
-----
BANHO DE CURA = Para realizar esta magia você deve ter uma
pedra Olho de Boi, que de forma natural possui um orifício. Se você tiver a
oportunidade que encontrar um “Olho de Boi”, num passeio pela praia ou campo,
não deixe de agradecer à Grande Mãe. Esta pedra representa a mãe de toda a
criação. Use-a em banhos, esfregando-a no corpo. Elas proporcionam cura física
e, também, é boa para manter a saúde.
---------------
PROTEÇÃO
TALISMÃS DO MAR = Numa caminhada pela praia, procure por uma
concha especial. Ela deve ser preparada e energizada num ritual. A concha é um
presente do mar e representa os deuses do oceano. Quando fizer suas orações no
ritual, dedique-as a Dylan, Deus do Oceano. Você pode, depois, usar a concha
como pingente ou como amuleto de proteção e sorte para a sua casa,
posicionando-a na sua porta principal.
-----
ATRAINDO SORTE NO LAR = Separe uma pedra Coral. Coloque-a na
sua mão direita (se for canhoto, esquerda). Caminhe pela sua casa em sentido
horário. Toque com ela todas as paredes, portas e janelas. Deixe-a depois num
local à vista, para que a sua mágica aconteça.
---------------
LIMPEZA/PURIFICAÇÃO
DESFAZENDO-SE DE PROBLEMAS NO MAR = Procure numa praia um
pedaço de madeira que tenha sido deixado pelas marés. Com a ponta de uma faca,
escreva nela suas necessidades para harmonizar sua vida. Feito isto, entre no
mar e atire a madeira nele, pedindo às energias e aos deuses do mar que o
auxiliem.
-----
PURIFICANDO-SE COM A CHUVA = A chuva faz parte do ciclo de
purificação da natureza. Uma forma muito simples de limpar suas energias
pessoais é tomar um banho de chuva. Escolha uma chuva amena e suave, num dia de
temperatura agradável, para fazer esta purificação. Faça uma caminhada embaixo
da chuva com tranquilidade, mentalizando as situações que você deseja purificar
e limpar de sua vida. Agradeça à Grande Mãe Terra a oportunidade de poder
caminhar na chuva e renovar com isto as suas energias. Quando chegar em casa,
tire a roupa molhada e tome um banho morno. Não faça esta caminhada em
tempestades.
-----
MAGIA DAS TRANÇAS = Pode ser realizada para diversas situações.
Faça o seu círculo mágico. Após as suas orações, quando estiver sentindo a
energia criada, faça uma trança com três cordas coloridas e com adornos,
mentalizando a sua necessidade de harmonizar e ser bem-sucedido numa
determinada situação. Depois de pronto e terminado o ritual, pendure a trança
em algum lugar visível em sua casa ou local de trabalho. Os três pedaços de
cordas devem ter cores específicas para cada tipo de situação, o mesmo
acontecendo com os adornos, que podem ser objetos, flores, frutas.
Amor:: Cores: Rosa, branca e marrom. / Adornos: imagens de
flores e maçãs.
Prosperidade:: Cores: Marrom, azul-escuro e preta / Adorno:
Imagens de gnomos.
Coragem:: Cores: Vermelha, branca e laranja / Adorno: Uma
figura ou miniatura de lobo.
Harmonização:: Cores: Laranja, preta e amarela / Adorno: A
figura de uma balança.
Poder:: Cores: Preta, amarela e vermelha / Adorno: Imagem de
cavalo.
---------------
AMOR E BELEZA ( MAGIAS DE MORGANA )
FOLHAS DE AMOR = Descreva numa pequena folha de papel, a
imagem ideal de alguém que deseja encontrar. Numa outra folha, descreva você
mesmo. Junte as duas folhas, frente a frente. Costure-as com uma linha verde e
uma rosa, enfiadas juntas na agulha. Vá até uma árvore que tenha uma fenda
natural. Coloque as folhas costuradas neste buraco. Peça à árvore que lhe
conceda a graça de ter em sua vida, uma pessoa com as características e que
aprecie as suas qualidades.
-----
DESEJOS DE AMOR = Numa
quarta-feira de Lua Crescente, separe um punhado de alecrim e flor de
laranjeira. Coloque as ervas numa vasilha e manipule-as por uns quinze minutos,
pensando no amor que está distante de você. Procure por um curso de água
corrente e jogue as ervas, aos punhados, na água que corre, chamando pelo seu
amor que está distante. Visualize as ervas levando sua mensagem até o seu amor.
-----
DESCOBRINDO A IDENTIDADE DO PARCEIRO = Escolha uma maçã
bonita, bem vermelha. Descasque-a num movimento de espiral, de forma que a
casca fique inteira. Concentre-se e peça à Morgana, que revele a você a
identidade de seu futuro amor. Quando terminar de descascar, deixe a casca cair
no chão. Ela formará a letra inicial de seu futuro amor.
-----
A BELEZA PESSOAL / ESPELHO MÁGICO = Você pode usar o seu
espelho mágico, visualizando nele as coisas que você deseja que aconteçam. Se
quiser, por exemplo, melhorar a sua aparência, fique em frente ao espelho, de
preferência nu, e imagine o seu rosto já modificado e o que você deseja melhorar
em seu corpo. Converse com a imagem que você deseja ter. Peça à Deusa Lua que o
ajude a conquista-la. Este simples ato mágico pode ajudá-lo a livrar-se de
rugas, gordurinhas indesejáveis, aumento dos músculos, etc. Faça isto diversas
vezes. Procure fazer exercícios e uma dieta saudável.
-----
ATIVANDO A SENSUALIDADE = Numa noite de Lua Crescente,
separe um litro de água de fonte. Junte pétalas de 3 rosas cor-de-rosa, 3 rosas
vermelhas e 3 rosas amarelas, pedindo a Morgana que lhe ajude a se tornar mais
sensual. Deixe em repouso durante a noite, de preferência ao ar livre. No dia
seguinte, coe água e coloque-a numa garrafa com 11 gotas de álcool. Tampe o
vidro e guarde-o em um lugar fresco. Toda vez que você quiser ativar sua
sensualidade, use esta água como água de colônia.
-----
PLANTANDO UM AMOR = Durante a Lua Nova, separe sementes de
alguma planta. Coloque num pequeno vaso de barro a terra necessária,
mentalizando o seu desejo de que um novo amor nasça em sua vida. Ponha as
sementes na palma das mãos e reflita sobre a importância que teria um amor em
sua vida. Peça o auxílio de Morgana nesta conquista. Plante, então, as sementes
na terra. Cuide delas com carinho.
-----
ESCREVENDO SUA HISTÓRIA DE AMOR = Descreva num papel
história de amor que você deseja viver, de uma forma metódica e com riqueza de
detalhes. Use sua imaginação. Isole-se num lugar tranquilo, de preferência
junto a um riacho. Leia a sua história, diversas vezes, em voz alta. Enquanto
lê, imagine os detalhes e as cenas que você descreveu. Guarde o papel. Repita
este exercício sempre que achar necessário. A mentalização fará com que ela se
torne realidade.
-----
BANHO DE SEDUÇÃO = Este ritual de magia e de beleza faz com
que a sensualidade floresça na mulher. Num espaço aberto, ao ar livre, fique de
pé diante da Lua Cheia. Faça os mesmos gestos que faria se estivesse tomando um
banho comum. Procure sentir a energia da Lua penetrando em seus poros. Olhe
para a Lua enquanto ela estiver clara e nítida, sem nenhuma nuvem e peça a ela,
que lhe conceda a beleza e a sedução para viver o amor em sua plenitude.
-----
COLAR DA ATRAÇÃO E FERTILIDADE = Separe sementes de
girassol, certificando-se de que estejam limpas e secas. Deixe-as de molho
durante uma hora em água bem quente. Seque-as com uma toalha limpa. Com uma agulha
bem dura e linha forte, comece a montar o seu colar até que esteja do tamanho
desejado. Este colar, além de atrair o sexo oposto, assegura a fertilidade para
quem o usa.
(Continua...)
---------------------------------------------
Do Livro: O
LIVRO DOS RITUAIS , De: Carlos Navas , Editora MADRAS
Os rituais que se seguem, da Terra, Água, Fogo, Ar e
Pentagrama são preparatórios para o restante, ajudando a realização dos outros
rituais.
TERRA : RITUAL DE GAEA = Esse ritual, é na verdade, bastante
simples mas muito eficiente na comunhão com o planeta e com o elemento terra.
Lembrando que nosso corpo físico é formado pelos elementos da terra, nada mais
justo do que demonstrar uma atitude de respeito e gratidão pela nossa grande
Mãe Terra. Em algumas tradições, nossa grande mãe Terra recebe o nome de Gaea –
a Deusa mãe. Escolha uma fruta, pode ser uma maçã, ou outra qualquer, um
pequeno cálice de vinho tinto e um punhado de sal. Dirija-se a um local
tranquilo, onde haja terra. Coloque a mão em contato com a terra do local,
pegue um punhado na mão, olhe bem para este elemento. Acaricie a terra como se
passasse a mão na pele de um grande animal dócil, sinta que a terra que você toca
tem vida... Então, enterre a fruta, jogue três punhados de sal e termine
derramando o vinho por cima. Diga em voz baixa: “Ó Gaea, receba toda gratidão
de minha parte por tudo que me ofereces bondosamente...” Esse ritual pode ser
feito outras vezes quando sentir vontade. Com este ritual, você comunga com o
elemento terra.
-----
ÁGUA : RITUAL DA TAÇA = Pegue uma taça de cristal, ou de
vidro, ou até mesmo um copo transparente simples. Encha-o com água, coloque-o
sobre uma toalha ou pano azul, podendo ser sobre uma mesa ou até mesmo no chão.
Sente-se diante do copo com água, respire fundo, fique o mais confortável
possível, tente deixar as emoções livres... Feche os olhos. Se desejar, coloque
uma música suave; deixe-se relaxar por cerca de cinco minutos... Logo após este
pequeno período de relaxamento, abra os olhos e fixe sua atenção no copo com
água, olhe bem para a calma deste elemento e peça, mentalmente, que suas
energias se harmonizem com a calmaria e suavidade da água. Diga, mentalmente ou
em voz baixa: “Que a graça da Deusa desperte em meu ser a intuição, a calma e a
purificação!”. Repita esta afirmação três vezes... Feita a afirmação, fique
olhando para a água do copo por mais ou menos cinco minutos. Logo após esta concentração,
agradeça, à sua maneira e mentalmente, à energia feminina do universo pela
benção recebida, e peça ainda que os efeitos deste rito durem pelos próximos
dias. Faça este ritual por uma semana, todos os dias. Com este ritual, você
comungou com a água.
-----
FOGO : RITUAL DA VELA = Compre uma vela de sete dias comum e
de cor branca. Arrume um local seguro, longe de panos ou papéis – pode ser uma
mesinha de madeira ou de pedra -, onde você deixará a vela queimando durante os
sete dias. Proceda da seguinte maneira: depois de escolhido o local, coloque a
vela em um pratinho ou castiçal largo, de metal por exemplo, e a acenda num
domingo de manhã – primeiro dia da semana que é consagrado ao Sol, pois tem a
influência deste. Concentre-se na chama da vela por cerca de cinco minutos.
Todos os dias – se possível no mesmo horário – dedique cinco minutos de
concentração na chama da vela – basta fixar o olhar na chama e deixar os
pensamentos livres. Talvez nas primeiras vezes você sinta que sua mente parece
não dar sossego, mas com a prática do exercício você se tornará mais calmo e desenvolverá
a concentração que, além de ser muito necessária na vida diária, também o será
nos próximos rituais. Neste ritual você comungará com o fogo.
-----
AR : RITUAL DE HONRA
AOS SILFOS = Para este ritual será necessário um incenso de flores... Vá até um
local ao ar livre, usando uma roupa toda branca, com os pés descalços, Acenda o
incenso e concentre sua atenção na fumaça que se eleva... imagine que seus
desejos e intenções se elevam até os reinos celestiais. De pé, abra os braços e
sinta o vento, por mais suave que possa estar. Diante da fumaça do incenso,
repita por três vezes: “Que o Grande Deus me conceda a leveza do elemento ar,
me dando a graça de dançar com os silfos...”. Repita este ritual por sete dias,
ele lhe colocará em harmonia com a leveza da vida e com os aspectos mais sutis
de seu interior. Com este ritual, você comungará com o elemento ar.
-----
RITUAL DO PENTAGRAMA = Arrume um pote ou vasilha de barro
com um punhado de terra misturada com sal. Uma vasilha de vidro com água pura.
Uma vela comum. Um incenso de sua preferência. Um giz branco. Num local calmo e
onde ninguém possa lhe atrapalhar, desenhe no chão, com o giz branco, uma
grande estrela de cinco pontas, de maneira que a quinta ponta única aponte para
o leste. Nas outras pontas, da ponta única para o sentido horário: Spirit-Espírito
; depois Water-Água, coloque a vasilha com água pura ; Fire-Fogo, coloque uma
vela acesa. Earth-Terra, coloque a vasilha com terra e sal ; Air-Ar, coloque o
incenso também aceso. Sente-se de maneira confortável, olhando para o centro da
estrela. Respire fundo e tenha um profundo respeito, tendo em mente a
consciência de que você está passando por um ritual muito forte e belo. Então,
diga em voz baixa por três vezes: “Deus criou os quatro elementos e me fez à
sua imagem e semelhança como o quinto elemento”. Logo após repetir esta
afirmação por três vezes, repita este som por sete vezes em voz alta: “OOOOOOOOOMMMMMMMMMMMMMmmmmmmm”.
Fique alguns minutos em silêncio e encerre o ritual com muita gratidão a Deus e
respeito. Com este rito você comunga com sua essência divina, e não o assiste
ou o preside, mas que o faz um elemento integrante dela. Este rito não deve ser
feito mais que uma vez por mês.
---------
COMUNGANDO COM A SABEDORIA DO MUNDO : RITUAL DO GRANDE LIVRO
= Pegue uma Bíblia que tenha o novo testamento, um copo com água e uma vela.
Dirija-se a um lugar calmo, onde ninguém possa lhe interromper... talvez seu
quarto ou um período que não tenha ninguém em casa. Coloque a Bíblia no centro
de uma toalha ou pano branco, do lado esquerdo coloque o copo com água e do
lado direito coloque a vela. Tenha uma caixa de fósforo à mão e aguarde para
acender a vela no momento indicado. Abra a Bíblia no Evangelho segundo São João
e leia, no Capítulo 1, do versículo 1 ao versículo 5: “1. No princípio era o
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus; 2. Ele estava no
princípio com Deus; 3. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do
que foi feito se fez; 4. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; 5.
E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.” Após ler este
trecho, acenda a vela... Concentre seu olhar no Grande Livro Sagrado que está a
sua frente e saiba que, neste momento, você está comungando com a sabedoria do
Mundo. Após alguns minutos, apague a vela sem assoprar, beba a água do copo e
fecha a Bíblia. Fique receptivo às impressões, ideias e sensações que possam
surgir durante o dia. Repita este Ritual por sete dias, começando no domingo e
terminando no sábado. Será muito interessante e importante também executar este
rito com uma variação, ou seja, escolha outros trechos do Evangelho ou partes
interessantes de algum trecho bíblico e faça o mesmo ritual.
-----
HARMONIA COM A NATUREZA : RITUAL DA ÁRVORE = Este ritual é
muito simples, mas tem um grande poder de nos colocar em harmonia com a
Natureza. Ele também ajuda muito quando estamos nos sentindo sem energias ou
quando estamos doentes. Dirija-se a um lugar tranquilo, onde haja uma árvore de
tronco grosso, que passe a sensação de fortaleza e beleza. Coloque-se diante
dela, peça licença mentalmente e olhe para seus detalhes, repare nos galhos e
folhas deste grande ser. Repare como existe uma calma profunda que envolve este
grande ser da natureza... Quando se sentir em total harmonia e amizade com a árvore,
abrace-a com um largo sorriso no rosto. Tenha a sensação de se tornar um só com
a árvore, respire profundamente e fique abraçado a ela pelo tempo que
desejar... Repita este ritual muitas e muitas vezes... os resultados serão logo
percebidos.
-----
CONECTANDO COM O DIVINO : RITUAL DA POTENCIALIDADE INTERIOR
= “Buscai o reino dos céus e tudo o mais lhe será dado por
acréscimo”. “Em verdade, em verdade, o reino dos céus está dentro de vós”. Estas
verdades são encontradas na Bíblia sagrada e revelam um grande tesouro. Devemos
saber que tudo o que queremos e precisamos está em nosso íntimo. Assim, devemos
buscar entrar em contato com esse Deus maravilhoso, que habita o nosso interior
e está em tudo ao nosso redor. Este ritual que se segue é muito simples –
lembre-se de que na simplicidade que está toda a força e o poder. Repita a
seguinte afirmação: “Deus habita meu ser e me concede a paz e a prosperidade
plena”. Faça esta afirmação, por sete vezes, pela manhã, sete vezes ao
meio-dia, e sete vezes à tarde. Proceda desta maneira por uma semana. Você terá
resultados surpreendentes.
-----
RITUAL DE LIMPEZA ASTRAL = É necessário ter cuidados quanto
às superstições, mas devemos saber também que alguns ditados ou culturas
populares possuem um fundamento lógico. Todo mundo já ouviu falar que sal
grosso espanta os males. E realmente existe uma coerência. Quando tomamos
banhos de sal grosso ocorre uma tonificação dos músculos, o que, de certa
forma, retira o cansaço e as dores musculares, mas o sal também tem a capacidade
de remover algumas impurezas que se alojam em nossos corpos sutis (aura). O
ritual é o seguinte: coloque um punhado de sal grosso numa vasilha com água e,
depois que tomar seu banho normalmente, jogue esta água salgada sobre seu corpo
(só não jogue na cabeça). Faça este ritual por três dias. Depois, no quarto,
quinto e sexto dias, prepare o banho com uma modificação, agora acrescentando
alecrim junto ao sal. Serão assim, no total 6 dias de banhos (três usando água
e sal grosso somente e três usando água, sal grosso e uma erva). Este ritual
lhe dá coragem e leveza. Você também pode fazer variações, acrescentando em vez
de alecrim, outras ervas como arruda, rosas, manjericão, hortelã, etc. (cuidado
para não usar ervas desconhecidas e venenosas) Os banhos de sal grosso podem e
devem ser feitos sempre.
-----
RITUAL DO DIA DO PERDÃO = Este ritual abrirá as portas para
o sucesso em outros rituais, pois lhe possibilitará comungar com a humildade
que é tão necessária para aquele que busca a verdade espiritual. Ao levantar-se,
peça perdão às suas vestes, ao seu corpo, à sua imagem refletida no espelho.
Faça um dia do perdão, sem cair na condição de culpa; não se sinta culpado por
nada, simplesmente peça perdão (mentalmente) a tudo e a todos, durante todo o
dia, mesmo quer não tenha sido você quem cometeu o erro, pois lembre-se de que
somente os grandes seres são capazes de pedir perdão, e este exercício lhe
possibilita comungar com este ato tão nobre. Peça perdão várias vezes ao dia, à
Terra por toda poluição que nossa espécie tem jogado nela, a cada irmão, vítima
de guerra, a cada pessoa que perdeu um ente querido, enfim, use sua imaginação
e faça seu Grande Dia do Perdão. Este ritual é uma benção.
-----
RITUAL DO DIA DA PURIFICAÇÃO = Escolha uma Lua Minguante para realizar este ritual. Com
esta prática, você conseguirá se livra r de problemas ou situações que estejam
lhe causando incômodos. Escolha um dia em que você vai ficar em casa, pode ser
um feriado, um sábado ou outro dia em que terá tempo. Coloque uma música suave
e acenda um incenso. Comece limpando o chão com uma vassoura e, enquanto varre,
imagine que você está varrendo os seus problemas ou situações que lhe estejam causando
mal. Ser tiver louça suja, lave-a toda, e enquanto Lava, imagine que está
lavando todas as impurezas do mundo. Imagine que junto com a água estão também
indo embora todos os traços negativos de sua personalidade. Enfim, limpe os
cômodos de sua casa, tapetes, lave o banheiro, tire o pó dos objetos, sempre
imaginando que esta limpeza é na verdade uma limpeza no seu interior. Jogue
todas as tristezas no lixo. Este ritual terá muita eficiência se for feito uma
vez por mês na Lua Minguante.
-----
RITUAL DA PROSPERIDADE =
Este é verdadeiramente o grande ritual que pode nos abrir caminho para
uma vida mais próspera e feliz. É mais indicado que seja feito na Lua
Crescente, mas pode ser feito em qualquer outro momento. Escolha um pote de
barro ou uma concha marinha, encha de arroz misturado com canela em pó e
coloque em um local tranquilo de sua casa – que pode ser uma mesinha, uma parte
de sua estante, um aparador. Este “pote da fortuna” será um lembrete de que a
prosperidade habita sua casa. Mas a segunda parte deste rito é mais importante
ainda: escolha as coisas que deseja ganhar – dinheiro, paz, amor, saúde, etc.
Após decidir o que necessita, comece doando o que deseja, ou seja, se deseja
ganhar dinheiro, faça uma doação, mesmo que pequena, a uma igreja, instituição
ou pessoa carente. Se deseja ganhar ´paz, faça uma oração em silêncio e no
anonimato às pessoas de seu ambiente de trabalho, aos seus parentes e amigos e,
principalmente, aos seus inimigos. Se deseja ganhar amor, seja amoroso com
todos os que o cercam, dê de presente uma rosa vermelha a uma pessoa querida.
Se deseja saúde, faça uma visita a um hospital. Enfim, faça doações espontâneas
sem ficar esperando receber algo em troca. Se ficar esperando ou der
simplesmente porque acha que basta dar para receber, nada acontecerá. Você deve
saber que o que mais vale é a sinceridade de sentimentos e a pureza das
intenções. Você deve também sempre doar aquilo que não tem mais utilidade, como
roupas e objetos que percebeu que não foram feitos para você. Isso ativa a
energia da prosperidade.
-----
RITUAL DA TRANSFORMAÇÃO = Cozinhar é um ato mágico e
sagrado. Todas as pessoas deveriam sempre ter em mente que, quando vão para a
cozinha, deixam passar todas as suas energias e estados emocionais para os
alimentos. Sendo assim, sempre antes de cozinhar é bom tomar um banho, fazer
uma meditação ou simplesmente sentar-se por alguns segundos e respirar
profundamente. Enquanto cozinha, é sempre bom também fazer preces. Convide os
anjos, os gnomos e fadas para virem lhe ajudar neste ato mágico que é cozinhar.
Cante enquanto cozinha, dance se tiver vontade. A alegria deve reinar. Prepare
um bolo, escolha uma receita simples. Ou, se preferir, prepare um pão, pois o
pão sempre simbolizou a presença de Deus entre nós. Faça sempre como
recomendado acima, ou seja, com muita alegria e paz interior. Utilize este
ritual na receita que desejar... Este ritual deveria ser feito todos os dias,
mas já é suficiente que seja feito sempre que possível.
-----
RITUAL DA DANÇA = O mundo é uma dança constante... É a
grande dança cósmica ao som da música das esferas. Os astros, em suas
trajetórias pela imensidão cósmica, compõem uma verdadeira dança das qual
participamos e com a qual podemos estar sempre em harmonia. Para este ritual,
escolha uma música que goste bastante. Preferencialmente escolha uma música New
Age. Tome um gostoso banho, coloque um incenso para queimar, vista-se com
roupas leves, de preferência de cor branca. Coloque a música numa altura
agradável e sente-se no chão... Vá ouvindo a música que se propaga por todo o
ambiente e tenha a sensação de que esta música toca em seu interior... fique
relaxado e comece a movimentar as mãos suavemente, em conformidade com o ritmo.
Vá mexendo os ombros, a cabeça e, quando tiver vontade, levante-se lentamente e
comece a dançar, sempre de olhos fechados. Imagine que você está num campo, ou
na imensidão cósmica do espaço sideral... use sua imaginação e dance,
alegremente, simplesmente dance... Este ritual deve ser realizado seguidamente
por cinco dias, mas pode e deve ser feito muitas outras vezes. Uma sugestão é
que use também variações de músicas, como a música árabe, a chinesa, a celta e
outras que lhe agradem. Anote as impressões que cada uma delas lhe causa, pois
podem ser revelações importantes sobre mistérios que dizem respeito somente a
você.
-----
RITUAL DAS FLORES = As flores realizam uma importante missão
na ida do ser humano. Por exemplo, a igreja Messiânica – de origem japonesa -,
diz que uma das colunas da salvação é a beleza, que eles buscam através das
flores, realizando Ikebana, por exemplo. Eles possuem ainda um ato lindo de
distribuir flores às pessoas nos semáforos, lojas e outros lugares, com o
objetivo único de cultivar um mundo melhor. O ritual que segue tem por objetivo
coloca-lo em harmonia com essa grande manifestação de Deus que são as flores. É
bastante simples: Passe numa floricultura e compre flores variadas. Rosas de
várias cores, vasos de crisântemos, azaléias, violetas, margaridas, girassóis e
enfeite sua casa com o máximo de flores que lhe for possível. Isso lhe trará muita
paz de espírito, muita harmonia e um contato com a sarada Coluna da Beleza.
Para completar seu ritual, dê uma florou um vaso para alguém; pode ser seu
vizinho, alguém desconhecido que passe na rua, enfim, escute seu coração. Este
ritual pode ser repetido quantas vezes desejar.
-----
PARA TOMAR DECISÕES : ANTIGO RITUAL DO SOL = Como a história
nos revela, muitos povos viam no Sol uma representação de Deus. Os Incas o
chamavam de Inti e o reverenciavam todos os dias. Assim como os egípcios, que
lhe davam o nome de Rá (ou Aton em um outro caso específico), o respeitavam e
lhe elevavam orações e hinos em gratidão, também os Druídas viam no Sol o
grande símbolo de Deus e lhe reverenciavam como Belenos, doador de vida.
Lembrando ainda dos gregos, com a representação da carruagem de fogo e luz
trazida diariamente por Apolo, o deus sol da beleza. O Sol é a razão, tão útil
nos momentos de decisões, pois a razão nos leva à analise e síntese de tudo que
nos cerca. Este ritual é muito simples e lhe permite comungar cm a memória de
todos os povos do passado que bem souberam ler a Natureza como um verdadeiro
livro no qual estão contidas todas as informações... Levante-se antes do nascer
do Sol, lave-se, beba um copo com água e se vire para o Leste (se você morar em
uma cidade grande, pode fazer o ritual mesmo dentro de um apartamento ou casa,
mas se morar num local que lhe permita, seria mais bem feito ao ar livre, ou no
quintal, mas tenha a liberdade de adaptar-se; para determinar o Leste, basta
observar em que ponto o Sol nasce ou use uma bússola). De pé, virado para o
Leste, erga os braços, respire profundamente e tenha uma atitude mental de
reverência e gratidão... fique nesta posição por alguns segundos. Abaixe os
braços e volte às suas atividades habituais. Realize este ritual sempre que
possível.
-----
EQUILIBRANDO AS EMOÇÕES : ANTIGO RITUAL DA LUA = Assim como o Sol, a Lua sempre teve seu papel importante nos
ritos e cerimônias dos povos do passado. É como se os antigos percebessem (e
percebiam) a dualidade existente no mundo: dia – noite, macho – fêmea, dinheiro
– amor, luz – treva, bem – mal, yin – yang, sol – Lua, como duas faces de uma
mesma moeda. Forças aparentemente contrárias, que no entanto formam um
equilíbrio perfeito como os dois pratos de uma balança. Para manter o
equilíbrio, um não pode ficar mais cheio que o outro, criando assim um terceiro
elemento. Como vimos, o Sol em seu aspecto místico, recebe a simbologia de pai,
enquanto a Lua recebe a característica de Mãe. Talvez por isso as pessoas
sensíveis e emotivas sempre foram mais apegadas à lua, visto que o Sol é a
razão e a Lua é emoção. Mas devemos, na verdade, buscar o equilíbrio entre
esses dois aspectos da Natureza tão pertinentes à condição humana. Lembrando
que nunca devemos nos colocar nos extremos: uma pessoa excessivamente solar,
por exemplo, seria tão racional ao ponto de ser incrédula. Assim como uma
pessoa excessivamente lunar poderia ser tão emotiva que correria o risco de
viver a depressão e o pessimismo. Vamos, portanto, ao ritual lunar, que será o
complemento do ritual solar. Numa noite de Lua Cheia, quando a Grande Mãe está
em seu auge, saia de casa – ou numa sacada, se for o caso -, para um local onde
a Lua esteja à vista (se for um dia nublado, deixe para realizar o ritual em
outro dia). Ao ver a Lua, erga os braços e, num profundo sentimento de alegria,
leveza e respeito, crie espontaneamente uma oração para a Grande Mãe; tenha a
liberdade de chama-la da maneira que mais lhe agradar: Virgem Maria, Ísis,
Kerridwen, Diana, Senhora... seja espontâneo. Após realizar a oração criada por
você mesmo, abaixe os braços e fique olhando a doçura da Lua na imensidão do
céu. Retorne às suas atividades habituais.
-----
O AMOR : RITUAL DA ALMA-GÊMEA = “Ainda que eu falasse a
língua dos homens e até a língua dos Anjos, sem amor eu nada seria.” O amor é a
grande energia mantenedora de tudo, pois é ele que faz com que a mais minúscula
das sementes consiga forças para germinar e Júpiter não saia de seu curso
natural. Realize este ritual no momento em que estiver necessitando comungar
com a divina força do amor, e eu diria que este momento é sempre. Tome um banho
com alecrim, rosas e canela. Arrume uma mesa com uma toalha cor-de-rosa ou
verde, ou ainda verde e rosa. Pode ser também uma toalha florida. Coloque na
mesa duas velas bem juntinhas; coloque também uma maçã. Jogue por toda a mesa
pétalas de rosas vermelhas (muito fáceis de encontrar em qualquer
floricultura). Sente-se à mesa, acenda as duas velas. Feche os olhos e imagine
que seu grande amor chegou à sua porta e está batendo... (se já tiver um
pretendente, pode imaginar que é essa pessoa, mas o melhor é não definir o
rosto, pois assim os Seres do Amor têm mais liberdade para lhe dar aquilo de
que realmente necessita). Então, levante-se e vá atender a porta, abra-a,
convide a pessoa a entrar, como se realmente seu amor estivesse ali. Volte para
a mesa e sente-se “com seu amor”. Feche novamente os olhos e imagine, com
bastante nitidez, que à sua frente, sentada à mesa, está a pessoa da sua vida.
Mentalmente, imagine que vocês comem a maçã juntos, cada um dando uma mordida
de cada lado. Com esta visualização, sinta-se muito feliz. Após este período de
criação mental, abra os olhos e como realmente a maçã. Faça este ritual em três
dias alternados, ou seja, segunda, quarta e sexta. Esteja receptivo à força do
amor, lembrando que estar em harmonia com a força do amor nem sempre é estar
acompanhado de outra pessoa. O amor deve existir tanto num relacionamento a
dois, quanto nos momentos em que estamos sós.
-----
DESENVOLVENDO AMOR À NATUREZA : RITUAL DA OFERENDA = A
Natureza sempre gosta que tenhamos atitudes de gratidão e oferenda para com
ela, afinal de contas, ela nunca deixa de nos ofertar seus preciosos dons da
terra, suas frutas, suas ervas e seus bálsamos. Uma atitude muito bela e importante,
por exemplo, é sempre juntar as cascas de legumes e de frutas, ou restos de
folhas de verduras, e entrega-las a um canteiro ou terreno para que retornem a
Gaea. Outra atitude que a Natureza sempre aprecia é o hábito de pedir licença
quando se for entrar em um de seus santuários, como florestas, rios,
cachoeiras, mares, etc. O ritual que é apresentado agora é para ser realizado
quando se for ao mar. Compre uma rosa branca e entre no mar de modo que a água
lhe molhe os pés. Sinta como a água vem até você como que simplesmente por
curiosidade de lhe tocar. Sinta o amor expressado pelo toque do mar. Compre uma
rosa branca e entre no mar de modo que a água lhe molhe os pés. Sinta como a
água vem até você como que simplesmente por curiosidade de lhe tocar. Sinta o
amor expressado pelo toque do mar. Segurando a rosa, imagine que você está
tocando o mundo inteiro; mentalize saúde, paz e bênçãos a toda humanidade e,
numa atitude de gratidão, jogue a rosa no mar. Encerre este ritual passando um
pouco de água do mar em sua testa.
---------
Os próximos 4 rituais do Outono, Inverno, Primavera e Verão
formam uma pequena série que deve ser feita na sequência, pois constituem uma
espécie de iniciação simbólica e efetiva aos mistérios sagrados da Natureza.
Para realiza-los você precisará de disciplina e atenção para não deixar passar
as estações do ano. Estes rituais proporcionam desenvolvimento interior,
respeito e comunhão com as forças sagradas da Natureza, pois cada uma das
estações do ano são grandes portais em que as bênçãos da Grande Mãe Natureza
são distribuídas abundantemente sobre todos os seres e sobre cada pessoa, em
especial sobre aquelas que estiverem receptivas e em sintonia com estes
momentos sagrados. O primeiro ritual é o do Outono, em sequência o do Inverno,
Primavera e Verão.
RITUAL DO OUTONO = O outono é a doce estação do silêncio, na
qual a vida começa a se recolher. É momento de reflexão, de exercitar o ditado
de que temos duas vezes mais ouvidos do que boca. Este ritual deve ser feito o
mais próximo possível ao dia 21 de março (se no hemisfério Sul). Para este
ritual você precisará de três folhas de árvore, mas não podem ser apanhadas,
devem ser folhas que já tenham caído naturalmente da árvore (isto é fácil de se
encontrar, especialmente na estação do outono). Precisará ainda de uma pedra ou
cristal de tamanho pequeno e de uma vela simples, acompanhada de uma caixa de
fósforo. Sente-se no chão de seu quarto, ou em outro local, logo ao entardecer,
de maneira que o recinto esteja razoavelmente escuro. Coloque as três folhas
espalhadas à sua frente e também a vela, tenha a pedra em uma das mãos. Acenda
a vela e olhe para a chama profundamente. Quando se sentir bastante tranquilo e
sereno, diga (pode ser lido), mentalmente ou em voz baixa: “Quando surge o
Grande Outono, me preparo para a partida... com nosso divino astro no Oeste,,
morro para tudo aquilo que não é justo ou puro e me enterro tal qual semente
que aguarda no útero da Terra-mãe.” Após este momento, apague a vela e fique por
alguns minutos no escuro, sentindo a calma deste instante... As folhas deverão
ser enterradas (pode ser no quintal ou no vaso), e a pedra e a vela deverão ser
guardadas para o próximo ritual. Data para execução: 21 de março no Hemisfério
Sul e 21 de Setembro no Hemisfério Norte, ou o mais próximo dessas datas
possível. Este ritual dará oportunidade de vivenciar uma espécie de Iniciação.
Guarde a vela e a pedra para os próximos rituais das estações do ano.
-----
RITUAL DO INVERNO = Esta é a estação do início do ciclo que
levará ao aumento da luz em nossas terras. Para o ritual, pegue o cristal ou
pedra do ritual anterior e também a vela que foi utilizada. Sente-se
confortavelmente num local tranquilo e coloque a vela e a pedra à sua frente.
Tenha também uma caixa de fósforos próximo ao seu alcance. Pode queimar um
pouco de incenso antes deste exercício. Olhe profundamente para a vela apagada,
respire fundo e diga: “Que se faça a luz!” Neste momento acenda a vela. E diga:
“Eu saúdo o grande arquétipo de Cernunos, filho da Deusa, que nasce agora tal
qual carruagem de Apolo que surge no Leste!” Pegue a pedra na mão e a segure
firmemente, olhando para a chama que agora surge como um farol para lhe guiar
no caminho do conhecimento. Apague a vela (pode usar um abafador para isso).
Fique relaxado por alguns minutos, meditando no ritual que acaba de realizar.
Volta as suas atividades habituais e guarda a vela e a pedra (ou cristal) para
o próximo rito. Este ritual deve ser feito no dia 21 de junho no Hemisfério
Sul, ou o mais próximo dessa data.
-----
RITUAL DA PRIMAVERA =
Colha sete tipos de flores diferentes (podem ser compradas em
floricultura) e coloque-as num vaso ou recipiente com água. Num local
tranquilo, monte uma pequena mesinha com as flores, a vela a pedra e o incenso.
Sente-se confortavelmente diante deste singelo altar e fique admirando as flores
por alguns minutos... Acenda a vela e o incenso e faça uma prece espontânea, do
fundo do seu coração... Fique bem tranquilo, se puder ter uma música tocando no
momento, isso ajudará muito a produzir uma vibração de harmonia. Então diga: “Eis
que eu renasço como toda a Natureza que está em festa. Broto tal qual bolota de
carvalho e busco o nosso grande astro. De hoje em diante serei de alma alegre e
colorida como a multiplicidade das flores; os silfos e fadas brincarão ao meu
redor, e os doces beija-flores terão prazer em vir beber de meu néctar!” Medite
por alguns minutos ao som de uma música suave. Apague a vela e guarde a pedra.
Quanto às flores, distribua-as a sete pessoas diferentes como um gesto de
agradecimento pela vida. Este ritual deve ser feito no dia 21 de setembro no
Hemisfério Sul, ou o mais próximo dessa data.
-----
RITUAL DO VERÃO = Prepare um local seguro para a realização
deste ritual, talvez ao ar livre fosse mais apropriado. Arrume uma mesinha ou
outro local com a vela que foi usada em todos os rituais anteriores, a pedra, o
incenso e, em uma vasilha de ferro ou outro metal, coloque alguns gravetos
secos de árvore, folhas secas, palhas, mas em pequena quantidade. Quando se
sentir pronto, sente-se diante da mesinha e acenda a vela e o incenso. Olhando
atentamente para a vela, pense na importância do fogo em nossas vidas, pense
como a humanidade teve um progresso gigantesco após a descoberta do fogo. Pense
que o fogo espanta as trevas e nos ilumina em nossa caverna interior, nos
livrando dos medos e fantasmas imaginários... Neste momento diga: “Que as
salamandras venham me servir, que a humildade seja meu guia, que o Supremo Deus
único e verdadeiro me conceda sua presença santa e imaculada, neste e em todos
os momentos de minha vida.” Neste momento, pegue a vela na mão e com ela acenda
as folhas e gravetos da vasilha de metal, colocando-a dentro desta vasilha para
ser queimada junto com as folhas e gravetos, formando assim uma só fogueira
simbólica. Imagine que todas as suas preocupações e medos estão sendo queimados
nestas chamas sagradas. Fique olhando para a fogueira no centro da mesa e
visualize, veja, mentalmente, seus medos e situações negativas irem saindo de
você... imagine esses problemas saindo de você como uma pequena névoa e se
desfazendo na fogueira. Agradeça a Deus com uma prece pessoal, e deixa a
fogueira se consumir totalmente. Guarde a pedra como símbolo de sua Iniciação
ao longo das sagradas estações, e tenha a certeza de que você inicia um novo
estágio de sua vida. Lembrando que não existem milagres ou fórmulas prontas no
sentido de que possamos ficar esperando de braços cruzados, ou seja, o que você
recebeu nestas iniciações e em todos os outros rituais foram as bênçãos e
energias positivas-ara que você mesmo faça suas modificações. Este ritual deve
ser executado no dia 21 de dezembro no Hemisfério Sul, ou o mais próximo dessa
data.
---------------
(Continua...)
---------------------------------------------
Do Livro:
BANHOS RITUAIS E DICAS , De: Márcia Fernandes , Editora ALFABETO
Nota da autora: Nunca se deve substituir qualquer ordem
médica ou qualquer outra determinação profissional como orientação jurídica,
psicológica, e etc, por algum banho, ritual ou dica. No caso de ingestão
acidental ou reações alérgicas, procure imediatamente um médico. Quando
manusear algum tipo de planta, use sempre luvas descartáveis e evite o contato
com a boca, olhos e órgãos genitais. Acenda velas sempre em local seguro, longe
de materiais inflamáveis, de preferência sobre um pires ou candelabro. Antes de
realizar os banhos, rituais e dicas deve-se esperar que a água amorne ou esfrie
totalmente. Manter os banhos, rituais e dicas fora do alcance de crianças.
---------------
PROSPERIDADE FINANCEIRA
Banho Energético Para Empregos =
2 litros de água / 4 lírios amarelos / 4 palmas brancas / 1
vela Canela
Como fazer: 1) Coloque as pétalas dos lírios e das palmas na
água previamente aquecida 2) Macere bem 3) Coe 4) Tome banho do pescoço para
baixo 5) Durma com o banho no corpo 6) Acenda a Vela Canela com um copo de água
do lado direito. Troque-o todos os dias, orando um “Pai Nosso”
Quando fazer: Faça todas as quartas feiras
-----
Banho Para Aumentar Seu Salário =
Ingredientes: 1 litro de água / 7 folhas de hortelã / 7
folhas de louro / 7 gotas do Perfume Spiritual
Como fazer: 1) Deixe os ingredientes de molho nos raios
solares das 10 às 15 horas 2) Macere bem 3) Coe 4) Jogue do pescoço para baixo
Quando fazer: Primeiro dia de Lua Cheia
-----
Ritual Da “Cebola” Para Ser Admitido No Trabalho =
Ingredientes: 1 pirex / 1 cebola azul com casca / 1 caneta
azul / 1 folha de sulfite / 1 fita branca / óleo de cozinha
Como fazer: 1) Pegue a cebola e abra-a ao meio 2) Escreva
seu nome completo em um pedaço de papel junto com os seguintes dizeres “Quero
meu emprego urgente no Astral” 3) Coloque esse papel no meio da cebola 4)
Amarre-a com a fita branca (dê três nós) 5) Coloque-a na vasilha de vidro 6)
Cubra-a com óleo de cozinha 7) Deixe a vasilha a mostra e olhe para ela todos
os dias mentalizando seu emprego 8) Assim que conseguir o emprego, jogue tudo
em água corrente
Quando fazer: Faça no primeiro dia de Lua Nova
-----
Ritual Da “Moeda” Para Prosperidade Financeira =
Ingredientes: 5 moedas de 25 centavos / 1 mamão papaia / 9
maçãs vermelhas (com talo) / 9 colheres (sopa) de mel
Como fazer: 1) Coloque as 9 maçãs enfileiradas no chão de um
jardim florido 2) Cubra-as com mel 3) Abra o mamão ao meio e, na parte que fica
à sua esquerda, coloque as 5 moedas 4) Coloque as duas partes do mamão em
frente às maçãs 5) Ore 5 vezes a “Ave Maria” pedindo para que Nossa Senhora
Aparecida abra seu caminho
Quando fazer: Sábado
-----
Ritual Para Acalmar Chefe =
Ingredientes: 3 balinhas de hortelã / 3 colheres (sopa) de
mel / 1 prato branco / 1 papel branco / 1 lápis
Como fazer: 1) Escreva o nome do chefe no papel branco 2)
Coloque o papel no centro do prato 3) Cubra o papel com o mel e com as 3
balinhas de hortelã 4) Deixe no seu quarto por sete dias 5) No oitavo dia deixe
em uma praça
Quando fazer: Domingo
-----
Ritual Para Afastar Negatividade No Trabalho =
Ingredientes: 1 bacia pequena com água / 3 galhos de arruda
/ 1 colher (café) de azeite de oliva
Como fazer: 1) Coloque os galhos de arruda e o azeite de
oliva dentro da bacia com água 2) Deixe a bacia em seu local de trabalho 3)
Peça que a água absorva todos os males da semana 4) Depois de uma semana jogue
a água no vaso sanitário 5) Os galhos de arruda jogue no lixo
Quando fazer: Faça sempre às sextas-feiras
-----
Ritual Para Entrada De Dinheiro Em Sua Residência (simpatia
da vassoura)
Ingredientes: 1 vassoura / 1 planta comigo-ninguém-pode
Como fazer: 1) Todas as sextas-feiras do mês, varra a casa
de dentro para fora 2) Junte a poeira e jogue em uma planta de
comigo-ninguém-pode que deverá estar em sua sala
Quando fazer: Segunda-feira
-----
Ritual Para Entrar Muito Dinheiro =
Ingredientes: 2 litros de água / 7 folhas de trevo de 4
folhas / 7 folhas de dinheiro em penca / 1 colher de arroz cru / 7 moedas de 25
centavos
Como fazer: 1) Ferva tudo por três minutos 2) Coe e deixe os
ingredientes secar no Sol 3) Coloque-os em um saquinho e deixe na bolsa
Quando fazer: Segunda-feira
-----
Ritual Para Ganhar Na Loto =
Ingredientes: 1 prato branco / 2 claras de ovo
Como fazer = 1) Coloque o prato, com as 2 claras de ovo
dentro, aos pés de uma figueira 2) Peça os números para o Universo 3) Às seis
horas da manhã do dia seguinte você terá os números no prato
Quando fazer: Em uma noite de Lua Cheia
-----
Ritual Para Obter Emprego =
Ingredientes: 2 litros de água / 1 Vela de seu Santo de
Devoção / 1 kit Vela Livramento / 1 folha de papel de seda branco / 3 colheres
(sopa) de açúcar mascavo / 3 colheres (sopa) de alpiste
Como fazer: 1) Acenda a Vela de seu Santo de Devoção.
Coloque as sete Velas Livramento ao redor. Acenda-as na sequência, iniciando
pela marrom 2) Coloque um copo de água ao lado direito da Vela do Santo de
Devoção. Troque-o todos os dias, orando um “Pai Nosso” 3) Pegue 2 litros de
água; 1 folha de papel de seda branco; 3 colheres (sopa) de açúcar mascavo e 3
colheres (sopa) de alpiste. Junte tudo e ferva por dois minutos 4) Coe 5) Jogue
o líquido do pescoço para baixo sem enxaguar e sem enxugar 6) Faça uma bolinha
com o que restou e jogue na natureza
Quando fazer: Faça em uma sexta-feira
-----
Ritual Para Pagar Ou Receber Dívidas Antigas =
Ingredientes: 1 Vela de seu Santo de Devoção / ½ melancia /
1 Vela Louro / 1 Vela Canela
Como fazer: 1) Acenda as Velas Louro e Canela com a relação
de todas as suas dívidas (escrita a lápis) embaixo delas 2) Tire as sementes da
melancia 3) Escreva (com caneta vermelha) suas dívidas ou as que quer receber,
uma em cada papel 4) Enrole-os e espete-os na melancia 5) Acenda a Vela do seu
Santo de Devoção ao lado direito da melancia 6) Coloque um copo de água ao lado
direito da vela. Troque-o todos os dias, orando um “Pai Nosso” 7) Deixe a
melancia por um dia ao lado da vela 8) No segundo dia deixe a melancia em uma
praça
Quando fazer: Segunda-feira
-----
Ritual Para Passar Em Concurso (para homens) =
Ingredientes: 1 litro de água / 27 folhas de boldo
Como fazer: 1) Coloque em um recipiente 1 litro de água e 9
folhas de boldo 2) Deixe o recipiente no sereno três dias antes do concurso 3)
De manhã macere bem as folhas na água e lave o rosto. Não enxágue 4) Troque as
folhas e repita o procedimento nos dias seguintes 5) Jogue-as em um jardim
Quando fazer: Faça três dias antes de prestar o concurso
-----
Ritual Para Passar Em Concurso (para mulheres) =
Ingredientes:1 fita de 12 centímetros de comprimento / 1
caneta azul / 1 vela amarela de 7 dias
Como fazer: 1) Pegue uma fita branca de 12 centímetros e
escreva o seu nome com uma caneta azul 2) Coloque uma vela amarela de 7 dias sobre
a fita 3) Ore 12 vezes o “Pai Nosso” diariamente uma semana antes do concurso,
sempre às 21:00 4) Quando a vela terminar, jogue tudo em água corrente
Quando fazer: Quarta-feira
-----
Ritual Para Processos Judiciais E Aposentadoria =
Ingredientes: 1 papel em branco / 1 Vela Triangular Verde /
1 Vela São Pedro
Como fazer: 1) Unte as velas com mel 2) Escreva, à lápis, o
número do processo em um papel e coloque embaixo das Velas Triangular Verde e
da de São Pedro 3) Acenda primeiro a Vela Triangular Verde e em seguida a Vela
São Pedro 4) Coloque um copo de água ao lado direito das velas 5) Ore doze “Pai
Nosso” e o Salmo 05
Quando fazer: Faça às quartas-feiras
-----
Ritual Para Promoção No Trabalho =
Ingredientes: 1 copo de água de mar / 2 copos de água do rio
/ 1 copo de água do poço / 1 copo de água de mirra / 1 copo de água de
cachoeira / 1 copo de água de chuva / 1 copo de água de torneira / 300 gramas
de alpiste / 9 folhas de louro
Como fazer: 1) Misture tudo 2) Coe 3) Jogue da cabeça para
baixo (inclusive na cabeça)
Quando fazer: Segunda-feira
-----
Ritual Para Prosperidade Nos Negócios =
Antes de realizar qualquer negócio que envolva dinheiro faça
o seguinte: 1) Pegue uma nota de 1 dolar e dobre em 4 2) Coloque dentro do
sapato no pé esquerdo 3) Só tire a nota do sapato quando tudo estiver próspero
Quando fazer: Iniciar às segundas-feiras
-----
Ritual Para Que Nunca Falta Dinheiro =
Ingredientes: 1 rosa amarela / 1 nota de qualquer valor
Como fazer: 1) Pegue uma rosa amarela, tire as pétalas,
enrole em uma nota de dinheiro de qualquer valor e guarde no armário da sua
casa 2) Repita esse procedimento durante três Luas Crescentes 3) Na quarta lua,
pegue o dinheiro e compre pão para toda a família 4) Faça chá com as pétalas 5)
Coe 6) Tome um banho do pescoço para baixo
Quando fazer: Inicie em um dia de Lua Crescente
-----
Ritual Para Seu Negócio Prosperar =
Ingredientes: 3 rosas amarelas (só as pétalas) / 21 moedas
de qualquer valor
Como fazer = 1) Deixe três rosas amarelas (só as pétalas) e
21 moedas de qualquer valor em uma gaveta 2) Troque as moedas uma vez por mês 3
Use as moedas para comprar pão 4) Faça chá com as pétalas 5) Jogue do pescoço
para baixo
Quando fazer: Segunda-feira
-----
Ritual Para Ter Estabilidade Profissional =
Ingredientes: 1 agulha / 1 banana da terra
Como fazer: 1) Pegue uma agulha e escreva o nome do seu
chefe fazendo furinhos em uma bananada terra 2) Deixe por três dias na fruteira
3) No quarto dia, descasque-a e coma-a 4) Jogue a casca no lixo
Quando fazer: Segunda-feira
-----
Ritual Para Vender Ou Alugar Imóveis =
Ingredientes: 1 Vela do seu Santo de Devoção / 1 Vela do seu
Arcanjo / 1 prato fundo branco / 1 cebola roxa com casca / 16 colheres (sopa)
de açúcar / 16 colheres (sopa) de pó de café
Como fazer: 1) Em um papel branco, escreva o endereço do imóvel
a lápis 2) Coloque-o no fundo do prato 3) Fatie a cebola e, com ela, divida o
prato em dois 4) Do lado direito, coloque o açúcar e do esquerdo, o pó de café
5) Acenda as Velas ao lado direito do prato 6) Coloque um copo de água ao lado
direito das velas. Troque-o todos os dias, orando um “Pai Nosso” 7) Depois de
queimadas as primeiras velas passe uma fita isolante preta nelas e guarde-as
junto com o prato até vender ou alugar o imóvel 8) Quando o comprador for
visitar o imóvel, você deverá estar fazendo café ou bolo. O aroma o trará de
volta
----------------
AMOR
Banho Para Tolerar As Diferenças No Casal =
Ingredientes: 1 litro de champanhe / 3 colheres (sopa) de açúcar
mascavo / 1 maça com casca cortada em 4 pedaços
Como fazer: 1) Ferva os ingredientes durante três minutos 2)
Bata tudo em um liquidificador 3) Despeje da cintura para baixo 4) Não enxágue
5) Durma com o banho no corpo
Quando fazer: Primeiro dia de Lua Cheia
-----
Banho Para Evitar A Traição De Seu Amor =
Ingredientes: 1 litro de água mineral / 3 ramos de alecrim /
3 ramos de manjericão / sementes de um maracujá / 9 maria-sem-vergonha (rosa)
Como fazer: 1) Macere tudo 2) Coe 3) Jogue do pescoço para
baixo 4) Não exagere 5) Durma com o banho no corpo
Quando fazer: Primeiro dia de Lua Nova
-----
Banho Para Atrair A Alma Idêntica (1) =
Ingredientes: 1 litro de champanhe rose / Pétalas de três
rosas salmão / 21 gotas do Perfume Spiritual / 21 cravos da índia / 21 sementes
de romã
Como fazer: 1) Misture tudo 2) Deixe descansar por 12 horas
3) Tome o banho do pescoço para baixo 4) Durma com o banho no corpo
Quando fazer: Faça no primeiro dia de Lua cheia
-----
Banho Para Atrair A Alma Idêntica (2) =
Ingredientes: 2 litros de água / 9 maria-sem-vergonha (inteiras) / 9 rosas vermelhas (só pétalas) / 9 colheres (sopa) de mel / 9
colheres (sopa) de açúcar mascavo
Como fazer: 1) coloque as plantas na água previamente 2)
Macere bem. Coe 3) Adicione o mel e o açúcar mascavo 4) Tome o banho do pescoço
para baixo
Quando fazer: Faça uma vez por mês, sempre às sextas-feiras
-----
Banho de Esquecimento (Para você esquecer alguém) =
Ingredientes: 2 litros de água / 1 vela do seu Santo de
Devoção / 36 pétalas e espinhos de rosas brancas / 36 pétalas e espinhos de
rosas amarelas / 36 pétalas e espinhos de rosas vermelhas / 36 cravos da índia
Como fazer: 1) Acenda a Vela de seu Santo de Devoção 2)
Coloque um copo de água do lado direito da vela. Troque-o todos os dias, orando
um “Pai Nosso” 3) Misture os ingredientes e ferva-os por três minutos 4) Jogue
tudo da cabeça para baixo (inclusive na cabeça) 5) Não enxague. Apenas enxugue.
6) Durma com um lenço na cabeça 7) Recolha os ingredientes na manhã seguinte e
jogue-os em um jardim
Quando fazer: Faça às sextas-feiras
-----
Banho Atração Fatal =
Ingredientes: 3 colheres (sopa) do Spray Amor / 3 colheres
(sopa) do Óleo Pitanga
Como fazer: 1) Misture tudo 2) Passe ao redor dos mamilos e
do umbigo e na sola dos pés.
Quando fazer: Diariamente
-----
Chá Para Atração Fatal (pessoas com até 30 anos) =
Ingredientes: 1 litro de água / 21 folhas de laranjeira / 1
colher (sopa) de açúcar mascavo
Como fazer: 1) Macere bem as folhas de laranjeira na água 2)
Acrescente o açúcar mascavo 3) Jogue do pescoço para baixo
Quando fazer: Quarta-feira
-----
Chá Para Atração No Amor, Amizade E Bons Fluídos =
Ingredientes: 1 litro de água filtrada (quente) / 3 pedras
de carvão / 13 gotas do perfume Spiritual / pétalas de uma rosa salmão
Como fazer: 1) Deixe todos os ingredientes de molho por três
noites 2) Coe 3) Jogue do pescoço para baixo 4) Deixe as pedras de carvão e as
pétalas em uma praça
Quando fazer: Segunda-feira
-----
Chá Para Te Deixar Irresistível (pessoas acima de 30 anos) =
Ingredientes: 1 litro de champanhe rose / cascas de 2
laranjas lima / pétalas de uma rosa vermelha / 1 maça picadinha com casca / 1
pêra picadinha com casca / 1 galho de manjericão
Como fazer: 1) Deixe os ingredientes por doze horas de molho
2) Coe 3) Jogue do pescoço para baixo
Quando fazer: Sexta-feira
-----
Ritual Buquê De Noiva (para casar) =
Ingredientes: 1 maço de salsinha / 1 rosa branca / 1 rosa
salmão
Como fazer: 1) Monte um buquê com essas flores e coloque-o
no seu quarto 2) Vá tirando a salsinha
seca diariamente e jogue-as na natureza 3) Quando terminar, misture as pétalas
das rosas a um litro de água 4) Macere bem 5) Coe 6) Jogue do pescoço para
baixo
Quando-fazer: Sexta-feira
-----
Ritual Da Bolinha De Gude (para trazer seu amor em 9 dias) =
Ingredientes: 1 vela Cosme e Damião / 9 bolinhas de gude
Como fazer: 1) Acenda uma Vela Cosme e Damião em casa 2)
Coloque um copo de água do lado direito da vela. Troque-o todos os dias, orando
um “Pai Nosso” 3) Jogue a primeira bolinha de gude na porta da sua casa, vá até
o local de seu objetivo e jogue ali a segunda bolinha 4) No retorno para casa,
vá jogando as outras sete bolinhas pelo caminho, sendo a última na porta de sua
casa 5) Você trará seu amor para si em 9 dias
Quando fazer: Domingo
-----
Ritual Para A Pessoa Amada “Grudar” Em Você =
Ingredientes: 3 fitas de 50 cm de comprimento cada (duas
brancas e uma azul clara) / 1 canela preta
Como fazer: 1) Escreva o nome da pessoa amada nas 3 fitas e
faça uma trança com elas 2) Amarre a trança no pé direito de sua cama 3) Antes
de dormir, ore três vezes o “Pai Nosso” pedindo para que Ele traga seu amor 4)
Deixe a trança amarrada por 7 dias consecutivos 5) No oitavo, jogue-a em um rio
Quando fazer: Faça no primeiro dia de Lua Cheia
-----
Ritual Para Adoçar O Relacionamento (a pessoa amada só verá você)
=
Ingredientes: 1 copo de champanhe rose / 3 colheres (sopa)
de açúcar mascavo / 9 maria-sem-vergonha (só as flores) / 21 pétalas de rosa
vermelha / 1 foto da pessoa amada
Como fazer: 1) Misture todos os ingredientes em um
recipiente de vidro bem bonito e coloque a foto dentro 2) Só tire quando a
pessoa amada estiver totalmente doce com você 3) Guarde a foto dentro de um
livro 4) Jogue o restante em água corrente
Quando fazer: Faça no primeiro dia de Lua cheia
-----
Ritual Para Afastar “Amantes” De Seu Companheiro =
Ingredientes: 1 litro de água do mar / 1 caneta azul
Como fazer: 1) Escreva na Terra o nome de seu companheiro 2)
Pegue a água do mar e jogue em cima do nome em cruz, até que acabe a água / 3
Enquanto estiver jogando a água diga: “Que você (nome da pessoa) me ame, me
adore e não tenha olhos pra mais ninguém. Amém.”
Quando fazer: Em uma sexta-feira
-----
Ritual para Afastar Um Rival (no amor) =
Ingredientes: 1 ovo branco cozido / 1 caneta vermelha / 1
caneta preta
Como fazer: 1) Escreva no ovo, na horizontal, com caneta
vermelha o nome do seu amor 2) Na vertical em preto o nome de quem está
atrapalhando vocês 3) Deixe o ovo em um jardim bonito
Quando fazer: Segunda-feira
-----
Ritual Para Atrair A Alma Idêntica (1) =
Ingredientes: 1 prato branco / 1 gravata borboleta / mel
Como fazer: 1) Pegue um prato branco, coloque uma gravata
borboleta nele e cubra-o com mel 2) Quando o mel secar, deixe o prato sob uma
árvore bonita,sem espinhos
Quando fazer: Segunda-feira
-----
Ritual Para Atrair A Alma Idêntica (2) =
Ingredientes: 1 bexiga branca / 1 bexiga vermelha / 1 caneta
azul
Como fazer: 1) Compre uma bexiga branca e uma vermelha 2)
Escreva 9 vezes em papeizinhos: “Lua, quero um amor” e coloque-os na bexiga
branca 3) Escreva 9 vezes em papeizinhos: “Sol, quero um amor” e coloque-os na
bexiga vermelha 4) Encha-as com gás hélio e solte do lugar mais alto que você
conseguir
Quando fazer: Faça no primeiro dia de Lua Cheia
-----
Ritual Para Encontrar Um Amor =
Ingredientes: Flores de laranjeira / 1 rosa salmão / 1 rosa
vermelha
Como fazer: 1) No primeiro dia de lua crescente faça um buquê
de flores com laranjeira, uma rosa salmão e uma rosa vermelha 2) Deixe em seu
quarto até o último dia de lua crescente 3) Faça um chá, coe e jogue do pescoço
para baixo
Quando fazer: Faça no primeiro dia de Lua Crescente
-----
Ritual Para Esquecer Um Amor =
Ingredientes: 1 caneta vermelha / 1 faixa branca
Como fazer: 1) Pegue uma caneta vermelha e escreva no seu
braço esquerdo o nome da pessoa, em cruz, duas vezes 2) Cubra com uma faixa
branca 3) Durma com a faixa no braço 4) Tire a faixa e lave o braço no dia
seguinte pela manhã
Quando fazer: Primeiro dia de Lua Minguante
-----
Ritual Para Reconquistar Um Amor (1) =
Ingredientes: 16 palmas brancas / 1 fita azul / 1 fita
branca
Como fazer: 1) Amarre as 16 palmas brancas com as fitas azul
e branca 2) Leve-a ao mar 3) Coloque seus pés na água 4) Solta para Nossa
Senhora da Conceição (Yemanjá) e peça para que seu amor volte 5) Esfregue as mãos
na areia por 16 vezes e enxugue-as 6) Saia de costas
Quando fazer: Faça em um sábado
-----
Ritual Para Reconquistar Um Amor (2) =
Ingredientes: 2 pedras quartzo rosa / 1 caixinha / 1 papel
prateado / 1 fitinha prata
Como fazer: 1) Coloque 2 pedras de quartzo rosa em uma
caixinha 2) Embrulhe com papel prateado e fitinha prata 3) Deixe ao luar
(quando a Lua for Crescente) por três dias consecutivos 4) No quarto dia, deixe
em uma Igreja de Santo Antônio
Quando fazer: Faça em um dia de Lua Crescente
-----
Ritual Para Seu Amor Voltar (1) =
Ingredientes: 1 maçã vermelha / 1 pêra amarela / açúcar
mascavo / 3 colheres (sopa) de mel
Como fazer: 1) Pegue uma maça vermelha e tire o miolo 2)
Pegue uma pêra amarela e também tire o miolo 3) Coloque um papel com seu nome
dentro da pêra e um papel com o nome do seu amado dentro da maçã 4) Leve-as a
um jardim lindo 5) Encha as frutas com açúcar mascavo e mel
Quando fazer: Segunda-feira
-----
Ritual Para Seu Amor Voltar (2) =
Ingredientes: 1 Vela do seu Arcanjo / 1 Vela do arcanjo
do(a) amado(a) / 1 Cela Coração
Como fazer: 1) Escreva em um papel vermelho, a lápis, seu
nome de batismo junto com o nome do(a) amado(a) 2) Coloque esse papel sob a
Vela do Coração untada com mel 3) Do lado direito da Vela Coração, coloque a
Vela do seu Arcanjo untada com mel. À esquerda, coloque a Vela do Arcanjo da
pessoa amada também untada com mel 4) Acenda-as na ordem colocada. Coração, seu
Arcanjo e Arcanjo do(a) amado(a) 5) Coloque um copo de água do lado direito das
velas. Troque-o todos os dias, orando um “Pai Nosso”
Quando fazer: Sexta-feira
-----
Ritual Para Ter Seu Amor =
Ingredientes : 10 moedas de 10 centavos
Como fazer: 1) Deve ser feito antes de você ir na casa ou
trabalho da pessoa que você ama 2) Ao sair de casa jogue no portão, do lado
direito, 5 moedas de 10 centavos 3) Diga: “Quero todo o ouro, a formosura, o
amor de (nome do amado)” 4) Ao chegar no local onde ele está, antes de entrar,
jogue do lado direito da entrada 5 moedas de 10 centavos 5) diga: “Que este
homem, (nome da pessoa), me dê todo seu ouro, sua formosura e todo seu amor”
Quando fazer: Quarta-feira
-----
Ritual Para Uma Pessoa Mudar De Ideia (aceitar sua ideia) =
Ingredientes: 9 moedas de 25 centavos (douradas) / 3
colheres (sopa) de sal grosso / 9 galhos de alecrim / 9 galhos de arruda / 1
vasilha de vidro / ½ litro de vinho branco / ½ de vinho tinto / 1 papel branco
/ 1 caneta azul
Como fazer: 1) Coloque as moedas, o sal, o alecrim e a
arruda dentro da vasilha com ½ litro de vinho branco e ½ litro e vinho tinto 2)
escreva o nome da pessoa que vocêw deseja convencer no papel e coloque-o na
vasilha 3) Peça que a pessoa aceite sua ideia na paz e no amor orando o Pai
Nosso” 4) Deixe nove dias guardado 5) Reutilize as moedas e jogue o restante em
águya corrente
Quando fazer: Quarta-feira
(Continua...)
---------------------------------------------
Do Livro:
MAGIA INDIANA Atharva-Veda Fórmulas e Práticas , De: Persas e Outros
–Vyasadeva- , Editora MADRAS
ENCANTOS PARA TER HARMONIA, INFLUÊNCIA NA ASSEMBLÉIA E
SIMILARES
III.30. ENCANTO PARA TER HARMONIA = 1. Unidade do coração e
unidade da mente, livre de ódio eu vos procuro. Que peguem a alegria de outro,
como uma vaca com seu recém-nascido bezerro! / 2. O filho deve ser devotado a
seu pai, ter o mesmo pensamento que sua mãe; a esposa deve falar suave, docemente,
ao seu marido! / 3. O irmão não deve odiar o irmão e a irmã não deve odiar a
irmã! Harmoniosamente, devotados ao mesmo propósito, falem palavras com
espírito de bondade! / 4. O encanto que leva os deuses a se desentenderem e não
odiar um ao outro que eu prepare em sua casa, como um meio de acordo entre os
seus. / 5. Seguindo seu líder, do mesmo pensamento, não vos separeis! Vinde,
cooperai indo ao longo do mesmo eixo da carroça, falando agradavelmente um ao
outro! Eu vos coloco no mesmo objetivo, na mesma mente. / 6. Vossa bebida deve
ser idêntica, deveis compartilhar comida em comum! Eu vos uno nos mesmos
traços: cultuai Agni, juntos, como raios ao redor do centro. / 7. Eu vos coloco
no mesmo objetivo, na mesma mente, todos prestando respeito ao outro através de
meu encanto de harmonia. Como os deuses estão guardando a ambrosia, que ele, o
líder, esteja bem disposto para vós, dia e noite!
-----
VI, 73. ENCANTO PARA TRANQÜILIZAR A DISCÓRDIA = 1. Para cá
devem vir Varuna, Soma, Agni; Brihaspati com os Vasus devem vir para cá! Vinde
juntos, oh, todos os parentes com um pensamento, para a glória deste poderoso
guardião! / 2. O fogo está em vossas almas, o esquema que entrou em vossas
mentes eu frustro com minha oblação, com minha manteiga clarificada: alegrai-vos
comigo, oh, parentes! / 3. Permanecei aqui, não fujais de nós; (as estradas)
uma distância de Pûshan devem ser instransponíveis para vós! Vitoshpati deve
chamar-vos urgentemente de volta: alegrai-vos comigo, oh, parentes!
-----
VI, 74. ENCANTO PARA TRANQÜILIZAR A DISCÓRDIA = 1. Que seus
corpos sejam unidos, que seus pensamentos e seus propósitos sejam unidos!
Brahmanaspati trouxe-vos aqui juntos, Bhaga trouxe-vos juntos. / 2. Eu procuro
harmonia nos pensamentos para vós e também harmonia no coração. Além disso, com
a ajuda dos esforços de Bhaga, eu vos levo a entrarem em acordo. / 3. Como os
Âdityas são unidos com os Vasus, como o feroz (Rudras), livre de contratempos,
com os Maruts, assim, oh, vós que tendes três nomes (Agni), sem contratempos,
deixai estas pessoas aqui terem o mesmo pensamento!
-----
VII, 52. ENCANTO CONTRA BRIGA E DERRAMAMENTO DE SANGUE = 1.
Que tenhamos harmonia com nossos familiares, harmonia com estrangeiros; que
vós, oh, Asvins, estabeleçais aqui a concórdia entre nós! / 2. Que estejamos de
acordo com a mente e com os pensamentos, que não lutemos uns contra os outros,
em um espírito que desagrada aos deuses! Não ao barulho da carnificina de
batalha que cegar, que a flecha não voe quando o dia de Indra tiver chegado!
-----
VI, 64. ENCANTO PARA TRANQÜILIZAR A DISCÓRDIA = 1. Que
concordemos, unidos, que nossos pensamentos estejam em harmonia, como os deuses
da antiguidade, em harmonia, sentaram-se para compartilhar! / 2. Que vosso
conselho seja o mesmo, que vossa assembleia seja a mesma, que vosso objetivo
seja o mesmo, em comum vossos pensamentos! A ‘mesma’ oblação que sacrifico para
vós: que entreis no mesmo plano! / 3. Que as vossas intenções sejam as mesmas,
que vossos corações sejam o mesmo. Que vosso pensamento seja o mesmo, de modo
que possam estar perfeitamente em acordo convosco.
-----
VI, 42. ENCANTO PARA APAZIGUAR A RAIVA = 1. Como a corda do
arco, assim eu tiro tua raiva de teu coração, de modo que, tendo nos tornado o
mesmo pensamento, associemos-nos a nossos amigos! / 2. Como amigos devemos nos
associar, eu retiro a tua raiva. Sob uma pedra que é pesada, nós atiramos tua
raiva. / 3. Eu piso em tua raiva com meu calcanhar e com a parte da frente de
meu pé, de modo que, sem desejos, possas falar, devas atender o meu desejo!
-----
VI, 43. ENCANTO PARA APAZIGUAR A RAIVA = 1. Esta grama
darbha remove a raiva de familiares e de estranhos. E este removedor de ira é
chamado de ‘apaziguador de ira’. / 2. Esta grama darbha de muitas raízes, que
embaixo da terra alcança o oceano, cresceu da terra, ‘apaziguador de ira’ é
chamada. / 3. Levamos para longe as ofensas que estão nesta mandíbula, para
longe as ofensas que estão nesta boca, de modo que, sem desejos, tu possas
falar, devas atender o meu desejo!
-----
II, 27. ENCANTO CONTRA OPONENTES EM DEBATE, FEITO COM A
PLANTA PÂTÂ = 1. Que o inimigo não ganhe o debate! És poderoso e dominador.
Vence o debate daqueles que debatem contra nós, deixa-os sem força, oh, planta!
/ 2. Uma águia encontrou a ti, um porco do mato cavou a ti com seu focinho.
Vence o debate daqueles que debatem contra nós, deixa-os sem força, oh, planta!
/ 3. Indra colocou a ti neste braço para derrubar os Asuras. Vence o debate
daqueles que debatem contra nós, deixa-os sem força, oh, planta! / 4. Indra
comeu a planta pâtâ para derrubar os Asuras. Vence o debate daqueles que
debatem contra nós, deixa-os sem força, oh planta! / 5. Por meio de ti eu
conquisto o inimigo, como Indra conquistou os Sâlâvrikas. Vence o debate
daqueles que debatem contra nós, deixa-os sem força, oh, planta! / 6. Oh, Rudra,
cujo remédio é a urina, com a crista negra de cabelos, realizador de atos
fortes, vence o debate daqueles que debatem contra nós, deixa-os sem força, oh,
planta! / 7. Vence o debate daquele que é hostil conosco, oh, Indra.
Encoraja-nos com tua força! Deixa-me superior no debate!
-----
VII, 12. ENCANTO PARA PROCURAR INFLUÊNCIA NA ASSEMBLÉIA = 1.
Que a assembleia e a reunião, as duas filhas de Pragâpati, concorrentemente me
ajudem! Que ele com quem eu devo me encontrar coopere comigo, que eu, oh, Pais,
fale agradavelmente àqueles que estão em assembleia! / 2. Conhecemos teu nome,
oh, assembleia: ‘mirth’, realmente este é teu nome; que todos aqueles sentados
reunidos em ti discursem em harmonia comigo! / 3. Dos que estão sentados
juntos, eu pego para mim o poder e a compreensão: nesta união completa
deixa-me, oh, Indra, ter sucesso! / 4. Se tua mente foi desviada para uma
distância ou levada para aqui ou para lá, então a trazemos para cá: que tua
mente tenha alegrias comigo!
-----
VI, 94. ENCANTO PARA TRAZER SUBMISSÃO PARA O DESEJO DE
ALGUÉM = 1. Tuas mentes, teus propósitos, teus planos, que eu os dobre. Pessoas
além, que são devotadas a outros propósitos, que eu leve a concordar! / 2. Com
minha mente eu pego tua mente: que teus pensamentos sigam os meus pensamentos!
Eu coloco teu coração em meu controle: vem, direcionando teu caminho depois do
meu! / 3. Eu chamei o paraíso e a terra, eu chamei as deusas Sarasvatî, eu
chamei Indra e Agni, que sejamos bem-sucedidos nisto, oh, Sarasvatî.
---------------
ENCANTOS PARA TER PROSPERIDADE EM CASA, NO CAMPO, COM O
GADO, NOS NEGÓCIOS, NOS JOGOS E NOS PROBLEMAS COM PARENTES
III, 12. PRECE PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA CASA = 1. Aqui eu
ergo a minha casa: que ela tenha uma boa fundação, pingando manteiga
clarificada! Que habitemos, oh, casa, com todos os heróis, com heróis fortes,
com heróis ilesos! / 2. Aqui, tu, oh, casa, fiques firmemente, cheia de
cavalos, cheia de gado, cheia de abundância! Cheia de seivas, cheia de manteiga
clarificada, cheia de leite, eleva-te em grande alegria! / 3. Um suporte és,
oh, casa, com teto amplo, contendo grãos purificados! Que o bezerro venha a ti,
a criança, as vacas leiteras, quando voltarem à tarde! / 4. Que Savitar, Vâyu,
Indra, Brihaspati erijam com perspicácia esta casa! Alay, irão borrifar-te com umidade
e com manteiga; que o rei Bhaga deixe nossos arados pegarem as raízes! / 5. Oh,
senhora da habitação, como uma deusa de abrigo e bondade foste erguida pelos
deuses na bealrinina; coberta com grama, sê disposta; dá-nos, também, saúde com
os heróis! / 6. Tu, oh, travessa, de acordo com as regras, ascendes ao posto,
tu, poderosamente governada, segura de inimigos! Que eles que se aproximam de
ti reverentemente, oh, casa, não sofram ferimentos, que com todos os nossos
heróis vivas uma centena de outonos. / 7. Para esta casa veio a terna criança,
o bezerro com os outros animais domésticos; para o vaso cheio de licor, junto
com tigelas de leite talhado! / 8. Carrega, oh, mulher, este jarro cheio, um
rio de manteiga clarificada com ambrosia! Dá ambrosia a esses bebedores, o
sacrifício e os presentes aos Brahmans devem a casa proteger! / 9. Estas águas,
sem doenças, destruidoras de doenças, eu carrego. Que eu entre nos cômodos
junto com o imortal Agni (fogo).
-----
VI, 142. BÊNÇÃO DURANTE A SEMEADURA = 1. Eleva-te, cresce
sozinho, oh, grão! Rompe cada vaso! O relâmpago nos céus não deve te destruir!
/ 2. Quando invocamos a ti, bom grão, e deves ouvir, então eleva-te como o céu,
sê incansável como o mar! / 3. Incansáveis devem ser aqueles que assistem a ti,
incansáveis teus montes! Os que deram a ti como um presente devem ser
incansáveis, os que comem a ti devem ser incansáveis!
-----
VI, 79. ENCANTO PARA PROCURAR UM GRÃO = 1. Que este bondoso
Nabhasaspati (o senhor das nuvens) preserve para nós as posses sem medir nossa
casa! / 2. Que tu, oh, Nabhasaspati, mantenhas alimentos em nossa casa, que a
prosperidade e os alimentos venham! / 3. Oh, deus bondoso, comandaste muita
prosperidade: que ofereças para nós, que dês para nós, que possamos
compartilhar contigo!
-----
VI, 50. EXORCISMO DE VERMES QUE INFESTAM OS GRÃOS DO CAMPO =
1. Mata o tarda (‘furador’), o samanka (‘gancho’) e a verruga, oh, Asvins;
corta suas cabeças e esmaga suas costelas! Fecha suas bocas de modo que eles
não comam cevada; deixemos os grãos fora de perigo! / 2. Oh, tarda (‘furador’),
oh, gafanhoto, oh, gabhya (‘abocanhador’), upakvasa! Como um Brahman não come
em um sacrifício incompleto, que vós não comais esta cevada, sem prejudicá-la, ide
embora! / 3. Oh, marido do tardã, oh, marido do Vaghâ, vós que tendes dentes
afiados, ouvi-me! Os vyadvaras (‘roedores’) da floresta e os outros vyadvaras
que existem, que possamos esmagar todos estes.
-----
VII, 11. ENCANTO PARA PROTEGER OS GRÃOS DE RELÂMPAGOS = 1.
Com este grande trovão, com o farol, elevado por telhas, os deuses que
atravessam tudo, com o relâmpago não possam destruir nossos grãos, oh, deus,
não os destruas com os raios do Sol!
-----
II, 26. ENCANTO PARA A PROSPERIDADE DO GADO = 1. Para cá
deve vir o gado que ficou perdido ao longe, cujo companheiro Vâyu (o vento)
alegra! O gado cuja estrutura de forma Tvashtar conhece, Savitar deve manter no
lugar neste estábulo! / 2. Para este estábulo o gado deve vir junto, Brihaspati
deve conduzi-los para cá! Sînîvâlî deve conduzir para cá sua andorinha, oh, Anumati,
mantém-nos no lugar depois que eles chegarem! / 3. Que o gado, que os cavalos e
que os animais domésticos fiquem juntos, que o aumento da produção de grãos
venha junto! Eu faço um sacrifício com uma oblação que faz com que venham
juntos! / 4. Eu faço ficarem juntos com o leite das vacas, eu faço ficarem
juntas a força e a seiva com a manteiga clarificada. Juntos devem estar nossos
heróis, constantes devem ser as vacas comigo, o proprietário das vacas! / 5. Eu
trago para cá o leite das vacas, eu trouxe para cá a seiva do grão. Aqui são os
nossos heróis, aqui para este cavalo são nossas esposas.
-----
III, 14. ENCANTO PARA A PROSPERIDADE DO GADO = 1. Com um
estábulo firmemente fundado, com saúde, com bem-estar, como o nome do que
nasceu em um dia de sorte que eu os uma, oh, gado! / 2. Que Aryaman vos uma,
que Pûshan, rihaspati e Indra, o conquistador de presas, vos unam! Que
prosperem as minhas posses! / 3. Arrebanha com o medo, produzindo estrume neste
estábulo, mantendo o mel para o soma, livre de doenças, que isso enha para cá!
/ 4. Vinde direto, oh, vacas, e prosperai aqui como o pássaro sakâ! E E
exatamente aqui produzi vossos filhos! Que estejais de acordo comigo! / 5. Que
este estábulo seja auspicioso para vós, próspero como os pássaros sári e como
os papagaios! E exatamente aqui produzi vossos filhos! Ficai unidos a nós! / 6.
Juntai-vos, oh, vacas, para mim como seu dono; que este estábulo vos leve a
prosperar! Em vós, de numeroso crescimento e vida, que nós cresçamos em saúde,
ativos, atentos!
-----
VI, 59. PRECE PARA A PLANTA ARUNDHATÎ PARA PROTEGER O GADO =
1. A maior proteção, oh, Arundhatî, que dês ao guia e à vaca de leite, ao gado
mais velho quando desmamado de sua mãe, em todas as criaturas de quatro pés! /
2. Que Arundhatî, a erva, dê proteção junto com os deuses, encha de seiva o
estábulo, livre de doenças os nossos homens! / 3. A planta variada, bondosa,
que dá vida eu invoco. Que ela leve para longe de nós, para longe do gado, a
flecha lançada por Rudra!
-----
VI, 70. ENCANTO PARA JUNTAR UMA VACA A SEU BEZERRO = 1. Como a refeição, o licor e o dado
(abundam) nos locais de jogos de azar, como o coração dos homens robustos
desejam a mulher, assim deve o teu coração, oh, vaca, desejar o bezerro! / 2.
Como o elefante dá seus passos depois dos passos da fêmea, como o coração dos
homens robustos desejam a mulher, assim deve o teu coração, oh, vaca, desejar o
bezerro! / 3. Como o aro e os raios, e como a nave da roda é unida ao aro, como
o coração dos homens robustos desejam a mulher, assim deve o teu coração, oh,
vaca, desejar o bezerro!
-----
III, 28. FÓRMULA PARA REPARAÇÃO DO NASCIMENTO DE BEZERROS
GÊMEOS = 1. Através de uma criação no tempo, esta vaca nasceu, quando os que
fazem seres criaram as vacas de muitas cores. Portanto, quando uma vaca deve
gerar gêmeos com presságio, rosnando e mal-humorada ela prejudica o gado. / 2.
Esta vaca deve prejudicar nosso gado: uma comedora de carne, devoradora, ela
deve se tornar. Para um Brahman ele deve dá-la, desta maneira ela pode ser
bondosa e auspiciosa! / 3. Auspiciosa para os nossos homens, auspiciosa para os
nossos cavalos e vacas, auspiciosa para todo este campo, auspiciosa deve ser
para nós aqui! / 4. Que aqui esteja aprosperidade, como a seiva! Que tu sejas
aqui uma que dá muitos! Faze o gado prosperar, mãe dos gêmeos! / 5. Onde nossos
piedosos amigos vivem com alegria, tendo deixado para trás as doenças de seus
corpos, para este mundo a mãe dos gêmeos deve ir: que ela não prejudique nossos
homens e nosso gado! / 6. Onde é o mundo de nossos piedosos amigos, onde está o
mundo daqueles que fazem sacrifício com agnihotra, para que este mundo a mãe
dos gêmeos deve ir: que ela não prejudique nossos homens e nosso gado!
-----
VI, 92. ENCANTO PARA DAR RAPIDEZ A UM CAVALO = 1. Que sejas
rápido como o vento, oh, cavalo, quando unido a uma carruagem; vai para Indra,
ligeiro como a mente! Os Maruts, os que têm tudo, devem arrear a ti, que
Tvashtar coloque velocidade em teu pé! / 2. Com a velocidade, oh, corredor, que
foi depositada em ti em um local secreto, com a velocidade que foi feita para a
águia, o vento e que os move, com isso, oh, cavalo, com força que ganhas a
corrida, alcançando o objetivo na competição. / 3. Teu corpo, oh, cavalo,
liderando o nosso corpo, deve correr, um prazer para nós, um deleite para ti!
Um deus, não tropeçando, para o paoio do grande, ele deve, como se fosse do
céu, encontrar sua própria luz!
-----
III, 13. ENCANTO PARA CONDUZIR UM RIO PARA UM NOVO CANAL
= 1. Por causa de antigamente, quando a
serpente (nuvem) foi morta por Indra, vós correis e chorais (anadatâ), portanto
vosso nome é ‘gritador’ (rios nadyah): que é vossa designação, rios! / 2. Por
isso, quando enviado por Varuna, vós, então, rapidamente borbulhastes, então
Indra encontrou (âpnot) a vós, como vós fostes antes; portanto, agora sois vós
os ‘encontradores’ (águas âpah)! / 3. Quando relutantemente vós fluís, Indra,
certamente, pode vos escolher (avîvarata) como suas, oh, deusas! Portanto, ‘escolha’
(água vâr) foi dada a vós como vosso nome! / 4. Um deus vos levantou, como vos
fluiu de acordo com o desejo. Respiraram (ud ânishuh) os que são conhecidos
como ‘os grandes’ (mahîh). Portanto, ‘respiradores’ (‘águas udakam) eles são
chamados! / 5. As águas sçao bondosas, as águas em verdade foram manteiga
clarificada. Estas águas, realmente, suportam Agni e Soma. Que o fluxo pronto,
a seiva forte das águas de gotas de mel venham a mim, junto com a respiração e
o brilho da vida! / 6. Então, que eu os veja e também que eu os escute; seu
som, sua voz devem vir a mim. Quando eu tiver refrescado a mim convosco que
tendes cor de ouro, que eu imagine que estou comendo ambrosia (amrita)! / 7.
Aqui, águas, é o vosso coração, aqui está o vosso bezerro, vós que sois
corretas! Vinde, poderosas, por este caminho aqui, pelo qual eu estou
conduzindo a vós!
-----
VI, 106. ENCANTO PARA DESVIAR O PERIGO DO FOGO = 1. De onde
vens, oh, fogo, e para onde vais, a planta florescente dûrvâ deve crescer: uma
nascente ali deve surgir ou um lago carregado de lótus! / 2. Aqui deve estar o
local de reunião das águas, aqui o local de habitação do oceano! No meio de um
pequeno lago, nossa casa deve estar: vira, oh, fogo, tuas garras para longe! /
3. Com uma cobertura de frescor que nós envolvamos a ti, oh, casa; fresca como
o pequeno lago sejas para nós! Agni deve fornecer o remédio!
-----
IV, 3. ENCANTO DO PASTOR CONTRA ANIMAIS SELVAGENS = 1. Três
devem ser afastados daqui: o tigre, o homem e o lobo. Sem visão, certamente,
como os rios, sem visão cresce a árvore divina (a árvore banyan): sem visão os
inimigos devem retroceder! / 2. O lobo deve pisar um caminho distante e o
ladrão um mais distante ainda! Em um caminho distante deve se mover a corda que
morde (a serpente), em um caminho distante o conspirador do mal! / 3. Teus
olhos e tuas garras esmagamos, oh, tigre, e também as tuas vinte garras. / 4.
Esmagamos o tigre, o principal animal, armado com dentes. Depois, também, o
ladrão; e, então, a serpente, o feiticeiro e, também, o lobo. / 5. O ladrão que
se aproximou hoje, esmagado em pedaços se foi. Onde os caminhos são
precipitados ele deve ir, Indra deve mata-lo com seu raio! / 6. Os dentes do
animal selvagem estão entorpecidos e suas costelas estão quebradas. Sem sua
visão o dragão deve ir, deve cair o animal caçador de lebres! / 7. A garra, oh,
animal, que fechaste, não deves abrir; a que abriste, não deves fechar! –
Nascido em Indra, nascido de Soma, és, em encanto, o esmagador de tigres de
Atharva.
-----
III, 15. PRECE DE UM COMERCIANTE = 1. Indra, o comerciante,
eu chamo: que ele venha até nós, que ele seja nossa andorinha; levando para
longe o demônio do contratempo, o armador de ciladas e os animais selvagens,
que ele, o dono, dê riquezas a mim! / 2. Que os muitos caminhos, as estradas
dos deuses, que venham juntos entre o céu e a terra, carreguem-me com leite e
manteiga clarificada, de modo que eu tenha riqueza em minhas compras! / 3.
Desejoso estou, oh, Agni, de oferecer minhas oblações a ti com lenha e manteiga
clarificada, para obter sucesso e força; de acordo com a habilidade de louvar a
ti com minha oração, que eu cante esta canção divina, que eu ganhe centenas! /
4. Perdão, oh, Agni, dos pecados dos nossos (incorridos) da estrada que
atravessamos! Que nossas compras e nossas vendas sejam bem-sucedidas para nós,
que o que eu obtiver com a troca me torne um vencedor! Que os dois (Indra e
Agni), em acordo, tenham prazer nesta oblação! Que nossas transações e o ganho
que obtiver sejam auspiciosos a mim! / 5. A riqueza que eu vou comprar,
desejando, deuses, ganhar riquezas através de riquezas, que cresça mais, não
menos! Leva para longe, oh, Agni, em retorno à oblação, os deuses que
interrompem os ganhos! / 6. A riqueza que eu vou comprar, desejando, deuses,
ganhar riquezas através de riquezas, que Indra, Pragâpati, Svitar, Soma, Agni
coloquem brilho nela para mim! / 7. Louvamos com reverência a ti, oh, sacerdote
(Agni) Vaisdnara. Que cuides de suas crianças, neles mesmos, no gado e na
respiração de vida! / 8. Diariamente, sem nunca falhar, devemos trazer oblações
a ti, oh, Gâtavedas, como se fosse ração para um cavalo no estábulo. No aumento
da riqueza e dos nutrientes regozijando, que nós, oh, Agni, seus vizinhos, não
sejamos prejudicados!
-----
IV, 38. PRECE PARA TER SUCESSO EM JOGOS = 1. A bem-sucedida,
vitoriosa, que tem muita habilidade para jogos, Apsarâ, que faz os jogadores no
jogo de dados, que eu chame para cá. / 2. A habilidosa jogadora Apsarâ, que
varre e amontoa as apostas; que Apsarâ que toma os vencedores nos jogos de
dado, que eu chame para cá. / 3. Que, ela, que dança com o dado, quando toma as
apostas do jogo de dados, quando ela deseja vencer por nós, obtenha a vantagem
por sua mágica! Que ela venha para nós cheia de abundância! Não os deixe nos
vencer nesta partida! / 4. Que (Apsarâs) regozije nossos dados, que carregue
tristeza e a ira que alegra e exulte Apsarâ, que eu chame para cá.
-----
B. PRECE PARA GARANTIR O RETORNO DE BEZERROS QUE SE PERDERAM
= 1. Eles, o gado, que vagam com os raios de Sol ou os que vagam com a torrente
de luz, eles cujo touro (o Sol), cheio de força, de proteção, com o dia, vaga
sobre todos os mundos – que ele (o touro), cheio de força, e deleite-se com
esta oferenda, venha para nós junto com a atmosfera! / 2. Junto com a
atmosfera, oh, tu, que és cheio de força, protege o bezerro branco (karkî), oh,
tu, cavalo rápido (o Sol)! Aqui estão muitas gotas de manteiga clarificada para
ti; vem para cá! Que este teu bezerro branco (karkî) possa estar aqui! / 3.
Junto com a atmosfera, oh, tu, que és cheio de força, protege o bezerro branco
(karkî), oh, cavalo rápido (o Sol)! Aqui está a ração e a baia, aqui nós
amarramos o bezerro. Quaisquer que sejam os nomes, nós o temos. Saudação!
-----
VII, 50. PRECE PARA O SUCESSO NOS DADOS = 1. Como o
relâmpago que em todas as vezes bate irresistivelmente na árvore, assim eu
possa, hoje, bater irresistivelmente com meu dado! / 2. Se eles estão em alerta
ou não, a sorte destas pessoas, não resistindo, devem ir para todos os lados, a
vitória colhida com minhas mãos! / 3. Eu invoco com reverência a Agni, que tem
suas próprias riquezas; aqui atacados eles devem trazer a vitória para nós! Eu
procuro (riqueza) para mim, como se fosse com carruagens que vencem a corrida.
Que eu cante auspiciosamente a canção de louvor para os Maruts! / 4. Que nós,
com tua ajuda, conquistemos a tropa de adversários; ajuda-nos a obter nossa
parte nesta competição! Faze de nós, oh, Indra, uma boa boa e ampla estrada;
esmaga, oh, Maghavan, o poder forte de nossos inimigos! / 5. Eu conquistei e os
levei para fora (?); eu também ganhei com minha reserva. Como o lobo transforma
a ovelha em pedaços, que assim eu faça com teus vencedores! / 6. Mesmo a mão
forte o jogador conquista, como o jogador habilidoso empilha suas vitórias no
tempo adequado. Nele, que ama o jogo (o deus), e não desperdiça seu dinheiro (o
jogo, o deus), realmente dá os prazeres da riqueza. / 7. Através da posse de
gado nós suprimimos nossa pobreza desventurada ou com grãos nossa fome, oh,
deus suplicado! Que nós, principalmente entre governantes, sem danos, ganhemos
riqueza através de nossos meios perspicazes! / 8. O ganho é depositado em minha
mão direita; a vitória, em minha mão esquerda. Deixa-me tornar-me um
conquistador de gado, cavalos, riqueza e ouro! / 9. Oh, dado, deixa o jogo ser
rentável como uma vaca que é rica em leite! Cola-me em um sinal de ganho, como
o arco é colado com a corda!
-----
VI, 56. EXORCISMO DE SERPENTES DAS CASAS = 1. Que as
serpentes, vós deuses, não nos matêm e a nossas crianças e a nossos homens! A
garra fechada não deve ser aberta; a aberta não deve fechar! Reverência seja
feita à pessoa divina! / 2. Reverência seja feita à serpente negra, reverência
que tem listas! À svaga marrom reverência; reverência à pessoa divina! / 3. Eu
bato teus dentes em teus dentes e também tuas garras em tuas garras; eu
pressiono tua língua contra tua língua e fecho, oh, serpente, tua boca.
-----
X, 4. ENCANTO CONTRA SERPENTES, INVOCANDO O CAVALO DE PEDU
QUE MATA SERPENTES = 1. A Indra pertence à primeira carruagem; aos deuses, a
segunda carruagem; a Varuna, a terceira. A carruagem das serpentes é a última:
ela deve bater e tornar-se triste! / 2. A grama darbha jovem queima (as
serpentes?), a cauda do cavalo e a cauda do bode, o assento da carroça queima
(as serpentes?) / 3. Bate, oh, cavalo branco, com a parte da frente de teu pé e
com a parte de trás de teu pé! Como a madeira flutuando na água, o veneno das
serpentes, o fluido feroz está destituído de força. / 4. Relinchando alto, ele
saltou para baixo e para cima outra vez, disse: “Como a madeira flutuando na
água, o veneno das serpentes, o fluido feroz está destituído de força”. / 5. O
cavalo de Pedu mata o kasarnîla, o cavalo de Pedu mata a serpente branca e a
preta também. O cavalo de Pedu parte a cabeça de ratharvî, a víbora. / 6. O
cavalo de Pedu vai primeiro: nós vamos depois de ti! Deves tirar as serpentes
da estrada em que nós vamos! / 7. Aqui o cavalo de Pedu nasceu; daqui ele
partiu. Aqui estão as trilhas das serpentes assassinas, cavalo poderoso! / 8.
Que a garra da serpente fechada não se abra e que a aberta não se feche! As
duas serpentes neste campo, marido e mulher, devem ser destituídas de força. /
9. Sem força estão as serpentes, aquelas que estão perto e aquelas que estão
longe. Com um cajado eu mato o vriskika (escorpião), com um bastão eu mato a
serpente que se aproximou. / 10. Aqui está o remédio para a aghâsva e para a
svaga! Indra e o cavalo de Pedu destruíram completamente o plano malévolo da
serpente (aghâyantam). / 11. O cavalo de Pedu nós lembramos, o forte, com
patada forte: atrás dele, olhando fixamente para a frente, estas víboras. / 12.
Sem o seu espírito de vida, sem veneno, morta por Indra com seu raio. Indra as
matou: nós as matamos. / 13. Estão mortas as que têm listas, estão esmagadas as
víboras! Mata a que produz uma capa, mata a branca e a negra na grama darbha! /
14. A donzela da tribo Kirâta, a pequena cultiva o remédio, com pás douradas,
na parte de trás da montanha. / 15. Para cá veio um jovem médico: ele matou a
serpente manchada, é irresistível. Ele, certamente, esmaga a svaga e a
vriskika. / 16. Indra destruiu completamente a serpente para mim, e também
Mitra e Varuna, Vâta e Parganya. / 17. Indra destruiu completamente a serpente
para mim, a víbora, o macho, a fêmea, a svaga, a serpente que tem listas, a
kasanîla e a dasonasi. / 18. Indra matou seu primeiro antepassado, oh,
serpente, e como eles estão mortos, que força pode ser tua? / 19. Eu reuni suas
cabeças, como o pescador faz com o peixe karvara. Eu entrei no rio e lavei o
veneno da serpente. / 20. O veneno de todas as serpentes, o rio deve levar
embora! Estão mortas todas as que têm listas, as víboras estão esmagadas! / 21.
Como eu colho habilidosamente a fibra das plantas, como eu guio as éguas,
assim, oh, serpente, teu veneno deve ir embora! / 22. O veneno que está no
fogo, no Sol, na terra e nas plantas, o veneno de kândâ, o kanaknaka, teu
veneno foi embora e voltou! / 23. As serpentes que nasceram do fogo, as que
nasceram das plantas, as que nasceram das águas e as que se originaram do
relâmpago; elas, de quem uma grande descendência nasceu de muitas maneiras, as serpentes
que nós reverenciamos com obediência. / 24. Tu (oh, planta) tens uma donzela de
nome Taudî; Ghritâkî é teu nome. Sob os pés é o teu lugar: eu peguei na mão o
que destrói o veneno. / 25. De cada membro faço o veneno brotar; fecha-o fora
de teu coração! Agora a força que está em teu veneno deve ir para baixo! / 26.
O veneno foi embora: ele se fechou; ele fundiu veneno com veneno. Agni tirou o
veneno da serpente; Soma retirou-o. O veneno foi para o mordedor. A serpente
está morta!
-----
XI, 2. PRECE PARA BHAVA E SARVA PARA PROTEÇÃO DE PERIGOS = Oh,
Bhava e Sarva, sede bondosos, não (nos) ataqueis; senhores dos seres, senhores
do gado, reverência a vós! Não descarregueis vossa seta mesmo depois que ela
tiver sido armada no arco e tiver sido puxada! Não destruais nossos bípedes e
nossos quadrúpedes! / 2. Não prepareis nossos corpos para o cachorro ou para o
chacal; para osaliklavas, os abutres e outros pássaros negros! Os insetos
ávidos, oh, senhor do gado (pasupate), e seus pássaros não devem nos devorar! /
3. Oferecemos reverência, oh, Bhava, a teus rugidos, a tua respiração e a tuas
qualidades prejudiciais; reverência a ti, oh, Rudra, que tens milhares de olhos,
imortal! / 4. Oferecemos reverência ao Leste, ao do Norte, ao do Sul; de cada
domínio e do céu. Reverência à tua atmosfera! / 5. Para tua face, oh, senhor do
castelo, teus olhos, oh, Bhava, tua pele, tua forma, tua aparência e teu
aspecto atrás, reverência! / 6. Para teus membros, teu ventre, tua boca, teus
dentes, teu cheiro (nariz), reverência! / 7. Que não entremos em conflito com
Indra, o arqueiro com o emblema negro, o que tem milhares de olhos, poderoso, o
matador de Ardhaka! / 8. Bhava deve guiar nossa limpeza por todos os lados,
Bhava deve guiar nossa limpeza, como o fogo da água! Que ele não tenha malícia:
reverência a ele! / 9. Quatro vezes, oito vezes, reverência a Bhava; dez vezes
reverência a ti, oh, senhor do castelo! A ti foram designados estes cinco tipos
de gado: vacas, cavalos, homens, cabras e ovelhas. / 10. Tuas, oh, deus forte
(ugra), são as quatro regiões; teu o céu, tua a terra e tua é a ampla
atmosfera; teus são todos os que têm espírito e os que respiram sobre a terra.
/ 11. Teu ´[e o grande receptáculo de tesouros em que todos os mundos estão.
Perdoa-nos, oh, senhor do castelo: reverência a ti! Que os chacais vão para
longe de nós, os presságios maus, os cachorros; deve ir para longe o choro das
mulheres que lamentam a desventura com os cabelos desgrenhados! / 12. Tu, oh,
elevado deus, leva em tua mão, que atinge milhares, um arco amarelo, dourado,
que mata centenas de pessoas; a flecha de Rudra, as flechas dos deuses voam:
reverência seja-lhe feita na direção em que daqui ele voar! / 13. O adversário
que se esconde e procura vencer a ti, oh, Rudra, dele deves afastar-te, como o
caçador que segue o rastro de um animal ferido. / 14. Bhava e Rudra, unidos e
de acordo, fortes (ugrau), vós avançais para atos de heroísmo: reverência a
vós, na direção em que vós fordes daqui! / 15. Reverência a quem vem,
reverência a quem vai; reverência, oh, Rudra, seja feita ao que está em pé e
reverência, também, ao que está sentado! / 16. Reverência à tarde, reverência à
manhã, reverência à noite, reverência todo o dia! Eu ofereci reverência a Bhava
e a Sarva. / 17. Não nos deixes, com nossa língua, ofender Rudra, que investe,
o que tem milhares de olhos, o que vê tudo, o que lança suas hastes para a
frente, que é muito sábio! / 18. Aproximamos primeiro o deus que tem cavalos
escuros, é negro, preto, destrutivo, terrível, que derruba o carro de Kesin:
reverência seja feita a ele! / 19. Não lances em nós o seu bastão, seu raio
divino não seja abatido sobre nós, oh, senhor do gado! Perturba os outros e não
a nós, a parte celestial! / 20. Não nos prejudiques, vem por nós, perdoa-nos,
não tenhas ira contra nós! Não nos deixes lutar contigo! / 21. Não cobices
nosso gado, nossos homens, nossas cabras e nossas ovelhas! Dobra seu caminho,
oh deus forte (ugra), mata a descendência dos blasfemadores! / 22. Ele, cuja flecha,
febre e tosse atacam a única vítima, como o urro de um garanhão, que arrebata
suas vítimas uma a uma, para ele reverência! / 23. Ele, que mora fixamente na
atmosfera, atingindo os blasfemadores do deus que não sacrifica, a ele
reverência com dez estrofes de sakvarî! / 24. Para os animais selvagens da
floresta que foram colocados na floresta: flamingos, águias, pássaros
predadores e aves domésticas. Teu espírito, oh, senhor do gado, está dentro das
águas, para fortalecer o fluxo de águas celestialmente. / 25. Os golfinhos, as
grandes serpentes boas, purîkayas (animais aquáticos), monstros do mar, peixes,
ragasas que criaste – existem para ti, oh, Bhava, sem distância e sem
barreiras. Em um piscar de olhos vês ao redor de toda a terra; do Leste matas
no oceano do Norte. / 26. Não nos contamines, oh, Rudra, com febre ou com
veneno ou com o fogo celestial: faze este relâmpago descer em outro lugar! /
27. Bhava governa o céu, Bhava governa a terra; Bhava preencheu a ampla
atmosfera. Reverência seja-lhe feita em qualquer que seja a direção que ele
permanecer! / 28. Oh, rei Bhava, sê misericordioso com teus adoradores, para
ti, és o senhor dos animais que vivem! Ele que acredita que os deuses existem,
com teu quadrúpede e teu bípede sê misericordioso! / 29. Não mates nossos
grandes nem nossos pequenos; nem aqueles nossos que são montados, nem os que
devem montar; nem nosso pai nem nossa mãe. Não prejudiques, oh, Rudra, nossas
pessoas! / 30. A Rudra, os cachorros uivantes, que engolem sua comida sem
bênçãos, que têm garras grandes, eu obedeço. / 31. Reverência, oh, deus, seja
feita a teus anfitriões gritando, reverência ao teu que tem longos cabelos,
reverência a ti devorando anfitriões. Que o bem-estar e a segurança estejam
conosco!
-----
IV, 28. PRECE A BHAVA E SARVA PARA PROTEÇÃO DE CALAMIDADES =
1. Oh, Bhava e Sarva, sou devotado a vós. Notai que, sob vosso controle está
tudo o que brilha (o universo visível!) Vós que governais todas estas criaturas
de dois pés e de quatro pés, livrai-nos da calamidade! / 2. Vós a quem pertence
tudo o que está perto, tudo o que está longe; vós que sois conhecidos como os
arqueiros mais habilidosos entre os arqueiros, vós que governais todas estas
criaturas de dois pés e de quatro pés, livrai-nos da calamidade! / 3. Os
matadores de Vritra que têm milhares de olhos eu também invoco. Eu sigo
louvando os dois deuses fortes (ugrau) cujo pasto se estende ao longe. Vós que
governais todas estas criaturas de dois pés e de quatro pés, livrai-nos da
calamidade! / 4. Vós que, unidos, realizais muitos atos de antigos e, além
disso, visitais os presságios das pessoas, vós que governais todas estas
criaturas de dois pés e de quatro pés, livrai-nos da calamidade! / 5. Vós de
cujo golpe ninguém entre deuses e homens escapa; vós que governais todas estas
criaturas de dois pés e de quatro pés, livrai-nos da calamidade! / 6. O
feiticeiro que prepara um feitiço ou manipula raízes das plantas contra nós,
contra ele, vós, deuses fortes, lançai vossos raios! Vós que governais todas
estas criaturas de dois pés e de quatro pés, livrai-nos da calamidade! / 7.
Vós, deuses fortes, favorecei-nos em batalhas, entrai em contato com o raio de
Kimîdin! Eu louvo a vós, oh, Bhava e Sarva, chamo fervorosamente a vós em
perigo: livrai-nos da calamidade!
-----
VII, 9. ENCANTO PARA ENCONTRAR A PROSPERIDADE PERDIDA = No
distante caminho dos caminhos, Pûshan nasceu, no distante caminho do céu, no
distante caminho da terra. / 2. Pûshan conhece todas essas regiões; ele deve
nos guiar pelo caminho menos perigoso. Dando bem-estar, de brilho radiante,
mantendo nossos heróis grandiosos, ele deve, alerta e habilidosamente, ir
adiante de nós! / 3. Oh, Pûshan, sob tua lei nós não devemos nunca sofrer: como
quem louva a ti estamos aqui! / 4. Pûshan deve, a partir do leite, colocar sua
mão direita sobre nós, deve trazer novamente para nós o que foi perdido: nós
que viemos pelo que foi perdido!
-----
VI, 128. PERDÃO DOS QUE PREDIZEM O TEMPO = 1. Quando as
estrelas fizeram de Sakadhûma seu rei, elas deram bom tempo a ele: “Este deve
ser teu domínio”, elas disseram. / 2. Dá-nos bom tempo ao meio-dia, bom tempo à
tarde, bom tempo no comecinho da manhã, bom tempo à noite. / 3. Para o dia e a
noite, para as estrelas, para o Sol e para a Lua e para nós, prepara bom tempo,
oh, rei, Sakadhûma! / 4. A ti, oh, Sakadhûma, que governa as estrelas, que nos
deste bom tempo à tarde e à noite e, durante o dia, aqui está nossa obediência!
-----
XI, 6. PRECE PARA A LIBERTAÇÃO DE CALAMIDADE DIRIGIDA A TODO
O PANTEÃO = 1. Falamos para Agni e para
as árvores, para as plantas e para as ervas; para Indra, Brihaspati e Sûya:
eles devem nos libertar da calamidade! / 2. Falamos ao rei Varuna, a Mitra,
Vishnu e a Bhaga. Falamos a Amsa e a Vivasvant: eles devem nos libertar da
calamidade! / 3. Falamos a Savitar, o deus, a Dhâtar e a Pûshan; falamos a
Tvashtar, que nasceu primeiro: eles devem nos libertar da calamidade! / 4.
Falamos a Gandharvas e a Apsaras, aos Asvins e a Brahmanaspati, ao deus cujo
nome é Aryaman: eles devem nos libertar da calamidade! / 5. Agora falamos ao
dia e à noite, a Sûrya (Sol) e a Kandramas (Lua), aos dois; falamos a todos os
Âdityas: eles devem nos libertar da calamidade! / 6. Falamos a Vâta (vento) e a
Parganya, a atmosfera e às direções do espaço. E falamos a todas as regiões:
eles devem nos libertar da calamidade! / 7. Dia e noite, e Ushas (pôr-do-Sol),
também, devem livrar a ti de maldições! Soma, o deus, a quem eles chamam
Kandramas (Lua), deve me livrar! / 8.Aos animais da terra e aos do céu, aos
animais selvagens da floresta, aos pássaros que têm asas, falamos: eles devem
nos libertar da calamidade! / 9. Agora falamos a Bhava e a Sarva, a Rudra e a
Pasupati; suas flechas devem nos conhecer bem: estas (flechas) devem ser
propícias a nós! / 10. Falamos aos céus, às estrelas, à terra, aos Yakshas e às
montanhas; aos oceanos, aos rios e aos lagos: eles devem nos libertar da
calamidade! / 11. Falamos agora aos sete Rishis, às águas divinas e a Pragâpati.
Aos Pais com Yama e à sua cabeça; eles devem nos libertar da calamidade! 12. Os
deuses que habitam no céu e os que habitam na atmosfera; os deuses poderosos
que estão na terra: eles devem nos libertar da calamidade! / 13.Âdityas,
Rudras, Vasus, os divinos Atharvans no céu e o sábio Angiras: eles devem nos
libertar da calamidade! / 14. Falamos ao sacrifício e ao sacrificador, aos
riks, aos sâmans e aos curadores (Atharva) de encantos; falamos às fórmulas
yagus e às invocações aos deuses: eles devem nos libertar da calamidade! / 15.
Falamos aos cinco reinados das plantas com soma, à de maior excelência entre
elas. A grama darbha, ao cânhamo e à poderosa cevada: eles devem nos libertar
da calamidade! / 16. Falamos aos Arâyas (demônios do contratempo), aos Rakshas,
às serpentes, aos homens piedosos e aos Pais; a um e a centenas de mortos: eles
devem nos libertar da calamidade! / 17. Falamos às estações, aos senhores das
estações e às seções das estações; aos semestres e aos anos e aos meses: eles
devem nos libertar da calamidade! / 18. Vinde, deuses, do Sul e do Oeste,
deuses que estão no Leste, vinde! Do Leste, do Norte os poderosos deuses, todos
os deuses juntos: eles devem nos libertar da calamidade! / 19, 20. Falamos aqui
aos deuses que mantêm seus acordos, promovem a ordem do universo, junto com
todas as suas esposas: eles devem nos libertar da calamidade! / 21. Falamos aos
seres, ao senhor dos seres e também ao que controla os seres; a todos os seres
juntos: eles devem nos libertar da calamidade! / 22.Às cinco regiões divinas,
às doze estações divinas, aos dentes do ano: eles devem ser sempre propícios a
nós! / 23. A amrita (ambrosia) trazida pelo preço de uma carruagem, que Mâtalî
conhece como um remédio, que Indra armazenou nas águas: que, vós, oh, águas,
deis-vos a nós como remédio!
(continua...)
---------------------------------------------
DO LIVRO:
RECEITAS PRÁTICAS DE MAGIA , DE: REGINA DRUMMOND , EDITORA: GIZ EDITORIAL
PARA VIVER MELHOR =
RITUAL DAS FOLHAS QUE CAEM = A tradição mágica sabe que as
folhas concentram em si grande sabedoria. Dizem que quando elas caem é porque
já aprenderam com suas “mães-árvores” todos os segredos da sua espécie. Os
antigos acreditavam que as folhas caídas traziam as mensagens dos deuses da
natureza e, por isso, faziam este ritual: Procure no chão (em praças, parques,
jardins) sete espécies de folhas caídas de diferentes árvores. Coloque todas
juntas numa “pilha” e costure o lado esquerdo, de modo que fiquem parecendo um
livro. Este é o seu “Livro da Natureza”. Coloque-o dentro de outro livro, de
preferência que também seja muito especial para você, para que fique bem
“assentado”. Sempre que precisar de um conselho do mundo mágico, abra-o,
concentre-se e todo o conhecimento lje será transmitido.
-----
FEITIÇO ENERGIZANTE = Se seu trabalho ou seus estudos
anda(m) sem graça, você está precisando da energia deste feitiço.
Você vai precisar: 1 prato branco / 11 folhas de louro / 7
moedas de pequeno valor / 2 colheres de sopa de açúcar cristal / algumas gotas
de lavanda / 1 punhado de alfazema em grãos
Como fazer: 1. Lave as moedas em água corrente e perfume-as
com a lavanda / 2. Coloque-as na volta do prato, com os valores virados para
cima / 3. Cubra-as com o açúcar cristal / 4. Arrume as folhas de louro como se
fossem raios de Sol / 5. Coloque a alfazema sobre o açúcar / 6. Quando estiver
tudo pronto, levante o prato acima da sua cabeça, de frente para a janela e
diga ao Sol o seguinte encantamento: “Peço ao Universo que traga para a minha
vida (fazer o pedido), de acordo com o meu merecimento.” / 7. Coloque o prato
em um lugar alto da cozinha. Nunca o coloque no seu quarto de dormir.
-----
AMULETO PARA SE SAIR BEM NAS PROVAS = Quando você tiver uma
prova para fazer na escola, leve junto este amuleto. Ele estimulará a sua
memória, e você, que estudou bastante, é claro, não vai se esquecer de nada que
aprendeu.
Você vai precisar: 2 conchas do mesmo tamanho / 1 fio do seu
cabelo / 1 pedacinho de sua unha / 1 botão da sua roupa / 1 pitada de canela em
pó / 1 gota de óleo (de preferência perfumado) / 3 gotas de água / 1 pitada de
sal / 3 sementes de qualquer espécie / cola
Como fazer: 1. Lave muito bem as conchas, com água mineral
ou fervida, e deixe que elas sequem ao Sol / 2. Em uma noite de Lua Nova, pegue
uma das conchas e coloque dentro dela todos os ingredientes, repetindo o
seguinte encantamento: “Poseidon, senhor dos mares, Minha memória vai
estimular. E com os seres mágicos do oceano ; Mais inteligência eu vou buscar.
/ 3. Após ter colocado todos os ingredientes, pegue a outra concha e cole-a em
cima / 4. Se você quiser, pode colocar uma argolinha e dependurar numa
corrente, para carregar no pescoço.
-----
BANHO DE ALHO = Contra a energia gerada por situações
difíceis, nada melhor que este banho.
Você vai precisar: 2 litros de água / 2 colheres de sopa de
tomilho / 7 dentes de alho frescos e inteiros / 2 colheres de sopa de sálvia
seca / 2 colheres de sopa de manjericão / 1 colher de sopa de sal marinho
Como fazer: Coloque todos os ingredientes juntos na água
quente e faça o banho conforme as instruções: 1. Coloque água em uma panela e
leve ao fogo ; 2. Assim que ferver, desligue e coloque dentro os ingredientes,
um por um, com todo o respeito ; 3. Tampe bem e espere esfriar um pouco ; 4.
Coe e faça o banho ou chá.
-----
BANHO CONTRA A INVEJA E O CIÚME = Qualquer um sabe que a
inveja e o ciúme atrasam a vida da gente. No entanto, nem sempre conseguimos
escapar dos seus malefícios, pois eles podem vir do lado que menos se espera.
Com esse banho, porém, você vai ficar literalmente imunizado(a).
Você vai precisar: 1. Orquídea / 1 noz
Como fazer: Coloque todos os ingredientes juntos na água
quente e faça o banho conforme as instruções: 1. Coloque água em uma panela e
leve ao fogo ; 2. Assim que ferver, desligue e coloque dentro os ingredientes,
um por um, com todo o respeito ; 3. Tampe bem e espere esfriar um pouco ; 4. Coe
e faça o banho ou chá.
-----
MORANGOS AVELUDADOS = Antes de pedir alguma coisa a alguém,
traga essa pessoa para o “seu lado”, quer dizer, faça com que ela ouça o que
você tem a dizer e reflita sobre o assunto. Experimente dar-lhe para beber essa
poção mágica antes de começar a conversa.
Você vai precisar: 1 lata de leite condensado / 2 vezes a
mesma medida de morangos / 2colheres de sopa de creme de leite / gelo / 1
incenso de morango / 1 vela vermelha
Como fazer: 1. Antes de começar a preparar, acenda a vela e
o incenso na cozinha e relaxe pensando em coisas boas e especialmente naquilo
que você deseja alcançar com essa receita / Bata todos os ingredientes no
liquidificador / 3 Sirva com um moranguinho na borda do copo para enfeitar
-----
BOLINHO DE NEVE = “É dando que se recebe”, quem não sabe?
Assim, se você estiver desejando ganhar alguma coisa de alguém – um presente em
um dia especial, um olhar, mais atenção, a concordância dessa pessoa em um
projeto seu, qualquer coisa – ofereça-lhe os Bolinhos de Neve e aguarde o
resultado.
Você vai precisar: 1 lata de leite condensado / ½ quilo de
coco ralado / forminhas de papel / 1 incenso de flor
Como fazer: 1. Acenda o incenso na cozinha e espalhe algumas
folhas e/ou flores pelo chão / 2. Pense em coisas boas por um momento, para
relaxar / 3. Misture 400 gramas de coco com o leite condensado em uma tigela e
deixe a mistura descansar por alguns minutos / 4. Sempre pensando naquilo que
deseja alcançar, faça bolinhas, enrolando-as com as mãos / 5. Passe-as no
restante do coo / 6. Coloque-as em forminhas
-----
FEITIÇO PARA MANTER A HARMONIA DOMÉSTICA = Viver em harmonia
é um item importante para a felicidade. Ninguém aguenta viver onde há brigas e
desavenças frequentes, por isso, precisamos trocá-las pela paz e pela tranquilidade.
Você vai precisar: Um punhado de alfafa / Um vidro limpo
Como fazer: 1. Coloque um pouco de alfafa dentro de um vidro
pequeno, de modo a preenche-lo totalmente / 2. Tampe o vidro / 3. Coloque-o
dentro de um pote onde guarde alimentos (arroz, feijão, farinha etc.) e esteja
certa de que, enquanto o vidrinho estiver lá dentro, a paz e a tranquilidade
reinarão em sua casa.
-----
SORTILÉGIO PARA ACABAR COM A ANSIEDADE = Irmã da impaciência
e prima da preocupação, a ansiedade, muitas vezes, traz consigo a insegurança e
a indecisão. Para se livrar de todas elas, você precisa fortalecer a sua
sabedoria, para ver claramente os caminhos e poder escolher com confiança,
certa(o) de que existe um tempo a ser vencido – um tempo entre você e seu
objetivo – e, apesar dele, mais dia, menos dia, você vencerá todas as batalhas
porque está protegida(o) e possui força, coragem e determinação. Quando estiver
se sentindo ansioso(a), experimente o sortilégio abaixo.
Você vai precisar:1 vela / 1 incenso
Como fazer: 1. Pouco antes de se deitar, acenda uma vela e
um incenso / 1. Olhando para o fogo da vela, respire fundo o perfume do incenso
/ 3. Imagine que tudo está ficando amarelo à sua volta: a fumaça, os móveis, o
ar, você... Deixe que seus pensamentos da vida normal adormeçam, para que a
sabedoria desperte dentro de você. Relaxe. / 4. Concentre-se no problema
propriamente dito e tente buscar as primeira soluções (ou se livrar dele,
conforme o caso.). Pense sempre de um jeito positivo, evitando usar a palavra “não”,
que o seu cérebro não reconhece, seguinte maneira: substitua o “não” por
expressões do tipo “quero parar de fazer tal coisa” ou “quero deixar de ser do
jeito x”. Se preferir, apenas peça ao Universo que lhe envie uma mensagem,
sugerindo o que pode ser feito. / 5. Quando o incenso acabar, jogue as cinzas
ao vento e peça que seus problemas desapareçam / 6. Deixe a vela queimar até o
fim. Sempre que puder, reveja a chama, em pensamento, e visualize seus problemas
sendo queimados por ela.
-----
MAGIA PARA VENCER OS MEDOS = Medos... quem não os tem?
Embora a maioria das pessoas já tenha ultrapassado a fase de ter medo do
escuro, todos guardamos os nossos receios, inclusive o de ficar no escuro.
Medos – infundados ou não – são sempre fonte de angústia e ansiedade. Tem gente
que tem medo de mios, trovões, tempestades; algumas pessoas têm medo da solidão
e do abandono; outras tem medo de altura; enfim, medo é como escova de dentes:
cada um tem o seu. Mas isso tem cura. Experimente essa magia. Você vai se
surpreender com o resultado. E ainda poderá repeti-la quantas vezes quiser.
Você vai precisar: 1 vela cinza / 1 vela vermelha / 1 agulha
nunca usada antes
Como fazer: 1. Segure com força a vela cinza, que representa
o(s) seu(s) medo(s) / Passe para ela toda a sensação ruim que sente, quando se
vê diante da situação que lhe provoca medo / 3. Usando a agulha, escreva na
vela aquilo que a aflige. Use as suas próprias palavras / 4. Pegue a vela
vermelha, que representa a força que lhe falta para superar o medo, mas que
está dentro de você, latente, apenas esperando ser chamada para se manifestar,
e escreva nela uma frase que demonstre seu desejo de superar o(s) medo(s). Mais
uma vez, use as suas próprias palavras / 5. Quando achar que transmitiu para as
velas tudo o que queria, acenda-as. Comece pela vela cinza. Observe o fogo
consumindo seus temores e sinta-se livre e feliz / 6. Depois, acenda a vela
vermelha e veja como a energia de luta, de coragem e de combatividade, que a
cor vermelha carrega em si, vai invadindo a sua vida / 7. Fique um tempo
observando as duas velas em ação; depois deixe que terminem de queimar
sozinhas; todas as vezes que quiser, você pode voltar para observá-las e
assistir novamente a queima de seus temores e a força nova que os substitui
dentro de você. Se, no final, ainda restar algum resíduo, jogue-o no lixo com
uma palavra de agradecimento (pode ser um simples “Obrigada”) e acenda um
incenso
-----
FEITIÇO PARA ACABAR COM O MEDO = Para aprender a lidar com os seus medos e
enfrentar com coragem a realidade que a(o) cerca, eis um ótimo feitiço.
Você vai precisar: 1 vela dourada / Óleo de verbena / Papel
branco / Fita branca
Como fazer: 1. Unte a vela dourada com o óleo de verbena /
2. Escreva no papel branco todos os medos dos quais você quer se livrar / 3.
Dobre o papel e amarre-o com a fita branca, dando sete nós / 4. Acenda a vela e
queime o papel completamente, fazendo desaparecer todas as letras / 5. Pegue as
cinzas que restarem e faça-as virar farelo / 6. Procure um lugar com plantas
(um parque, um jardim, etc.) e sopre as sete velas. Nada deve restar
-----
MAGIA CONTRA O MAU-OLHADO = Esta é uma das magias mais
antigas e eficientes contra a praga que o mau-olhado é na vida da gente. Pode
renová-la todas as vezes que achar necessário.
Você vai precisar: 33 pedrinhas de sal grosso / 1 copo
virgem / água
Como fazer: 1. Pegue 33 pedrinhas de sal grosso e jogue em
um copo que nunca tenha sido usado antes / 2. Acrescente água filtrada (ou
fervida) / 3. Deixe no sereno por 3 noites / 4. Molhe com essa água os 4 cantos
de cada cômodo da sua casa
-----
MAGIA PARA LIVRAR-SE DE ALGO = Para livrar-se de algo
indesejado ou que você simplesmente quer tirar da sua vida, realize esse ritual
na Lua Minguante.
Você vai precisar: 1 casca de ovo / Caneta
Como fazer: 1. Escreva na casca de um ovo tudo o que você
deseja eliminar de sua vida / 2. Enterre-a em um jardim ou vaso e aguarde os
resultados.
-----
FEITIÇO DO ESPELHO = Esse feitiço ajuda a fortalecer a
autoestima e a redescobrir o próprio poder. Você pode repeti-lo quantas vezes
quiser.
Você vai precisar: Roupas brancas / 1 maço de margaridas / 1
espelho de mão / 1 vela azul / 1 incenso
Como fazer: 1. Numa noite de Lua cheia, acenda o incenso e a
vela, vista-se de branco e coloque uma margarida nos cabelos / 2. Pegue o
espelho e olhe para sua própria imagem refletida nele. Aprecie cada detalhe do
seu rosto: o formato, a cor e a textura DA PELE, OS OLHOS, O NARIZ, A BOCA, OS
CABELOS ETC. / 3. Olhe profundamente dentro dos seus olhos e mergulhe em seu
interior, repetindo o seguinte encantamento: “Espelho mágico, espelho meu ; Meu
encanto se reflete ; Na luz que a Lua me deu.” / 4. Coloque-se de costas para a
Lua, de modo que ela também possa estar refletida no espelho, sempre refletindo
o encantamento. Nessa hora, sua luz se confunde com a dela e você pode lhe
fazer um pedido especial, que ela não deixará de atender / 5. Sente-se no chão
com as pernas cruzadas na frente e teça uma guirlanda de margaridas para
enfeitar seus cabelos ou simplesmente se enfeite com flores / 6. Feche os olhos
e sonhe os sonhos mais loucos
-----
MAGIA PARA PEDIR PERDÃO = Muitas vezes, magoamos as pessoas
sem querer. Ou mesmo sabendo que vamos magoar alguém, nos vemos obrigadas a
fazê-lo. Ou ainda só percebemos muito tempo depois que fizemos algo de errado.
Como se desculpar pessoalmente nem sempre é possível, o recurso é fazer isso no
astral, enviando ao outro uma mensagem de perdão.
Você vai precisar: Papel / Lápis / 1 vela lilás / 1 folha de
louro / Alecrim / Erva-cidreira / Uma pitada de canela em pó / Terra
Como fazer: 1. Numa noite de Lua Minguante, acenda um
incenso e escreva uma carta a lápis pedindo o perdão da pessoa. Explique o que
aconteceu, porque você fez o que fez, como se sente hoje e peça para ser
perdoada e liberada desse vinculo negativo que mantém com ela. Termine
prometendo fazer algo para compensar / 2. Coloque a carta dentro de um envelope
e subscrite-o como se fosse mandar pelo correio, com nome e endereço completos.
Caso não tenha esses dados, escreva o nome do jeito que você conhece e
acrescente “onde estiver” / 3. Acenda a vela lilás e queime tudo em sua chama,
pedindo aos espíritos do fogo que levem a sua mensagem / 4. Coloque as cinzas
numa tigela (de preferência de cerâmica) e acrescente o louro, o alecrim, a
erva-cidreira e a canela em pó / 5. Misture tudo, sempre repetindo seu pedido,
e termine cobrindo tudo com a terra / 6. Deixe dormir no sereno / 7. No dia
seguinte, enterre a poção mágica no jardim ou no vaso e cumpra a sua promessa.
Você tem o dia todo para isso, mas não pode deixar para o outro dia, de modo
que aconselho que você prometa algo que possa cumprir nesse curto espaço de
tempo
(continua...)
---------------------------------------------
Do Livro: RITUAIS E CERIMÔNIAS PARA O DIA-A-DIA Práticas de
Magia , De: Lorna St. Aubyn , Editora MADRAS
Casamento =
Atualmente, cada vez mais pessoas rejeitam a ideia de um
casamento na igreja, embora o casamento civil também lhes pareça
insatisfatório. Embora cumprindo os requerimentos legais, isso evita aquele
compromisso que é tão vital para um casamento. Para tais pessoas esse ritual é
oferecido como uma alternativa ou como uma cerimônia adicional. Um ingrediente essencial para qualquer ritual
de casamento é a sensação de que duas pessoas estão se unindo além do nível
romântico. O oficiante do casamento clama por uma união feita “sob os olhos de
Deus”. Isso também poderia ser expresso como uma união da noiva e do noivo por
meio de seus eus superiores – aquela parte deles que está ligada ao Divino.
Dessa forma, o casamento fica comprometido com um propósito sagrado, e a ajuda
para isso é evocada além do mundano. Se os noivos não tiverem alguma coisa além
deles mesmos pela qual se esforçar, o casamento poderá perder a sua dimensão
vital. Este ideal, este propósito sagrado, é um dos assuntos mais importantes
para o casal debater. Qualquer conceito comum que venha transcender as
diferenças e considerações mundanas são um fator de união. Quanto mais as
partes puderem trazer para a vida diária o amor e a sabedoria adquirida em seu
ponto mais alto, melhores as chances de um casamento ser bem-sucedido. Este
ritual objetiva fortalecer os caminhos pelos quais um ideal pode ser alcançado.
Esta cerimônia pode ser feita por vocês dois sozinhos ou com um grupo de
pessoas com o qual se sintam fortemente ligados. Como esse é um evento espiritual
mais do que social, certifique-se de que todos os participantes os estarão
apoiando com sinceridade. Qualquer demonstração de ceticismo apresentada por
qualquer dos participantes, até mesmo ficar embaraçado com a cerimônia, irá, em
parte, negar o ritual.
O ritual: Se esta cerimônia puder ser realizada ao ar livre,
você irá receber a ajuda adicional dos espíritos da natureza, das árvores e das
plantas. Se não for possível, traga para dentro da sala a maior quantidade de
verde que puder. Coloque uma pedra grande e plana no centro do espaço. Sobre
ela, ponha dois vasos, com uma flor em cada, para representar seus eus
superiores. Se tiver dois cristais com os quais se sintam à vontade, coloque
cada um ao lado de cada flor, imaginando-os como a energia da Terra disponível
para vocês. Também coloque duas velas nessa pedra central, simbolizando a luz.
Entre esses dois grupos de objetos, deixe um espaço bem definido; nunca se
esqueça de que vocês são dois indivíduos, embora muito ligados pelo amor. Em volta
da pedra, formem um círculo de velas grande o suficiente para acomodar
confortavelmente duas ou quatro pessoas, caso tenham escolhido incluir duas
testemunhas em seu ritual. Deixe uma entrada no círculo, que representará o
espaço da vida que vocês concordaram em compartilhar. Se quiser um
acompanhamento musical, o músico ou os músicos devem permanecer do lado de fora
do círculo. Quando tudo estiver no lugar, vocês dois acendem as velas. Cada um,
começando pelas velas da pedra central, vai acender a sua metade do círculo,
terminando naquela mais próxima da entrada. Vocês dois, então, entram nesse
espaço que foi tornado sagrado pela beleza e pelo amor nele investidos. Fiquem
um de cada lado da pedra. Se houver testemunhas, elas entram agora no círculo e
tomam seus lugares Atrás e um pouco para o lado de vocês. O compromisso que
eles estão testemunhando é dobrado. O primeiro é feito em silêncio: cada um de
vocês invoca seu Eu Superior para ajudar a manifestar o amor e a alegria
criados por essa união. Então, cada um fala seus votos, afirmando que esse amor
não será apenas direcionado de um para o outro, mas também para o mundo. Se um
de vocês quiser acrescentar a isso algum tipo de empreendimento ao Criador ou a
qualquer entidade espiritual, mais poder será acrescentado aos seus votos.
Qualquer um que não se sinta pronto para fazer isso, sempre poderá fazê-lo mais
tarde. Tendo se empenhado para o bem em comum de ambos como um casal, agora é
hora de afirmar que vocês também continuam separados, como indivíduos que devem
ser completos em si para alcançarem um casamento de sucesso. Evite o arco
destrutivo do amor, a possessividade, o ciúmes e a inveja. Leia um poema em voz
alto para um bom encerramento desse ritual. Quando isso for feito, as
testemunhas devem sair do círculo. Então, cada um de vocês assopra sua vela
central e sua metade do círculo, começando pela entrada. Saiam do círculo
juntos. Desfaçam o local do ritual.
Preparação: Se o ritual for feito em local fechado, decore a
sala com muito verde. Faça um círculo de velas. Em uma grande pedra central,
coloque um grupo de objetos (flor, cristal, vela) escolhidos para representar
cada pessoa. Se tiver músicos, peça-lhes que fiquem fora do círculo.
Recapitulando: Acendam as velas como orientado. Reentrem no
círculo e fiquem, cada um, do seu lado da pedra, ficando as testemunhas atrás e
um pouco para o lado. Invoquem seus eus superiores silenciosamente. Falem seus
votos, acrescentando um compromisso com o Criador, se desejado. Leiam um poema
que escolherem. As testemunhas saem do círculo. Apaguem as velas – cada um
apaga a sua metade. Saiam do círculo juntos.
--
Cerimônia de Batismo =
Nosso nome carrega um som e uma vibração particulares que
nos ligam a um tipo específico de experiências pelo resto de nossas vidas, ou
pelo menos até mudarmos de nome; portanto, a importância de escolher o nome de
um indivíduo não pode ser subestimada, uma vez que irá afetar profundamente o
relacionamento dele com qualquer coisa e com qualquer pessoa que encontrar. A
declaração formal e ritualística desse nome afirma a pessoa como um membro da
raça humana. Negar a ela esse primeiro importante ritual de passagem é
preocupante, particularmente em um tempo onde todos os seres humanos precisam
da melhor integração possível entre seus corpos e espíritos e da ligação mais
próxima possível com a Terra, um processo que pode levar a um passo
significativo a partir do momento de seu batismo. No entanto, essa cerimônia é
fortemente associada a uma religião definida e, nos dias de hoje, muitos pais
relutam em fazê-la. Não querem seu filho formalmente comprometido com uma forma
específica de culto. Em qualquer cerimônia de batismo, é importante reconhecer
o chakra coronário, pelo qual nos comunicamos com nosso eu superior e que nos
liga ao Divino. Durante a cerimônia, oferecemos ao bebê ou adulto a maior
elevação a que ele pode chegar nessa vida. A união consciente de seu corpo e
espírito e o seu reconhecimento como pessoa em seu próprio direito constituem
um momento muito importante. Se está procurando nome para um bebê, preste-lhe
muita atenção para poder encontrar o nome que mais se adapte a sua alma nessa
vida em particular. Não deixe que a tradição familiar ou associações agradáveis
com um nome permitam que você imponha algo impróprio à criança. Se o ritual for
para um adulto que, até agora, não se harmonizou com o seu nome, este é o
momento perfeito para escolher um nome novo. No caso de alguém que tenha feito
grandes avanços espirituais, o nome, com o qual estava sintonizado até então,
agora precisa ser mudado, Como a única coisa assumida por esse ritual é que
todos nós viemos de um mesmo lugar, ele pode ser usado tanto em conjunto com
uma cerimônia religiosa formal ou isoladamente. Também pode ser feito dentro de
casa ou ao ar livre, mas é muito melhor que seja ao ar livre, já que você está
buscando especificamente conectar a pessoa com o Céu e com a Terra. Se,
entretanto, isso não for possível, não se preocupe; faça com que a cerimônia
seja feita com amor e boas intenções que toda ajuda possível será dada a você.
O Ritual:
Os padrinhos formam um quadrado dentro do qual todos aqueles
que forem estar presentes serão chamados. Coloque em cada canto um símbolo para
cada um dos quatro elementos: terra, ar, fogo e água. Pode ser simplesmente uma
pedra, uma pluma, uma vela e uma vasilha com água, ou algo mais elaborado. Como
esses elementos formam tanto o nosso planeta como a pessoa que está sendo
batizada, irão iniciar as primeiras fases de ressonância entre os dois. Depois
evoque a assistência do Eu Superior e do Anjo Guardião da pessoa. Sua presença
irá aumentar o nível das vibrações dentro do quadrado e chamar para dentro dele
os guias e auxiliadores de todos aqueles que estiverem no ritual. Uma vez que
essa preparação tenha sido feita, a pessoa que será batizada entra no quadrado
com seus pais ou padrinhos – um homem e uma mulher – que devem ficar um de cada
lado dela. Seguem-se a eles qualquer amigo ou parente que queiram participar da
cerimônia, pessoalmente ou simbolicamente, representados por fotografias ou
objetos que os evoquem. Esse grupo familiar deve incluir aqueles membros que
morreram, mas cujo amor continua sendo sentido como um recurso positivo na
família. Sua presença simbólica também introduzirá um desejável senso de
continuidade. Esse grupo forma um semicírculo de frente para a pessoa que está sendo
batizada. Em nome da simplicidade, a pessoa que estiver sendo batizada será, de
agora em diante, referida como “você” e as diretrizes serão dadas como se ela
fosse capaz de se mover e falar livremente. Se essa pessoa for um bebê,
obviamente, o adulto apropriado irá carrega-lo e falar por ele. Quando todos
estiverem em seus lugares, um dos padrinhos dá um passo à frente para saudá-lo
e assume formalmente o dever de familiarizá-lo com qualquer conceito espiritual
construído nesse ritual. Ele também concorda em ajuda-lo no importante processo
de enraizamento. Se for uma criança quem estiver sendo batizada, ele também se
compromete, em nome de ambos os padrinhos, em assumir o papel complementar ao
dos pais. Depois explica o papel dos quatro elementos na cerimônia. O fogo está
lá para ativar sua intuição; o ar irá trazer clareza mental; a terra oferece
estabilidade e a água, adaptabilidade. Então, ele saúda o se Anjo Guardião,
explicando que a função exclusiva dele é guiar e proteger a alma confiada ao
seu cuidado. Seu Eu Superior é reconhecido, em qualquer termo que pareça
apropriado à ocasião, que você é uma gota do Divino, que continua vibrando as
nuvens da glória de sua curta estada no céu. Como tal, você é o doador e o
recebedor de grandes presentes. Quando o padrinho tiver terminado de falar,
você responde com qualquer agradecimento, compromisso ou contribuição que
queira fazer. Qualquer questão que tenha pode ser colocada nesse momento. Após
um momento de silêncio, você será questionado se está ou não pronto para
receber seu nome. Quando consentir, seu pai ou padrinho diz: “Eu te nomeio.........;
nome pelo qual deve ser conhecido de agora em diante pelos homens e também
pelos reinos animal, vegetal e mineral. Orgulhe-se de seu nome e faça-o
orgulhar-se de você.” Um presente de boas-vindas e celebração pode, agora,
ser-lhe oferecido. Você deve ser o primeiro a sair do quadrado, seguido por
todos os demais, exceto pela pessoa que evocou os quatro elementos, seu Anjo
Guardião e seu Eu Superior. Ele deve agradecê-los e pedir-lhes que voltem para
o lugar de onde vieram. Para encerrar as energias geradas pela cerimônia e
deixar o lugar em tranquilidade, ele pode fazer o sinal da cruz circulado por
luz ou, se esse símbolo não lhe for significativo, apenas agradecer. Esse
encerramento da cerimônia pode ser feito pela família e pelos amigos do lado de
fora do quadrado, ou sozinho.
Preparação: Os padrinhos fazem um quadrado com os quatro
elementos.
Recapitulando:
Se uma vela tiver sido utilizada para simbolizar o elemento
fogo, o padrinho a acende, invoca os quatro elementos e o Eu Superior e o Anjo
Guardião da pessoa que está sendo batizada, mais os dos pais e dos padrinhos.
Você entra no quadrado. Os padrinhos ficam um de cada lado, com você ao meio.
Sua família e amigos fazem um semicírculo na sua frente. Um dos padrinhos
mantém um diálogo com você. O padrinho pergunta se você está pronto para ser
batizado. Você consente. Ele te nomeia. Presentes podem ser oferecidos. Os
participantes deixam o quadrado com você à frente. Apenas o padrinho que fez as
evocações permanece para agradecer e pedir às entidades evocadas para irem
embora. Ele limpa o espaço enquanto os outros observam ou não.
--
Morte 1 =
Em nossa sociedade ocidental, funerais, assim como batizados
e casamentos, são quase sempre administrados de acordo com os preceitos de uma
religião formal. Mas para muitas pessoas, a finalidade de um enterro cristão ou
judaico é insuficiente porque contradiz suas crenças de que voltamos muitas
vezes à Terra: essa vida é apenas uma conta no colar que é nossa vida total. Se
é assim, então a morte não é apenas uma condição temporária, nós a temos
experimentado por muitas vezes. Estamos certos, portanto, em um nível muito
além de nosso pensamento consciente, de que o lugar para o qual vamos entre
nossas vidas é onde encontramos a harmonia e o amor constantemente buscados na
Terra. É que a restrição e a dor da vida na Terra são difíceis de suportar.
Para aqueles que estão convencidos disso, o tom completo do ritual para a morte
pode ser modificado. Enquanto lamentamos a perda de uma companhia amada
podemos, ao mesmo tempo, estar celebrando sua libertação para um período de
reunião com a Fonte e com suas muitas almas companheiras. Nesse ritual, então,
você está dizendo apenas um adeus temporário; a ênfase está em celebrar o que a
alma alcançou em todos os níveis durante sua estada na Terra. Você também está
afirmando em seu ritual a presença de todas aquelas almas, encarnadas ou
desencarnadas, que têm estado intimamente ligadas – nessa e em outras vidas – à
pessoa morta. Elas o estarão ajudando em todos os sentidos e estarão preparando
as boas-vindas do outro lado, onde irão compartilhar com a pessoa morta suas
experiências na Terra. Para ajudar o falecido a passar da consciência terrena
para uma consciência maior, você e todos os participantes do ritual devem,
primeiro, encontrar um ponto de equilíbrio interior mediante o qual essa ajuda
pode ser dada. Na preparação, cada um precisa expressar sua dor,
preferencialmente a sós e, se possível, ao ar livre. Os ciclos da vida e da
morte são mais facilmente contatados na presença de árvores e plantas, da terra
e do céu. Quanto maior for a sua proximidade da pessoa que morreu,
especialmente se a morte foi inesperada, maior será o tempo que você irá
precisar. Qualquer tentativa de acelerar ou eliminar partes desse processo, ou
de qualquer outra fase de seu luto, irá apenas resultar na necessidade futura
de mais tempo e atenção. Esse é um processo que precisa sair através de todo o
seu corpo e da sua psique. Se sentir necessidade de formalizar esse tempo de
preparação, faça um pequeno círculo de pedras e, dentro, coloque quaisquer objetos que se relacionem com a
pessoa morta. Uma fotografia ou um presente que ela tenha lhe dado também pode
ser útil. Então, entre no círculo, deixando todas as considerações para trás de
você. Vocês dois estão sozinhos e totalmente seguros aqui. Qualquer coisa pode ser
dita ou feita; quaisquer arrependimentos ou fracassos podem ser expressados,
qualquer agradecimento não dito poderá sê-lo. Se, por outro lado, você
simplesmente quiser se sentar e ficar pensando na pessoa, isso também é
perfeitamente aceitável. O importante é que seus pensamentos atinjam um grau de
serenidade que possa ajudar seu parente ou amigo durante esse ritual. Lembre-se
sempre de que a morte de alguém não termina a jornada compartilhada entre
vocês. Estar dando ou recebendo o perdão, por exemplo, pode ser um processo
contínuo. Com isso em mente, não se limite em fazer esse ritual apenas para
aqueles a quem amou. Aqueles com quem você teve os relacionamentos mais
difíceis são, às vezes, para quem o ritual é mais benéfico – tanto para eles
quanto para você. A cerimônia principal deve ter lugar três dias depois da
morte; isso ajuda o processo pelo qual o espírito retorna para sua verdadeira
casa, processo esse que leva três dias e consiste em renunciar a todos os elos
com a Terra e a desintegrar os vários “corpos” com os quais estava vestido para
aqui permanecer.
O Ritual:
Faça um círculo de pedras e flores e entre, sozinho ou com
amigos. Entre em um estado de meditação, com os olhos fechados. Imagine uma
espiral indo sempre para cima, envolvendo os corpos físico, etérico, astral e
mental, que não são mais necessários à pessoa morta. Visualize os elementais do
ar trabalhando com você para ajudar a transmutar esses corpos, a fim de
fazê-los voltar ao estado de pura energia. À medida que a espiral se move para
cima, a alma é finalmente libertada para subir em direção à Fonte. Quando você
sentir que fez o que podia, coloque uma cruz dentro de um círculo de luz na
espiral e deixe-a, lentamente, ir embora. Abra seus olhos. Quando todos vocês
tiverem terminado a visualização, dêem-se as mãos e cantem o mantra budista Om
três vezes. Para isso, diga a palavra Om no tom que preferir e permita que a
vibração permaneça pelo tempo que for confortável para você. Isso irá harmonizar tudo o que tiverem feito e
o levará para o mundo. Saia do círculo. Desfaça-o.
Preparação:
Atinja o melhor grau de serenidade que puder. Faça um
círculo de pedras e flores.
Recapitulando: Fique dentro do círculo de pedras. Visualize
uma espiral levando os vários corpos do morto. Visualize os elementais do ar
trabalhando com você. Cante três vezes o mantra Om. Saia do círculo. Desfaça-o.
Morte 2 =
Para as pessoas que não conseguem endossar verdadeiramente
os ensinamentos do cristianismo ou de outras religiões, os funerais
convencionais podem ser ainda mais insuficientes e revoltantes, o que é
lamentável em um momento de dor. Precisamos dizer o nosso adeus em paz e de um
jeito que pareça completo para ambas as partes envolvidas. O ritual proposto
aqui é muito adaptável e pode ser feito em adição ao funeral tradicional ou em
uma ocasião separada, quando poderá ser feito sozinho ou com amigos. Uma das
características mais lastimáveis do funeral da igreja é o sentimento de fim
criado pelo conceito de “tu és pó e ao pó voltarás”. A imensa paz e alegria de
ser um com a mente de Deus, mal é mencionada; a promessa de uma reunião futur0a
com os amados, não é suficientemente enfatizada; também somos tão
fervorosamente levados a identificar a pessoa morta com o seu corpo (“homem que
nasceu da mulher” etc.), que geralmente é esquecido o fato de que nós não somos
o nosso corpo: somos uma gota imortal do Divino que, descendo na atmosfera
densa da Terra, foi forçada a ficar por um tempo, como um corpo mortal. O fato de essa “gota imortal do Divino” ter
concluído sua jornada na Terra é muito triste para os que ficam, mas não para a
alma, que retorna ao estado de felicidade dito pelos místicos de todos os
tempos. Não estamos, portanto, em um funeral para lamentar a dissolução da
pessoa física. Estamos para ajudar sua alma a passar, de forma segura e
pacífica, para outro reino de consciência onde irá continuar, de um modo
diferente, seu caminho. Para isso, nosso incentivo e força podem ser de grande
ajuda.
O Ritual:
Esta cerimônia só deve acontecer três dias após a morte, que
é o tempo necessário para que a alma se liberte de seu corpo físico. Se
possível, escolha, para seu ritual, o lugar onde sentir que o morto mais
gostaria de fazer sua despedida deste mundo. Para essa cerimônia, você precisa
de dois símbolos: o símbolo para o corpo deve ser algo que se queime
facilmente, assim como uma flor de papel na cor favorita da pessoa, e o para
alma deve, ao contrário, ser algo indestrutível, como uma pedra ou um cristal.
Se sentir que alguma coisa está faltando, pode utilizar um símbolo adicional de
uma estrela ou sol, para servir como lembrete de que nossas almas pertencem por
toda eternidade aso universo infinito. Coloque quatro velas em forma de um
quadrado e, no centro, ponha os símbolos e qualquer coisa que represente, para
você, as contribuições que a pessoa fez ao mundo. Junto disso, pode fazer
também uma pequena lista de suas qualidades e traços de personalidade. Acenda
as velas. Dentro do quadrado, faça um círculo em pé e passe lentamente por
dentro dele o símbolo escolhido para o corpo. Diga adeus, alto ou em silêncio.
Se mais pessoas estiverem participando do ritual, cada uma delas deve, neste momento,
também dizer o seu adeus. Quando tiver terminado, queime o símbolo por
completo. Então, em silêncio, passe pelo círculo o símbolo escolhido para a
alma. É ele que permanecerá, vivo e vital como sempre. Após um momento, dê um
passo para trás, em reconhecimento da necessidade da alma ser libertada de
todas as preocupações mundanas. Se mais pessoas estiverem participando, elas
farão a mesma coisa. Apague as velas e deixe o quadrado, levando as velas com
você. O símbolo, ou símbolos, deve ser deixado no local por alguns minutos.
Depois, você ou algum dos participantes do ritual deverá apanhá-lo e, juntos, deixá-lo
reverentemente em qualquer lugar que sintam que ele estará mais “em casa”. Cantar
uma música, um hino ou o mantra Om no final da cerimônia pode trazer uma grande
libertação e até prazer.
Preparação: Tenha pronto um recipiente para queimar o
símbolo para o corpo do morto. Forme um quadrado com quatro velas. Coloque o
símbolo no centro do quadrado. Decore o quadrado com flores.
Recapitulando: Acenda as velas. Faça um círculo dentro do
quadrado. Passe o símbolo para o corpo através dele; cada um apresenta suas
despedidas. Queima esse símbolo no recipiente. Passe o símbolo da alma através
do círculo e, depois, coloque-o de volta no centro. Dê um passo para trás.
Outros participantes fazem o mesmo. Apague as velas. Saia (ou saiam) do local
por alguns minutos, levando as velas. Uma pessoa pega o símbolo, ou os
símbolos, e junto com os demais participantes do ritual, levam-no para um loca
escolhido. Cantem um hino ou música ou Om.
--
Tomando o seu poder =
Muitas pessoas que já estão prontas para ficar com seu
próprio poder continuam operando com metade de sua capacidade. Algumas não têm
consciência disso, mas outras, para quem isso é uma fonte de enorme frustração,
continuam sendo incapazes de fazer a mudança. Por que? O que as prende? A atual
transição para a Era de Aquário é um momento de grande crise, onde cada um de
nós precisa ter o seu máximo poder espiritual; mas esse poder deve ser sólida e
rigorosamente examinado. Os Mundos Superiores não nos podem arriscar, tratando
isso superficialmente neste momento; não podem, deliberadamente, deixar que
abusemos disso – como bem podemos ter feito no passado. Se esse foi o caso,
nossas vidas atuais incluirão, quase inevitavelmente, o conhecimento do que é
estar à mercê dos outros, manipulado por seus próprios fins. Talvez tenhamos
crescido com um padrasto que nos odiava ou casado com um parceiro tirânico.
Talvez tenhamos nascido incapacitados ou tão pobres que nosso talento criativo
teve de ser abandonado para ganhar a vida em um emprego servil. É apenas depois
de aprender o poder e a responsabilidade na parte mais profunda de nosso ser,
que seremos autorizados a assumir nosso verdadeiro poder. Os efeitos
psicológicos corrosivos das condições de vida atual combinados com uma memória
mais ou menos consciente do passado – frequentemente apavorante – bem podem ter
solapado nossa autoconfiança. Se soubermos de primeira mão as consequências do
abuso de poder, iremos temer repetir os mesmos padrões do passado. O instinto
nos alertará que um fracasso, dessa vez, seria desastroso. Tão urgentemente
como os Mundos Superiores, nós também precisamos ter a certeza inequívoca de
que estamos prontos para servir.
O Ritual:
Se você se sentir pronto para dar um passo em direção ao seu
poder, o ritual a seguir é uma sugestão. Ele contém certas proteções para que,
se quiser, você possa retroceder a qualquer momento. O desenho para o ritual é
um círculo de pedras tendo ao centro um símbolo do seu poder. Pode ser um cristal,
uma coroa, uma chama, uma pena ou até mesmo um espaço em branco. É importante
que o símbolo não tenha uma qualidade limitada; ele deve representar a maior
porção de poder a que você tem acesso agora, mas que pode sempre crescer se
você estiver disposto a tanto. Pelo lado de fora desse círculo, coloque uma
echarpe para cada um dos medos, necessidades ou hesitações que estão tentando
impedi-lo de acessar seu poder. Ao colocar cada echarpe no chão, nomeie-as
claramente e defina como estão lhe afetando. Então, ande lentamente em volta de
todo o círculo, comprometendo-se, mais uma vez, com esse processo contínuo.
Seus medos formam um círculo mágico que pode ser usado apenas quando tiver se
livrado dos impedimentos que eles representam. Após manter um diálogo com cada
um, jogue as echarpes correspondentes em um cesto de lixo que você colocou na
entrada do círculo. Não esconda de si mesmo nada que fique entre você e seu
poder. Se tiver alguma dúvida neste ponto, é melhor parar o ritual do que
continuar em estado de medo ou de confusão. À medida que andar em volta do
círculo mágico que pode ser cruzado apenas quando tiver se livrado dos
impedimentos que eles representam, Após manter um diálogo com cada um, jogue as
echarpes correspondentes em um cesto de lixo que você colocou na entrada do
círculo. Não esconda de si mesmo nada que fique entre você e seu poder. Se
tiver alguma dúvida neste ponto, é melhor parar o ritual do que continuar em
estado de medo ou de confusão. À medida que andar em volta do círculo, mantenha
um forte contato com o símbolo do seu poder que se encontra no centro. Ele está
chamando por você? Você se sente confortável com ele? Você entende
completamente com o que está se comprometendo? Considerou o custo de tudo o que
precisa renunciar? Tem força física e psicológica suficientes? Continue andando
pelo círculo até essas questões serem satisfatoriamente respondidas. Agora,
pedindo por toda a força e proteção disponíveis, e lembrando-se de que está
fazendo um movimento com consequências que serão duradouras, entre no círculo.
Segurando seu símbolo nas mãos, dedique-se, tanto quanto sua vida, a usar o
poder para o bem da humanidade. Após alguns minutos, saia do círculo levando o
símbolo. Desfaça o ritual. A cada vez que repetir a cerimônia, reavalie
completamente as qualidades e forças ligadas a cada uma das echarpes e ao seu
símbolo de poder. Não tenha nada como garantido. Cada vez que entrar novamente
no círculo, irá passar por uma grande mudança, não apenas dentro de si, mas
também em se relacionamento com o mundo.
Preparação:
Faça um círculo de pedras. Coloque no centro o símbolo do
seu poder. Tenha tantas echarpes quantas for precisar. Coloque um cesto de lixo
na entrada do círculo.
Recapitulando:
Coloque as echarpes em volta e por fora do círculo, nomeando
cada uma à medida que coloca-las no chão. Converse com cada uma das echarpes,
enquanto mantém contato com o símbolo do poder, no centro. Ao fim de cada
diálogo, coloque a echarpe no cesto de lixo. Ande lentamente em volta do
círculo, concentrando-se no símbolo do seu poder. Quando se sentir pronto,
entre no círculo. Segurando seu símbolo, dedique seu poder a servir e ao maior
bem que puder alcançar. Fique por alguns minutos no centro do círculo. Saia do
círculo, segurando o seu símbolo. Desmonte o local do ritual.
--
Religando-se à Fonte =
Muitas pessoas, hoje, sentem-se cortadas da Fonte de onde
foram originadas, enquanto outras nem sequer acreditam que tal Fonte seja
acessível a nós ou mesmo exista. Isso deixa ambos os grupos vulneráveis e
sozinhos, presas fáceis para qualquer medo. Uma cerimônia para contatar esse
ser, qualquer que seja a forma dele para você, pode ser um instrumento muito
forte para dispersar os seus medos e restaurar o sentimento de unicidade com o
qual você veio para o mundo.
O Ritual:
O símbolo sugerido para a Fonte nesse ritual é o do Sol
unido com a Lua, uma forma muito antiga de representar a conclusão do Universo.
Se, por alguma razão, isso for inaceitável para você, encontre um símbolo mais
abstrato. Coloque o seu símbolo da Fonte em uma mesa, na parte do círculo que
fica à sua frente quando você entra. Ponha na frente do símbolo uma série de
madeiras ou tiras de tecido para representar os degraus que você deve subir
para alcançar a Fonte. Amarre em seu símbolo uma linha de algodão que você
carregará durante toda a cerimônia. Se houver outros participantes, eles devem
ficar ao lado esquerdo dos degraus – eles têm um papel passivo, mas sua fé e
apoio podem contribuir muito. No começo da cerimônia, você está no degrau “mais
baixo”. O fio prendendo você à Fonte encontra-se frouxo, simbolizando seu atual
isolamento dela. Explore esse degrau para ver quando essa natural ligação foi
rompida ou se a mesma atrofiou-se lentamente. Examine algumas quebras que foram
criadas pelo medo e pela desconfiança e tente desvendar qualquer ceticismo que
tenha destruído sua crença na Fonte e sua ligação com ela. Se parecer que,
realmente, não existem rupturas em seu fio, mas sim um sentimento recoberto de
bolor, como se a falta de uso tivesse tirado o seu poder, aspire isso para
dentro de você com toda a força que puder invocar e libere, afirmando que o
descuido agora é coisa do passado. Puxe o fio, tornando-o mais tenso. Com o fio
entre você e a Fonte mais tenso, mova-se lentamente pelos degraus, parando
sempre que precisar. Você pode sentir que passou a ter a consistência de uma
corda. Sua suposição original foi, agora, confirmada: A Fonte sempre está
totalmente disponível, a menos que você mesmo corte a conexão. Após dedicar-se
a isso o quanto sentir necessário para o momento, você e seus amigos podem querer
entoar algumas afirmações como: “Nossa ligação com a Fonte é real. Nossa
ligação com a Fonte é boa”. Volte lentamente, mantendo o fio sempre tenso. Isso
fornece uma rota mais direta entre você e a Fonte e você não pode deixar que se
afrouxe novamente. Quando chegar ao topo dos “degraus”, fique por um momento
absorvendo o grande presente que recebeu: uma fonte eterna e infinita
respondendo a todas as suas necessidades antes mesmo de você as conhecer. Deixe
o fio no chão; você não precisa mais de uma testemunha visual para provar sua
união com a Fonte. Saia do círculo. Desfaça-o.
Preparação:
Faça um círculo. Coloque o seu símbolo para a fonte em uma
mesa no círculo. Prenda a ele um fio que seja suficientemente grande para ser
segurado frouxamente no início dos degraus. Coloque uma série de madeiras ou
tiras de tecido representando os degraus. Eles devem ficar distantes o
suficiente para que você possa mover-se confortavelmente entre eles.
Recapitulando:
Fique no começo dos degraus, segurando o fio frouxamente em
suas mãos. Os outros participantes ficam à esquerda dos degraus. Sinta-se em
seu fio. Ponha força nele. Reafirme-o. Com o fio tenso, suba os degraus
lentamente. Quando estiver no símbolo, cante, se quiser. Dedique-se à Fonte.
Volte lentamente com o fio tenso. Fique por alguns momentos no topo dos degraus,
apreciando o presente que recebeu. Coloque o fio no chão. Saia do círculo.
Desfaça-o.
--
Lembrando-se de você =
É possível distanciar-se dos outros ou permitir que eles o
puxem – quase o desmontem – de tal forma que nada, virtualmente, restará. Este
é um tipo de relacionamento muito doentio e o ritual a seguir irá ajudá-lo a
cultivar aquelas partes, suas, das quais você se desapropriou, seja por excesso
de auto-sacrifício como por deliberado vandalismo. Essas partes, simbolicamente
ausentes, podem ser um órgão, um sentido, ou mesmo uma função psicológica, como
a discriminação. Com alguém reinvidicando a propriedade dessas suas partes, ele
o está forçando a ver a vida ou a ter ideias resumidas pelos olhos e mente
dele, em vez de fazê-lo pelos seus próprios, que, de certo modo, não mais
existem. Você pode ter permitido que sua força vital lhe tenha sido tirada, e
este é o roubo mais perigoso de todos.
O Ritual:
Coloque-se no centro de um círculo de cadeiras vazias. Tenha
à sua volta um lápis e alguns cartões em branco. Sente-se lá calmamente,
pedindo para que lhe seja mostrado quem controla alguma de suas partes vitais.
Você pode já saber algumas das respostas, outras podem surpreende-lo. É muito provável
que um deles seja membro de sua família próxima; seu chefe ou um grande amigo
também podem aparecer. Quando reconhecê-los, escreva seus nomes em cartões e
coloque um em cada cadeira. Por enquanto, não tente identificar o órgão ou a
função psicológica que lhe foi retirada – apenas identifique as pessoas
envolvidas. No momento, estão todos presentes; pode ser que tenha visto certos
padrões surgindo e queira enfatizá-los agrupando as cadeiras de alguma maneira
especial. Isso pode ser muito útil. Agora, imagine-se dividido em seções como
se fosse um gráfico médico (você pode querer ter à mão um desenho do corpo
humano que inclua os chakras e suas funções.) Começando pelos pés, vá subindo,
averiguando se cada parte de você está intacta e presa ao seu corpo. Seus pés
estão fazendo o caminho que você gostaria de fazer? Seu fígado está realizando
sua função filtradora da forma que você escolheria ou outra pessoa está
decidindo o que deve ou não fazer parte de você? Seu coração está presente ou
alguém o levou embora? Se for o caso, foi algum de seus pais ou aquele por quem
está apaixonado? Suas emoções estão coloridas por outra pessoa, você já não
sabe mais o que sente? E a sua audição? Tudo o que lhe dizem é interpretado por
outra pessoa? Se sim, por quem? Por um mestre? Por um parente? E a base da sua
vida? Alguém simplesmente se apropriou dela por que precisava ou por que você
abriu mão em um desencaminhado excesso de generosidade? Faça um cartão para
cada parte de seu corpo que pareça estar faltando e coloque-o na cadeira
apropriada. Comece um diálogo com qualquer pessoa que você sinta que mais
seriamente o prejudicou. Explique-lhe como é lamentável ser tão incompleto e
como é inconveniente ter a sua vida sendo interpretada por ela ou ter a sua força
sugada pela dela. Ela deve então, ter a chance de explicar como essa situação
aconteceu. Ouça cuidadosamente, pois ela irá ajudá-lo a impedir que a situação
aconteça novamente. Permita que ela descreva como foi a experiência de viver
tão intimamente com algo que não era seu. Você pode ficar surpreso em descobrir
quão desastroso e confuso foi para ela, assim como para você. Façam uma pequena
cerimônia juntos, na qual você recupera o que, por direito, é seu. Quando terminar,
retire da cadeira o cartão com o seu nome e o do órgão ou sentido apropriado
pela pessoa. Quando o domínio dela sobre você tiver sido renunciado, vire sua cadeira
para o lado de fora do círculo. Repita o diálogo e a cerimônia com cada uma das
pessoas envolvidas. Quando tiver terminado, vá e sente-se no centro do círculo
com os cartões no seu colo. Dê as boas-vindas aos pedaços perdidos. Afirme que,
agora, você está completo e nunca se permitirá novamente ser distribuído entre
outras pessoas. Saia da sala. Desfaça o ritual.
Preparação:
Coloque uma cadeira no centro de um círculo de cadeiras. Na
cadeira central, coloque um lápis, cartões em branco e, se quiser, um esboço do
corpo humano.
Recapitulando:
Sente-se na cadeira central e sinta quem está prendendo
algum aspecto de você que precise ser tomado de volta. Escreva seus nomes em
cartões e coloque um em cada cadeira. É útil separá-las em grupos. Começando
pelos pés, perceba seu corpo e descubra quais partes estão faltando. Quando
descobri-las, escreva-as em cartões e associe-os com os nomes já colocados nas
cadeiras. Dialogue com uma pessoa de cada vez. Retire o cartão e vire a cadeira
para fora. Quando esse processo estiver completo, sente-se no centro do círculo
e dê as boas-vindas a cada parte sua que estava faltando. Afirme que essa
situação não acontecerá mais. Saia da sala. Desfaça o ritual.
--
O Fim de uma doença =
Muitas pessoas acreditam que nós nos levamos às doenças ou
aos acidentes necessários ao crescimento de algum de nossos aspectos espiritual
e/ou psicológico. Então, entender nossa necessidade da doença e desvendar a
mensagem dela, quando a contraímos, é vital para nos ajudar a terminar com ela
e bani-la definitivamente. Uma razão comum para atrair a doença é que a vida
espiritual de muitas pessoas, nesse momento, está se desenvolvendo tão rapidamente
que elas precisam de bastante tempo sozinhas. Incapazes de conseguir esse
espaço para reflexão e crescimento em sua rotina diária, tais pessoas podem,
inconscientemente, chamar para si alguma forma de doença que as obrigue a
dedicar mais tempo, em silêncio, para si mesmas. Outra razão está ligada às
nossas vidas passadas. Como já foi dito, há muito mais do que o nosso corpo
físico; temos outros corpos vibrando em frequências altas, todos com um
objetivo comum: chegar à Luz ou ao Divino. Essa parte de nós que é eterna e
retorna de tempos em tempos para a Terra para continuar seu aprendizado, está
subordinada ao carma, à lei de causa e efeito. Uma vez que colhemos o que
plantamos, iremos sempre nascer no ambiente onde voltaremos a encontrar aqueles
que erraram conosco e aqueles com quem erramos – isso nos dá a oportunidade de
pagar nossas dívidas cármicas. Da mesma maneira, se alguma coisa relacionada à
nossa saúde permaneceu sem resolução em uma vida anterior, ficar doente agora
poderia ser a forma mais natural de resolvê-la. O mesmo se aplica ao mal físico
feito a alguém – carma passado pode ser redimido, agora, por uma doença. O motivo
pelo qual uma doença em particular é atraída, põe em questão muitos aspectos. A
doença respondeu a uma necessidade psicológica? Amor e atenção eram tão
desejados? Se sim, por que eles não podiam ser conseguidos por meios mais
delicados? A razão da doença era espiritual? A possibilidade da morte precisava
ser encarada antes de um avanço no caminho poder ser feito? Foi um período de
temporária imobilidade ou de alguma outra incapacidade necessária para
despertar a compaixão pelos outros? Se temos que aprender algumas lições de uma
doença, devemos analisar seus efeitos exatos no corpo. Onde, por exemplo, está
localizada? Se do lado esquerdo, está chamando a atenção para a natureza
feminina; se do lado direito, para a natureza masculina. Em que chakra? Quais
dos quatro elementos estão envolvidos? Nossa circulação, por exemplo, está
relacionada ao elemento água; os pulmões, ao ar; os ossos, à terra; e as
emoções ao fogo. E qual função está sendo definida? Uma mão machucada pode representar
ação prejudicial; um seio doente pode estar relacionado a nutrição; problemas
aos pés podem apontar uma falta de sustentação; enquanto um coração doente pode
estar falando sobre o centro vital da pessoa. Uma exploração concentrada na
condição particular irá dar muitas dicas, desde um simples pedido de descanso
até um violento aviso de desastre. Asa mensagens podem também ser mais sutis.
Se, por exemplo, você tem a garganta constantemente inflamada, pode ser muito
recompensador considerar com que sucesso sua criatividade tem recebido
permissão para se expressar. Se sua respiração for ofegante e dolorosa, seus
pulmões não estão sendo preenchidos com o ar da vida ou do Espírito – o que
você está recusando da vida? A medicina moderna perdeu seu conceito de doença
como um orientador e seu único critério é a velocidade da recuperação. Mas a supressão
dos sintomas não significa cura e, muito comumente, drogas modernas não apenas
nos privam da oportunidade de descanso e crescimento, mas também nos roubam
algumas dicas inestimáveis sobre nossos estados psicológico e espiritual. Não é
sábio deixar isso acontecer, simplesmente porque a doença, que é meramente
omitida, não curada, irá quase sempre ressurgir. Então, mesmo se os sintomas
tiverem desaparecido e você tiver recebido alta, não peça para que sua doença
parta totalmente até estar satisfeito, até ter aprendido com ela tudo o que
podia.
O Ritual:
Tudo o que é necessário para esse ritual é um círculo,
dentro do qual você coloca uma grande bola de lã de algodão que tenha sido
afofada o bastante para se tornar especialmente absorvente. Uma testemunha pode
ser convidada para o ritual, se quiser, mas não é necessária. Entre no círculo
e fique ao lado da bola de lã. Derrame nela todos os sintomas e ansiedades que
tem experimentado durante sua doença; deixe que todas as dores de cabeça,
indigestões, cãibras e tosse sejam absorvidos por ela. Esses medos e dores
agora estão gastos; você não precisa mais carrega-los. Se a doença ameaçar-lhe
a vida, dê adeus ao medo da morte. Agradeça a sua doença pela nova consciência
que lhe trouxe. Pegue a lã de algodão e coloque-a em um recipiente fechado, do
lado de fora do círculo, afirmando que, no final da cerimônia, irá queimá-la ou
coloca-la embaixo da torneira e, depois, torcer ou enterrá-la. Coloque um
chumaço limpo de lã de algodão no centro do círculo. Ande lentamente pelo lado
de fora do círculo três vezes, afirmando sua liberdade da necessidade dessa
doença em particular. Saia da sala. Desfaça o círculo.
Preparação:
Faça um círculo. Coloque uma bola grande de lã de algodão
afofada dentro dele. Tenha outro chumaço de lã de algodão disponível. Coloque
um recipiente fechado do lado de fora do círculo.
Recapitulando:
Entre no círculo. Derrame na lã de algodão todos os sintomas
que tem experimentado durante a doença. Agradeça a doença pelo aprendizado
recebido. Coloque a lã de algodão do lado de fora do círculo, no recipiente
fechado, prometendo despachá-lo assim que o ritual terminar. Coloque um novo
chumaço de lã de algodão no centro do círculo. Ande três vezes em volta do
círculo, afirmando sua liberdade da necessidade dessa doença em particular.
Saia da sala. Desmonte o local do ritual.
--
Um aniversário =
Muitos de nós guardamos da infância a sensação de que nosso
aniversário é um momento de celebração, um dia especial no qual todos estarão
tentando nos agradar. Para essas pessoas, um ritual de aniversário não
apresenta problemas. Elas simplesmente irão querer fazê-lo da forma mais divertida
e triunfante possível para afirmar que o que já sabiam era verdade. Mas não é
assim para todos. Para algumas pessoas, o aniversário é rodeado por memórias
tristes e um amontoado de medos, cujas causas e durações variam. Alguém irá
lembrar-se do seu aniversário? O que aconteceu no ano passado? Por que elas
precisam ser dolorosamente lembradas de que suas vidas estão passando? Questões
de autovalorização, em todas as suas formas, vêm muito antes do aniversário. Para
aqueles que acham aniversários difíceis, um ritual irá precisar de mais
imaginação, pois estará tentando reverter um padrão já estabelecido que é,
fundamentalmente, suspeito de celebração. Pode ser de grande ajuda fazer, antes
dele, um ritual de iniciação, pois muitas pessoas que evitam comemorações de
aniversário são aquelas que relutam em ter raízes no planeta. Se essa ideia não
lhe agradar, tente, antes de o ritual estar para acontecer, lembre-se de todas
as coisas boas dos anos passados e antecipar o que é positivo para o ano
vindouro. Tente também recordar-se4 dos aniversários felizes que já aconteceram
– poucas são as pessoas que não têm do que se lembrar.
O Ritual:
Para aqueles que gostam de seus aniversários, vestir-se de
um jeito especial é uma boa maneira para acrescentar o clima festivo ao ritual.
Faça um círculo muito bonito com flores e objetos atrativos em cores
harmoniosas. Preencha o círculo com bandeirolas e fitas. Se for em um bom local
para o aniversariante receber seus presentes, empilhe-os em uma das extremidades
do mesmo. Você também pode colocar o bolo ao lado deles. Acender as velas e apaga-las
depois pode ser o ponto alto da cerimônia. Se o aniversariante tiver algum
interesse ou hobby em particular, pode ser divertido ter um tema coordenando a
decoração. Como é uma ocasião quando vocês todos estarão se mexendo e
expressando com alegria mais do que com solenidade, não use adereços formais.
Muitas das pessoas que se regozijam em seu aniversário irão, provavelmente,
preferir que esse ritual seja realizado com o máximo de amigos possível; então,
faça um círculo realmente grande. O aniversariante entra primeiro e, então, é
cercado pelos convidados. Dessa posição de estrela, ele expressa qualquer coisa
que quiser dizer: sua alegria de estar vivo, sua felicidade com as amizades,
seus ideais para o ano que está vindo... o que ele sentir. Se alguém quiser dar
uma resposta, deve fazê-lo. Abraçar todos, cantar, receber presentes, acender
as velas do bolo... tudo isso pode ser parte do ritual – qualquer coisa que se
adapte ao humor do aniversariante e afirme que um dia especial é, realmente,
muito bom. Se todos entraram na sala dançando, podem querer sair dela do mesmo
jeito. Desmonte o círculo. Uma cerimônia para alguém querendo reverter o padrão
de tristeza que rodeia seu aniversário terá de ser um pouco diferente do
descrito acima. Pede um local mais simples e poucos participantes, já que a ênfase
será na mudança interior. Entre no círculo e comece dirigindo-se aos seus pais,
cujas fotografias podem estar no local. Se foram eles que originaram seus
sentimentos, diga-lhes que não deseja mais prosseguir pela vida de forma a ser
anualmente encoberto por essa tristeza. Agora, dirija-se a “você” em anos
anteriores. Comece colocando em volta do círculo cartões numerados, representando
cada ano de sua vida. Acrescente a eles, quando apropriado, um símbolo para
cada aniversário importante. Dirija-se a esses anos, se quiser. Deixe que a
força para mudar flua por você. Deixe qualquer tristeza ou indiferença que
rodeiem seu aniversário ir embora. Ande lentamente em volta do círculo. Quantas
vezes precisar, contemplando profundamente a sua vida. Dar a si um presente,
alguma coisa que realmente queira, mas não compraria em circunstâncias normais,
é uma boa forma de declarar que se valoriza e que reconhece esse dia como
especial. Se quiser cantar alguma coisa antes de sair do círculo, cante. Isso
pode começar a estabelecer o sentimento de celebração que você, agora, quer ter
presente em seus aniversários. Saia da sala. Desfaça o círculo.
Preparação:
Para a primeira versão desse ritual, faça um círculo com
ênfase na beleza. Se quiser, coloque os presentes e o bolo no círculo. Tenha
fósforos prontos para acender as velas. Para a segunda versão, faça um círculo
simples. Tenha fotografias de seus pais, se quiser. Coloque, em volta do
círculo, cartões numerados para cada ano de sua vida e alguns símbolos que
precisar para os anos especiais. Prepara um presente para se dar.
Recapitulando:
Na primeira versão, ande ou dance pelo círculo com seus
amigos. Fique no centro do círculo com todos a sua volta. Se quiser, fale
alguma coisa para eles. Abra seus presentes e acenda as velas do bolo. Saia
dançando e/ou cantando. Desfaça o círculo. Na segunda versão, entre no círculo.
Dirija-se aos seus pais e àqueles anos que precisam de atenção especial. Dê a
si mesmo o seu presente. Cante algo, se quiser. Saia do círculo e da sala.
Desmonte o círculo.
--
Começando um projeto novo =
Não importa o quanto nos consideremos racionais;
secretamente, todos desejamos que a magia esteja viva e não muito distante, e
que, se a chamarmos, ela nos dê uma calorosa resposta. Em momento algum esse
desejo é mais ativo do que quando estamos começando um novo projeto. Juntando
em um ritual toda a ajuda disponível, incluindo o encanto da boa sorte, nosso
projeto receberá uma sensação de confiança que irá, a longo prazo, fazer dele
um sucesso – fornecendo a direção em que o projeto estará a salvo.
O Ritual: Para essa cerimônia, todos aqueles que estiverem
participando de um novo começo, de qualquer natureza, devem estar presentes. É
a combinação de suas energias, entusiasmo e fé que irá trazer ao ritual, e
depois ao projeto, a irresistível qualidade da certeza. O círculo preparado
deve ser festivo e, ao mesmo tempo, tão mágico quanto vocês se sintam bem em
fazer. Quaisquer amuletos, encantos ou objetos de sorte que qualquer um de
vocês possua pode ser juntado às flores ou pedras do círculo. Vocês poderiam
pendurar, no alto, uma lua nova, ter a foto de um varredor de chaminé, desenhar
um trevo de quatro folhas ou representar qualquer um dos tradicionais objetos
portadores da boa sorte. Coloquem no centro do círculo, qualquer símbolo que
considerem apropriado ao projeto. Pensem muito para escolher, porque deve ser
uma inspiração para todos vocês, assim como o ponto focal e o fator de união.
Ficar em pé, no centro, durante o ritual, irá mostrar todo o amor e energia que
vocês podem dar. Entrem no círculo e fiquem de pé, rodeando o símbolo. Esse é
um ritual de grupo onde ninguém é líder; então, qualquer um pode falar em
qualquer ordem. A primeira coisa a se estabelecer é a natureza do projeto,
incluindo todas as expectativas e desejos que estão sendo colocados nele. A
próxima coisa a se afirmar é o que cada um de vocês está preparado para dar ao
projeto, em termos de dinheiro, tempo e esforço. Ouvir esses compromissos –
tanto os seus quanto o dos outros – feitos nesse lugar sagrado, fará com que
eles adquiram um peso maior do que se fossem feitos de outra maneira. Agora,
chamem tudo o que, de alguma forma, puder ajudar ao empreendimento. Saiam da
posição em que se encontram e andem ao redor do círculo, um de cada vez,
tocando em cada um dos encantos que tiverem sido nele colocados. Quem quiser dizer alguma coisa, diga. Alguém
também pode querer fazer algum pedido especial ou potencializar um talismã ou
símbolo com alguma afirmação positiva. A energia dos encantos da boa sorte irá
unir o grupo e dar muita fé no sucesso do projeto. Vocês podem terminar indo,
cada um, para o centro do círculo e tocando em um pedaço de madeira que tenham
colocado lá. Se parecer supersticioso demais, terminem a cerimônia curvando-se
uns aos outros e ao símbolo do projeto. Vocês podem sentir-se dando um grito de
vitória enquanto estiverem saindo.
Preparação:
Façam um círculo muito festivo, contendo alguns amuletos,
encantos e objetos de sorte de todos os participantes. Coloque, no centro, um
símbolo para o projeto e, se quiser, um pedaço de madeira.
Recapitulando:
Todos entram no círculo e ficam de pé em volta do símbolo
para o projeto. Cada um diz as expectativas e desejos que estão colocando no
projeto. Cada um diz o que está preparado para dar ao projeto. Cada um anda em
volta do círculo, tocando os encantos e evocando sua ajuda. Cada um toca o
pedaço de madeira que está no centro, se quiserem. Os participantes curvam-se
uns aos outros, depois, ao símbolo do projeto e, em seguida, saem do círculo.
Saiam da sala. Desfaçam o círculo.
---------------------------------------------
(continua...)
---------------------------------------------
VELAS
DO LIVRO: A
MAGIA DIVINA DAS VELAS O Livro das Sete Chamas Sagradas , De: Rubens Saraceni ,
EDITORA MADRAS
Nas chamas das velas podemos ver ondas ígneas parecidas com
as que são irradiadas pelos pontos de forças da natureza, que são os chacras planetários
multidimensionais, que emitem energias que são conduzidas por poderosas
correntes eletromagnéticas a todos os quadrantes das muitas dimensões da vida
dentro do nosso todo planetário. Esses chacras ou vórtices planetários retiram
energias do nosso plano material e as enviam a todas as outras dimensões
existentes paralelamente com a nossa dimensão espiritual. Mas também coletam as
energias geradas nas outras dimensões e as transportam até a nossa dimensão
humana da vida, numa troca energética contínua. Sabemos que as energias do
plano material são as mais densas e que vão sendo fracionadas pelas ondas das
correntes eletromagnéticas multidimensionais. Esse fracionamento obedece ao
mesmo processo da nossa digestão, quando ingerimos alimentos sólidos e eles vão
sendo partidos em “pedaços” cada vez menores, até que é possível a retirada das
vitaminas, proteínas, lipídios, etc., que são lançados na corrente sanguínea e
chagam às células. As energias do plano material são absorvidas pelos vórtices
energéticos e, dentro deles, elas vão sendo fracionadas e conduzidas por ondas
energéticas às dimensões paralelas, onde são absorvidas pelos seres, criaturas
e espécies que nela vivem. E essas mesmas ondas energéticas retornam à nossa
dimensão humana, carregadas das sutilíssimas energias nelas existentes,
descarregando-se no nosso prana ou éter universal. Então, numa troca energética
continua, ora doamos, ora recebemos energias. Essas ondas ígneas tanto são
absorvidas pelas correntes eletromagnéticas quanto podem ser projetadas a
distâncias longínquas alcançando o alvo que mentalizamos. A nossa mente é a
chave do processo, pois se mentalizarmos uma pessoa, as ondas chegarão até ela.
E caso essa pessoa tenha falecido, as ondas chegarão até seu espírito, esteja
ele onde estiver no mundo espiritual. Essa nossa mente é direcionadora de
energias e ativadora de processos mágicos ou teúrgicos.
No passado, os “magos do fogo”, ao acenderem suas piras
rituais, usavam só certas espécies de madeira, pois as chamas, dependendo da
espécie usada, projetavam um tipo de energia própria para o fim desejado por
eles. Quando surgiram as velas de cera de abelha, muitos adaptaram suas magias
e elas e outros recorreram à mistura de elementos minerais para obter os mesmos
resultados. Mas até hoje o uso das piras se mantém em algumas regiões e
religiões, pois o fogo “religioso” delas é um purificador único.
Na vela branca estão todos os tipos de irradiações primárias
e nas coloridas as irradiações mistas ou compostas, repetindo o fenômeno físico
de luz branca, que, ao ser fracionada, mostra-se como um arco-íris. De um modo
geral podemos dizer que a vela branca traz em si todas as irradiações e as
projeta assim que é acesa e que as coloridas irradiam ondas compostas,
originadas da fusão de ondas primárias irradiadas pela sua chama.
Já a vela preta,
quando é acesa, forma vários tipos de ondas, cujo maior fenômeno é o de
absorver essências coloridas e fundi-las, adquirindo um magnetismo absorvente
desagregador de muitos tipos de energias espirituais ou elementais.
A vela azul-escura, por outro lado, além de emitir vários
tipos de ondas ao absorver a essência eólica existente no éter, emite, por meio
de sua chama, uma onda tão polarizadora que é associada ao Trono da Lei – a
potência Divina.
A vela vermelha é compartilhada por oito Tronos de Deus e é
associada diretamente ao elemento fogo e ao Trono da Justiça. Mas, na verdade,
a cor original desse Trono é um dourado parecido com a cor dos raios vistos
durante as tempestades, cujos relâmpagos ofuscam nossa visão. Assim, se
associamos a vela vermelha ao Trono da Justiça, é porque ela emite uma onda
purificadora tão poderosa que consome todas as condensações energéticas
desordenadas ou desequilibradas. E quando direcionada magisticamente para um espírito,
consome todas as suas energias negativas e devolve-lhe seu equilíbrio mental e
vibratório, curando-o e libertando-o dos seus próprios sentimentos negativos.
Enfim quando associamos uma vela e uma cor a uma divindade,
é porque uma de suas ondas se destaca e tem correspondência com sua energia
viva ou com o campo em que ela atua.
Velas e Tronos =
Vela Branca : Trono da Fé
Vela Azul-escura : Trono da Fé
Vela Rosa ou Azul : Trono do Amor
Vela Branca ou Azul-celeste : Trono do Amor
Vela Verde ou Branca : Trono do Conhecimento
Vela Magenta ou Vermelha : Trono do Conhecimento
Vela Marrom, Vermelha ou Branca : Trono da Justiça
Vela Laranja : Trono da Justiça
Vela Vermelha, Azul-escura ou Branca : Trono da Lei
Vela Amarela : Trono
da Lei
Vela Violeta ou Branca : Trono da Evolução
Vela Lilás ou Branca : Trono da Evolução
Vela Azul-clara ou Branca : Trono da Geração
Vela Roxa ou Branca : Trono da Geração
Vela Preta ou Vermelha : Trono da Vitalidade
Vela Vermelha : Trono dos Desejos
---------
ATIVAÇÃO DOS TRONOS:
Vela ROXA: Essa vela deve ser acesa para pedidos de cura de
enfermidades, assim como para afastamento de espíritos sofredores, obsessores
ou zombeteiros. Trono Masculino da Geração (IÁ-FÉR-SI-HE-IIM-YÊ)
---
Vela LILÁS: Deve ser acesa para pedidos de saúde, de amparo
familiar e de âmbito profissional. Também serve para afastar pessoas invejosas,
cobiçosas ou falsas. Trono Feminino da Evolução (IÁ-FÉR-MA-RÉ-IIM-YÊ)
---
Vela ROSA: Deve ser acesa para pedidos de união, para
auxílio durante a gravidez ou para conseguir engravidar. Também deve ser acesa
para pedir prosperidade no plano material e evolução nos planos consciencial e
espiritual. Trono Feminino do Amor (IÁ-FÉR-MA-IIM-YÊ)
---
Vela AZUL-ESCURA: Deve ser acesa para abertura dos caminhos
materiais ou espirituais, para propiciar oportunidades profissionais e também
para afastar obsessores. Trono Masculino da Lei (IÁ-FÉR-AG-IIM-YÊ)
Vela MARROM: Deve ser acesa para pedido de auxílio no campo
religioso das pessoas, quando estas estiverem confusas, bloqueadas
mediunicamente ou sendo demandadas. Trono da Justiça
(IÁ-ÓR-RA-IIM-YÊ – IÁ-FÉR-KA-LI-IIM-YÊ)
---
Vela LARANJA: Deve ser acesa para pedidos de justiça, purificação
de ambientes e para cortar magias negras. Trono Feminino da Justiça
(IÁ-FÉR-KA-LI-IIM-YÊ)
---
Vela VERMELHA: Deve ser acesa para pedidos de justiça, para
afastar inimigos e para proteção contra pessoas falsas, invejosas ou traidoras.
Trono Masculino da Justiça (IÁ-ÓR-RA-IIM-YÊ)
---
Vela AZUL: Deve ser acesa para pedir saúde, harmonia
familiar e matrimonial, e para purificar os ambientes. Trono Feminino da
Geração (IÁ-HÓR-MA-NI-IIM-YÁ)
---
Vela VERDE: Serve para pedidos de saúde, para abertura de
oportunidades profissionais e para melhorar o raciocínio. Trono do Conhecimento
(IÁ-FÉR-SE-HI-IIM-YÊ)
---
Vela AMARELA: Serve para direcionar a vida das pessoas.
Trono Feminino da Lei (IÁ-FÉR-ÇA-IIM-YÊ)
---
Vela PRETA: Deve ser acesa no quintal e deve ser consagrada
a Deus e ao Divino Trono da Vitalidade Mehor yê, pedindo a Deus e a esse Trono
que afastem de suas casas quaisquer atuações negativas. Trono da Vitalidade
(IÁ-FER-ME-HOR-IIM-YÊ)
---
Vela VIOLETA: Trono Masculino da Evolução (IÁ-ÓR-RA-IIM-YÊ)
(1). Deve-se acender uma vela violeta de sete dias, consagrá-la a Deus e ao seu
Trono Masculino da Evolução, evocando essa divindade e solicitando seu auxílio
na solução de problemas com espíritos sofredores, “encostados” ou obsessores.
(2). Deve-se acender uma vela violeta de sete dias,
consagrá-la a Deus e ao Trono Masculino da Evolução. A seguir, mentalizar esse “desenho”
ígneo e trazê-lo ao chacra frontal, evocando essa divindade e solicitando seu
auxílio na transmutação de conceitos e sentimentos não virtuosos.
(3). Deve-se acender uma vela violeta de sete dias,
consagrá-la a Deus e ao Trono Masculino da Evolução. A seguir, mentalizar um
desenho ígneo, e evocar essa divindade e solicitar seu auxílio na cura de
doenças, na diluição de discórdias, etc.
(4). Deve-se acender uma vela violeta de sete dias,
consagrá-la a Deus e ao Trono Masculino da Evolução. A seguir, evocar essa
divindade e, mentalizar uma mandala ígnea, trazendo-a para você, posicionando-a
ao seu redor, pois ela limpará suas auras e afastará espíritos sofredores.
(5). Deve-se acender em círculo sete velas violeta e
consagrá-las a Deus e ao Trono Masculino da Evolução. A seguir, evocar essa
divindade e solicitar seu auxílio na solução de vários problemas, tais como
perseguição espiritual, magias negativas, doenças, etc.; inclusive, pode-se
firmar as velas em um círculo maior e sentar-se dentro dela na posição de
lótus, mentalizando a dissolução de seus problemas. Mas deve-se permanecer uns
quinze minutos sentados, mentalizando uma chama violeta ao seu redor.
---
Vela MAGENTA: Trono Feminino do Conhecimento
(IÁ-FER-MA-IIM-YÊ).
(1). Deve-se acender uma vela magenta de sete dias,
consagrá-la a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento e solicitar seu auxílio
divino no fortalecimento do seu sentido da fé e no aperfeiçoamento do seu
sentimento de religiosidade, transmutando-os para melhor. Depois, mentalizar
uma mandala ígnea e trazê-la para o seu íntimo, através do chacra cardíaco ou
do coração.
(2). Deve-se acender uma vela magenta de sete dias,
consagrá-la a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento, evocando-o e solicitando
seu auxílio na harmonização de relacionamentos amorosos.
(3). Deve-se acender uma vela magenta de sete dias,
consagrá-la a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento. A seguir, mentalizar um
pontal ígneo, expandi-lo a sua frente e solicitar o auxílio dessa divindade
para abrir suas “portas”, sejam as materiais ou as espirituais.
(4). Deve-se acender uma vela magenta de sete dias,
consagrá-la a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento. A seguir, mentalizar
esse “desenho” ígneo e, evocando essa divindade, solicitar seu auxílio na cura
de doenças.
(5). Deve-se acender uma vela magenta de sete dias,
consagrá-la a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento. A seguir, mentalizar um
desenho ígneo e solicitar o auxílio dessa divindade para anular antipatias,
discórdias e inimizades.
(6). Deve-se acender uma vela magenta de sete dias,
consagrá-la a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento. A seguir, evoca-lo,
mentalizando um desenho ígneo, solicitando seu auxílio na cura de doenças e na
abertura de novas oportunidades espirituais e materiais.
(7). Deve-se acender uma vela magenta de sete dias,
consagrá-la a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento e, mentalizando uma
mandala ígnea, solicitar o auxílio dessa divindade na solução de problemas
variados.
(8). Sete velas magenta devem ser acessas e firmadas em
círculo e consagradas a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento. Deve-se
solicitar seu auxílio divino na solução de muitos problemas, tais como
desarmonia familiar, desemprego, tristezas indefinidas, melancolia, apatia,
etc. Deve-se evocar essa divindade de Deus e mentalizar uma mandala ígnea,
deslocando-a para sua mente, de onde ela se expandirá e formará, a sua volta, uma
aura expansora e transmutadora da realidade sombria ou triste que estiver
envolvendo-o.
(9). Treze velas magenta devem ser acesas em cruz e
consagradas a Deus e ao Trono Feminino do Conhecimento. Depois, evoca-las e
solicitar seu auxílio divino na solução de vários problemas, tais como: limpeza
de ambientes energeticamente negativados (inveja, mau-olhado etc.) ou para o
afastamento de espíritos sofredores, obsessores, desequilibrados, etc.
---
Vela AZUL-TURQUESA: Essa vela é ótima para a cura de doenças
psíquicas ou de fundo emocional e também para harmonizar ambientes familiares.
Os vários desenhos aqui ilustrados correspondem às formas ígneas formadas no
plano espiritual pela balsâmica chama dessa vela. Tronos do Amor, do
Conhecimento, da Geração e da Evolução
---
Vela PRATA: Essa vela é usada para a decantação de
sentimentos negativos, descarga de emoções desequilibradas, afastamento de
espíritos perturbadores e sofredores, além de ser ótima nos processos de cura,
desde que seja consagrada a um ou a vários Tronos de Deus. Todos os Tronos
---
Vela DOURADA: Essa vela tem múltiplas utilidades e deve ser
acesa em triângulo, em cruz ou em círculo. Todos os Tronos.
(1). Tronos Femininos da Lei e do Conhecimento. Ao acender a
vela, deve-se mentalizar uma mandala no plano espiritual. Ela tem o poder de
abrir o mental, aguçar o raciocínio, concentrar a mente, reequilibrar o
emocional e dimensionar os seres. Deve-se evocar esses dois Tronos e pedir-lhes
auxílio Divino e suas irradiações vivas.
(2). Tronos Femininos da Evolução e da Justiça. Ao acender a
vela dourada, deve-se mentalizar uma irradiação e pedir a Deus e a esses Tronos
a queima das energias negativas, a autoenergização e a transmutação dos
sentimentos íntimos, redirecionando suas vidas e espiritualidade. Também serve
para auxiliar na cura de algumas doenças de fundo emocional.
(3). Tronos Masculinos da Fé, da Evolução e da Geração. Ao
acender a vela, deve-se mentalizar uma mandala transmutadora, magnetizadora e evolucionista
e pedir a Deus e aos Tronos que auxiliem na transmutação íntima e exterior,
assim como na descarga e queima de energias negativas internalizadas em seus
campos eletromagnéticos e energéticos sutis.
(4). Tronos da Fé e da Evolução. Ao acender a vela,
mentalize uma mandala magnetizadora, e transmutadora e peça auxílio de Deus e
desses Tronos para o fortalecimento da fé e da autoestima.
(5). Tronos do Amor e da Geração. Ao acender a vela, peça o
auxílio de Deus e desses Tronos nos campos do amor e da geração de
oportunidades profissionais; pode-se também pedir a cura de algumas doenças.
(6). Tronos da Geração e do Conhecimento. Ao acender a vela,
mentalize uma mandala e clame pelo auxílio de Deus e desses Tronos para curas,
queimas de energias negativas e concentração do raciocínio.
(7). Tronos do Amor, da Fé, da Evolução e da Geração. Ao
acender a vela, mentalize uma mandala e peça auxílio a Deus e a esses Tronos
para a cura de doenças, afastamento de espíritos desequilibrados e descarga de
energias negativas condensadas dentro de seus lares.
(8). Tronos da Evolução e da Geração. Ao acender a vela,
evoque o auxílio de Deus e desses Tronos e mentalize uma mandala transmutadora
e geradora, pedindo auxílio para anular obsessões espirituais, afastar
espíritos sofredores, gerar oportunidades profissionais assim como para curar
algumas doenças físicas ou psíquicas.
(9). Tronos do Conhecimento. Ao acender a vela, mentalize
uma mandala, pedindo o auxílio de Deus e desses Tronos para suas vidas, seja no
campo da saúde, profissão, relacionamento etc.
(10). Tronos da Lei e da Justiça. Ao acender a vela,
mentalize uma mandala, pedindo a Deus e a esses Tronos o auxílio divino para
anularem magias negativas, atuações espirituais e queima de energias negativas
em seus campos magnéticos ou condensadas em seus lares.
(11). Tronos da Evolução, do Amor e do Conhecimento. Ao
acender a vela, evoque esses Tronos e mentalize uma mandala. A seguir, peça
auxílio de Deus e desses Tronos para solucionar problemas de desemprego,
doenças e desarmonias familiares ou profissionais.
(12). Tronos da Justiça, do Conhecimento e da Geração. Ao
acender a vela, evoque esses Tronos e mentalize uma mandala pedindo o auxílio Divino
para anularem inimizades, demandas mentais e descargas de energias negativas
condensadas em seus corpos espirituais.
(13). Tronos da Evolução, da Geração e do Conhecimento. Ao
acender a vela, evoque esses Tronos e mentalize uma mandala, pedindo o auxílio
Divino para superarem as dificuldades espirituais, os sentimentos mórbidos e
apatizadores e a tristeza.
---
Todos os Tronos (1): Velas lilás, rosa, azul, verde,
amarela, vermelha e branca paralelas nessa ordem. Servem para pedidos variados
de auxílio.
---
Todos os Tronos (2): Velas branca, vermelha, amarela, verde,
lilás, rosa e azul, nessa ordem formando um círculo. Serve para pedidos
diversos, tais como cortar magias negativas, pragas, amaldiçoamentos, inveja,
quebrante, mau-olhado etc. Em caso de pessoas obsediadas, doentes ou
internadas, deve-se colocar o nome ou uma foto recente delas dentro desse
círculo mágico, que deve ser firmado no solo.
---
Tronos da Lei Maior (IÁ-FÉR-AG-IIM-YÊ – IÁ-FÉR-ÇA-IIM-YÊ):
Velas roxa, vermelha, azul-escura, amarela, verde, laranja, lilás, rosa, marrom
e azul-clara, nessa ordem em círculo. No centro do círculo uma vela branca.
Serve para afastar espíritos obsessores, limpar ambientes e cortar magias
negativas. Também serve, clamando a Deus e ao Trono da Lei, para redirecionar a
vida dads pessoas, afastando-as de condutas negativas. Deve-se acender sete
vezes durante sete dias seguidos. Esse círculo forma um arco-íris celestial,
sai da chama da vela branca e, depois, projeta, em caracol, suas cores rumo ao
infinito.
---
Trono da Fé (IÁ-ÓR-NA-HI-IIM-YÊ – IÁ-ÓR-NA-HE-IIM-YÊ): Velas
vermelha, azul-escura, branca, laranja e rosa nessa ordem, formando uma linha.
Formando uma linha com ângulo de 90 graus da primeira e partilhando a mesma
vela branca, velas marrom, azul-clara, lilás, então a vela branca, depois
amarela, verde e roxa. Deve-se acender para pedidos de paz, harmonia, descargas
de energias negativas.
---------------
PARA AMOR: Devem ser usadas velas azul, rosa e branca,
acesas em triângulo.
---
PARA PEDIDO DE JUSTIÇA: Devem ser usadas velas branca, azul,
vermelha e laranja, acesas em cruz.
---
PARA QUEBRAR UMA DEMANDA: Devem ser usadas velas branca,
vermelha e preta, acesas em triângulo.
---
PARA CONSUMIR MIASMAS: Devem ser usadas velas branca, azul,
rosa, roxa ou lilás, acesas em círculo.
---
PARA DILUIR EGRÉGORAS: Devem ser usadas velas branca, preta,
vermelha e roxa, acesas em círculo.
---
PARA PURIFICAR UM AMBIENTE: Devem ser usadas velas branca,
rosa e violeta, acesas em triângulo.
---
PARA ENERGIZAR UMA PESSOA: Devem ser usadas velas branca,
vermelha, laranja e lilás, acesas em cruz.
---
PARA DESCARREGAR A AURA: Devem ser usadas velas branca,
vermelha, laranja e lilás, acesas em cruz.
---
PARA CORTAR CORDÕES ENERGÉTICOS NEGATIVOS: Devem ser usadas
velas branca, vermelha, amarela, azul e laranja, acesas em círculo.
---
PARA CORTAR INVEJA, PRAGAS, MALDIÇÕES, OLHO GORDO E CIÚMES:
Devem ser usadas velas das sete cores principais (branca, rosa, azul, verde,
vermelha, amarela e roxa), acesas em círculo.
---
PARA CRUZAR UM LOCAL: Deve ser usada vela branca.
---
PARA FORTALECER UM NAMORO: Devem ser usadas velas branca,
azul e rosa, acesas e amarradas com fitas das mesmas cores.
---
PARA FASTAR UM INIMIGO DO NOSSO CAMINHO: Deve ser usada uma
vela branca acesa em campo aberto.
---
PARA VIRAR UMA DEMANDA: Devem ser usadas velas branca,
azul-escura, vermelha e preta, acesas de ponta cabeça, em cruz.
---
PARA CORTAR UMA DEMANDA: Devem ser usadas apenas velas brancas,
vermelhas e pretas, acesas em triângulo.
---
PARA “CRUZAR” UMA PESSOA: Deve ser usada vela branca.
---
PARA DESOBSTRUÇÃO DOS CHACRAS:
Branca: Coronário, frontal, solear, laríngeo e básico
Azul: Coronário, cardíaco, umbilical e laríngeo
Verde: Frontal, coronário, esplênico e laríngeo
Vermelha: Umbilical, básico, esplênico e laríngeo
Lilás: Coronário, cardíaco, básico e esplênico
Rosa: Frontal, cardíaco, esplênico e laríngeo
Amarela: Frontal, laríngeo, umbilical, esplênico e básico
Laranja: Umbilical, frontal, cardíaco e básico
Essas cores atuam com maior intensidade e eficácia sobre
esses chacras, e devem ser mantidas sobre eles por cinco minutos, porque esse é
o tempo de que as ondas ígneas precisam para diluir, queimar, anular ou
desagregar os acúmulos de energias que se formam ao redor deles, mas dentro do
corpo energético. Um bastão de vidro incolor, se levemente aquecido na chama de
uma vela e friccionado sobre os chacras, puxa para si toda a energia negativa
acumulada ao redor deles. Aqueça apenas a ponta redonda do bastão e só até ela
absorver energia ígnea, mas de forma que o calor seja suportável pela pele do
corpo. Portanto, alguns segundos próximo da chama da vela já são suficientes
para aquece-lo. Ele deve ficar morno, nunca quente. O vidro, sendo um material
amorfo, magnetiza-se assim que é aquecido e torna-se um poderoso absorvedor de
todos os tipos de energias negativas, inclusive as de natureza humana ou
“carnal”. Já o quartzo, se levemente aquecido, projeta ondas ígneas raiadas até
dois metros de distância, alimentando-se das energias negativas do ambiente.
Logo, não é aconselhado o seu uso nos chacras, porque suas ondas são muito
longas.
---------------------------------------------
( Do Livro: A Cabala
Draconiana, de Adriano Camargo Monteiro ; EDITORA MADRAS )
Alguns Símbolos de
Malkuth/Lilith: Alguns símbolos utilizados nos trabalhos de Malkuth/Lilith
são o crânio, o tambor, a cruz grega dentro do círculo e o altar negro de cubo
duplo. O crânio, ou a caveira simboliza a terra, os ossos da terra (as rochas),
a transitoriedade da vida física e, ao mesmo tempo, a essência imortal da
existência através das transformações e dos ciclos naturais e cósmicos da vida,
bem como os poderes dos “mortos” autoconscientes e dos ancestrais. O tambor é
também um símbolo da Terra, do ritmo cósmico primordial da criação e da
destruição, do pulsar de todas as formas de vida, dos instintos primitivos e
das forças maternais da natureza. A cruz grega - a cruz de braços iguais –
dentro do círculo é um símbolo dos quatro Elementos que interagem entre si no
continuo processo da Criação macrocósmica e microcósmica. O altar merece uma
atenção maior porque é um símbolo concreto, muito importante, utilizado na
pratica cerimonial, além de nos dar um exemplo de geometria sagrada simples. O
altar negro de cubo duplo representa a matéria que dá suporte para as forças
espirituais se manifestarem no mundo físico e expressa a totalidade da Árvore
cabalística e suas forças convergidas para a Terra; é o trabalho (mágico)
completado. O altar com cubo duplo (um cubo sobre o outro) representa todas as
Esferas, menos a Malkuth/Lilith que é representada pela própria Terra e o solo
do templo cerimonial.
Alguns símbolos de
Yesod/Gamaliel: a meia-lua, o caldeirão, a taça, o ovo e os perfumes. A
meia-lua é o próprio símbolo da Lua e do plano astral, indicando receptividade
e o inconsciente. O caldeirão representa o útero onde se dá a gestação da vida.
É o receptáculo das influências astrais aproveitadas na magia ou na feitiçaria,
bem das águas da Terra. O caldeirão simboliza a fusão da água, da terra, do
fogo e do ar, e com esses elementos ele pode ser utilizado. A taça partilha de
alguns significados do caldeirão e representa também a vagina no contexto
mágico e ritualístico. O ovo representa a criação latente e os poderes latentes
e criadores do magista; também partilha do simbolismo do caldeirão e da taça.
Os perfumes são os símbolos do plano astral (e da mente também) que é mais
sutil do que a matéria densa do plano físico, e sua fumaça sugere elevação
espiritual e o véu do Além e seus mistérios que estão em nós mesmos.
Alguns símbolos da
Esfera Hod/Samael: O caduceu, a varinha, a pluma, os rolos de papiros e a lemniscata.
Sobre o caduceu já tratamos em capítulos anteriores. A varinha é um símbolo da
magia e do elemento Ar, utilizada para traçar signos no ar juntamente com as
vibrações de palavras pertinentes. A pluma é outro símbolo do Ar e da escrita,
pois a mente, ou o intelecto, produz a palavra que é vibrada no ar, assim como
o próprio pensamento e o raciocínio rápido são “elementos aéreos”. Os papiros
são o símbolo do conhecimento arcaico e secreto, que contêm as palavras, os
signos e as fórmulas da magia tanto da Mão Direita quanto da Mão Esquerda; os
livros, revistas e jornais, são o desenvolvimento do papiro e hoje se prestam a
registrar informações e conhecimentos úteis e construtivos ou inúteis,
descartáveis e perniciosos. A lemniscata é o oito horizontal, símbolo gráfico
do infinito e dos ciclos realizados em polaridade no Universo e na Natureza.
Alguns Símbolos da
Esfera Netzach/A´Arab Zaraq: Os símbolos das Esferas de Vênus são a rosa
(com espinhos), a pomba, o espelho, a concha, a lâmpada e a cruz ansata. A rosa
é a flor sagrada de Vênus e simboliza o amor, a pureza, a alma humana e a
vontade; com os espinhos caracteriza o aspecto qliphótico de purgação das
impurezas, dos elementos indesejáveis da existência e o esforço doloroso para
se atingir os planos mais elevados. A pomba é a ave sagrada de Vênus e
simboliza o espírito e a paz de espírito, a tranquilidade ataráxica. O espelho
é símbolo da beleza e da feldade, representa a Terra como um reflexo das
Esferas cabalísticas e o ser humano como reflexo dos deuses e demônios;
representa uma “porta mágica” para outros planos ou estados de consciência. É
associado também à Esfera de Daath, o “Conhecimento”. A concha representa a
vagina, o útero gerador, o desejo e o aspecto feminino da natureza, pois Vênus-Afrodite
nasceu de uma concha, em meio à espuma do mar, fecundada com o sangue do falo
de Urano, o pai dos Titãs. A lâmpada é a luz de Lúcifer (o “Gênio da Lâmpada”),
e representa a inteligência, as ideias que iluminam a vida, a consciência e a
autoconsciência nos planos sephiróticos e qliphóticos; simboliza o próprio
planeta Vênus com seu brilho matutino e vespertino. A cruz ansata é um símbolo da vida eterna e
do caminho a ser seguido pela alma em busca do deus interno; representa o amor
venusiano, pois é o próprio glifo astrológico de Vênus.
Alguns Símbolos da
Esfera Tiphareth/Thagiriron: Alguns símbolos utilizados nos trabalhos
solares são a cruz latina invertida, o mastro, o candelabro, os chifres, o
círculo com o ponto e o outa (o olho-de-Hórus). A cruz latina invertida é o
símbolo do sacrifício espiritual, da transmutação de algo inferior para algo
superior e a união dos opostos na própria alma; é a espada apontada para cima e
o falo gerador, a força masculina e positiva do universo manifestado e da individualidade.
O mastro é um símbolo fálico da fertilidade, da vida e da ascensão. O
candelabro representa a luz e o fogo solares, a iluminação espiritual e a
presença de Eu Superior nos trabalhos ocultos. Os chifres são um símbolo da
inteligência expandida e da compreensão espiritual, representando também a
autoridade, o poder e a força, e jamais se deve considera-lo um atributo
diabólico. Estão associados também às Esferas de Marte (Geburah), Júpiter
(Chesed) e Saturno (Binah). O círculo com o ponto no centro representa o
próprio Sol e o Eu Superior inserido na totalidade do universo, como o centro
da evolução individual; é a Criação manifestada no Cosmos com a Luz que brilha
nas Trevas. O outa ou udjat, o olho-de-Hórus, simboliza a visão espiritual do
iniciado e a própria visão da Lei na manifestação de todas as coisas. O olho
também está associado a Shiva e a Set, os destruidores da ilusão e do universo
quando este chegar ao fim de seu ciclo evolutivo. Entretanto, esse olho
destruidor não é exatamente um “olho solar”.
Alguns Símbolos da
Esfera Geburah/Golachab: Alguns símbolos de Marte utilizados na Cabala são
a espada, o açoite, a corrente, a rosa de cinco pétalas e o pentagrama. A
espada representa destruição, a eliminação do inútil e desnecessário, a justiça
e também a morte violenta; serve para banir e invocar, é um símbolo de divisão
e análise, do raciocínio e da mente. O açoite simboliza a severidade da Lei e
da Ordem, a dor das ações kármicas e do ascetismo iniciático. A corrente
partilha de alguns significados do açoite. A rosa de cinco pétalas é o espírito
renascido após os padecimentos da vida e do carma doloroso criado no passado. O
pentagrama é um símbolo cabalístico da magia e também um antigo símbolo pagão,
representando os quatro Elementos e o Espírito; de ponta cabeça expressa as
forças cósmicas descendo para a Terra, sendo atraídas para o magista, e não o
Diabo.
Alguns Símbolos da
Esfera Chesed/Gha´Agsheklah: Alguns símbolos de Júpiter são: a suástica, o
cajado ou o cetro, o orbe e a pirâmide. A suástica é uma cruz muito mais antiga
do que o nazismo, e representa o movimento de expansão ou contração do universo;
é um símbolo da boa sorte, da alegria e da saúde. O cajado e o cetro simbolizam
a autoridade e sabedoria espirituais do iniciado e o poder do magista, assim
como é a muleta do sábio ancião no fim de sua existência; pode também ser usado
como instrumento de autoritarismo e opressão. O orbe é o globo do mundo
representando o poder e o domínio sobre as forças materiais e sobre si mesmo.
Sobre a pirâmide muito se tem falado, porém não vamos nos estender em
discussões polêmicas. Para os nossos propósitos neste estudo, basta dizer que a
pirâmide expressa as forças cósmicas expandindo-se e “descendo” para a Terra (e
tem também essa finalidade), e simboliza os Mistérios, a Iniciação e o próprio
universo – ou seja, a Obra concluída – constituído pelos quatro Elementos
(metafisicamente) regidos pelo Espírito Arquiteto.
Alguns Símbolos de
Daath: Alguns dos símbolos mais interessantes e significativos de Daath são
o calabouço, a cela de hospício, a casa maluca, o labirinto, o cubo mágico, a
semente, o holograma, o espelho (de Alice), a toca do coelho, a cabeça de
Janus, o relógio mecânico, a “oficina do Diabo”, o palhaço, a máquina do tempo,
a caixa de Pandora, o código binário, o cérebro, o disco rígido do computador,
a torre de Babel, o navio fantasma. Além dos símbolos citados (alguns
principais) e das atribuições astrológicas e astronômicas, podemos considerar
todos os símbolos possíveis para Daath, os antigos e os modernos, os sagrados e
os profanos, os concretos e os abstratos, infinitamente, bem como
(paradoxalmente) desconsiderar qualquer símbolo também. Pelo que precede, Daath
pode ser considerada como o centro principal da magia do caos ou caoísmo, que é
um sistema não muito sistemático no qual cada magista faz seu próprio sistema.
Na magia do caos o mais importante é a experiência individual (como em qualquer
outro sistema ocultista), a busca pelos estados alterados de consciência, o
desenvolvimento pessoal e a responsabilidade ou irresponsabilidade pelos seus
seus resultados. Crenças são adotadas ou criadas à vontade como meios de se
atingir determinados fins ou objetivos, podendo ser abandonadas ou substituídas
por outras. O magista caótico visa alterar sua própria “realidade” e utiliza
tudo o que possa ser útil e funcional para o seu sistema pessoal, como, por
exemplo, magia cabalística, xamanismo, magia enochiana, tantrismo,
Necronomicon, doutrinas religiosas, magia goética, mitologia, psicologia
junguiana, radiônica, tarô, neurologia, fisiologia, biologia, mecânica
quântica, ciência acadêmica em geral, plantas enteógenas e psicoativos
sintéticos, sigilização, ufologia, música atonal, rock progressivo, filosofia,
artes, literatura, poesia, fantasia, ficção científica, teorias, hipóteses,
etc. Enfim, tudo pode ser adaptado e utilizado no sistema caótico no qual não
há mestres, gurus ou professores, a não ser que o magista queira. Assim como a
magia do caos, Daath é um verdadeiro pandemônio que influencia a vida na Terra
e as civilizações. Na humanidade, a influência de Daath pode gerar insanidade
ou criar gênios encarnados.
Alguns Símbolos da
Esfera Binah/Satariel: Os símbolos saturninos utilizados na Cabala
Draconiana são: a vagina (ou yoni, em sânscrito), o caldeirão, a taça, o
triângulo invertido, o túmulo, o sarcófago, a foice, a túnica negra, o crânio e
o tambor. O caldeirão e a taça, também abordados na Sephira Yesod, representam
aqui o Grande Útero primordial, a fonte de toda a Matéria cósmica. A taça é
também Ginnungagap, a Grande Taça da Ilusão dos escandinávios, o Mar do Caos do
Espaço Primordial de onde provém toda a Matéria e a Vida; é a vagina da Grande
Mãe, Binah. O triângulo invertido é o símbolo equivalente à vagina, ao útero e
à taça, além de ser o glifo alquímico da Água ou do Grande Mar. O túmulo e o
sarcófago simbolizam, obviamente, a morte ou melhor, a transformação e o
retorno à origem primitiva da matéria. São símbolos femininos, já que a morte
neste mundo significa renascimento em outro. A foice é outro símbolo de morte e
transformação, de passagem e do tempo de todas as coisas. A túnica negra
representa o ocultamento, a introspecção e o silêncio. É usada nos trabalhos
cabalísticos cerimoniais e na magia de modo geral como um sinal de
recolhimento, isolamento da vida mundana e cotidiana. Indica a ideia de segredo
e sagrado, de seriedade e concentração no trabalho. O crânio e o tambor são
também abordados na Sephira Malkuth. Esses símbolos se associam tanto à Terra
quanto à Esfera de Saturno.
Alguns Símbolos de
Chokmah/Ghogiel: Os símbolos utilizados aqui são o cetro e o falo. O cetro
é também abordado na Sephira Chesed (Júpiter), que é um desdobramento imediato
de Chokmah no Pilar da Misericórdia. O falo (ou linga, em sânscrito) simboliza
o princípio masculino abstrato, primordial e espiritual do universo, é a força
masculina impetuosa, o fluxo de energia livre em direção ao Receptáculo
feminino para gerar a Vida; tem correspondência com o cetro e o cajado.
Alguns Símbolos de
Kether/Thaumiel: Os símbolos cabalísticos são, o ponto, a suástica e a
coroa. O Ponto é a Primordial Latência Espiritual que irá se diferenciar e
expandir; é a origem de Tudo, o Princípio Imanifesto do Universo. A Suástica,
também tratada em Chesed, aqui é o primeiro movimento (Primum Mobile)
originando-se do ponto para dar início à Criação. A Coroa simboliza o Princípio
Espiritual Absoluto, o Rei do Universo em toda a sua abrangência, assim como é
a consciência espiritual totalizada do ser humano.
---------------------------------------------
HISTÓRIA
(Fonte: A HISTÓRIA SOMBRIA DO OCULTO , Magia Loucura e Assassinato - De: Paul Roland ; EDITORA MADRAS )
A palavra “mago” deriva de Magi, o nome dos sacerdotes
persas do Zoroastrismo, que eram hábeis na interpretação de sonhos e
astrologia. Zoroastro (c.1700-1400 a.C) foi o primeiro profeta a proclamar que
o amor do Ser Supremo (Ahura Mazda) deveria ser buscado por sublimação, não por
sacrifícios, e que todas as criaturas vivas têm valor igual ao do homem.
Zoroastro reformulou o culto ao fogo, de forma que ele se tornou o símbolo da
Força da Vida Universal. De acordo com os Gathas, um texto sagrado atribuído ao
profeta, Ahura Mazda deu à luz espíritos gêmeos, que lutaram pelo controle do
mundo. Mas o Ser Supremo não criou o bem e o mal, pois esses conceitos são
humanos. O que chamamos de bem é simplesmente a habilidade de perceber a
realidade, ou a verdade das coisas, enquanto o mal é uma percepção distorcida
do mundo e nosso propósito nele. Esses conceitos teriam um efeito profundo –
embora raramente reconhecido – sobre os pensamentos judeus, cristãos e
muçulmanos, bem como sobre a filosofia grega.
Assumindo que a natureza humana não evoluiu de forma
significativa desde que os primeiros humanos começaram a observar seu ambiente
com algum grau de curiosidade, não é insensato imaginar que seu primeiro
pensamento não foi apreciar a majestade da criação, mas simplesmente a
autopreservação. E, quando anoitecia, podemos presumir com segurança que, em
vez de ficar admirando o pôr do sol, nossos ancestrais corriam em busca de
abrigo, parando apenas para se armar com porretes imensos, por medo do que
poderia estar espeitando nas sombras. A sobrevivência é nosso impulso mais
fundamental, e não um anseio espiritual. A reflexão, contemplação e
introspecção surgiram muito mais tarde, com o despertar gradual da
autoconsciência e uma persistente curiosidade sobre o significado da vida.
Muitos de nós não são mais sábios hoje em dia no que diz respeito a essa
questão e, ouso dizer, a vasta maioria da humanidade ainda está preocupada com
a sobrevivência básica e a autogratificação. Mesmo após a fundação das
primeiras grandes civilizações na Suméria e no Egito, por volta de 4000 a.C, o
primeiro instinto não era cultuar o Criador, mas acalmar os deuses sombrios da
morte e destruição, pois o mundo antigo era um ambiente duro e hostil. A vida cotidiana
era uma batalha incessante contra o deliberado poder destrutivo da Mãe
Natureza, sem mencionar a ameaça representada pelos predadores famintos,
doenças que se alastravam e inimigos impiedosos por todos os lados. Em um mundo
de morte e crueldade, os deuses sombrios mantinham o domínio sobre todos. Não
foi à toa que os medos dos homens encontraram expressão em lendas sobre seres
cósmicos que lutavam por supremacia nos céus e abaixo da terra, criando
tempestades, inundações, fome, terremotos e todos os tipos de desastres
naturais no processo. E em um esforço para explicar o fenômeno da morte, que em
geral era violenta e ao acaso, surgiu a crença na imortalidade da alma e na
vida após a morte, em que os bons eram recompensados e os maus, punidos. Esse mundo
inferior de almas e sombras variou de civilização para civilização e, mesmo
assim, todas as culturas, até as mais diversificadas, produziram relatos de
similaridade impressionante dele. Mas podemos presumir que ninguém retornou do
mundo dos mortos para descrever a jornada da alma. A única conclusão que
podemos obter é que os xamãs das tribos primitivas e os sumo sacerdotes das
civilizações antigas compartilhavam uma visão da vida após a morte, adquirida a
partir de estados alterados e sonhos alguns induzidos por drogas, e outros
conseguidos a partir de jejuns rigorosos e outras formas de rituais religiosos
ou de magia. É claro que tais estados alterados são subjetivos e caracterizados
pelos indivíduos, as limitações de sua linguagem e a cultura em que a experiência
aconteceu. Isso explica o simbolismo muitas vezes obscuro na descrição dos
mundos superior e inferior e de seus habitantes imaginários, encontrados nos
textos sagrados e imagens das religiões do mundo.
O registro mais antigo de um ritual de magia e xamanismo é
uma pintura pré-histórica em caverna que data do Paleolítico, encontrada na
Caverne des Trois Frères, em Ariège, na França. Ela retrata um homem vestido em
uma pele de animal, com um ornamento de cabeça com chifres, que parece ocupado
em alguma forma de dança ritualística. Alguns sugeriram que a figura representa
o Deus Cornudo de um culto da fertilidade, que sobreviveu na Europa até a Idade
Média e é a origem do deus grego Pã. Outros propuseram que foi dessa fonte que
o demônio cristão adquiriu seus cascos, chifre e rabo. Mas a pintura em Ariège
é de interesse mais que histórico, por ser um dos exemplos mais antigos de
magia ritual. A pintura não pretendia ser uma mera descrição de uma cena de
caça, pois, ao pintar sua presa, o xamã e seu povo estavam usando a técnica de
magia mais antiga conhecida pelo homem – eles estavam visualizando o que
desejavam para trazer aquele acontecimento à vida, a partir de sua vontade.
Trocando em miúdos, aquilo era a mente suplantando a matéria, uma técnica intuitiva
que foi praticada por todo o mundo e em todas as épocas, por culturas que não
tiveram ligação óbvia.
O Deus cornudo dos pagãos europeus teve sua contraparte na
divindade suprema suméria Marduk, que, de novo, não era nem bom nem mau, embora
permitisse a existência da maldade, disfarçado como o Deus Bel. Com o tempo, as
duas divindades tornaram-se uma só – Bel-Marduk -, e essa nova divindade exigia
sacrifícios humanos. Com o declínio do império sumeriano, os povos da Babilônia
e Assíria degeneraram para a idolatria e sua magia tornou-se corrupta e
destinada ao interesse pessoal. Abandonaram as realizações culturais do início
do império – astronomia, astrologia, arquitetura – em favor do sacrifício de
sangue, superstição e conquistas. O antropólogo Ivar Lissner data a aparição da
magia negra nessa época. Entre os sumérios surgiu a ideia de que, se eles
pudessem induzir animais a morrerem por meio de magia, eles poderiam vencer
seus inimigos humanos desfigurando suas imagens. Nesse mesmo estágio da
evolução humana, por todo o mundo, os homens de repente pararam de fazer
imagens com a forma humana – todos, exceto os praticantes do que hoje chamamos
de Artes Negras.
“... os deuses e a
magia nascem para iluminar sua majestade...” (Tabuleta memorial a Osíris)
Nos tempos antigos, os sacerdotes-feiticeiros do Egito
praticavam a análise dos sonhos, adivinhação, cura pela fé, profecia,
visualização remota, cirurgia psíquica (operações em pacientes hipnotizados sem
anestésicos) e uma forma de meditação conhecida como “assumindo a forma de
Deus”, que era usada quando alguém precisava de orientação. A pessoa envolvida
sentaria em uma atitude típica do deus que ela desejasse consultar – ou seja,
como retratados em estatuetas e murais. Depois, entrando em um transe leve, ela
se identificaria com as características específicas atribuídas àquela
divindade, antes de fazer seu pedido de ajuda ou orientação. Acredita-se também
que os grão-sacerdotes egípcios executavam projeção astral como rito de
iniciação para que pudessem adquirir experiência direta dos segredos da vida e
da morte. Contudo, quando os sacerdotes trocaram a busca de compreensão por
mascatear seus serviços, encontraram-se reduzidos a lançar pragas e vender a
passagem em segurança através do mundo subterrâneo. Os sacerdotes haviam
desenvolvido um método original de lançar pragas nas pessoas. Primeiro eles
criavam uma estatueta com o nome da vítima e depois atiravam sete talos de sete
tamareiras na boneca, com um arco de crina de cavalo, enquanto entoavam o nome
da pessoa amaldiçoada. Por meio de tais práticas, os grãos-sacerdotes
alcançaram uma influência e um poder sem precedentes, a ponto de até o faraó
temer ofende-los. Existiam rumores de que eles podiam animar estátuas de barro
para que, em seguida, enviavam para matar seus inimigos. Um relato desse
procedimento está preservado nos Papiros Westcar, que contam a história do
grão-sacerdote Aba-aner, que matou o amante de sua esposa depois de conferir
vida a um crocodilo de argila. Quando o faraó Neb-Ka visitou o sacerdote, ele
foi levado à margem do rio, onde Aba-aner convocou a fera encantada do Nilo, o
corpo ainda preso em suas mandíbulas. Impressionado com o poder do sacerdote e
não desejando causar desagrado, o faraó declarou “Levai o que é vosso e saí!”.
A partir daquele dia, os sacerdotes tornaram-se imunes à censura. Os tempos do antigo
Egito não eram lugares de culto silencioso. Pelo contrário, eram abarrotados de
praticantes das artes da magia, que ofereciam aos visitantes análises de sonhos,
adivinhação e orientação, tudo por um preço. Um típico pedido aos deuses
envolvia escrever a solicitação com o sangue de um pássaro ou de um animal
pequeno e, então, desenhar uma imagem do deus na mão esquerda. Depois, a mão
seria amarrada em um tecido consagrado e o suplicante se retiraria para a cama,
com a esperança de que o deus de sua escolha aparecesse em seus sonhos e lhe
desse a resposta que buscava. Para os egípcios. Tais praticas eram tão
inofensivas quanto consultar cartas de tarô ou um astrólogo hoje em dia, mas
depois que o faraó Akhenaton fracassou em introduzir o monoteísmo (crença em um
único deus), em 1362 a.C, o Egito caiu na escuridão. Todas as evidências do
reino de Akhenaton foram apagadas e os sacerdotes tornaram-se os defensores
todo-poderosos dos “deuses antigos”. A partir de então, o culto dos mortos,
presidido pelo deus com cabeça de chacal (Anúbis) dominou a sociedade egípcia,
minando-a de sua vitalidade e levando à paralisação do progresso. Seth, o irmão
maligno de Osíris, suplantou o deus solar Amon-Rá e os curadores pela fé foram
substituídos pelos magos-sacerdotes, que se tornaram cada vez mais ocupados com
a feitiçaria e menos com a ciência, consequentemente comprometendo a distinção
entre magia branca e negra. Muitos feiticeiros adquiriam corpos dos
embalsamadores, corpos em que eles praticavam a arte negra da necromancia
(conversação com os mortos).
Há uma praga que funciona sob as leis da magia simpática,
que afirma que o mago pode estabelecer uma ligação psíquica com sua vítima se
possuir um objeto pessoal, ou amostra de cabelo, ou unha daquele indivíduo. Uma
boneca feita à semelhança da vítima será mais eficiente se ela puder ser vestida
com algo que pertença a tal pessoa. Essa prática procede da forma mais
primitiva de culto, o totemismo. Os nativos norte-americanos, os povos inuit da
América do Norte, do Ártico e da Sibéria e a maioria das tribos africanas,
todos se desenvolveram a partir de culturas centradas no totemismo – a crença
de que o destino das tribos estava ligado a uma espécie específica de animal.
Na Índia, essa forma de culto da natureza foi contaminada pelo culto do
sacrifício animal, introduzido pelas tribos arianas que invadiram o Vale do
Indo, por volta de 1500 a.C. O princípio central dessa prática é que todas as
doenças e infortúnios podem ser curados se forem transferidos para o corpo do
animal sagrado, que depois é morto e oferecido aos deuses. Uma ideia similar
originou a expulsão simbólica do bode expiatório. O triunvirato de deuses
hindus era Brahma, o absoluto, Vishni e Shiva. Brahma é o criador do Universo e
Vishnu, o mantenedor; porém o papel de Shiva é destruir o Universo, para que
ele possa ser recriado, dessa vez sem suas imperfeições. De vez em quando,
Shiva é representado com aspectos masculinos e femininos. Alternativamente, ele
tem uma consorte, a Deusa Mãe que pode adquirir muitas formas. Uma delas é
Kali, a Deusa da Morte, armada até os dentes. Tradicionalmente ela é retratada
pingando sague, usando um colar de crânios e armada com um par de espadas
afiadas e letais. Mas seu papel, poderes e significado variavam de acordo com a
seita a que a pessoa pertencesse. Para os shaktas, ela era cultuada com rituais
que envolviam orgias sexuais, enquanto os tugues a veneravam pelos assassinatos
rituais por estrangulamento. Mas, para os hindus, todos os deuses eram apenas
aspectos de Brahma, e eles não consideram Kali uma figura destrutiva, mas um
símbolo de mudança, pois no Hinduísmo a morte não é um fim, mas uma fase no
ciclo interminável da vida.
Em suas memórias, A Patern of Islands, o funcionário público
britânico, sir Arthur Grimble, comissário residente das Ilhas Gilbert, recordou
ter testemunhado um xamã nativo invocando do mar um imenso cardume de marsopas,
após entrar em transe. O xamã saiu de sua cabana gritando: “Elas estão vindo,
elas estão vindo”, minutos antes de a primeira marsopa ser avistada. O escritor
Colin Wilson gosta de citar as experiências do explorador britânico Ross Salmon
como um exemplo excelente da ligação psíquica entre o homem “primitivo” e a
natureza. Em suas memórias, My Quest For Eldorado, Salmon descreveu um “julgamento
pela natureza” conduzido pelo povo callawaya, nativos do norte da Bolívia. Uma
jovem fora acusada de ser infiel ao marido, então os anciãos decidiram convocar
o animal sagrado da tribo, um condor, para julgar a fidelidade da moça. O
condor é um pássaro reticente e não afeito a contato com humanos, mas depois da
cerimônia de invocação três desses pássaros surgiram aparentemente a comando
dos anciãos. Enquanto Salmon filmava a cerimônia, ele captou o momento em que
um imenso pássaro macho mergulhou e desceu na frente da mulher aterrorizada,
que tinha sido amarrada em um posto de madeira. O condor circulou por alguns
momentos e então foi em direção a ela, atacando sua garganta com o bico, antes
de um membro da equipe de filmagens espanta-lo com uma pedra. Alguns dias
depois, a mulher cometeu suicídio, jogando-se de um despenhadeiro. Ela estava
convencida de que o pássaro a havia exposto como mentirosa.
No Velho Testamento, diz-se que o rei Saul consultou a
feiticeira de Endor para perguntar ao espírito do profeta Samuel como ele
poderia vencer seus inimigos. Samuel respondeu que o destino de todo homem é
submeter seus poderes a outro. A feiticeira nessa história não é má; ela é
apenas uma sensitiva, que usa um talismã para convocar o espírito benigno às
ordens do rei, embora ele tivesse proibido expressamente seus súditos de se
envolver com o oculto. É o rei que tenta engana-la, disfarçando-se e alardeando
seus próprios decretos quando lhe era conveniente. O fim, a feiticeira senta
pena de Saul e mata um de seus animais para alimenta-lo. A história serve
apenas para revelar a falibilidade da natureza humana e os perigos da
arrogância. Os gregos também contaram histórias de videntes, feiticeiros e
magas, pois, ao mesmo tempo em que falavam de filosofia, também consultavam os
oráculos e praticavam tipos moderados de magia. Na Odisseia, o poeta do século
VIII a.C., Homero, faz seu herói protagonista convocar o espírito do vidente
Tirésias e encontrar a maga Circe, e nenhum deles era maldoso. Quinhentos anos
mais tarde, as feiticeiras ainda eram fábulas da imaginação poética, pois o
poeta Teócrito conjurou a imagem de uma garota com o coração partido, que foi
levada a rezar para Hécate, a deusa do Inferno, para ter de novo em seus braços
o amante infiel. Mas, de novo, essa feiticeira noviça não era má. Glauco, o
herói de uma passagem do Philopseudes de Luciano, que é o mais antigo texto
conhecido por fazer referência ao encanto de amor das feiticeiras chamado de “descenso
da Lua”, também não era mau. Glauco estava tão apaixonado pela bela Cila que
tema morrer de tristeza se não pudesse vê-la de novo, então ele consultou um
mago que invocou Hécate, a deusa dos mortos. Glauco foi instruído a criar uma
imagem de sua amante em argila e cravar agulhas de bronze nela, enquanto
repetia as palavras: “eu furo a ti para que te lembres de mim”. O encanto
provou-se bem-sucedido, pois Cila correu para o jovem doente de amor e o
abraçou, jurando amor eterno.
Foram os escritores romanos Horácio, Ovídio, Petrônio,
Lucano e Apuleio que criaram a imagem icônica da feiticeira como a velha
enrugada e ressequida, que vasculhava cemitérios à procura dos ingredientes de
beberagens venenosas e conversava com seus espíritos familiares. A fábula de
Lucano sugere que, embora os pensadores radicais da sociedade grega estivessem
avançando no conceito de livre-arbítrio e despachando os deuses para seu
passado poético, eles ainda estavam acorrentados à ideia de que um indivíduo
podia influenciar outro exercitando sua vontade superior. Lúcio Apuleio
tornou-se conhecido como a primeira história completa da feitiçaria, “O Asno de
Ouro”, no século II. Embora seja uma sátira, que acompanha as desventuras do
autor depois que ele se lambuzou com um unguento de feiticeira, a obra ensina
uma importante lição, ou seja, que o caminho do Lado Esquerdo era cheio de
perigos. O sábio homem ou mulher faria bem ao se manter do Lado Direito, ou
correria o risco de se tornar um asno. Não existia moral para se extrair da
descrição de um ritual necromântico na fábula de Lucano, Farsália, apenas o
terror absoluto diante do pensamento de que tais práticas poderiam ser possíveis.
Nesse relato, Sexto Pompeu, filho do general romano Pompeu, o Grande (106-48
a.C), consultou a necromante mais formidável do mundo clássico, Erista, para
saber se seu pai seria vitorioso contra César. Erista, que Lucano descreve como
“suja imunda” e horrorosa de se olhar, vivia em um cemitério na Tessália e
dormia em um túmulo, cercada por relíquias dos mortos roubadas das sepulturas à
sua volta. Quando Sexto se aproximou dela e perguntou-lhe se poderia predizer o
futuro, ela disse que apenas poderia saber o que ele precisava saber por
intermédio de um cadáver recente, porque o espírito dos mortos permanecia sobre
o corpo e podia ser persuadido a voltar pra ele. Mas deveria ser um que não
tivesse sido ferido gravemente na boca, na garganta ou nos pulmões de forma a
impedir o cadáver reanimado de falar. Então, ela o levou a um campo de batalha
onde eles encontraram um espécime adequado, um soldado que fora morto havia pouco
tempo. Enquanto Sexto lutava contra a repugnância ao pensamento do que estava
para fazer, Erista prendeu a mandíbula do cadáver com um gancho, arrastando-o
para uma caverna próxima. Lá ela preparou uma poção nojenta, que continha
sangue menstrual, a saliva de um cachorro louco e a carne de uma hiena, e
colocou em uma ferida acima do coração para reanimar o cadáver. Em meio a um
estrondo ensurdecedor de trovão e do grito de animais selvagens, ela apelou aos
deuses sombrios Hermes, Caronte, Hécate, Prosérpina e Caos para tomarem o
espírito do soldado, que era visto planando sobre o corpo sem vida. Mas o
espírito não obedeceria a suas invocações para entrar no cadáver mutilado até
ela prometer que queimaria o corpo em seguida, para que ele nunca mais fosse
convocado. Apenas após a promessa, o fantasma do soldado reentrou no corpo. À
luz espectral da lua, ele ergueu-se, trêmulo, e previu o futuro pelos lábios do
cadáver. O corpo foi queimado em seguida, o que libertou o espírito. Esse
episódio, com certeza, é pura ficção, mas tais histórias não tinham a intenção
de ser tomadas como fatos. Foram criadas para preservar a fé de pessoas que
precisavam acreditar na sobrevivência do espírito depois da morte. Uma simples
história de um fantasma benigno voltando para tranquilizar os entes queridos de
que tudo estava bem no mundo além não teria fascinado tanto a imaginação quanto
a história repulsiva de Erista.
A
evidência de que o culto da feitiçaria foi uma religião formalizada anterior ao
Cristianismo só foi revelada em 1886, quando o folclorista americano Charles
Leland descobriu um documento intrigante em uma viagem à Itália. Ele viajara
até lá para pesquisar os costumes dos ciganos, mas durante sua visita encontrou
uma feiticeira autoconfessa, chamada Madalena, que produziu uma cópia
manuscrita do “Aradia – Gospel of the Witches”, que dissipou a imagem da
feitiçaria como um rito infernal. Não existia menção ao Diabo, sexo com Satã ou
sacrifício. Em vez disso, o livro delineava uma crença de que uma força de vida
universal residia em todas as coisas vivas e que essa fonte de poder podia ser
mobilizada e canalizada por aqueles que conseguissem entrar em sintonia com
ela. Leland convenceu-se de que o livro era um artefato genuíno e tinha sido
passado para Madalena como parte de sua iniciação na La Vecchia Religione (A
Religião Antiga) – um termo que é muito aplicado à feitiçaria italiana. O
documento apresenta um mito da criação alternativo em que Diana, a deusa da
Lua, dá nascimento a Arádia, a deusa da magia, depois de ter sido fecundada por
seu irmão Lúcifer, o deus do Sol. Não existe sugestão de que Lúcifer seja nada
mais que o deus da luz e do fogo, o aspecto masculino ativo na natureza e em
nós, enquanto Diana é o aspecto passivo que se manifesta nos humanos como o
instinto nutridor. Porém, o aspecto mais interessante do Evangelho é a
impressão que o texto passa, de que a feitiçaria estava em decadência quando a
Igreja instigou sua perseguição e era vista como nada mais que uma relíquia
arcaica de nosso passado pagão. Os círculos de pedra monolíticos que haviam
sido erguidos e venerados por nossos ancestrais foram abandonados, caindo em
ruínas, seu propósito místico e significado astrológico esquecidos quase que
por completo. Muitos lugares sagrados para os pagãos foram construídos pela
Igreja, e o solo, uma vez venerado como o ventre da Mãe Terra, era cultivado e
arado sem consideração pelo ser maternal que o originou. Os festivais pagãos
foram esvaziados de sua potência e importância ao serem representados como
celebrações comunitárias das estações. O ritual da fertilidade de Beltrane. Por
exemplo, foi substituído por uma dança de roda em torno de um mastro inócuo.
Por insistência da Igreja, as celebrações para marcar o solstício de verão e o
equinócio de inverno foram condenadas como sabás de feitiçaria, para assegurar
que as comunidades rurais fossem dissuadidas de revivê-los. Mas, quando pareceu
que a Igreja estava decidida a apagar todos os rastros do Paganismo, os
indivíduos, evidentemente tiveram a iniciativa de preservar essa tradição de
conhecimento natural, registrando suas crenças e práticas em documentos como o
que Leland descobriu.
A erradicação das formas de veneração mais antigas estendeu-se
para a construção de igrejas nas fundações de templos pagãos, embora se tenham
ignorado as atividades de seus construtores que tentavam acalmar os seus deuses
da fertilidade colocando os falos de pedra debaixo do altar. Muitas igrejas
antigas também abrigavam as efigies de Sheela-na –Gigs - ou seja, mulheres nuas
expondo seus órgãos sexuais. Mas, enquanto essas imagens do passado observassem
de cima a congregação temente a Deus, Pã, o travesso espírito da floresta e
provedor de potência sexual, era demonizado como um fornecedor do pecado e seus
seguidores, condenados como servos de um mestre profano.
É
muito significativo que a Igreja não levou a sério a prática da bruxaria até o
século XIV, quando o papa João XXII sancionou uma caça às bruxas, na crença de
que seus inimigos estavam conspirando para assassina-lo por meio de recursos de
magia. Suas suspeitas eram bem fundadas. Três bispos liderados por Hugh Geraud,
o bispo de Cahors, admitiram testar a força de seus poderes lançando uma
maldição sobre a imagem de cera do sobrinho do papa. O garoto morreu logo em
seguida. Encorajados pelo feito bem-sucedido, eles besuntaram imagens do papa e
de dois líderes da corte papal de Avignon e confiaram aos seus criados a missão
de contrabandeá-las para dentro da corte, escondendo-as em nacos de pão. Mas os
criados foram revistados na entrada e a conspiração foi descoberta. Em meio aos
itens suspeitos encontrados, havia venenos, ervas, sapos e os cabelos de um
homem enforcado. O bispo Geraud protestou inocência, mas o consideraram
culpado. Ele foi esfolado vivo e seu corpo, queimado. Embora a Igreja
reconhecesse a existência das bruxas antes de 1300, elas eram vistas como
velhas inofensivas, que ganhavam a vida vendendo remédios de ervas e poções de
amor para os vizinhos. O documento mais antigo da Igreja a mencionar as bruxas,
o Canon Episcopi, data do século IV. Faz desenho à crença de que as bruxas eram
“mulheres abandonadas e pervertidas por Satã” e que tinham o poder de voar. No
século XII, a autoridade do papa estava sendo questionada por uma seita
puritana chamada os cátaros (“os puros”), que acusou a Igreja de corrupção e
seus ministros de hipocrisia por enriquecerem à custa de seus paroquianos,
abandonando a doutrina de piedade e pobreza que Jesus e seus discípulos
pregaram. Os cátaros também acreditavam em um Universo onde Deus e Satã estavam
em guerra, o que deu à Igreja a oportunidade de espalhar o rumor de que eles
cultuavam Satã em pessoa e praticavam bruxaria. No entanto, pouco se fez até
1208, quando os cátaros assassinaram o núncio apostólico. Irado com o ato, o
papa Inocêncio III declarou uma cruzada contra os cátaros ou albigenses.
Cavaleiros
Templários, uma ordem de monges guerreiros formada em 1118, depois da Primeira
Cruzada. Sua finalidade era proteger os peregrinos cristãos que viajavam pela
Terra Santa. Muitos desses monges tinham sido excomungados por desafiar a
autoridade do papa, portanto não tinham nada a perder a não ser a vida. Os
rigores da vida monástica os tornaram lutadores formidáveis e, em pouco tempo,
eles enriqueceram com as doações generosas legadas por cruzados agradecidos,
bem como pelos muçulmanos, que confiavam aos Templários seus tesouros ao tomar
conhecimento de que eles eram homens honestos. Diz a lenda que os Templários
também eram os guardiões do tesouro cátaro e que o Santo Graal, o cálice que
Jesus usou na Última Ceia, faria parte desse tesouro.
Existiram
rumores sombrios e perturbadores acerca da ordem. Diziam que eles
eram sodomitas e adoradores do Diabo, e praticavam magia negra diante de um
ídolo chamado Baphomet, que tomou a forma de uma cabra com casco fendido, com
órgãos sexuais masculinos e femininos. Baphomet era tradicionalmente retratado
sentado de pernas cruzadas sobre um globo, com uma vela preta queimando entre
seus chifres e um pentagrama gravado em sua testa. Corriam boatos de que os
Templários se prostravam diante de um falo de madeira e um crânio decorado com
joias antes de jurar sua lealdade, beijando seus irmãos iniciados na boca, no
abdome e no ânus.
Essas
práticas, sem dúvida, eram inverdades, histórias fantasiadas por seus inimigos
para desacredita-los e dar motivo à Igreja para dissolver a ordem e confiscar
sua vasta fortuna.
Filipe IV, da França, que precisava desesperadamente de
fundos, se ofendia por ter de pedir dinheiro emprestado aos Templários. Ele
exigiu que o papa acusasse os cavaleiros de heresia, para que suas propriedades
e riquezas fossem confiscadas. E assim, em 13 de outubro de 1307, todos os Templários
da França foram presos e torturados em um esforço para arrancar-lhes
confissões. Em poucos dias, 36 deles morreram em consequência de seus
ferimentos. No mês seguinte, o atormentado papa Clemente V emitiu um decreto
ordenando que todos os monarcas aprovassem a prisão de qualquer Templário em
seus reinos. Muitos morreram acreditando ter sido traídos pela Igreja, a qual
eles arriscaram suas vidas para proteger. Em 1314, a Igreja exigiu sua última
vítima entre os Templários. Jacques de Molay, Grão-Mestre dos Cavaleiros
Templários, foi queimado vivo em uma ilha no Sena, ao pôr-do-sol, depois de
desmentir sua confissão anterior, que fizera mediante tortura. Quando o
carrasco queimou os feixes de paus, De Molay afirmou que os Templários eram
vítimas do rei Filipe e seu coconspirador, o papa. Ele amaldiçoou os dois
homens que condenaram seus leais cavaleiros à morte. O rei e o papa se
juntariam a ele diante do trono de Deus dentro de um ano e responderiam ao seu
criador. Não foi uma ameaça em vão. Em um ano, Clemente V e Filipe IV da França
estavam mortos.
Os cátaros foram cruelmente exterminados, o que ainda não
satisfez o papa João XXII, cuja bula papal de 1326 declarou que a feitiçaria
era crime punível com a morte. Os inquisidores não teriam mais de provar a
heresia para justificar suas torturas de suspeitas de feitiçaria e, como
resultado, a paranoia e a perseguição espalharam-se como uma praga. Nos 400
anos seguintes, um número incontável de homens e mulheres por toda a Europa
foram “colocados” à prova” com todos os tipos de aparato desumanos, que nem
mesmo o Diabo teria conseguido imaginar. Muitos deles fizeram confissões falsas
para encerrar seu sofrimento. E tudo em nome de uma religião que fora fundada
com base no princípio do amor fraternal, do perdão e da misericórdia. Muitos
daqueles arrastados ante a Inquisição foram denunciados por vizinhos por serem
velhos, feios ou estranhos. Alguns poderiam ter sido ouvidos falando consigo
mesmos, com seu gato ou outro animal “familiar” – um sinal indubitável de
estarem em união com o Diabo, segundo seus acusadores. Outros foram “colocados
à prova” porque se sabia que eles usavam ervas e raízes em seus remédios
naturais ou porque adivinhavam a sorte. Muitos, porém, foram mortos
simplesmente por olhar para seus vizinhos de maneira errada, amaldiçoando-os
com “o Olho do Diabo”. Para justificar sua barbárie, os líderes da Inquisição
mencionaram a citação bíblica “Não tolerarás que uma feiticeira viva.”, mas
eles ignoraram o fato de que uma tradução mais precisa seria “Não permitirás
que um envenenador viva” (de acordo com o acadêmico Reginald Scot, publicado em
1584). Entretanto, nem todos os administradores do papa aprovaram seus métodos.
O arcebispo de Rheims e dois de seus colegas declararam que a feitiçaria era uma
fantasia, o que foi suficiente para persuadir o parlamento de Paris a ordenar a
liberação de todos os suspeitos. Se não fosse pelo entusiasmo do papa Inocêncio
VIII, que sucedeu no trono papal em 1484, a febre da caça as feiticeiras teria
acabado antes que se pudessem enviar mais almas inocentes para seu criador. Mas
o papa Inocência era um radical, que se engajou em punir os pecadores da Terra
e arrancar as sementes do Diabo. O primeiro ato do seu reinado foi louvar os
esforços dos “filhos queridos” do Vaticano – o inquisidor austríaco Heinrich
Kramer e Jacob Sprengler, reitor da Universidade de Colônia – por revelarem a
extensão do culto ao Demônio na Alemanha. O aval do papa foi suficiente para
encorajar Kramer e Sprengler a embarcar em um relato completo sobre feitiçaria,
publicado dois anos mais tarde. Cópias da obra Malleus Maleficarum (O Martelo
das Feiticeiras) poderiam ter acumulado poeira nas prateleiras das bibliotecas
eclesiásticas e instituições teológicas se seus autores não tivessem feito descrições
tão detalhadas das atividades sexuais dos servos de Satã. As descrições
gráficas dos hábitos noturnos de súcubos e íncubos, que diziam visitar os
cristãos tementes a Deus durante o sono, foram aumentadas com os debates
acadêmicos sobre se uma feiticeira tinha ou não o poder de roubar o pênis de um
homem. A questão libidinosa e a quase simultânea invenção da prensa tipográfica
asseguraram que o livro se tornasse leitura obrigatória em cada mosteiro ou lar
que pudesse pagar pela cópia. Para os autores, infelizmente, os efeitos
produzidos pelo livro foram mais seculares que espirituais, levando seus
leitores mais reprimidos sexualmente a descarregarem sua raiva e frustração em
incontáveis suspeitas de feitiçaria. Por ironia, a caça as bruxas estimulou o
ressurgimento do interesse pela “velha religião”, que ganhou impulso quando um
novo Ato de Bruxaria foi aprovado em 1735, revogando o ato sangrento de 1604.
As pessoas não poderiam mais ser enforcadas por bruxaria, que não existia, de
acordo com os autores do ato. Mas elas poderiam ser presas e ridicularizadas
caso fingissem ser bruxas.
A corrupção e a imoralidade não foram eternizadas apenas por
hereges e pagãos. Durante a Idade das Trevas e por toda a Renascença, o poder
do papado rivalizou com o dos imperadores bizantinos e dos reis da Europa. Uma
sucessão de papas acumulou grandes fortunas e vastos exércitos para fazer
cumprir sua autoridade, mas sua arma mais formidável foi a ameaça de
excomunhão. Intimidados pela importância de uma maldição papal, soberanos do
Ocidente resistiam ao anseio de criticar os representantes de Deus na Terra.
Até mesmo os excessos do papa Bórgia, Alexandre VI (1431-1503), não geravam
censura. Alexandre era conhecido por gostar de presenciar orgias sexuais, em
que as prostitutas mais bem pagas de Roma eram remuneradas para ter relações
sexuais com a guarda papal, enquanto Lucrécia Borgia, sua filha, aplaudia e
premiava os casais mais ousados. Tais atividades macularam a santidade do
palácio papal e levaram a Igreja de Roma ao alcance da hóstia comunal de ritos
blasfemos de uma Missa Negra. De acordo com o romancista do oculto, Dennis
Wheatley, uma trindade profana de predecessores do papa de fato havia se
entregado à magia negra; em outras palavras o papa Leão I, no século V, o papa
Honório I, 200 anos mais tarde, e o papa Silvestre III, nos séculos X e XI. É
evidente que Honório não se envergonhava de suas práticas diabólicas, pois
publicou um registro delas em “O Grimório do Papa Honório”.
Em 694 d.C, o Concílio de Toledo condenou diversos padres
que teriam rezado missas para os mortos, enquanto as pessoas por eles nomeadas
ainda estavam muito vivas. Os padres tinham sido pagos para encenar as missas
como uma forma de maldição. A ameaça de excomunhão, entretanto, não erradicou a
prática por completo, já que continuou a ser usada no século XIII. Na Idade
Média, algumas ordens monásticas tinham dúvidas quanto à sua verdadeira
devoção. Por exemplo, no século XIV, o bispo de Exceter registrou o dia em que
flagrou, no bosque, os monges do convento de Frithelstock prestando homenagem a
uma estátua de Diana, a deusa da caça, e ordenou-lhes que a destruíssem. Em
1329, o frade carmelita Pierre Record recebeu uma sentença de prisão perpétua
depois de admitir ter seduzido várias mulheres fazendo suas imagens com cera,
que ele aspergiu com seu sangue e saliva, antes de enterrá-las embaixo das
soleiras de suas portas. Esses não foram casos isolados.
Antes
da Reforma, frades itinerantes perambulavam pelo campo extorquindo comida e
doações dos camponeses, a quem diziam estar cometendo pecado se negassem abrigo
e sustento a “um homem de Deus”. Rígidos votos de castidade eram reforçados com
autoflagelo, cilícios e penitência, porém mesmo essas medidas drásticas muitas
vezes não eram páreo para a libido reprimida dos jovens monges. Gerações de
clérigos jovens sucumbiram à compulsão de seduzir suas jovens paroquianas,
lançando a respiração sobre elas durante a confissão – uma técnica conhecida
como insuflação. A prática era tão difundida que Santo Agostinho, São Jerônimo
e São Gregório foram compelidos a proferir uma declaração pública que condenava
a insuflação como forma de feitiçaria. O cura de Peifane foi queimado na estaca
por seduzir mulheres desse modo, bem como o padre Louis Gaufridi e Pierre
Girard, de Aix-em-Provence. O último caso é especialmente interessante porque a
vítima, uma garota simplória chamada Charlote Cadière, ficou tão traumatizada
com as investidas frequentes de Girard, que apresentou o fenômeno dos estigmas
– chagas que sangram, correspondentes às do Cristo crucificado.
Quando madame de Montespan soube que seria substituída pela
última obsessão de Luís XIV, Madame de Maintenon, governanta das crianças da
realeza e futura segunda esposa do rei, ela correu até La Voisin(Catherine
Deshayes, uma cartomante, que diziam ser feiticeira e confidente de madame de Montespan) e encomendou
uma Missa Negra – para amaldiçoar a governanta. La Voisin obedeceu
por lealdade, contratando o idoso abade Guibourg como mestre de cerimônias. Porém,
a vítima pretendida possuía uma determinação mais forte. Madame de Maintenon
colocou sua rival de lado, com um sussurro na orelha do rei, exigindo que a feiticeira
fosse silenciada para sempre. La Voisin foi presa, mas, na ocasião, suas
ameaças de expor os segredos sórdidos da corte não foram suficientes para
evitar sua execução. Marguerite, a única filha de La Voisin, testemunhou ter
ajudado sua mãe na Missa Negra conduzida pelo abade Guibourg. A garota
descreveu como Madame de Montespan ofereceu-se ao Demônio, enquanto o abade
realizava um ritual indecente em seu corpo nu deitado em um altar negro
drapeado. Em cada mão, ela segurava uma vela preta feita de gordura humana e
fornecida pelo carrasco público, que foi um de seus muitos amantes. La Voisin
foi considerada culpada pela prática de bruxaria e queimada viva em público, no
ano de 1680. Madame de Montespan teve mais sorte. Ela não só escapou com vida,
como também lhe foram dados meios suficientes para viver com requinte durante
seu longo retiro.
Em
setembro de 1589, o rei James VI da Escócia (que depois ficaria conhecido como
rei James I da Inglaterra) esperava por sua futura noiva, a princesa Anne da
Dinamarca, que estava sendo levada à Escócia por uma grande frota dinamarquesa.
Entretanto, os navios foram abatidos por uma tempestade tão violenta que o
comandante declarou que poderia ter sido causada por bruxaria. Depois de a
frota encontrar abrigo na Noruega, o próprio James navegou até lá para trazer
sua noiva. O casal feliz finalmente alcançou a terra firme em maio de 1590,
após sobreviver a outra tempestade. James chegou à conclusão de que as
tempestades se formaram porque seus inimigos estavam aliados ao Demônio, e por
isso ordenou uma grande caça às bruxas por toda a Escócia. Esse não foi mero
nervosismo pré-nupcial, porque era de conhecimento público que o quinto conde
de Bothwell, um dos principais adversários de sua majestade, associara-se às
feiticeiras. Mais tarde, soube-se que as tempestades tinham, de fato, sido
preparadas por ordem de Bothwell. Pela liderança do bruxo John Fane, uma assembleia
de feiticeiras executou a magia necessária. No julgamento deles, Fane e sua
assistente, Agnes Simpson, confessaram ter obtido itens das roupas do rei, que
enrolaram em uma efígie de cera e depois queimaram no fogo. Não bastando, eles
batizaram um gato com o nome do rei e o afogaram no mar. Muito do que sabemos
sobre a bruxaria nos séculos XVI e XVII vem das confissões detalhadas de Fane e
Simpson, com as de inúmeras almas desafortunadas que foram capturadas e
torturadas no que seria a maior caça às bruxas da história da Inglaterra. Os
relatos da inquisição real foram registrados no próprio trabalho do rei sobre o
assunto, publicado em 1580 sob o título de “Daemonologie”.
Salém,
Massachusetts, em 1692, a
caça às bruxas começou na casa do reverendo Samuel Parris, um homem
mal-humorado, de espírito mesquinho, que retornara recentemente de Barbados com
Elizabeth, sua filha de 9 anos de idade, e seus criados negros. Elizabeth e
Abigail Williams, sua prima de 11 anos, com Ann Putnam, uma amiga de 12 anos,
logo caíram sob o feitiço de uma empregada, Tituba, que as entretinha com
narrativas de ritos vodus e encantamentos para invocar os espíritos. Essas
histórias lúgubres, combinadas com às advertências severas do reverendo Parris
contra o interesse pelo Demônio, deram uma ideia às crianças entediadas para
conseguirem atenção e divertirem um pouco à custa dos seus pais austeros e
puritanos. Em janeiro de 1692, elas
fingiram (ou não) convulsões, engajando-se em ataques de grito e falando em uma
língua irreconhecível, como se estivessem possuídas. Mas o jogo fugiu ao
controle quando o médico chamado diagnosticou que Elizabeth fora amaldiçoada. Como
resultado, mais de 200 pessoas foram presas e torturadas e 22 foram executadas
ou morreram na prisão. Tituba
foi espancada severamente pelo reverendo Parris, depois do que ela “confessou”
as crianças com a ajuda de suas cumplices, uma indigente chamada Sarah Good e
Sarah Osborne, uma senhora acamada. Quando as três garotas se apresentaram
diante do magistrado, reclamaram de estar impedidas de testemunhar pelo
espírito de Sarah Good, que deixara seu corpo para atormentá-las. Osborne e
Good negaram praticar bruxaria, mas Tituba declarou que outros aldeões estavam
envolvidos no coven. Ann Putman mencionou que Martha Cory era um deles, porque
ela riu quando a garota encenou as convulsões. Ninguém ficou a salvo das
acusações das crianças. Até mesmo um sacerdote, George Burroughs foi denunciado
e executado. Quando viram o poder e a histeria que as garotas haviam
desencadeado, outras crianças logo declararam ter sido possuídas, para poder
acusar aqueles de quem elas não gostavam. Um homem foi torturado até a morte,
certamente por não confessar ser um membro do coven, pois receava ter suas
propriedades e bens confiscados caso confessasse. Posteriormente, sua mulher
foi enforcada como bruxa. Quando as pessoas dos povoados mais distantes
souberam como o Diabo fora efetivamente erradicado em Salém, as garotas foram
convidadas a identificar bruxas suspeitas nas cidades vizinhas. Mas o
magistrado de Andover recusou-se a processar seus vizinhos com base na palavra
de algumas crianças; então, ele e sua família foram expulsos por uma multidão
furiosa, que os acusou de proteger uma bruxa. Em outubro de 1692, a razão
começou a prevalecer quando Increase Mather, presidente do Harvard College, e
sir William Phips, o governador de Massachusetts, opuseram-se à histeria em
massa que os circundava. No passado, Phips havia enfrentado alguns selvagens
empunhando machados, portanto, não se intimidaria com um grupo de crianças
neuróticas e seus apoiadores fanáticos. Ele decretou que “evidências espectrais”
não seriam admissíveis em julgamentos futuros e depois ordenou a libertação de
dezenas de pessoas que esperavam julgamento por acusações de bruxaria. Na
ocasião, a lista de detidos incluía vários membros da igreja e alguns membros
respeitados da comunidade. Infelizmente, para alguns foi tarde demais. Depois
que o reverendo Parris foi denunciado, foi forçado a empacotar seus pertences.
Sua saída encerrou a caça às bruxas tão subitamente quanto havia começado.
Entre os acessórios usados pelas bruxas e magos negros,
existe a horrível “Mão da Glória” – a mão decepada de um enforcado segurando
uma vela feita com sua própria gordura. Acreditava-se petrificar qualquer um
que a visse, possibilitando à bruxa ou feiticeira roubar uma casa sem
interferência. A receita para mumificar a mão foi publicada em 1722, em um
livrinho de feitiços, conhecido como “Little Albert”. Foi utilizada, ainda
recentemente, em 1939, quando uma gangue de envenenadores na Filadélfia
empregou-a para aterrorizar suas vítimas e intimidar testemunhas.
O Culto Vodu dos Mortos Vivos:
Em uma manhã em 1936, os donos de uma pequena propriedade
rural na estrada suja e sinuosa perto de Port-au-Prince, no Haiti, perceberam
uma mulher nativa cambaleando em sua direção, saída da névoa matinal. Ela
estava vestida com uma bata branca e parecia procurar por alguém. Quando ela se
aproximou, eles lhe perguntaram se poderiam ajudar, mas ela não respondeu. Seu
rosto estava sem expressão, seis olhos mortiços não viam e sua boca tinha uma
expressão dura. Então, um dos fazendeiros arfou ao reconhece-la. Mas aquilo era
impossível, porque a garota tinha morrido 29 anos antes. Foi feito um exame
superficial no hospital local. Todas as indicações eram de que ela era surda,
muda e cega, mesmo assim ela se retraiu quando os doutores tentaram tocá-la, e
sua cabeça se movimentava de um lado para o outro, como um pássaro se movimenta,
como se para pegar o que eles estavam falando. Resolveu-se, por fim, o
mistério, quando a paciente foi identificada formalmente por seu irmão e seu
marido. Ela era Felícia Felix-Mentor, que fora enterrada em 1907. Quando uma
enfermeira perguntou qual doença ele deveria registrar na ficha de admissão da
paciente, o médico só pôde estremecer e responder “zumbi”. Existem histórias
incontáveis de zumbis no folclore sombrio do Haiti – uma criatura digna de
piedade e sem vontade própria, que existe em um estado entre vida e morte -,
mas este não foi o caso. O caso de Felícia Feliz-Mentor foi investigado e
documentado pela escritora norte-americana Zora Hurston, uma cética severa que
encontrou e fotografou a garota “morta”, e saiu convencida de ela ser uma
vítima genuína dos bokors, os feiticeiros vodus que praticam magia negra. Foi um
encontro que a srta. Hurston nunca se esqueceria. “A visão foi terrível. Aquele rosto imóvel,
com os olhos mortos. As pálpebras eram brancas em torno dos olhos, como se
tivessem sido queimadas com ácido. Não existia nada que você pudesse dizer a
ela ou retirar dela exceto olhar para ela, e a visão de sua ruína era demais
para suportar por muito tempo.”
Praticamente todos os haitianos acreditam que os mortos
podem ser trazidos de volta à vida por feiticeiros, que então os usam como
escravos maquinais, e é por isso que os pobres pagam tudo o que podem para
proteger os túmulos de seus entes queridos. Eles compram um sarcófago pesado de
pedra e então injetam veneno nos cadáveres ou os mutilam. Aqueles que são pobres
demais para pagar, por proteção, montam vigília no cemitério durante dias, até
o corpo ter se decomposto a ponto de não ter utilidade para os maus. Outros
colocam uma faca no punho cerrado dos cadáveres, para que ele possa matar o
bokor como vingança por perturbar a santidade dos túmulos. A lenda dos zumbis,
ou jumbee, não está restrita à pequena ilha caribenha do Haiti. O termo é comum
a várias culturas africanas, das quais as práticas e crenças do vodu derivam. Então,
elas foram desenraizadas e transplantadas para o caribe, onde mesclaram a
invocação de espíritos com o culto aos santos do Catolicismo francês. Os
praticantes do vodu moderno distanciam-se das superstições de seus ancestrais,
que eles veem como resíduos de uma tradição cultural em que os escravos tentavam
se proteger da crueldade de seus capatazes. As bonecas ou marionetes, ainda que
são oferecidas à venda nos mercados de Port-au-Prince, não são figuras para
facilitar a magia simpática, mas objetos de poder (pwen) criados para
transportar mensagens entre vivos e os mortos. Como tal, eles são pregados às
portas dos cemitérios. A associação do vodu com a magia negra foi obra dos
missionários cristãos, que tentaram dividir seus novos convertidos nativos dos
obstinados vodouisants, que eles acusavam de praticar feitiçaria. A alegação de
feitiçaria foi uma fiação maldosa encorajada pelos proprietários brancos de
monocultura, que temiam os sacerdotes homens (houngan) e mulheres (mambo)
pudessem se tornar tão poderosos que poderiam instigar uma revolta entre os
escravos. Seus medos se concretizaram em 1791, quando um feiticeiro vodu
chamado Dutty Boukman convocou milhares de escravos para uma cerimônia à
meia-noite, nas profundezas da floresta, onde ele executou um ritual de sangue.
Em meio a uma extraordinária tempestade tropical, ele ordenou à multidão
reunida beber o sangue morno do porco que ele sacrificara, se eles quisessem se
libertar do domínio colonial dos franceses. Quando a tempestade amainou, os
escravos evaporaram de volta às fazendas e derrubaram seus opressores. Durante
os dias seguintes, dezenas de plantações foram invadidas e seus proprietários
brutalmente assassinados. Os franceses mantiveram-se firmes no poder durante
anos, mas os sobreviventes viviam com medo dos servos sem alma – os bokors -,
que, dizia-se eram imunes ás suas balas. Em 1803, o último latifundiário
francês havia sido expulso e a república independente e negra do Haiti foi
fundada. Mais tarde, os filmes hollywoodianos de terror transformaram a lenda
do zumbi em sensação, mas ela não tem base em fatos. Alguns explicam o fenômeno
afirmando que esses indivíduos apáticos são simplesmente retardados mentais,
enquanto outros dizem que eles foram enfeitiçados por feiticeiros, pelo uso de
drogas, e uma forma de hipnotismo. Mas o caso de Felícia Felix-Mentor está lá
para alertar os céticos de que horrores inexplicáveis são realmente possíveis
no Haiti.
A LENDA DO REI SALOMÃO:
Desde os tempos mais antigos, as figuras mais significativas
na moldagem da civilização foram os reis-sacerdotes, que eram versados nas leis
morais do homem e na sabedoria arcana dos mistérios. Eles eram capazes de fazer
a distinção entre o que estava sugerido nas Escrituras e o que era comumente
compreendido como sendo apenas um conjunto de leis morais que Deus concedeu ao
homem. O primeiro deles e o mais reverenciado foi o rei Salomão. Sua fama foi
universal, estendendo-se muito além das terras dos israelitas, sobre as quais
ele reinou. Ele ascendeu ao trono aos 12 anos de idade, depois que seu pai, o
rei Davi, morreu. O esplendor do palácio de Salomão sobrepujava até mesmo o dos
faraós. Dizia-se que suas casas de tesouro transbordavam ouro, metais preciosos
e gemas do tamanho de olhos de águia, enquanto ele ostentava roupas de ouro e
veludo. A seu comando havia 1.400 carros, 40 mil cavalos de carros e 20 mil
cavalos de montaria. Todas as suas taças de beber eram de ouro, pois
desprezava-se a prata como metal inferior. Seu palácio, que ele denominou de
Iahar-Halibanon, a Floresta do Líbano, tinha cem cúbitos de extensão, 50
cúbitos de largura e 30 cúbitos de altura, com aposentos de cedro. Uma floresta
de colunas se erguia de chãos pavimentados com cristal, mas o mais maravilhoso
era o trono de Salomão. Feito de mármore, era tão grande que o rei tinha se
subir seis degraus para sentar-se nele. Cada degrau era guardado por leões, um
em cada lado, que estendiam suas garras quando ele se sentava. Dois leões de
madeira foram esculpidos no trono, que tinha um par de águias trepadas nele,
cujas asas protegiam o rei do implacável sol do deserto. Ainda mais grandiosa
era a sabedoria de Salomão. Ele era mais sábio que Etã, o Ezraíta, Chalcol,
Darda ou os filhos de Mahol. Mesmo os reis das nações vizinhas enviavam seus
sábios e filósofos para serem instruídos pelo rei dos hebreus. Pois Salomão era
instruído – algo raro entre os monarcas daqueles tempos. Ele compôs 3 mil provérbios
e 5 mil cânticos, em que expôs seus conhecimentos de teologia, ciências
naturais e filosofia. Os três reinos da natureza – a terra, o céu e o mar –
obedeciam a seu comando, do mesmo modo que os espíritos: celestiais, terrenos e
infernais. De acordo com a lenda, os bons espíritos cuidavam dos jardins de
Salomão, esculpiam estátuas com as pedras retiradas das pedreiras e fiavam seus
carpetes preciosos. Mas existiam outros espíritos com que ele tinha a reputação
de se congregar. Com a ajuda do poder investido em si por um anel mágico,
Salomão também comandou a obediência de demônios, de quem, dizia-se, ele
adquirira sua sabedoria extraordinária. Esses demônios ficavam confinados
dentro dos muros do palácio pelo poder do anel e eles comiam com o restante dos
familiares em mesas de ferro. Afirmações que possivelmente foram feitas pelos
que tinham inveja da riqueza e do poder de Salomão. Com toda a sua sabedoria,
Salomão desviou-se para o lado negro, sob influência funesta de uma filha do
faraó, que o seduziu a servir a deusa dos sidonianos Astarte e Moloch, o deus
dos amonitas, com sacrifícios rituais para suas imagens. Quando se aproximou do
fim da vida, Salomão rezou para que sua morte fosse escondida dos demônios, até
que eles tivessem acabado de escrever os grimórios (livros de magia ritual) que
haviam começado sob suas ordens. Então, Salomão virou as costas para seus
servos ímpios, apoiou-se em seu bastão e se ajoelhou como se estivesse rezando.
E morreu naquela posição, enquanto os demônios continuavam a trabalhar sem
perceber que seu poder sobre eles tinha acabado. Contudo, quando eles
completaram sua tarefa, um réptil arrastou-se de uma fissura no chão e subiu
pelo bastão, e diante disso o cadáver de Salomão desmoronou, transformando-se
em poeira e vestimentas. Então, os demônios fugiram, deixando os livros para
trás, e com eles o poder de trazê-los de volta à vida. Esta é a lenda da origem
dos grimórios que trazem o nome do rei – “A Chave de Salomão”, que data do
século I, e o “Lemegeton” ou “Chave Menor de Salomão”, que pode ser datado de
1500 a.C, mas que, sem dúvida, é bem mais antigo. Os dois livros foram
traduzidos e muitas línguas e copiados à mão nos séculos anteriores à invenção
da máquina de impressão. A cópia mais antiga sobrevivente da “Chave de Salomão”
data do século XV. Ela é mantida trancada e à chave na ala “proibida” do Museu
Britânico. O Lemegeton lista não menos que 72 demônios e suas funções.
Todos eles são descritos em detalhes, como se tivessem sido capturados e
catalogados por um caçador de insetos sobrenaturais, creditados tanto com vícios,
como com virtudes. Mais da metade dos demônios serve para ensinar ao mago
matérias como matemática, filosofia, astrologia, astronomia, lógica, línguas,
artes e ética. De acordo com o autor anônimo do livro, esses habitantes do
mundo subterrâneo também podem ser consultados sobre assuntos do passado,
presente e futuro. Porém, também existem demônios que podem ser comandados para
trabalhar como servos, localizando objetos pessoais que se consideravam
perdidos ou avisando sobre as propriedades particulares de certas ervas como o
alho, que tradicionalmente mantinha os espíritos malignos a distância. Outras ervas agiam como eméticos, para que o
mago fosse purgado das impurezas para iniciar um período de jejum, abstinência
e castidade antes de um ritual importante. Isso era crucial, porque se
acreditava que um espírito impuro existia em um nível inferior de existência
que o dos humanos, então o mago podia reduzir o risco de contaminação ou
possessão elevando sua vibração até um nível mais alto de purificação. É por
isso que se acredita ser perigoso estar sob a influência de álcool ou drogas
enquanto se envolve com o oculto. Existe um forte elemento de satisfação de
desejo, é claro, em dar a certos demônios a tarefa de garantir os desejos
secretos de seu mestre, sejam eles riqueza, posição social ou qualidades
pessoais, tais como a astúcia ou a coragem. Por mais curioso que pareça, quatro
demônios são encarregados de fornecer entretenimento para aliviar o espírito
atormentado ao fim de um dia difícil de conjurações. Ele vem na forma de
música, com sons naturais e visões. A um demônio, inclusive, cabe a tarefa de
verter água quente para o banho, enquanto outros tornam a água em vinho e de
novo em água. Mas os mesmos demônios podem causar devastações em cidades
inteiras, incinerar os inimigos do mago ou empestar qualquer um de quem eles
não gostem com pústulas e outras doenças. Também está em seu poder criar
desastres naturais e artificiais, seja na forma de guerras, terremotos,
misérias ou inundações. Os prazeres da carne não são negligenciados. Não menos
que 11 espíritos recebem a responsabilidade de enfeitiçar mulheres para que seu
mestre possa seduzi-las e um tem a função única de força-las a se despir. Com
certeza a ciência progrediu desde a era da magia, mas a natureza humana,
evidentemente evoluiu mais devagar.
MONTAGUE SUMMERS:
Em
1926, no auge da “Era do Jazz”, um obscuro clérigo católico romano
experimentou o sucesso da noite para o dia, com um dos mais inesperados
best-sellers. “The History of Witchcraft and Demonology”, do reverendo
Montague Summers (1880-1948), foi apresentado como um trabalho sério de
um acadêmico, repleto de citações em latim e francês, notas de rodapé e
uma bibliografia abrangente. Mesmo assim, imediatamente incitou a ira
dos mais notáveis pensadores da época e foi igualmente condenado pela
imprensa. O escritor H.G Wells difamou a obra como um catálogo se
superstições sem sentido, enquanto muitos jornais se perguntavam se a
publicação não seria uma piada sofisticada. Summers, no entanto, era
extremamente sério. Em sua introdução, ele declarou que a obra não era
apenas uma análise de pesquisador de antigos ritos rurais esquisitos. Ao
separar o fato do folclore, ele foi capaz de cortar caminho para “a
essência e a realidade duradoura da bruxaria e do culto às bruxas ao
longo dos séculos”, para concluir que “existiram e existem organizações
deliberadamente, diria mais, entusiasticamente dedicadas ao serviço do
mal”. Para respaldar seu argumento, Summers citou caso após caso em que
as bruxas espontaneamente confessaram comungar com o Diabo. Ele observou
que muitos relatos estranhamente similares em substância, apesar das
diferenças das culturas em que eles se deram. A imagem romântica de
bruxa voando montadas em cabos de vassoura foi descartada como pura
fantasia, e os que declararam ter testemunhado tais cenas, como Claudine
Bauban, foram desacreditados como pessoas que queriam chamar atenção ou
sem bom senso, como Julian Cox, que confundiu um ritual de dança
camponesa que usava cabos de vassoura com um voo de bruxas. Mas não foi o
vigor acadêmico de Summers nem a erudição de seus argumentos que
garantiram ao livro o status de cause célebre. Foi sua tendência a se
prolongar nos detalhes sexuais das cerimônias satânicas das bruxas. Seu
gosto pouco reprimido combinava-se à indignação virtuosa de alguém que
não tinha sido convidado para a orgia. Essa era uma sensação
compartilhada pela maioria dos seus leitores, que só puderam concluir
que a bruxaria existia, e bem no século XX. Summers teve a singular
habilidade de tornar o assunto deliciosamente sedutor. Montague Summers
foi um personagem tão extraordinário quanto seu contemporâneo Aleister
Crowley, que ele conheceu pessoalmente. Com um rosto de anjo excêntrico,
ele aparentava ter saído de uma novela do século XVIII de Swift ou
Fielding, uma impressão que se ajustava com sua voz em falsete cômica e
penteado que se assemelhava a uma peruca da Regência. Ele costuma vestir
sotaina, chapéu de abas largas e uma capa preta. Para completar o
quadro, usava sapatos de fivela e uma bengala com castão retorcido de
prata, que representavam uma cena lasciva da Antiguidade. Seu título
ecumênico era totalmente fictício. Ele fora ordenado diácono da Igreja
da Inglaterra em 1908, mas não foi aceito oficialmente como clérigo.
Talvez em função dos rumores sobre seu interesse por satanismo ou, mais
provavelmente, pelas suspeitas a respeito de sua conduta sexual
imprópria com os garotos do coro, pelo que, posteriormente, foi julgado e
absolvido. Seja qual for a verdade, ele converteu-se ao Catolicismo e
se fez passar por padre católico. Ele era um “personagem” conhecido,
representado com frequência pelos cartunistas dos jornais, como um Frei
Tuck, em caricaturas que o desenhavam surgindo da biblioteca do Museu
Britânico com um livro sobre vampirismo debaixo do braço. Mas havia os
que o consideravam um personagem um tanto sinistro. O autor de ocultismo
Dennis Wheatley recordava-se de ter sido convidado para a residência de
Summers, em Alresford, onde ele foi entretido com as histórias das
lutas de seu anfitrião com o Diabo. Um episódio especialmente memorável
mostrava o suposto clérigo realizando um exorcismo na esposa de um
trabalhador na Irlanda. Ela espumava pela boca e teve de ser subjugada
enquanto executava a cerimônia. No auge do combate, viu-se um vapor
negro saindo da boca da mulher. Depois, a nuvem escura penetrou na perna
de um carneiro, que tinha sido preparado para o jantar. Quando chegou a
hora de destrinchar a carne, o anfitrião exausto e seu convidado
ficaram horrorizados ao ver a mulher cheia de vermes. É uma boa
história, mas os mesmos acontecimentos foram atribuídos a meia dúzia de
ocultistas em várias épocas. Mais significativo foi o fato de Wheatley e
sua mulher terem ficado chocados ao descobrir que dividiram sua cama
com uma dezena de aranhas gigantes. Um sinal claro, diz-se, da presença
de magos negros. Na manhã seguinte, o anfitrião levou o autor a um
quarto repleto de livros. Ele selecionou um pequeno volume de capa de
couro e ofereceu-o ao seu convidado por 50 libras esterlinas. “É sua
cara”, disse Summers, “vale muito mais, mas eu o deixarei compra-lo por
50.”. Um tanto embaraçado, Wheatley declinou a oferta, dizendo que não
poderia pagar por ela naquele momento. “Nunca tinha visto a expressão de
um homem mudar com tanta rapidez”, Wheatley escreveu mais tarde. “De
uma calma benevolente, de repente se encheu de uma fúria demoníaca. Ele
jogou o livro e saiu do quarto irritado.” Para evitar mais atritos,
Wheatley enviou um telegrama fictício para si mesmo e voltou para
Londres na mesma noite. O sucesso de “The History of Witchcraft and
Demonology” encorajou Summers a escrever mais volumes sobre temas
relacionados (dois exploraram a lenda do vampirismo e o outro instigou
os lobisomens), todos ostentando um grau acadêmico similar e uma
pesquisa cuidadosa. Ele apresentou cada volume como evidência documental
da existência de cada uma das criaturas parecia acreditar em cada
palavra que escrevera. Ela editou também uma tradução do Malleus
Maleficarum, tratado do século XV de Kramer e Sprenger, e pôs seu nome
em uma edição revisada de “The Discovery of Witches”, o infame guia de
caçadores de bruxas de Matthew Hopkins, além de compilar várias coleções
de histórias de horror góticas. Porém, é por reacender o interesse pela
feitiçaria que ela será mais bem lembrado, reverenciado ou insultado.
“Eu me esforcei para mostrar uma feiticeira como ela realmente era – um
ser diabólico; uma peste e parasita social; devota de uma crença
repugnante e obscena; uma adepta do envenenamento, chantagem e outros
crimes horripilantes; membro de uma organização secreta poderosa e
inimiga da Igreja e do Estado; blasfema na palavra e nas ações, que
domina aldeões pelo terror e superstição; uma charlatã e curandeira, às
vezes; uma alcoviteira, uma aborteira, a conselheira sinistra das damas
lascivas da corte e dos galanteadores adúlteros; sacerdotisa do vício e
de corrupção inconcebível, à custa da vulgaridade e das paixões mais
abomináveis da época.” É necessário lembrar, porém, que o “reverendo”
Montague Summers não era uma fonte inteiramente confiável e imparcial.
Apesar do seu zelo religioso professo, ele era um membro ativo da Ordem
de Chaeronea, uma ordem pederástica cujos interesses por meninos não
eram puramente filosóficos ou platônicos; ele também foi membro da
British Society for the Study of Sex Psychology, para a qual escreveu um
ensaio exaltando os defeitos e virtudes do Marquês de Sade.
GERALD GARDNER:
Com
o impacto de seus cabelos brancos, barbicha de bode e sobrancelhas
espetadas, Gerald Gardner parecia um sátiro envelhecido. Ele também
desempenhou o papel, manifestando uma predileção pelo autoflagelo, que
deixava os jornais de domingo ávidos por confissões lascivas. Eles
especulavam sem distinção sobre cenas de libertinagem, que imaginavam
acontecer quando os membros de seu coven davam cambalhotas, nus sob a
lua cheia. Porém, por trás do velho travesso e de sua aparência
suspeita, havia uma paixão genuína pelo misticismo como experiência
concreta e a ele pode ser creditado o renascimento da Wicca moderna que
é, atualmente, a religião que mais cresce na América. Gardner
(1884-1964) viveu na Malásia durante a juventude e lá ele se entregou à
paixão pela arqueologia e antropologia, retornando brevemente à
Inglaterra, em 1920, para ver se poderia despertar o interesse do
movimento espiritualista por feitiços e “ferramentas de magia” criadas
por ele. Ele não teve sucesso, então voltou para a Malásia, onde
trabalhou para o Serviço de Alfândega Colonial até 1936. Em sua
aposentadoria, emigrou para a Inglaterra, onde se envolveu em uma
sociedade secreta, a Sociedade da Ordem Rosa-Cruz de Crotona, que
praticava uma forma de magia cerimonial que Gardner considerou
fascinante, porém arcaica. Ele resolveu revigora-la com suas próprias
criações baseadas em descrições detalhadas de cerimônias pagãs de
fertilidade, que apareceram em dois trabalhos de grande influência: “The
Witch Cult In Western Europe” (1921) e “The God of the Witches” (1931),
ambos da professora Margaret Murray do University College, de Londres.
Murray havia começado com a presunção de que as bruxas antigas tinham
sido mulheres velhas desiludidas, que haviam cultuado o diabo, mas ele
concluiu declarando que elas eram remanescentes de um culto de
fertilidade que foi injustamente perseguido pela Igreja. No início,
Gardner aproximou-se da bruxaria como um exercício acadêmico, rastreando
suas rotas até a Idade da Pedra. Mas ele também era um exibicionista
excêntrico, que desejava estar cercado por acólitos dispostos a se
prostrar aos pés de seu mestre e se submeter ao seu tipo peculiar de
disciplina. Gardner pode também ter tirado ideias de a “Deusa Branca” de
Robert Graves, uma história abrangente do paganismo e da magia, e de
“Golden Bough”, de James Frazer. Os dois livros teriam dado a ele
material suficiente para “Book of Shadows”, seu livro de rituais de
magia e textos religiosos. Contudo, os que estavam enamorados demais por
seu mestre para observar com mais atenção consideraram-no como
totalmente original. Os textos de Dion Fortune inspiraram Gardner a
escrever “High Magic´s Aid”, seu romance sobre magia publicado em 1949,
um romance medieval pomposo, no estilo de sir Walter Scott. Ele declarou
utilizar rituais de magia autênticos, parcialmente retirados de “A
Chave de Salomão”, um grimório (livro de magia) “e parcialmente de
manuscritos de magia que eu possuo”. O Ato de Feitiçaria de 1735
impedia-o de admitir abertamente que praticava a Arte, mas quando o ato
foi revogado, em 1951, Gardner viu sua oportunidade e a explorou. Seu
segundo livro, “A bruxaria Hoje” (1954), ostentava um prefácio de
Margaret Murray, que na ocasião estava perdendo credibilidade, pois
começara a promover teorias cada vez mais excêntricas, em específico a
ideia de que todos os monarcas ingleses eram bruxos. Contudo, seu
endosso não prejudicou o livro. Ele inclusive encontrou aceitação
imediata pelo público em geral, que ficou fascinado em saber que “a
antiga religião” ainda estava viva e bem na Grã-Bretanha moderna e seus
adeptos não tinham vergonha de praticar sua fé, nus, nas florestas e até
nos subúrbios. Em 1946, Gardner contratou Aleister Crowley para criar
novas cerimônias de iniciação e rituais, com o objetivo de criar sua
própria versão da Arte, embora uma versão com uma temática
sadomasoquista inconfundível. Flagelos rituais e cópula eram centrais
nos ritos de iniciação gardnerianos e muito do que se passava como culto
era um teatro do absurdo. Mesmo assim, o coven de Gardner atraiu
dezenas de seguidores desencantados com as religiões ortodoxas, e eles
encorajavam outros a criar seus próprios covens na Inglaterra e na
América. Esses convertidos tinham se distanciado dos aspectos mais
sensacionais da filosofia de seu fundador. Eles haviam amadurecido em
uma irmandade que outorga poderes às mulheres e celebra o princípio
feminino. Não é difícil compreender por que a Wicca é tão popular nos
dias de hoje. A religião ortodoxa oferece à mulher algo além de
subserviente, ao passo que o Cristianismo faz da mulher a responsável
pelo Pecado Original. A fonte primária dos ritos de iniciação, rituais e
regras gardnerianos é o “Livro das Sombras”. Apresentado originalmente
como um documento manuscrito que professava ser do século XVII, foi de
fato escrito por Gardner no fim dos anos 1940 ou no início da década de
1950. Só Gardner poderia ter tido o atrevimento de esboçar uma lei
afirmando que as altas sacerdotisas deveriam renunciar em favor de uma
mulher mais jovem se o coven assim o desejasse. O título “Livro das
Sombras” também faz referência aos registros pessoais dos trabalhos de
magia mantidos por todas as bruxas. O livro de Gardner é singular por
delinear um plano de resistência da magia à invasão nazista da
Grã-bretanha, uma ideia que Dion Fortune compartilhou em “The Magical
Battle of Britain”.
ALEX SANDERS:
Atrás
das cortinas de chintz rendado de uma modesta casa com terraço, na
região de veraneio à beira-mar de Bexhill-on-Sea, o autoproclamado “Rei
das Bruxas” Alex Sanders, de 60 anos, vestia uma máscara de ouro e um
cocar pesado de penas antes de invocar um espírito do fogo asteca de uma
dimensão além do tempo e do espaço. Em seguida, seus assistentes
removiam seu robe, deixando esse xamã suburbano dançar em volta do
cômodo da frente enquanto segurava uma vela flamejante em cada mão.
Aparentemente, ele estava possuído pela entidade, que proferia palavras
de sabedoria do mundo dos mortos. “Muitos me olham com estranheza”, ele
disse à equipe de TV que filmou o ritual para um documentário. “Muitas
pessoas têm medo de mim, isso é culpa delas, não minha.” Na época, Alex
era um velho frágil, com dificuldade para permanecer em pé sem ajuda,
mas, uma vez que o espírito estivesse nele, ele sentia que podia
“liderar o caminho” para seu “povo”, protegendo-os da perseguição e dos
olhares indiscretos dos tabloides. Como muitos magos e ocultistas, Alex
era um egotista impenitente e um fantasista por hábito, que cortejava a
controvérsia e atormentava a imprensa para publicar suas atividades. Não
foi apenas seu apetite por publicidade que enfureceu seus colegas
wicanos, os quais temiam que relatos sensacionalistas incitassem a
perseguição e o ridículo: ele também tinha o hábito de “enfeitar” a
verdade para tornar-se mais interessante. Parece que ele foi iniciado na
Arte por um membro de um coven de Nottingham em meados dos anos de
1960, mas Alex sempre insistiu que sua avó galesa Mary Bibby tinha
executado a cerimônia depois que ele entrou em sua casa enquanto ela
realizava um ritual. “Em uma noite de 1933, quando eu tinha 7 anos, fui
enviado para a casa de minha avó para um chá. Por alguma razão, não bati
na porta ao entrar, e me deparei com minha avó nua, seus cabelos
cinzentos soltos caindo até a cintura, em pé em um círculo desenhado no
chão da cozinha.” Quando se recobrou do choque de ter sido descoberta,
ela lhe disse para retirar suas roupas e se juntar a ela dentro do
círculo. Então, ela fez um corte em seu escroto com uma faca e declarou
que ele era um deles. Depois de fazer com que jurasse segredo, ela
informou ser descendente do chefe e rei de bruxas galês Owain Glyn Dwr, e
que Alex teria o direito de assumir o título quando fosse a hora. Mas
primeiro ele tinha de se familiarizar com os ritos da “religião antiga”,
copiando os rituais de seu próprio Livro das Sombras. Qualquer que
fosse a verdade, Alex era um médium natural, assim como seus irmãos. Sua
futura esposa e alta sacerdotisa Maxine Sanders lembrou que a casa da
família ficava lotada de espíritos, atraídos pela energia psíquica
gerada pelos irmãos de Alex e as sessões mediúnicas regulares que
aconteciam em volta da mesa da cozinha. “Não era incomum entra4r na
cozinha dos Sanders em plena luz do dia e encontrar uma sessão mediúnica
de materialização completa acontecendo. A sra. Sanders estaria
entretida em suas rotinas domésticas, independentemente das aparições
presentes.” A primeira praga concreta de Sanders foi dirigida à sua
primeira esposa, que o deixou quando ele tinha 26 anos, levando seus
dois filhos com ela. Alex amaldiçoou a mulher com um feitiço de
fertilidade, para que, quando ela se casasse de novo, tivesse a
sobrecarga de dar à luz três pares de gêmeos. Mas isso foi um pequeno
consolo para o sentimento de ser rejeitado e abandonado, então Alex saiu
em busca de riqueza e sexo, usando feitiços para tal fim. “Eu cometi um
erro terrível ao usar magia negra em uma tentativa de conseguir
dinheiro e êxito sexual. Funcionou muito bem – eu estava andando por
Manchester e fui interpelado por um casal de meia-idade que me disse que
eu era o duplo exato de seu filho único, que morrera havia alguns anos.
Eles me levaram para sua casa, alimentaram-me e vestiram, e trataram-me
como um familiar. Eles eram riquíssimos e, em 1952, quando pedi a eles
que me dessem uma casa, com uma pensão para mantê-la, eles ficaram
felizes em realizar meus desejos. Eu fiz festas, comprei roupas caras,
eu era sexualmente promiscuo; mas depois de algum tempo, percebi que
tinha uma dívida terrível a pagar.” Vários membros da família de Sanders
morreram prematuramente de câncer e a namorada de Alex cometeu
suicídio. Esses acontecimentos dissuadiram-no de continuar se
aventurando pela Linha Esquerda. Em vez disso, ele trabalhou por um
tempo como curandeiro, mas não conseguia resistir a libertar um cliente
de verrugas, transferindo-as para alguém de quem ele não gostasse. Ele
também afirmou ter curado um homem viciado em drogas e ter executado
abortos psíquicos enviando a alma de volta para o Paraíso. E, quando ele
não conseguia persuadi-la a voltar, diz-se que ele recomendava um
aborteiro aqui da Terra. Ele recebeu o crédito de ter curado p pé
deformado de sua própria filha Janice, cujo tratamento fora
desacreditado pelos médicos. Seguindo instruções de seu guia espiritual,
Alex banhou o pé de Janice em azeite de oliva e o massageou até ser
capaz de virá-lo de volta à posição correta, sem nenhuma dor. Em 1963, a
partir de conselhos de seu anjo da guarda e espíritos guias, ele
aceitou um trabalho subalterno na John Rylands Library em Manchester,
onde pôde estudar a fundo as cópias de dois grimórios lendários, “A
Chave de Salomão” e “O Livro da Magia Sagrada de Abramelim, o Mago”. Mas
ele não contentou só com a leitura dos livros. Ele tinha de possuí-los.
Uma noite, conseguiu retirá-los às escondidas da biblioteca, mas foi
pego em seguida. Sob a ameaça de processo, prometeu devolvê-los, mas não
antes de fazer uma cópia manuscrita dos rituais mais potentes. É
provável que lhe teriam pedido que deixasse a livraria de qualquer modo,
porque ele havia atraído atenção indesejável sobre si ao persuadir o
Manchester Evening News a publicar uma matéria de primeira página sobre
bruxaria. Esse incidente também o levou a ser banido de seu coven local,
que o considerou um peso morto. Mas a imprensa importunou-o por mais
petiscos lascivos e ele atendeu de boa vontade. Em 1965, declarou
presidir sobre cem covens a partir de sua casa em Manchester e ter
criado um familiar na forma de um bebê, feito a partir de um ato de
magia sexual com outro membro masculino do coven. Alex parece ter sido
um médium de transe genuíno, mas sua afirmação de ter canalizado um
bruxo do século XVII chamado Nick Demdike não foi provada. Acusaram-no
de retirar o nome de um romance do século XIX, “The Lancashire Witches”,
de William Ainsworth, que tinha um bruxo com o mesmo nome. Em 1969,
outra reportagem no jornal dominical sensacionalista empurrou Sanders
para os holofotes e ele se viu uma celebridade menor no circuito dos
programas de entrevistas, para desgosto de outras bruxas. A reportagem
era em torno da afirmação de Alex de ser capaz de erguer os mortos, um
rito que ele executou com uma expressão séria em Alderley Edge, diante
de um repórter embasbacado. O “cadáver” era, um dos assistentes de Alex,
que jazeu obediente até o momento combinado, imóvel como uma múmia
egípcia sob camadas de bandagens. O médico que atestou a morte da
vítima, para começar, era outro amigo de Alex. Quanto ao ritual, Alex
não desejava o risco de incorrer na fúria dos deuses ao dizer seus nomes
em vão, então resistiu à tentação de usar um verdadeiro encantamento e
em vez disso leu uma receita de trás para a frente! Suas farsas e a
ânsia por publicidade zangaram muitos dos que se empenhavam em praticar
suas crenças a portas fechadas e no anonimato, e Alex tinha plena
consciência das críticas levantadas contra ele. Em 1979, fez um pedido
de desculpas completo e sincero e expressou a esperança de que a
totalidade dos convertidos que ele trouxera para a Arte superasse
vastamente a atenção negativa que atraíra. Sanders morreu de câncer do
pulmão no dia de Beltane, 30 de abril de 1988. Seu último desejo foi de
que seu filho Victor o sucedesse, mas Victor não queria nada com o
movimento e imigrou para a América. O ramo Alexandrino da Wicca hoje em
dia está firmemente estabelecido como uma alternativa à tradição
gardneriana, mas não é tão popular. Isso, em parte, se deve ao fato de
que Sanders representou uma imagem negativa da Wicca na imprensa, mas
outro motivo pode ser a insistência de Sanders pela admissão de
homossexuais – uma regra que desorganiza a dinâmica macho-fêmea, que é
central nos trabalhos de um coven.
DION FORTUNE
A
autora e ocultista Dion Fortune (1890-1946) foi a responsável pela
disseminação da teoria e prática da magia cerimonial para um círculo tão
amplo como nunca visto. A informação que ela forneceu só estivera
disponível antes para iniciados de sociedades secretas como a Golden
Dawn. Codificada em seus romances – “The Winged Bull”, “The Sea
Priestess”, “The Goat Foot God” e outros – eram ritos e rituais que os
wiccanos e magos modernos foram capazes de adaptar e incorporar a um
sistema de magia neopagão baseado no culto à deusa, ou o princípio
feminino. Ele foi um afastamento da “religião antiga”, em que a figura
patriarcal de Pã mantivera-se suprema. Seus diversos estudos sobre magia
ritual e filosofia oculta, incluindo “The Cosmic Doctrine”, “The
Mystical Qabalah” e “Sane Occultism”, foram realizados na “The Occult
Review”, uma revista que teve circulação ampla nos anos de 1930. Eles
devem ter sido devorados por pessoas como Gerald Gardner e Doreen
Valiente, os responsáveis pelo ressurgimento da Wicca dos anos de 1950.
Pode-se argumentar que, sem a contribuição de Dion Fortune, o movimento
wicano moderno não teria florescido como floresceu e o movimento Nova
Era não teria evoluído para uma forma de espiritualidade centrada na
natureza, que é simbolizada pela Mãe Terra e a Rainha do Céu. Nascida
Violet Mary Firth em Llandudno, Gales, ela foi criada como cientista
cristã, mas aos 20 anos foi compelida a mergulhar na filosofia e magia
oriental, depois de sofrer um colapso nervoso quando trabalhava como
professora em um colégio particular de garotas. Mais tarde, declarou que
não foi uma desordem nervosa comum, mas o resultado de um “ataque
psíquico” mantido pela diretora, que havia estudado ioga na Índia e usou
sua vontade superior para quebrar a resistência de Violet e destruir
sua autoconfiança. “Eu entrei como uma jovem forte e saudável. Saí como
um destroço psíquico e mental”, ela escreveu. Quando se recobrou, ela
decidiu aprender tudo o que pudesse sobre os poderes latentes da mente,
que ela suspeitou ser a fonte de todo fenômeno oculto. Pouco antes da
Primeira Guerra Mundial, ela matriculou-se na Tavistock Clinic para
estudar psicanálise freudiana, onde conheceu seu mentor, o místico
anglo—rlandês T.W.C Moriarty, que inspirou sua coleção de contos “The
Secreto f Dr. Taverner”. Depois da morte dele em 1923, ela uniu-se à
“Cristian Mystic Lodge of the Theosophical Society”. Em 1919, ela foi
iniciada em uma “loja irmã” da Ordem Hermética da Aurora Dourada (Golden
Dawn), onde aprendeu o funcionamento da magia cerimonial, mas, na
ocasião, a ordem estava em declínio. “seus velhotes futriqueiros”
passavam mais tempo discutindo sobre procedimentos do que um Conselho do
que um conselho de pastores de província. Durante os três anos em que
permaneceu com a ordem, ela adquiriu seu nome mágico, uma contração de
“Deo Non Fortuna” (“Por Deus, não pelo Acaso”), e chegou à conclusão de
que os ocultistas modernos não poderiam se dar ao luxo de ignorar as
percepções oferecidas pela psicologia. Ela pontuava que as ordens de
magia como a Golden Dawn estavam condenadas à extinção porque seus
membros estavam determinados a preservar um conhecimento arcano, em vez
de desenvolvê-lo, do mesmo modo que as religiões ortodoxas fizeram
antes. Ela delineou sua filosofia em “Sane Occultism”, o primeiro de
vários livros sobre os aspectos práticos de magia e do desenvolvimento
psíquico. “Um conhecimento de filosófica oculta pode dar uma pista para
as pesquisas dos cientistas e equilibrar os êxtases dos místicos.” Como
psicóloga treinada e ocultista praticante, ela percebeu que a fonte
primária de nossa moléstia moderna origina-se de uma negação do nosso
ser subconsciente intuitivo, personificado pelos pagãos como Pã, ou a
consorte do Deu Cornífero, Arádia, o arquétipo feminino do si mesmo. De
acordo com Dion Fortune, a não ser que pudéssemos reconciliar os
aspectos psíquicos e práticos de nossa espiritualidade, permaneceríamos
vítimas de desordens mentais, tais como depressão, bem como doenças
relacionadas ao estresse crônico. Nos romances de Dion Fortune, mais que
em seus panfletos de magia, fica claro que se realinhar com a natureza é
o caminho para a integração psicológica e a autorrealização. A religião
pede ao crente que aceite a promessa da vida após a morte com
confiança, para submeter a vida ao serviço do divino e resistir à
tentação, enquanto a filosofia oferece vida após a morte como apenas uma
possibilidade e pede ao indivíduo que assuma a responsabilidade por seu
destino. Apenas o ocultismo revela a verdadeira natureza da Realidade
Maior e nosso propósito nela, e isso capacita o indivíduo com a
habilidade para criar essa realidade. Nos anos de 1920 e 1930, não era
permitido criticar a religião. Qualquer autor que o fizesse seria
ridicularizado pela imprensa e podia dizer adeus à sua carreira
literária, portanto, Fortune fez com que seus pontos de vista sobre o
Cristianismo ficassem conhecidos pela boca de seus personagens. No “The
Winged Bull”, ela deixa o personagem central, um acadêmico erudito e
ocultista, fazer o discurso. “E, então, vieram os caçadores de heresias e
deram a ele (Cristianismo) um trato final, realizando um grande esforço
para se livrar de tudo que ele havia herdado de crenças mais antigas. E
eles haviam sido como moleiros modernos, que refinam todas as vitaminas
retirando-as do pão e condenam metade da população ao raquitismo. Foi o
que aconteceu com a civilização, ela teve raquitismo espiritual porque
seu alimento espiritual era refinado demais. O homem não pode prosseguir
sem um traço de paganismo e, em geral, ele não tenta.” O ritual central
na Wicca moderna, conhecido como Descenso da Lua, sempre foi creditado
ao autoproclamado “Rei das Bruxas” Gerald Gardner e sua alta sacerdotisa
Doreen Valiente, mas ele é, na verdade, uma variação do rito descrito
por Dion Fortune em seu romance “The Sea Priestess”, publicado em 1938.
Desenha-se um círculo sagrado em volta de um sacerdote e uma alta
sacerdotisa do coven, cercando-os em um espaço consagrado, marcado nos
quatro pontos cardeais do compasso e santificado com os quatro
elementos: fogo, ar (incenso), água e terra (sal). Depois, o
grão-sacerdote ajoelha-se diante da alta sacerdotisa, que está em pé de
frente para o altar segurando um bastão em uma mão e um cesto em outra,
com os braços cruzados em uma imitação de Osíris. Então, o sacerdote dá
um beijo nos pés, joelhos, abdome (barriga), seios e por fim nos lábios
da sacerdotisa, antes de se dirigir a ela como a encarnação da Deusa
Mãe. Daí, ela pode ser inspirada a se dirigir ao coven, como se
canalizando a deusa, ou pode recitar uma passagem do Livro das Sombras, a
“bíblia” das bruxas, ou outro trabalho que pareça relevante na ocasião.
Não existe menção ao Demônio ou nada que possa ser interpretado como
uma afronta ao Cristianismo. Na verdade, é bem o oposto. “Eu sou a Deusa
graciosa que oferece a dádiva da alegria para o coração do homem. Sobre
a terra eu concedo o conhecimento do espírito eterno; e, após a morte,
eu concedo paz, liberdade e reunião com os que se foram no passado. Eu
não exijo sacrifício; pois, perceba, eu sou a Mãe de tudo que vive, e
meu amor brota por toda a terra.” Nos romances de Dion Fortune, o
protagonista em geral é um homem que sofreu um esgotamento nervoso ou
outra crise. Em seguida, ele é resgatado por uma ocultista que o ajuda a
encontrar equilíbrio e perspectiva por meio da iniciação nos Mistérios.
Um tema secundário envolverá um hieros gamos (casamento divino) do
homem com a mulher que ele está destinado a amar. Por intermédio dela,
ele encontrará redenção e completude. “Quando o corpo de uma mulher é
transformado em um altar da Deusa que é toda beleza e vida magnética...
então a deusa entra no templo.” (The Sea Priestess) Para os ocultistas,
todos os aspectos da vida, em especial a união do homem e da mulher, têm
um significado simbólico. A vida em si é um ritual sagrado. “Todos os
deuses são um deus e todas as deusas são uma deusa
e existe um iniciador.”
ALEISTER CROWLEY:
A verdadeira face do mago notório Aleister Crowley (2 de
outubro de 1875 - 5 de dezembro de 1947) está envolta em mitos e informações
incorretas, muitas delas de sua própria autoria. Mesmo seus discípulos mais
devotados tinham uma imagem distorcida do homem que se comprazia com o título
“A Grande Besta”. Crowley foi um mestre na manipulação, um autopublicista
descarado que ansiava por atenção e tinha um prazer perverso em chocar a
sociedade polida, vangloriando-se de seus excessos com drogas e libertinagem.
Ele divertia-se em seu papel de “o homem mais perverso do mundo” e fez tudo o
que pôde para aumentar sua reputação. Uma vez, alguém o descreveu como “um
menininho sórdido que nunca cresceu”, e embora essa descrição não leve em conta
sua influência considerável na tradição esotérica ocidental, especificamente a
magia prática, ela é afinal um resumo bastante acurado de sua personalidade
excepcionalmente desagradável. Crowley nasceu em Royal Leamington Spa, perto de
Srtatforupon-Avon, em 12 de outubro de 1875, Batizado Edward Alexander Crowley,
ele mudou seu nome para Aleister quando estava na universidade. Seus pais
puritanos foram afetuosos e extremamente indulgentes ao criar seu filho único,
mas ele ressentia-se de sua criação rígida e opressiva, descrevendo sua mãe
mais tarde como uma “carola descerebrada”. Seu pai morreu de repente, quando
Aleister estava entrando na adolescência, e isso teve um efeito profundo em seu
desenvolvimento. Enquanto ele se tornava cada vez mais provocador e cheio de
vontades, sua mãe ficava cada vez mais apaixonada em sua devoção pela igreja.
Ela tentou instilar a crença de que o sexo era criação do Demônio em seu filho
e de que se submeter a tentações era o primeiro passo na estrada da maldição. “O
amor era um desafio para o Cristianismo”, escreveu Crowley mais tarde, e ele
determinou-se a superá-lo na primeira oportunidade. Com a idade de 14 anos, ele
seduziu uma empregada na cama de sua mãe, enquanto ela estava na igreja. Quando
ele confessou triunfante, ela acusou o filho de ser a Grande Besta do
Apocalipse, cuja vinda fora profetizada no Apocalipse de João, e o enviou para
um internato. A reação da mãe apenas reforçou sua crença de que a mania religiosa
era uma forma amena de insanidade. Longe dos olhos da mãe, ele explorou sua
bissexualidade de maneira irresponsável, bem como sua paixão por escrever
poesia pornográfica. Seus versos falharam em criar impressão nos círculos
literários, onde foram menosprezados como decadentes, derivativos e de um
sadismo mórbido. Sem se intimidar, Crowley pagou para tê-los publicados, porque
ele se recusava a aceitar que pudesse ser algo além de brilhante em tudo o que
fizesse. “É uma coincidência estranha”, ele vangloriou-se mais tarde, “que um
pequeno condado deu à Inglaterra dois de seus maiores poetas – porque não
podemos esquecer Shakespeare”. Sua outra paixão consumidora na época era o
montanhismo, para o que ele era bem equipado tanto mental quanto fisicamente. Seu
físico avantajado e a destemida indiferença ao perigo garantiam que se
sobressaísse, embora ele carecesse de espírito de equipe e cuidado com seus
companheiros alpinistas, tão críticos para o sucesso naquele esporte quanto a
habilidade e a força. Uma vez, em um caso famoso, ele abandonou seus parceiros
de escalada à sua sorte durante uma subida ao Kanchenjunga, quando pareceu que
eles o impediriam de alcançar o pico. Ele havia sido deposto como líder da
expedição por seu “tratamento sádico e cruel aos carregadores” e, quando os
outros membros do grupo foram enterrados em uma avalanche, ele ficou em sua
tenda, emburrado e rancoroso, ignorando seus gritos por socorro. Porém, Crowley
esqueceu o alpinismo e os versos ao descobrir o oculto no fim da adolescência.
Ele devorou os livros “The Kabbalah Unveiled”, de McGregor Mathers, e “The Book
of Black Magic and of Pacts”, de A. E. Waite, de uma só vez, mas se recusou com
teimosia a reconhecer o débito que seus livros deveram a esses autores, que ele
ridicularizou como pretensiosos. Era impossível para Crowley elogiar qualquer
pessoa que fosse, porque se considerava superior a todos; mas ele ficou
entusiasmado com as ideias de Mathers de que a magia oferecia um meio de se
elevar acima da rotina mundana da vida cotidiana e de que o talento em questões
ocultas dependia da intuição, não do intelecto. Como Crowley recordou
posteriormente, o sucesso na magia dependia da habilidade para “despertar o
gênio criativo”, não apenas acreditando que a vontade de alguém se tornaria
realidade, mas também a visualizando. Uma expectativa de sucesso quase infantil
e uma determinação obstinada em obter o que se deseja a qualquer custo são
cruciais para o resultado da magia cerimonial. Em todo ato de magia, é preciso
suspender a mente racional, por que ela limita o poder do inconsciente, do
mesmo modo que um pai desaprovador pode atrasar o progresso de uma criança,
advertindo-a sobre os problemas que ela pode encontrar. O sucesso inicial de
Crowley como mago foi resultado de sua crença que mais tarde se transformou em
autovalorização, o que ofuscou sua intuição. Ele teve uma prova de seu poder
potencial na juventude. Quando estava estudando em Cambridge, ele amaldiçoou um
mestre que havia recusado a permissão para ele encenar uma peça indecente. Sua
ação foi fincar alfinetes em uma imagem de cera feita por ele. Mas o ritual não
aconteceu como Crowley planejara. Em uma noite de lua cheia, ele convenceu
alguns de seus colegas estudantes a se juntar a ele em um campo ao lado do St.
John´s College. Eles deveriam fazer um círculo enquanto ele executava a
conjuração. Contudo, no momento crítico, um dos participantes não teve coragem
e tentou arrancar a boneca de Crowley. Uma agulha escorregou o fincou em seu
pé. No dia seguinte, o mestre caiu em uns degraus e quebrou o joelho. No início,
Crowley encantou-se com o convite para se unir ao círculo oculto da moda de
Mathers, a Hermetic Order of the Golden Dawn (Ordem Hermética da Aurora
Dourada), em 1898 – que contava com vários membros da sociedade vitoriana entre
seus adeptos, inclusive o poeta W. B. Yeats e vários autores renomados. Mas ele
se desesperou quando percebeu que eles eram tão preocupados com classificações
e regras quanto os maçons. “Eles não eram protagonistas no combate espiritual contra
restrições”, observou, “contra os opressores da alma humana, os blasfemadores
que negavam a supremacia da vontade do homem”. Com essas palavras, ele
referia-se à religião institucionalizada. Crowley estava impaciente por poder e
obcecado com a ideia de que, de alguma forma, sexo e magia estavam ligados, que
a energia vital canalizada durante o sexo poderia ser usada em magia ritual, de
modo que os desejos mais profundos pudessem ser concretizados. Com a riqueza
herdada, uma aparência de sofisticação e personalidade dominadora, Crowley
teria muitos admiradores, que se submeteriam a qualquer ato humilhante se ele
os cortejasse a acreditar que isso poderia dar nascimento a uma “criança
mágica”, uma forma-pensamento sem alma que cumpriria suas ordens. A magia
sexual, entretanto, era desaprovada pelos “velhotes” da Golden Dawn, que
consideravam a ambição imprudente de Crowley como embaraçosa e, decididamente,
de mau gosto. Crowley sentia ser merecedor de uma posição elevada dentro da
sociedade, mas Mathers pensava diferente. Seu antagonismo intensificou-se até
que, em 1904, os dois homens brigaram nos tribunais sobre os direitos dos
rituais um dia secretos, que Crowley declarou terem sido transferidos para ele
pelos “chefes secretos” incorpóreos da ordem. Mathers conseguiu obter um
mandado que impedia seu rival de publicar o material, mas Crowley era mau
perdedor. Ele invocou Belzebu e seus 49 demônios auxiliares para atormentar seu
inimigo. Mathers retaliou amaldiçoando o cachorro de Crowley e tornando seus criados
enfermos, mas o ataque psíquico deixou-o esgotado e derrotado, e ele perdeu o
apelo seguinte. A publicidade que se seguiu precipitou a dissolução da ordem e
empurrou Crowley para as páginas dos tabloides de domingo, cujos leitores
aceitaram sem reflexão suas histórias de batalhas psíquicas no plano astral.
Mas eles ficaram mais fascinados ainda por seus relacionamentos bizarros e vício
em drogas. O apetite sexual voraz e o traço sádico de Crowley foram satisfeitos
por uma série de mulheres neuróticas e impressionáveis, que se submetiam de bom
grado às suas exigências, que ele justificava afirmando ser parte de um ritual
oculto. Ele chegou a ir ao extremo de afiar seus dois dentes caninos a ponto de
poder dar a suas discípulas femininas adoradoras um “beijo de serpente”. Ele
também se tornou viciado em mescalina, que com o passar do tempo drenou
consideravelmente sua força interior e prejudicou sua saúde. Se ele não
possuísse uma vontade tão indomável, teria deteriorado a um ritmo bem mais
rápido. Doses generosas de heroína, ópio e haxixe ofuscavam seu julgamento e
percepção, ao mesmo tempo em que exacerbavam suas idiossincrasias e
relacionamentos, que eram não convencionais, para dizer o mínimo. Ele exercia
atração fatal sobre mulheres neuróticas e masoquistas, para que pudesse
dominá-las e abusar delas à vontade. Em uma ocasião, conhecidos viram-no
chutando uma de suas amantes, que ele amarrara e deixara para dormir no chão do
apartamento deles. Outra vez, ele trancou sua primeira esposa em um guarda-roupa,
enquanto divertia uma amante no mesmo quarto. Ele era igualmente abusivo com
seus amantes e companheiros homens, usando-os e descartando-os como se fossem
cães doentes. Os que cruzaram seu caminho atestaram a eficácia de suas maldições,
que deixaram um ex-acólito em estado de exaustão nervosa durante meses. Crowley
forjou uma ligação psíquica com seus discípulos mais devotados, que era tão
difícil para eles quebrarem quanto a dependência de drogas ou álcool. Nos
círculos ocultos, muitos acreditavam que a morte de Mathers em 1918 foi
resultado direto de uma maldição de Crowley. Na época do caso nos tribunais,
Crowley ainda não fizera 30 anos, mas já era uma figura conhecida nos círculos
boêmios e um mago de poder considerável. Porém, sua vida privada era uma
bagunça. Ele iniciara uma amizade com um jovem e promissor pintor, Gerald
Kelly, mais tarde presidente da Royal Academy, e, de brincadeira, ofereceu-se
para se casar com a irmã emocionalmente instável de seu novo amigo, Rose, para
salvá-la das atenções indesejáveis de seus inúmeros pretendentes. A família
ficou enraivecida ao pensar que esse fantasista poderia herdar sua fortuna, e realmente
enfurecida quando Crowley casou-se com Rose, no dia seguinte e, então,
arrastou-a para Paris, anunciando que dali por diante eles deveriam ser
tratados como Príncipe e Princesa Chioa Khan. Toda correspondência que não
fosse endereçada de modo apropriado eles retornariam sem abrir. O casamento
revelou a maldade de Crowley para que todos vissem. Ele levou Rose como uma
criança petulante de Paris para o Cairo e então para o Ceilão, explorando sua
devoção masoquista a ele, embora fossem claras suas intenções de humilhá-la.
Mas, em seguida, aconteceu algo totalmente imprevisto. Rose, agora grávida de
seu primeiro filho, revelou-se uma médium. Seja isso verdade ou não, pelo menos
garantiu que ela teria, por fim, a total atenção de seu marido. Ela disse-lhe
que ele havia ofendido o deus egípcio Hórus, mas se seguisse as instruções dela
ao pé da letra ele poderia invocar uma deidade que ditaria uma nova escritura
radical que teria seu nome. Crowley confessou ter considerado o ritual sem
sentido, mas provou ser eficiente. Não foi somente Hórus quem falou com ele,
mas também seu anjo da guarda Aiwass, provavelmente por intermédio de Rose.
Juntos, eles ditaram todo o texto que mais tarde foi publicado como “The Book
of the Law”. Ele era um pastiche pseudobíblico que anunciava a criação de uma
nova religião, cujo princípio central era de que o homem é Deus e Aleister
Crowley, seu profeta. “... pegue vossa cota e vontade de amor como quiserdes,
quando, onde e com quem quiserdes.” (Private Chaos) Se Crowley tivesse vivido
na América nos anos de 1960, ele poderia ter fundado um novo culto lucrativo;
entretanto, nos anos que precederam a Primeira Guerra Mundial, ele foi
desprezado pelo público em geral como apenas outro excêntrico nos moldes da
líder teosofista Madame Blavatsky, que também afirmava canalizar a sabedoria
esotérica do mundo espiritual. Entretanto, a filosofia autocentrada de Crowley influenciou
uma geração que surgiu nos cínicos anos de 1970 e foi adotada como credo
central da Church of Satan (Igreja de Satã). Seu édito para abandonar os fracos
e viciosos à própria sorte e rejeitar sentimentos de piedade para com aqueles
que sofrem poderia ter sido extraído da A Bíblia Satânica. Porém, em sua época,
a percepção do público sobre o ocultismo de Crowley foi distorcida por toda a
falação em torno de sua vida privada. Rose era uma musa indigna de confiança.
Depois que seu bebê morreu de febre tifoide em Rangum, ela deu à luz uma
segunda criança, mas provou ser uma mãe incapaz. Ela começou a beber e mais
tarde foi internada em um hospital psiquiátrico. Enquanto isso, Crowley
atingira um grau de poder oculto que apenas seus amigos íntimos e iniciados
tiveram o privilégio de testemunhar. Um deles descreveu como Crowley demonstrou
sua vontade superior ao deixar um homem inconsciente e fazer outro implorar
como um cão. Em outra ocasião, o escritor americano William Seabrok caminhava com
Crowley ao longo da quinta Avenida em Nova York, quando ele lhe pediu para
demonstrar suas habilidades. Crowley concordou. Ele seguiu um estranho por
alguns momentos, imitando seu modo de andar e, então, entortou os joelhos, o
que fez com que o homem caísse na rua. Mesmo enquanto vivia em um apartamento
arrendado em Londres, Crowley teve sucesso em convocar seres do mundo
subterrâneo. Em uma ocasião, ele materializou um espírito de cura com elmo e,
em outra, convocou um exército de demônios, que marcharam em torno do quarto
até serem dispersos pelos primeiros raios do sol matinal. Mas, na Mansão
Boleskin, sua propriedade recém-adquirida às margens do Lago Ness na Escócia,
os espíritos tornaram-se tão numerosos que, segundo consta, ele tinha de
trabalhar com todas as luzes acesas, mesmo em plena luz do dia, pois o quarto
estava vivo, cheio de sombras. Diz a lenda que o capataz da propriedade ficou
possuído e tentou assassinar a família, o que motivou Crowley a fazer uma
viajem não planejada para o México. Lá, ele declarou ter chegado perto de fazer
seu próprio reflexo desaparecer da superfície de um espelho, simplesmente pelo
poder da vontade. Ele percebeu que o homem é Deus, mas não teve a humildade de
se submeter ao seu ser superior como um verdadeiro adepto faria. “O homem
ignora a natureza de seu próprio ser e poder (...) O homem é capaz de ser e
usar tudo o que ele percebe, pois tudo o que ele percebe é, em certo sentido,
parte de seu ser.” Contudo, apesar de todas as suas intuições, Crowley não pôde
resistir à busca das paixões animais de sua natureza inferior. Para ele, sexo e
submissão eram inseparáveis da magia, e ele se tornou um devoto ávido de sua
própria religião. Em 1912, entrou em conflito com outro grupo oculto – o culto
Ordo Templis Orientis (OTO), sediado na Alemanha – por revelar os segredos da
ordem em sua revista de impressão própria “The Equinox”, ou seja, de que o sexo
é a chave para o poder oculto. Mas essa querela pessoal aconteceu fora dos
holofotes públicos, com Crowley conseguindo permissão para estabelecer seu
próprio ramo da OTO na Grã-Bretanha. Quando a Grande Guerra eclodiu, Crowley
fugiu para a América, onde espalhou propaganda antibritânica para ofender o
pais que falhara em reconhecer sua genialidade. Lá ele viveu à custa de amigos
e seguidores ricos, tendo dissipado a fortuna familiar em um estilo de vida
extravagante, que agora ele não estava preparado para moderar, embora não
tivesse os meios para sustenta-lo. Em 1916, tornou-se exasperado pela contínua
recusa de seus contemporâneos em lhe conceder o grau de Magus em magia, então
realizou o cerimonial sozinho. No fim da cerimônia, ele batizou um sapo e,
então, crucificou-o. No fim da guerra, seus financiadores relutantes já estavam
enfurecidos com sua arrogância e cansados de ser menosprezados. Estava na hora
de a “Besta” seguir em frente. Crowley sabia que não seria bem-vindo na
Grã-Bretanha, então comprou uma casa de campo em Cafalu, Sicília, com as rendas
de uma pequena herança, e mudou-se com sua nova “mulher escarlate”, Leah Hirsig
(a quem ele nomeou Símio de Toth), e uma amante rival, Ninette Shumway.
Ninette, sua antiga governanta, trouxe seu filhinho como companhia para os
filhos pequenos de Crowley e Leah, duas crianças pequenas, mas a “Abadia de
Thelema”, como ele rebatizou a casa, não era lugar para crianças. Crowley
decorou as paredes de seu estúdio – a câmara dos pesadelos – com suas pinturas
de demônios, e o quarto de dormir com casais copulando. As duas mulheres
estavam o tempo todo brigando e gritarias de ataques de bebedeira eram comuns.
Crowley logo se cansou delas. Ele usou sua influência e reputação para atrair
mulheres casadas e entediadas para sua casa, todas sedentas de aventuras
adúlteras longe de casa. Seus diários mágicos registraram seus sucessos com uma
alegria muito pouco reprimida. “M. M. mulher casada respeitável... a garota é
muito fraca, feminina, facilmente excitável e muito arguta, sendo esta a
primeira vez que ela comete adultério. Operação altamente orgástica e elixir
(isto é, esperma) de primeira linha.” Visitantes masculinos também eram
sujeitos aos poderes hipnóticos de seu anfitrião. Eles competiam com ciúmes por
seus favores como os membros sujeitos à lavagem cerebral dos cultos modernos e
de boa vontade compartilhavam suas esposas com o mestre. Sem dúvida, seu
julgamento fora comprometido pelas quantidades copiosas de cocaína e heroína
presentes, que o anfitrião compartilhava à larga. Como muitos homens de
personalidade e vontade forte, Crowley acreditava que podia abandonar-se à sua
ânsia por drogas sem se tornar um viciado. Para poucos de seus convidados, os
ensinamentos de Crowley foram uma revelação e libertação vitalícia da repressão
social e sexual, mas sem autodisciplina a doutrina do “Faze como quiseres” era
uma fórmula para a autodestruição. A magia é uma busca solitária que requer autodisciplina
rigorosa, o que Crowley sem dúvida não tinha. Ele precisava de uma audiência,
mesmo que fosse composta de desocupados da alta sociedade, que estivessem a
três graus abaixo de seu nível intelectual e fossem instáveis psicologicamente.
Infelizmente, alguns de seus visitantes estavam ansiosos demais, para agradar a
seu guru das trevas. Durante uma cerimônia de magia, o discípulo Raoul Loveday
bebeu o sangue de um gato que fora sacrificado. Ele morreu em seguida. Para um
homem que se declarava um adepto, Crowley estava claramente descontrolado e era
incapaz de proteger seus devotos. Talvez ele fosse apenas um ímã para
indivíduos autodestrutivos e fadados ao infortúnio. Ou o destino estava manipulando
tudo a partir das sombras? A esposa de Loveday, que o acompanhara à ilha,
recordou-se mais tarde de ter tido uma premonição da morte dele anos antes. Uma
fotografia do casal feliz tirada em Oxford, Inglaterra, tinha sido desgastada
pelo que na época eles acreditaram ser uma falha na revelação. Atrás de seu
marido, existia a leve sombra de uma figura com as mãos juntas acima da cabeça –
a mesma postura em que Raoul morreu. O episódio marcou o fim do retiro boêmio
de Crowley. Mussolini ordenou que ele fosse deportado sem cerimônia, mas o
incidente reuniu uma avalanche de manchetes chocantes. Quando tudo estava
acabado, Crowley descobriu que tinha adquirido o apelido de “o homem mais
perverso do mundo”. Ele viveu com o apelido os últimos 20 anos de sua vida. “Este
homem, Aleister Crowley, é uma das figuras mais sinistras dos tempos modernos.”,
declarou o The Sunday Times, em um artigo publicado em 1922. “Ele é um viciado
em drogas, autor de livros vis, disseminador de práticas obscenas.” Desencorajado
a voltar para a Grã-Bretanha, Crowley embarcou para Túnis com Leah e seu filho
de 5 anos, Dionysus, que havia adquirido o hábito da nicotina com seu pai e se
gabava de fumar vários maços de Woodbines por dia. Crowley não fez nada para
desencorajá-lo. Ele era tão incapaz de afeição e irresponsável como sempre.
Quando Ninette deu à luz à sua segunda filha, Anne Leah, o pai relutante fez
seu mapa astrológico e concluiu: “Parece que ela vai se tornar uma ‘putazinha’
bem comum”. Em semanas, ele abandonou tanto sua família quanto seus discípulos,
incluindo o garoto negro que ele havia iniciado em seu culto de magia sexual, e
fugiu sozinho para a França. Lá ele viveu explorando amigos, até eles terem sua
paciência exaurida e os bolsos vazios, enquanto sua família passava fome em
Túnis esperando em vão que Mussolini mostrasse piedade e permitisse que eles
permanecessem na Itália. Foi quando estava em Paris que, segundo dizem, ele
tentou o ritual que provocou sua queda – uma invocação a Pã. Um discípulo
colocara à disposição de Crowley seu pequeno hotel privado na margem sul do
Sena em Paris, junto com a permissão para ele fazer tudo o que desejasse. Nessa
época, Crowley havia atraído um pequeno círculo se seguidores, então aproveitou
a oportunidade para executar um rito que ele planejava há meses, um rito que
seria o auge de sua carreira como mago. Ele desocupou um quarto no ponto mais
alto da casa e executou um ritual de banimento, para limpar a atmosfera de toda
energia residual e qualquer impressão dos que haviam usado o quarto
anteriormente. Depois, recolheu-se a portas fechadas com seu acólito principal,
que havia tomado o nome de MacAleister (filho de Aleister). Os dois homens deram
instruções estritas para não serem perturbados em nenhuma circunstância. Era o
fim da tarde e esperava-se que a cerimônia duraria até o amanhecer. Os outros
se distraíam no restaurante e esperavam a volta de seu líder, mas no decorrer
da noite o ambiente esfriou e a conversação foi interrompida repetidas vezes
por batidas e gritos altos. Quando amanheceu, eles subiram para o último andar
e bateram na porta com cautela, mas não obtiveram resposta. Tentaram a maçaneta
da porta, mas estava trancada; então não tiveram escolha a não ser quebra-la. Dentro
eles encontraram MacAleister morto e Crowley nu em um canto. Ele estava
petrificado pelo medo e balbuciava feito um imbecil. Foram necessários quatro
meses de recuperação na tranquilidade de uma instituição mental para os
fantasmas o abandonarem. Porém, embora tenha recobrado sua força física e sua
sanidade, depois de Paris ele nunca mais foi o mesmo. Agora na meia-idade,
quase à penúria e desesperado para financiar o hábito crescente de consumo de
drogas e álcool, Crowley ficou reduzido a vender suas ideias libidinosas a quem
desse o maior lance. No fim de uma temporada em Lisboa, sua amante na época o
abandonou, o que o sacudiu de seu estupor por tempo suficiente para procurá-la
e implorar por uma reconciliação. Mas a garota alemã de 19 anos, que ele
chamava de “O Monstro”, não voltou para ele. Nunca ninguém havia dado as costas
para a Besta antes. Portanto, a rejeição
deixou-o vacilante. Em um gesto melodramático, ele encenou a própria morte,
deixando uma nota sob sua cigarreira com monograma, que ele colocou no topo de
um penhasco na praia apropriadamente denominada Hell´s Mouth (Boca do Inferno).
Mas, como uma criança petulante que tem de ser persuadida a voltar aos
holofotes, reapareceu dias depois, a tempo de abrir uma exposição de suas
pinturas. Pouco depois, ele forjou uma ação judicial contra a autora Nina Hammet,
que o havia descrito como um mago negro em seu livro “The Laughing Torso”. “Eu
fui acusado de ser um mago negro. Nunca foi feita uma declaração mais tola a
meu respeito. Eu desprezo a coisa em tal grau que mal posso acreditar na
existência de pessoas tão degradadas e idiotas a ponto de praticá-la.”
(Aleister Crowley) Todo o caso havia sido tramado por Crowley, que estava
cavando dinheiro. Nina era uma velha amiga que supostamente concordou em pagar
qualquer indenização vinda da ação por difamação, se Crowley tivesse sucesso.
Mas o caso foi rejeitado quando seus amigos se recusaram a testemunhar a favor
dele. Pior ainda, a defesa produziu resmas de sua poesia pornográfica e regalou
o júri atônito com relatos de seus rituais mágicos de masturbação. Ao rejeitar
a ação, o juiz Justice Swift declarou que ele nunca tinha visto “coisa tão
espantosa, horrível e blasfema como a produzida pelo homem que descrevia a si
mesmo como... ‘o maior poeta vivo’.” O caso levou Crowley à falência, mas isso
não teve efeito sobre ele, porque ele já dependia financeiramente de seus
amigos e seguidores há anos. Ele passou os últimos anos de sua vida em uma
pensão barata na cidade de Hastings, no litoral inglês. Uma sombra pálida da
pessoa antes formidável, ele tinha medo do escuro. Morreu em 5 de dezembro de
1947 de dependência a álcool e drogas. Suas palavras finais – “Eu estou
perplexo” – resumem uma vida esbanjada em autoindulgência e uma luta contra a
sociedade que ele considerava responsável por inibir o indivíduo. Crowley
exemplificou o destino do “mago negro” moderno, que é seduzido por sua própria
imagem e corrompido pelo poder que procura exercer tanto sobre seus admiradores
como sobre seus inimigos. Contudo, apesar de todas as suas falhas, Crowley possuía
vontade, intelecto e imaginação formidáveis, que, quando combinados com o
desejo de êxito, inspiraram-no a produzir diversos marcos da literatura oculta,
incluindo o impressionante “Magick In Theory and Practice”. Porém, mesmo essas
obras sérias foram “sabotadas” com informações incorretas e rodeios perigosos
para os incautos e inexperientes. Crowley não pôde resistir a alardear seu
conhecimento e autoridade sobre o tema, mesmo que isso significasse colocar seu
autointeresse antes do bem-estar de seus estudantes. Foi isso que o tornou uma
figura importante na história da magia. Ele apreciava sua reputação de infame,
embora protestasse vigorosamente não ser um mago negro, e de explorar os que os
seguiam como escravos, por quem não sentia nada além de repugnância. “Eu
estremeço”, ele escreveu, “quando contemplo a idiotia desses imbecis.” A fama
de Crowley era tal que diversos personagens de ficção foram baseados nele,
embora ele tivesse especialmente se enraivecido por ser imortalizado no romance
“The Magician”, de Somerset Maugham, e no suspense oculto de Dennis Wheatley, “The
Devil Rides Out”. No primeiro, ele foi o personagem central e, no segundo ele é
reconhecido instantaneamente como o satanista imprevisível Morcata. Mas, alguns
dizem que Crowley não acreditava no demônio, apesar de suas declarações de
devoção ao lado negro, feitas para o benefício dos tabloides. Ele adorava
importunar picaretas de Fleet Street e se deliciava imaginando o verdadeiro
ultraje que se seguiria quando suas histórias fossem devoradas no café da manhã
no dia seguinte. “Eu simplesmente fui para o lado de Satã; e até o momento não
posso dizer por quê. Mas me encontrei apaixonadamente ansioso para servir meu
novo mestre... Eu não estava contente em acreditar em um demônio pessoal e
servi-lo, no sentido comum da palavra. Eu queria agarrá-lo pessoalmente e
tornar-me seu chefe de Estado.” (Aleister Crowley, “The Confessions of Aleister
Crowley”)
Aleister Crowley fez pouco uso de conjurações arcaicas,
preferindo criar as suas. Diz-se que uma das mais eficientes entre elas foi o
Liber Samekh para a convocação de um demônio chamado Choronzon. Crowley usou
esse ritual em 1909, durante uma viagem a Algiers. Ele foi para o deserto
acompanhado do pupilo devotado Victor Neuburg, que o ajudou a desenhar o
círculo mágico na areia, seguido pelo triângulo de Salomão, como prescrito pelo
Lemegeton. Em seguida, eles cortaram as gargantas de três pombos e depositaram
seu sangue na extremidade de cada ponta do triangulo. Neuburg ficou no círculo
enquanto Crowley, vestido em um manto negro com capuz, ajoelhou no triangulo e
convidou o demônio a possui-lo, usando um encantamento do Grimório de Honório.
Em uma mão, ele segurava um topázio e foi dentro da pedra que o demônio
apareceu. Falando com a voz de Crowley, ele vangloriou-se das pragas que
trouxera ao mundo nos tempos antigos. Neuburg permaneceu na proteção do
círculo, mas foi quase tentado a sair, quando percebeu que Crowley tinha sido
substituído por uma mulher linda e sedutora, que agora lhe implorava que se
unisse a ela. Mas Neuburg lembrou-se de que se tratava de uma ilusão, um dos
truques típicos de Choronzon. Naquele momento, o demônio mostrou seu rosto
verdadeiro e soltou uma risada alta e zombeteira. Em seguida, ele tentou outra
artimanha. Ele ofereceu-se para ser assistente de Neuburg se ele simplesmente o
convidasse para entrar no círculo, mas o pupilo aprendera bem a lição de
Crowley e se recusou. Choronzon, em seguida, utilizou o truque mais antigo do
guia do feiticeiro. Ele assumiu a forma do mestre de Neuburg e implorou por
água para aplacar sua sede. Mas, de novo, Neuburg recusou. Ele ameaçou o
demônio com todos os tormentos do Inferno se ele não partisse. Ele não ficou
impressionado. “Tu não pensaste, ó tolo, que não existe nenhuma raiva ou dor
que eu não seja, ou qualquer inferno que não seja meu espírito?”. Choronzon
libertou uma torrente de insultos e depois jogou areia no círculo, quebrando o
contorno. Antes que Neuburg pudesse repará-lo, o demônio estava dentro do
círculo agarrado à sua garganta. Neuburg lutou furiosamente, repetindo os nomes
de poder e apunhalando a aparição com a adaga sagrada. Choronzon interrompeu o
ataque e voltou para o triangulo, onde assumiu a forma de uma mulher sedutora.
Finalmente, a energia vital do sangue dos pombos dissipou-se e ele foi
arrastado de volta para o mundo de onde viera, deixando Crowley desorientado e
exausto.
Uma vez, Crowley confessou que seus rituais de magia
continham “apenas chocolate suficiente para ter o sabor do bolo de chocolate”.
Com isso, ele queria dizer que não estava preparado para distribuir todos os
seus segredos para todo mundo que se ocupava em comprar seus livros em um
balcão. Esse também era um aviso de que ele tinha salpicado as páginas com
rodeios perigosos, para assegurar que apenas os que tivessem se dedicado ao
trabalho árduo e aos estudos necessários para se tornar um adepto teriam
sucesso no uso de seu sistema. A ocultista Dion Fortune considerava essa uma
estratégia mesquinha, desprezível e extremamente perigosa. “A fórmula (...) com
que ele trabalha deveria ser considerada adversa e maligna pelos ocultistas
acostumados com a tradição cabalística(...) não é dada nenhuma pista disso no
texto e ele é uma perigosa armadilha para o estudante incauto. Crowley(...) dá
o Norte como o ponto sagrado para onde o operador se volta para invocar, em vez
do Leste, ‘uma vez que a luz sobe’ como na prática clássica. Agora, o Norte é
chamado ‘o lugar da maior escuridão simbólica’ e é apenas o ponto sagrado de
uma seita, os Yezidees ou adoradores do Demônio(...) uma invocação ao Norte não
irá contatar o que a maioria das pessoas consideraria serem forças desejáveis.
ANTON LA VEY E A IGREJA DE SATÃ
Anton La Vey sentou-se diante do órgão, em sua câmara de
horrores no porão – denominada de forma zombeteira “Toca da Iniquidade” – como Vincent
Price, em “The Abominable Dr. Phibes”. Ele estava cercado por parafernália
satânica e marionetes em tamanho real vestidas com meias arrastão e artigos de
fetiche. Quando o castiçal de velas lançou uma sombra repentina sobre as
paredes vermelho-sangue, ele tocou canções de bandas de baile antigas para os
amigos e frequentadores habituais que haviam se reunido para homenagear o homem
que eles chamavam de “O Papa Negro”. O
ano era 1986 e o fundador da Igreja de Satã era o centro das atenções em uma
ampla casa vitoriana perto do Golden Gate Park em São Francisco, que fazia o
papel de capela para a organização satânica. Ele estava entusiasmado para
provar que o Demônio pode ser um amigo cativante e um maldito de um anfitrião
requintado. Seu porão santuário e clube noturno de prazer exibia uma coleção de
artefatos horrivelmente fascinantes, entre eles uma faca sacrificial asteca
genuína, um gancho de tortura usado pelos inquisidores espanhóis e uma cabeça
encolhida da América do Sul, de doador desconhecido. Todos eram relíquias de
religiões mortas, seu proprietário orgulhoso observou em um sussurro tão seco
quanto um pergaminho. Do lado de fora, o edifício estava pintado de preto
bíblia e a tubulação, de púrpura, de modo que se destacava como um dente
estragado no meio dos prédios em cores claras das casas urbanas que ladeavam a
rua suburbana coberta de folhas. Seu proprietário também tinha uma aparência
igualmente anticonvencional, com sua cabeça raspada, barba de bode e olhar
penetrante, sem mencionar sua habitual vestimenta funérea. Ele era a própria
imagem de um Mefistófeles moderno. Em 1968, sua aparição surpreendente e
sinistra assegurara a ele o papel que havia nascido para encenar, o do Demônio
no filme de terror de Roman Polansky “O bebê de Rosemary”. Mas a Igreja de Satã
foi apenas um show paralelo, uma fraude cínica perpetrada pelo ex-ator de
carnaval, ou seria La Vey um verdadeiro crente? Anton La Vey (1910-1997) –
nascido Howard Stanton Levey – dedicou sua vida a espalhar o evangelho negro da
Igreja de Satã, seu culto pessoal, que em seu auge tinha milhares de membros
por todo o mundo, inclusive, diz-se, celebridades convertidas como Sammy Davis
Jr., Marc Almond e Marilyn Manson. Goste-se ou não dela, agora é uma religião
oficialmente reconhecida na América, com status caritativo. Até os capelães do
exército americano são versados em seus princípios, para que possam pregar para
seus membros quando eles estiverem sob duras provas. Seu fundador admitiu ter
concebido o movimento como uma paródia da religião ortodoxa, mas quanto mais
ele refletia sobre a necessidade de uma alternativa afirmativa da vida para o
credo cristão pacifista, mais rapidamente seu cinismo natural desmoronou até
ele se tornar um convertido.
Em 30 de abril de 1966, Noite de Valburga, La Vey raspou a
cabeça para ficar parecido com os executores medievais e declarou a abertura da
Igreja de Satã, ou “o templo da indulgência gloriosa”. Ele exibia um pendor
para a autopromoção que daria orgulho a P.T Barnun. Nos anos que se seguiram, o
Demônio recompensou-o bem. Ele adquiriu várias propriedades luxuosas, uma frota
de carros clássicos e até um iate, para que pudesse fugir mais rápido que Noé,
caso um Jeová raivoso se ofendesse com sua filosofia “blasfema” e atormentasse
o mundo com outro dilúvio ou, no caso de São Francisco, com um terremoto.
Mas cortejar o Demônio também trouxe atenção indesejada, na
forma da morte trágica de Jayne Mansfield. Em 29 de julho de 1967, a estrela de
Hollywood viajava em um carro dirigido por seu amante e advogado Sam Brody,
quando um caminhão em alta velocidade os atingiu. Mansfield sofreu ferimentos
fatais na cabeça e Brody também morreu. O único sobrevivente foi a filha mais
nova de Mansfield, Mariska Hargitay (hoje a estrela da série de crimes na TV “Law
and Order”). Jayne Mansfield tornara-se um membro ativo da Igreja de Satã,
contra a vontade de Brody, o que provocou Brody a ameaçar expor La Vey como
charlatão na imprensa nacional. La Vey respondeu amaldiçoando o advogado
publicamente e declarando que ele estaria morto em um ano. Ele advertira
Mansfield a não viajar com Brody, mas ela não levou a ameaça a sério. Não é
surpresa que a publicidade subsequente tenha atraído o tipo “errado” de pessoas
para o culto. La Vey tinha plena consciência de que sua ideologia imortal
atrairia “os malucos”, como ele os chamava. Isto é, neonazistas, discípulos
rejeitados por Charles Manson e os inúmeros excêntricos que viam conspiração em
cada esquina ou ouviam vozes que os impeliam a matar em nome do Demônio. Porém,
ele afirmava que a maioria dos convertidos era atraída pelo Satanismo porque
precisavam pertencer a algo que desse sentido às suas vidas. Eles eram os
produtos psicologicamente danificados de lares desfeitos, viciados em drogas
arrastando-se dos destroços do beco sem saída de suas vidas, ou os filhos
desorientados de pais carolas, que, ao se tornar adultos, voltaram-se para La Vey,
seu guru das trevas, para exorcizar seus supostos pecados. Na Casa Negra, ele
compartilhava o desdém de seus discípulos pelas pessoas que viviam vidas
monótonas e rotineiras – o rebanho, como ele os chamava -, mas também
desprezava os indivíduos que matavam em nome de Satã para adquirir notoriedade.
“Essas pessoas não são satanistas”, ele disse a um repórter uma vez. “São
dementes. Mas, independentemente de quanto mais fizerem, elas nunca alcançarão
os cristãos. Nós temos séculos de assassinatos em nome de Deus.” Quando chegou
ao circuito de programas de entrevistas, ele aceitou as zombarias contra seu “estilo
de vida” bizarro. Satisfeito por ser comparado à Família Adams, ele decorou sua
sala de estar com teias de aranha artificiais, caveiras de lojas de truques e
um leão de estimação. Fazia meses que o leão não comia nenhum convidado, ele
garantia a seus visitantes. Mas apesar de todo o seu lado espetaculoso, La Vey
era extremamente sincero a respeito de suas crenças, mesmo elas sendo
mercadorias de segunda mão que ele adquirira de mentes mais argutas que a dele –
intelectos como o da romancista russo-americana Ayn Rand, que formulou a
filosofia do egoísmo ético e objetivismo; de H. L. Mencken, o crítico
norte-americano áspero que se punha ao Cristianismo fundamentalista; do poeta e
visionário William Blake; e, é claro, de Friedrich Nietzsche, que originou o
conceito frequentemente mal compreendido do Homem Superior. Aleister Crowley,
entretanto, não estava na lista de leituras de La Vey. Ele acusava “a Besta” de
ter “se vendido” ao negar ser um satanista e criticava-o por escrever de forma
prolixa e interminável sobre magia ritual. La Vey declarava que ele poderia ter
condensado tudo aquilo em um volume fino. A pretensão era um dos pecados
imperdoáveis da Bíblia Satânica escrita por La Vey, um sucesso de vendas perene
que foi publicado em 1969. Os outros eram a abstinência, fantasias espirituais,
autoengano, amor incondicional por aqueles que não o merecem, pacifismo, recusa
em aceitar as responsabilidades pelas próprias ações, a presunção de o homem
ser mais que um animal e superior a todas as criaturas e a observância
religiosa cega.
Ao escrever seu panfleto impresso privado “The Cloven Hoof”,
La Vey atacava as pessoas de sua categoria que depositavam a fé nos “grandes
ensinamentos” de Aleister Crowley e nos antigos grandes mestres da Golden Dawn.
O confronto entre os dois velhos demônios era claro, e La Vey fazia exceção
apenas à adoção do número da besta – 666 – que, ele lembrava a seus discípulos,
era de origem Cristã. Tanto a Igreja como Crowley haviam dado um nome ruim para
o Demônio, e ele restauraria a reputação do velho cão. Em “A Bíblia Satânica” e
seus companheiros, “The Satânic Witch” (1971) e “The Satanic Rituals” (1972),
La Vey arrolou os princípios em que sua fé materialista estava embasada.
“Parece que a teoria é esta: enquanto o homem fracassa, ele
é um dos filhos de Deus, mas, logo que obtém sucesso, ele é tomado pelo Demônio.”
(Henry Louis Mencken)
De acordo com La Vey, Satã não é uma entidade malévola, mas
uma “projeção externa do mais alto potencial de cada indivíduo”. Ele é a
personificação de nossa natureza carnal, o arquétipo de um aspecto primitivo em
nós que não deve ser suprimido ou negado. Os verdadeiros satanistas não são,
portanto, demoníacos, mas indivíduos que se dedicam à busca dos prazeres e uma
vida livre de restrições ou limitações impostas a eles pela sociedade
civilizada e sua cúmplice, a religião ortodoxa. Dessa forma, todos os
satanistas são responsáveis por suas próprias ações e não podem contar com um
salvador sobrenatural para redimi-los se forem desleais consigo mesmos e com o
código pelo qual vivem. La Vey afirmava que a religião ortodoxa fora criada
pelo homem, não por Deus; então, ninguém é obrigado a viver seguindo suas
regras, principalmente depois que as leis e os costumes de seus fundadores
perderam relevância no mundo moderno. Os profetas e sacerdotes criaram um Deus
à sua própria imagem falha, concebendo-o como um patriarca cruel e caprichoso
que nunca pode ser aplacado, porque nenhum de seus filhos pode viver de acordo
com os padrões de perfeição que a Igreja impõe a eles. Contudo, como La Vey
ressaltou, ninguém deu autoridade à Igreja para que se tornasse mediadora entre
o homem e Deus ou para impor seus dogmas à sociedade. Portanto, é direito de
todos questionar essa instituição autoeleita. A obediência sem questionamento e
a fé cega são contrárias aos princípios do Satanismo, que exige que o indivíduo
pense por si mesmo e aja de acordo com sua consciência. La Vey sustenta que a
religião ortodoxa não tem o monopólio da verdade e sugere que seus pastores são
tão capazes de agir com crueldade, em causa própria e corruptamente, quanto os
demônios com quem eles afirmam estar em guerra. Por fim, ele argumenta que é
irrealista e antinatural viver no mundo material e resistir aos prazeres que
ele tem a oferecer, recebendo em troca apenas a promessa de um paraíso.
“O Satanismo é a única religião conhecida pelo homem a
aceitar o homem como ele é.” (A Bíblia Satânica)
Em seu prefácio para a obra “A Bíblia Satânica”, La Vey
rejeita toda a literatura oculta como “bobeira esotérica” e “relíquias quebradiças
de mentes amedrontadas”. Seu credo, ele afirma, não tem por objetivo ofender,
mas é uma forma tardia de “indignação diabólica” diante da hipocrisia da
religião organizada. Em contraste, o Satanismo encoraja a gratificação dos
sentidos no lugar da culpa, pois a negação dos prazeres está na raiz de todos
os nossos sofrimentos e frustrações. La Vey não declarou ter canalizado esses
mandamentos de alguma fonte sobrenatural. Pelo contrário, ele afirmava que
formulara sua filosofia com base no individualismo assertivo, a partir de
escritos da moderna elite de intelectuais com quem ele desejava se identificar.
Embora ele não negasse que a maior parte dos textos de seu livro fosse a
síntese das ideias de outros escritores, e não menos válida por ser assim, ele
começa a parecer tão escorregadio quanto um vendedor de óleo de serpente quando
alguém olha com mais atenção para a parte que ele denomina “O Livro de Satã”. A
similaridade gritante entre a polêmica da pseudiobíblia de La Vey e o notório
tratado de darwinismo social do século XIX, “Might is Right” – publicado pelo
pseudônimo Ragnar Redbeard -, justifica claramente a acusação contra La Vey por
plágio e cinismo. Se ele foi preguiçoso até para criar paráfrases com os dogmas
principais de “Might is Right” quando os inclui em sua própria “bíblia negra”,
é de se perguntar do que mais ele se apropriou de outros trabalhos sem
reconhecimento. Para os que possam ser intimidados pelas ideias abstratas da “A
Bíblia Satânica”, La Vey acrescentou alguma sabedoria simples de seus dias de
espetáculos de carnaval, e também sua própria observação da natureza humana
extraída da experiência pessoal. Como um organista de 16 anos contratado para
tocar nos encontros evangelistas das manhãs de domingo, La Vey havia
testemunhado a hipocrisia em primeira mão. Os homens que agora se sentavam
respeitosamente com suas famílias, rezando e cantando hinos, tinham cometido a
luxúria, atrás de garotas seminuas na noite anterior. Ele sintetizou seu
cinismo quando trabalhou para o departamento de polícia de São Francisco como
fotógrafo de cenas de crime, durante os anos de 1950. Depois de testemunhar a
brutalidade de que o ser humano era capaz e ouvir as mentiras que eles contavam
para salvar suas peles, ele não pôde negar a existência do demônio interno. Se
Anton La Vey tivesse sido louco o suficiente para imaginar que tinha a proteção
do próprio Satã, com certeza teria tentado oferecer o sacrifício definitivo,
como Charles Manson e seus seguidores ofereceram. Mas ele era um egoísta
calculista e criterioso, que não infrigiria a lei, arriscando tudo o que havia
conquistado, mesmo para agradar a seu mestre infernal. Na verdade, ele explorou
a lei para garantir que sua “igreja” se qualificasse para uma classificação de
caridade. Isso fez dele um verdadeiro satanista aos olhos de seus críticos,
pela definição de satanista como um maquinador desavergonhado em causa própria.
La Vey realizava Missas Negras em seu apartamento pintado de
vermelho e preto para o entretenimento da mídia, mas nenhum sangue humano foi
espargido em nome do Demônio. Era puro teatro para os curiosos, que eram
agraciados com a visão de uma garota nua amarrada em um altar, enquanto a
congregação entoava seu mantra “In nomine dei Satanas. Lucifer excelsi...”.
Depois, um alto sacerdote encapuzado aspergia uma mistura de urina e sêmen de
um incensário com o formato de falo. Mais invocações eram acompanhadas por
pedidos individuais de qualquer coisa que os membros desejassem – um trabalho
mais bem pago, as atenções de uma garota bonita ou até a morte de um inimigo.
La Vey confessou a jornalistas que seus próprios rituais de magia negra
limitavam-se a pedir por lugares para estacionar e sucesso nos negócios, com
toda a fanfarronice de lado. Os cristãos e moralistas ficaram indignados com a
autopromoção desavergonhada de La Vey e a natureza provocante de suas crenças,
mas a verdade da questão é que eles precisavam de um demônio para condenar. Eles
precisavam acreditar que La Vey era o próprio Demo, senão sua própria
existência perderia o sentido. La Vey deve ter sido o melhor vendedor de Satã,
mas ele acertou na mosca quando escreveu: “Satã tem sido o melhor amigo que a
Igreja já teve, uma vez que a manteve no negócio por todos estes anos.”
A Golden
Dawn:
A Ordem Hermética da Aurora Dourada (Golden Dawn) não foi
uma sociedade secreta vitoriana sinistra dedicada à prática de ritos arcanos
proibidos, como muitas autoridades do oculto já sugeriram. Em vez disso, ela
era uma irmandade de ex-maçons e intelectuais eminentes, que procuravam contato
com entidades poderosas invisíveis, as quais eles acreditavam supervisionar a
evolução da humanidade. Entretanto, a ordem não estava totalmente livre de personagens
excêntricos e incomuns, que são atraídos naturalmente para os círculos
esotéricos. De fato, o próprio fundador era um megalomaníaco excêntrico de nome
Samurel Lidell Mathers, o filho de um clérigo de Londres, que se vestia com
kilt e insistia em ser chamado de Macgregor Mathers, conde de Glenstrae.
Mathers decorou sua casa em Paris para parecer um templo egípcio, onde ele
celebrava uma forma de missa em honra à deusa Ísis. Nessas ocasiões, vestia-se
com um manto branco esvoaçante, com uma pele de leopardo caindo de seus ombros.
Quando não estava participando de cerimônias de magia, ele gostava de relaxar
com uma variação incomum do jogo de xadrez para quatro jogadores, em que seus
oponentes eram sua esposa e seu convidado da noite. O parceiro de Matheus era
um espírito desencarnado, com quem ele entrava em comunicação telepática.
Mathers era maçom e um erudito com alguma reputação. Foi por seus conhecimentos
em línguas arcaicas e magia prática que ele foi abordado por um amigo maçom,
dr. William Wynn Westcott, em março de 1888, e convidado a formar uma ordem
moderna de magia, uma que se distanciasse bastante das que ainda se apoiavam
nos grimórios medievais. O dr. Westcott persuadiu Mathers de que sua organização
seria como nenhuma outra antes dela, porque o destino tinha colocado as bases
de um sistema de magia inteiramente novo em suas mãos. Westco6tt tinha adquirido
diversos manuscritos contendo símbolos ocultos e instruções para ritos,
escritos em uma cifra que ele nunca tinha visto. Tudo o que eles precisavam
fazer era decodifica-los. A fonte dos manuscritos é incerta. Uma versão da
história mostra o dr. Westcott encontrando-os por acaso em uma livraria de
livros usados no mercado de Farrindon Street. Outros relatos sugerem que ele os
descobriu na biblioteca da Sociedade Rosacruziana, ou que eles vieram de uma
coleção privada pertencente ao clarividente Frederick Hockley. Diz-se que a
única pista para sua verdadeira origem é uma referência a uma adepta alemã,
Anna Sprengler de Nuremberg, que rabiscou em uma margem. Diz-se que Westcott se
correspondeu com ela, com a esperança de criarem juntos o sistema e extraírem
mais segredos. Existem dúvidas, entretanto, de que Frau Spengler tenha
existido. Alguns insinuaram que toda a história foi tramada por Westcott e
Mathers, que pretendiam atrair membros de alto calibre, pessoas que garantiriam
que a organização fosse proeminente e bem fundada. Se esse foi o caso, eles
tiveram sucesso. Personalidades conhecidas como Bram Stoker, W. B. Yeats,
William Peck, o astrônomo real da Escócia, Arthur Machen, Sax Rohmer e Algernon
Blackwood arrebanharam-se para unir ao grupo.
Os exercícios práticos baseavam-se em uma mistura de yoga
oriental, misticismo cristão rosa-cruz, magia cerimonial egípcia e Cabala
Judaica – todos destinados a se obter uma expansão da consciência e aumentar a
percepção de uma realidade maior. Na prática, isso significava executar
exercícios de visualizações poderosos, tais como o Pilar do Meio, em que os
iniciados estimulavam os centros sagrados de energia do corpo etéreo (o duplo
espírito ou alma dentro de cada ser humano) para energizar, curar e equilibrar
a mente, o corpo e o espírito. Rituais rosacruzianos ofereciam os meios para
despertar o Cristo interior, o Professor Interior, ao reencenarem a
crucificação e ressurreição de Jesus, e explorações guiadas aos mundos
interiores simbólicos da psique poderiam ser feitas pela visualização de si
mesmo viajando pelos caminhos e esferas da Árvore da Vida cabalística. Outras
técnicas incluíam a projeção astral e experimentos com símbolos Tattwa – formas
coloridas simples, em cartões negros, que diziam precipitar o acesso a outras
dimensões quando segurados contra a testa. Os cinco símbolos mais importantes –
um triângulo vermelho, um quadrado amarelo, uma lua com um chifre prateado, um
círculo azul e uma elipse índigo – representavam os quatro elementos do ar,
terra, fogo e água, e o reino do espírito. O poeta W. B. Yeats, no início, tinha dúvidas
de que tais técnicas simples pudessem produzir qualquer efeito, mas ficou
convencido quando Mathers o persuadiu a segurar um dos símbolos em sua testa e
depois fechar os olhos e descrever o que tinha visto. Depois de concordar com
relutância, Yeats assustou-se com uma imagem que irrompeu de seu subconsciente,
sobre o qual ele não teve nenhum controle. Era a de um titã negro, emergindo de
uma paisagem estéril e desértica, que, de acordo com Mathers, era um espírito
elemental do fogo. Mesmo depois dessa experiência surpreendente, Yeats não se
convenceu. Ele testou as cartas de novo, em particular, apenas com seus
voluntários presentes, para que não fosse influenciado por ninguém mais, e
deliberadamente deu a eles a carta “errada” enquanto descrevia outra diferente.
Yeats queria ver se sua cobaia “veria” a imagem relacionada com a carta que ele
havia descrito ou com a carta que haviam de fato recebido. Para sua surpresa,
eles viram a imagem apropriada à carta que seguravam, o que sugere que os símbolos
tinham ligação com arquétipos universais. Yeats possuía uma imaginação muito
desenvolvida e, mesmo assim, seu intelecto não conseguia compreender como
imagens tão fortes poderiam ser desencadeadas pela meditação com formas simples
coloridas. Mas ele teve de reconhecer que essa forma de magia funcionava. As
imagens, ele concluiu: “(...) inspiravam associações que estão além do alcance
do subconsciente individual (...) que as margens de nossa memória estão
(sempre) mudando e nossas memorias são parte de uma grande memória, a memória
da própria Natureza(...) e que esta(...) grande memória pode ser evocada por
símbolos.”
Os membros da Golden Dawn consideravam-se os guardiões de
uma sabedoria eterna, que guardavam com a mesma desconfiança com que concediam
seus títulos e graus dentro da Loja. Mas foi o orgulho de seu líder que
provocaria sua queda. Depois de passar por vários ritos de iniciações com uma
rapidez incrível, Crowley exigiu o reconhecimento formal de seus avanços, com o
grau correspondente, mas seu pedido foi recusado por Yeats, que tinha grande
aversão a ele. Crowley apelou a Mathers, que consentiu, mas yeats não seria
intimidado. A disputa foi levantada em tribunal aberto, o que assinalou o início
do fim da ordem original. Em seu auge, a Golden Dawn podia afirmar possuir mais
de 300 membros, um terço dos quais eram mulheres, e a criação de Lojas em
Edimburgo, Paris e Chicago. Hoje, várias organizações afirmam descender diretamente
da Golden Dawn original, mas estão baseadas nos Estados Unidos e na Nova
Zelândia.
Nazistas e o Oculto:
Em maio de 1945, os aliados vitoriosos viram a rendição da
Alemanha nazista como o clímax de uma batalha apocalíptica entre as forças do
bem e do mal, o ato de destruição visualizado por Richard Wagner na ópera épica
Götterdämmerung. A diferença foi que a Segunda Guerra Mundial aconteceu no
palco do mundo e suas consequências foram tragicamente reais. No fim das
hostilidades, todos concordavam que a vitória dos Aliados significou mais que a
derrota militar de uma ditadura cruel que havia ameaçado arrastar o mundo para
uma nova Era das Trevas. Líderes religiosos, políticos e até alguns personagens
militares falaram da vitória sobre o Demônio e do próprio Demônio sendo
consumido pelas forças diabólicas que ele havia liberado inadvertidamente.
Porém, ninguém na época pensou que tais declarações fossem mais que retóricas.
Entretanto, muitos anos mais tarde, começaram a afirmar por meio de diversas “histórias
alternativas” sensacionalistas que deve ter havido algo de realmente diabólico
no coração sombrio do estado nazista. Em 1973, o controverso historiador Trevor
Ravenscroft causou agitação com “The Spear of Destiny”, um relato bastante
imaginativo da alegada obsessão de Hitler por um artefato oculto de grande
poder – a lança que atingiu o lado esquerdo de Jesus no local de sua
crucificação. Diz a lenda que um exército que marchasse atrás dela seria
invencível (para um relato completo leia “Nazis and the Occult, Arcturus, 2008
do mesmo autor). Por volta da mesma época, o autor Gerald Suster publicou “Hitler
– Black Magician” (mais tarde republicado como “Hitler and the Age of Horus”),
uma exposição de pseudociências nazistas excêntricas, como as teorias da Terra
oca e o mundo de gelo, que influenciaram a estratégia militar desastrosa de
Hitler na Rússia, bem como um número de experimentos bizarros com armas
secretas impraticáveis que desviaram recursos em um ponto crucial da guerra.
Outra famosa autoridade no oculto, Francis X. King, acrescentou suas revelações
em “Satan and the Swastika”, em que detalhou as atividades do “escritório
oculto” do nazismo. Entre outras coisas, seus operativos eram submetidos a
testes de eficácia dos médiuns que declaravam ser capazes de localizar os
navios inimigos, usando pêndulos suspensos sobre um mapa do Atlântico. Esse
ramo da abwehr (departamento de Defesa) também tinha a fama de ter sido usado
para localizar o ditador italiano deposto Benito Mussolini, para que ele
pudesse ser resgatado pelas forças especiais alemãs. King também revelou
detalhes dos planos do Reichsführer Heinrich Himler de gastar vários milhões de
marcos para construir uma “Camelot” nazista em Schloss Wewelsburg, na
Westphalia, para os “Cavaleiros Teutônicos” da SS. Esses três títulos
instigaram todo um subgênero de “histórias” altamente especulativas, centradas
no pressuposto de que membros da elite nazista estavam em conluio com o Demônio
ou, pelo menos, com seus acólitos. Essa ideia fascinante, embora absurda, foi
sugerida pela primeira vez nos anos de 1930 pelo romancista e ex-militar da
inteligência britânica Dennis Weathley; mas, na época, os suspenses de magia
negra eram vistos como romances sensacionalistas, tal qual os filmes universalmente
populares de Indiana Jones, que surgiram meio século depois. Enquanto os livros
de Weatley e os filmes de Spielberg são pura fantasia, é fato registrado que
certos membros da elite nazista tinham uma obsessão doentia pelos aspectos
sombrios do oculto.
Heinrich Himmler foi um homem ordinário em vários sentidos,
um burocrata insignificante com um físico mirrado, sem personalidade marcante,
e ainda sofria das vistas e de hipocondria crônica. Ele teria sido excluído da
SS se Hitler não o tivesse apontado como cabeça da organização, como uma
recompensa por sua lealdade inabalável. Um ex-chacareiro de criação de galinhas
e chofer, Himmler tornou-se o oficial mais temido no regime nazista, com poder
absoluto sobre a vida e a morte. Embora não tivesse nenhuma das qualidades que
o tornassem um grande líder, ele imaginava-se presidindo uma ordem secreta de
cavaleiros teutônicos, em um esplendor copiado de uma Camelot germânica. Quando
ele viu as ruínas de Schloss Wewelsburg em Westphalia, soube que havia
encontrado o “lar espiritual” de seus cavaleiros negros. Diz a lenda que o
local testemunharia a última batalha entre o povo ariano e seus inimigos do
leste, uma batalha que Himmler pretendia ganhar a qualquer custo. A
significância da localização foi confirmada por especialistas no Ahnenerbe, o
Escritório Oculto nazista, que informou ao Reichsfüher que o castelo fora
construído na interseção de várias linhas de poder. Isso significava que as
energias da terra convergiam para suas fundações em forma de triângulo e
poderiam ser utilizadas em rituais de magia. Com o destino da Alemanha em jogo,
o dinheiro não era impedimento. A indulgência de Hitler garantiu que nenhuma
despesa fosse poupada para o restauro do castelo à sua glória anterior. Suas
galerias amplas e aposentos abobadados foram guarnecidos com as tapeçarias e
antiguidades mais requintadas. Em um ano, gastaram-se vários milhões de marcos
na reconstrução do edifício e decoração de cada suíte em um estilo condizente
ao de um herói alemão. A peça central desse palácio extravagante era o
magnífico salão de banquetes, com sua távola redonda arturiana majestosa, em
torno da qual foram dispostas 12 cadeiras entalhadas em madeira em que sentavam
os “12 cavaleiros” de Himmler. As 12 cadeiras também representavam os signos do
zodíaco. Outra cadeira, à cabeça da mesa, seria usada pelo próprio Reischfüher.
Abaixo do Grande Salão estava a catacumba circular de pedra, que eles chamavam
de “reino dos mortos”, onde 12 pedestais negros circundavam um poço profundo.
Essa era a cripta em que os ossos dos “cavaleiros” caídos seriam venerados
pelas gerações futuras. Mas Wewelsburg era mais que um santuário. De acordo com
vários oficiais de alta patente da SS que visitaram o castelo a convite de
Himmler, ele também servia como um santuário privado para o Reichsfüher. Walter
Schellenberg testemunhou um círculo psíquico em curso, cujos membros tentavam
projetar suas mentes até um quarto adjacente onde um prisioneiro estava sendo
interrogado. O objetivo do exercício era focar suas vontades combinadas para
que o suspeito relutante fosse forçado a dizer a verdade. Não está registrado
se eles tiveram ou não sucesso.
Originalmente, os SS foram criados para servir como guarda
pessoal de Hitler, mas se tornaram a mão direita brutal do regime e uma força
que respondia apenas a si mesma. Ao criar os rituais distintivos, juramentos e
insígnia, Himmler foi capaz de instilar em cada membro a crença de que eles
eram mais que uma entidade de combate de elite. Cada homem deveria
considerar-se um iniciado em uma ordem religiosa secreta, cuja responsabilidade
sagrada era subjugar as “raças inferiores” por qualquer meio que fosse
necessário. Uma nova ordem seria estabelecida então, em que a Raça Ariana
Superior reinaria como os faraós da Antiguidade. Os membros da SS eram
doutrinados com a ideia de que eram seres superiores em um Universo amoral, e
assim operavam além dos conceitos humanos de bem e mal. É duvidoso se todos os
oficiais da SS compartilhavam a visão romântica perversa de Himmler, ou
encaravam as runas que decoravam as bandeiras e capacetes, uniformes e veículos
armados da SS como nada mais que acessórios distintivos de sua irmandade
sombria. Mas, para Himmler, as runas tinham um significado sobrenatural. Ele
emprestou a ideia dos ocultistas Völkisch, que acreditavam que as runas eram
uma verdadeira expressão da cultura ariana antiga. De acordo com a lenda
norueguesa, o “alfabeto” rúnico precedeu a palavra escrita e, portanto, cada
símbolo incorporava forças naturais de magia. Uma runa em particular tinha um
significado especial para a SS, por sua ligação com a “Volsunga Saga” do século
XIII, a mais importante das sagas islandesas, que formou a base do círculo do “anel”
de Wagner. Tanto na saga como no círculo do anel, Brynhyld (Brunilda) persuadiu
Sygur (Sigefredo) a esculpir a runa Tyr no cabo de sua espada para assegurar a
vitória na batalha. Seis séculos depois, a SS adotou tal prática. Algumas das
outras runas usadas pela SS foram:
Hakenbreuz (Cruz Curvada), que foi um símbolo pagão de Thor,
o Deus do Trovão.
Sonnenrad (Suástica da Roda do Sol). Adotada pela 5 Divisão
de Tanques da SS, era o antigo símbolo escandinavo do Sol.
“Feixe de Luz”, uma dupla SiegRune, que representava
coragem, vitória, dever e força física. Ela foi uma invenção moderna e não teve
origem no paganismo.
Wolfsangel (Garra do Lobo), que foi adotada pela 2 Divisão
de Tanques, conhecia como Das Reich, e acreditava-se afastar o perigo.
Eif Rune, que foi incorporada aos uniformes dos assistentes
pessoais de Hitler como um símbolo de devoção e lealdade.
O SS Reichfüher Heinrich Himmler contratou várias expedições
ao Tibete e outras regiões remotas do mundo em busca de artefatos ocultos, e
também acreditava muito em astrologia. De fato, ele recusava-se a tomar
qualquer decisão importante antes de consultar seu astrólogo pessoal, Wilhelm
Wulff, que tinha a reputação de fazer previsões com precisão misteriosa. Wulff
observou que Himmler tinha um conhecimento prático de astrologia, mas ele “fazia
as perguntas mais estranhas e infantis em sua busca por clareza astrológica em
questões sobre a política e militar”, o que levou Wulff a concluir que um dos
homens mais temidos do regime não era um adepto, mas “uma mediocridade(...) um
burocrata trivial com crises de consciência”. No verão de 1923, Wulff calculou
os mapas de Hitler, Göring e Ernest Röhm, o líder AS. Ele previu um destino
terrível para o futuro Füher e seus seguidores. Hitler, disse Wulff, estava
fadado a ser temido e “lançar ordens cruéis e sem sentido”, que levariam à sua
morte na primavera de 1945. Ele morreria nas mãos de um assassino e uma mulher
teria um papel importante em sua morte. As previsões de Wulff mostraram-se
corretas. Em abril de 1945, Hitler cometeu suicídio em seu bunker em Berlim,
com sua amante Eva Braun ao seu lado.
Trevor Ravenscroft afirmou que Hitler fora iniciado em uma
irmandade oculta pelo professor Karl Haushofer, que “despertou Hitler para os
reais motivos do Principado de Lúcifer que o possuíam para que ele pudesse se
tornar um veículo consciente de suas intenções malignas no século XX”. Porém, a
contribuição do professor para a ascensão de Hitler ao poder foi puramente
política. Ele introduziu as teorias geopolíticas ao ditador e em especial ao
conceito de lebensraum (espaço vital) com que Hitler justificou as invasões dos
Estados vizinhos. O professor Hausfer também persuadiu seu protegido a
abandonar o chicote de madeira como seu símbolo e moderar sua montaria como seu
símbolo e moderar sua imagem de agitador de massas em favor de uma aparência
mais de homem de Estado. Essa estratégia possibilitou a Hitler cortejar uma
parcela maior do eleitorado, que viu o apoio ao partido nazista ampliar
significativamente, até Hitler perder a paciência com o sistema eleitoral em 1933
e tomar o poder pela força.
Embora não haja nenhuma evidência de que Hitler e seu
círculo íntimo praticassem magia ritual, existe evidencia considerável de que
eles foram influenciados pelos gurus das trevas do neopaganismo, tais como
Guido von List (1848-1919), fundador do Armanismo; Lantz von Liebenfels
(1874-1954), líder da Nova Ordem dos Templários; e Houstton Stewart Chamberlain
(1855-1927), autor de tratados racistas violentos que Hitler leu com voracidade
nos anos anteriores à Grande Guerra. Esses “filósofos” protonazistas promoveram
o mito de que o povo alemão era descendente de uma raça ariana superior, que
sobrevivera à destruição da lendária ilha da Atlântida. Eles também declaravam
que era o destino da Alemanha reivindicar seu papel como a Raça Superior e
arruinar os povos “inferiores”, em especial os negros, os ciganos, os eslavos e
os judeus, que eram os “Untermenschen” ou sub-humanos nesse mito wagneriano. Os
nazistas colocaram muita fé em artefatos ocultos, tais como a Lança e o Santo
Graal e também em locais sagrados de onde as energias magnéticas da terra
poderiam ser canalizadas para objetivos de magia. Tais conceitos deviam ser
familiares a Hitler, que lera a revista Ostara de Liebenfels e outras publicações
ocultas em sua juventude, mas foi o componente de mitologia ariana que atraiu
sua visão de mundo extremamente nacionalista, não as fantasias esotéricas.
Hitler colocou sua fé na intimação e na bala do revólver, não em relíquias míticas.
Ele estava todo entusiasmado com a revolução violenta e não tinha paciência
para “místicos Völkisch”, cuja visão irremediavelmente romântica de um idílio
rural seduziu os operários a abraçarem o Nacional-socialismo como uma revolução
cultural. Ao aderirem o mito ariano, pode-se dizer que os nazistas se colocaram
no papel de emissários de Satã na Terra, pois eles perverteram a ciência, a
religião e cada faceta do esforço humano para promover sua ideologia maligna,
que impingiram pelo medo, ódio, mentiras e violência. Eles também doutrinaram
seu povo com sua propaganda venenosa, a ponto de aceitarem de bom grado o
assassinato dos incapazes e enfermos, o aprisionamento e tortura de seus
inimigos políticos, a invasão e escravidão de nações vizinhas e guerra global e
genocídio de cidadãos inocentes. Se tivessem sido bem-sucedidos em suas
ambições de estabelecer uma Nova Ordem na Europa, os nazistas teriam superado o
Cristianismo com uma forma de culto neopagão, com a suástica substituindo a
cruz cristã. Como Hitler declarou: “ou o indivíduo é alemão ou cristão. Você
não pode ser ambos (...) Nossos camponeses não se esqueceram de sua verdadeira
religião. Ela ainda está viva(...) As antigas crenças serão trazidas de volta à
boa reputação(...) Ao camponês será contado o que a Igreja destruiu: todo o
conhecimento secreto da natureza, do divino, do informe, do sobrenatural(...)
nós devemos eliminar o verniz cristão e trazer de volta uma religião apropriada
para a nossa raça(...) nosso campesinato ainda vive com crenças e valores
pagãos(...) por meio do campesinato, nós seremos realmente capazes de destruir
o Cristianismo porque neles existe uma verdadeira religião enraizada na
natureza e no sangue”.
A tentativa do regime foi de impor sua demagogia a seu
próprio povo, em vez de suas campanhas assassinas no estrangeiro, isso incensou
a Igreja alemã e levou à acusação de influências satânicas no interior do
Reich. O historiador e ocultista britânico Lewis Spence expressou o desconforto
sentido pelas autoridades religiosas alemãs nos anos anteriores à guerra ao
escrever: “... o movimento neopagão na Alemanha, a origem satânica inflexível de
seus métodos e intenções não admite discussão. A substituição da cruz pela
suástica, a abolição do Sacramento em favor de um rito parecido com o dos
mistérios de Deméter, a perseguição de igrejas cristãs e de seus sacerdotes e
pastores, e a substituição do ritual ou serviço e hinário por cerimônias
blasfemas e canções, pelo estabelecimento de uma nova divindade, pela instrução
dos jovens nos mitos do passado em vez das Escrituras – tudo isso fornece a
prova mais clara da regressão da Alemanha naquele tipo de paganismo, o qual a
política e a propaganda satanista invariavelmente consideram como o meio mais
adequado para a destruição da fé cristã”. Spence não tinha dúvidas de que
Hitler era um Fausto moderno que vendera sua alma para o Diabo e, assim,
dedicava-se a cumprir o plano de seu mestre para o domínio do mundo. “O Füher é
apenas a criatura e instrumento de forças que por séculos estiveram usando este
ou aquele ditador tirano ou outra marionete famosa, para avançar em suas
intenções arcanas que, trocando em miúdos, são a criação do caos generalizado e
a destruição final da humanidade.” Spence sustentava que o nazismo não foi
iniciado por satanistas, mas foi infiltrado pelos discípulos do Demônio, para
que a Alemanha se tornasse seu instrumento para o caos e a destruição. “Se o Príncipe
das Trevas em pessoa tivesse tomado para si o governo daquela nação, é difícil
sugerir como ele poderia ter se trazido à vida senão da forma que seu líder
infeliz o fez, ou com ruindade mais fantástica.” “Toda palavra que vem da boca
de Hitler é mentirosa. Quando ele diz paz, ele quer dizer guerra; e, quando ele
usa de forma blasfema o nome do Senhor, ele quer dizer o poder do Demônio, o
anjo caído, Satã(...) quem hoje em dia duvidar da realidade, da existência de
poderes demoníacos, falhou consideravelmente em compreender o fundamento
metafísico dessa guerra. Por trás do concreto, os acontecimentos visíveis, por
trás de qualquer objetivo, consideração lógica, nós encontramos o elemento
irracional: a luta contra o Demônio, contra os servos do Anticristo.”
O único grupo dentro da Alemanha, além da Igreja, que teve
coragem para falar contra o regime foi a organização de estudantes antinazista
conhecida como Rosa Branca, liderada por Sophie Scholl e seu irmão Hans. Eles
se sacrificaram em um esforço vão de despertar a consciência de seus
compatriotas e expor a verdadeira natureza do inimigo interno.
Toda essa falação sobre o Demônio e sobre Hitler ser um
médium para forças malevolentes é naturalmente descartada como irreal pelos
historiadores convencionais, que veem a Alemanha nazista como um fenômeno
sociopolítico e Hitler como nada mais que um agitador de massas demagogo e
oportunista militar. Eles estão certos quando sugerem não existir evidência de
que Hitler e seu círculo íntimo praticassem magia ritual ou convocassem
demônios para cumprir ordens. Contudo, Hitler despertou força das trevas
latentes na alma alemã e a nação sucumbiu a uma neurose de massas que subverteu
toda a razão. Mas ninguém que tenha marchado sob os estandartes rubro-negros,
ou encorajado as tropas de assalto com seu passo de ganso, compreendeu a
verdadeira natureza dessas forças, nem eles poderiam ter resistido à atração do
malevolente Flautista de Hamelin que os conduzia como a lemingues para a
autodestruição, a não ser que eles possuíssem uma vontade equivalente à dele.
Pois o encanto que Hitler inconscientemente lançava sobre as massas que o
idolatravam era uma forma de magia, embora ela não requeresse um círculo
desenhado no chão nem precisasse de fórmulas mágicas, mantos ou outra
parafernália oculta. O fenômeno que foi a Alemanha nazista foi, de fato, um “triunfo
da vontade”, para ecoar o título do notório filme de propaganda nazista de Leni
Reifenstahl – foi o exercício da vontade dominante de Hitler sobre todos os
outros, foi sua neurose tornada manifesta. Todos os que caíram na órbita do
Führer testemunharam seu magnetismo pessoal e seu olhar penetrante, que drenava
sua vontade de resistir. E não eram apenas as massas que ele dominava. Até seus
generais confessaram manter suas visitas ao quartel-general a um mínimo, pois
temiam que seus protestos diante da incessante intromissão de Hitler nos
assuntos militares seriam silenciados por sua personalidade autoritária. O
arquiteto de Hitler, Albert Speer, testemunhou a habilidade de seu mentor para
subjugar seus subordinados pela pura força de vontade em várias ocasiões. “Eles ficavam todos sob o seu feitiço, com
obediência cega e sem vontade própria(...) estar em sua presença por qualquer
período de tempo me deixava cansado, exausto e vazio.” Mesmo nos dias finais da
guerra, quando a degeneração do estado físico de Hitler ficou visível, o
oficial do Comando-Geral Ulrick de Maizière observou que ele “não tinha perdido
nem um pouco de seu carisma demoníaco”.
Hitler não era impressionante ou atraente como homem, mas
possuía o poder de entreter uma audiência, o que ele explorou sem piedade para
seus próprios fins. “O poder que sempre iniciou as maiores religiões e
avalanches políticas no decorrer da história foi, desde tempos imemoriais, o
poder mágico da palavra falada(...) o que eu digo é como uma ordem dada sob a
hipnose.” (Adolf Hitler, Mein Kampf) Outros, não suscetíveis a seu magnetismo
pessoal, atribuíam a atração de Hitler a forças sobrenaturais. De acordo com o líder
político nazista Hermann Rauschning: “É impossível não se pensar nele como um
médium. Pois a maior parte do tempo os médiuns são pessoas comuns e
insignificantes. De repente, eles recebem o que parece ser um poder
sobrenatural, que os coloca à parte do resto da humanidade(...) Uma vez passada
a crise, eles caem de novo na mediocridade. Era assim, sem qualquer dúvida, que
Hitler era possuído por forças demoníacas, das quais o homem individual,
Hitler, era apenas um veículo temporário.”
(Do Livro: História Oculta do Satanismo A Verdadeira História da Magia Negra Da Antiguidade até Nossos Dias)
O polêmico arcebispo Emmanuel Milingo proclamou, em novembro
de 1996: “Núcleos satanistas dentro do clero levam a cabo missas negras no
recinto do Vaticano (...) O Diabo está tão protegido que proíbem ao caçador, ao
exorcista, fazer seu trabalho!” O clero foi, curiosamente, um dos elementos
essenciais da história das relações do homem com o Diabo.
O sacerdócio francês da época de Luis XIV era uma classe
social imensamente empobrecida, e a grande quantidade de sacerdotes ordenados
fazia com que fosse quase impossível que todos pudessem encontrar um posto na
hierarquia funcionarial da Igreja. Muitos deles foram vítimas de uma ilusão de
prosperidade que sacudira muitas famílias humildes da época. Os filhos do
campesinato eram enviados aos seminários, às vezes em condições muito precárias
e a custo de grandes sacrifícios por parte de suas famílias, para que a igreja
lhes desse educação e um meio de vida que seus pais não lhes podiam
proporcionar. No outro extremo da escala social, os segundos filhos da
aristocracia eram consagrados à Igreja de modo a evitar problemas com os
legados e para que fossem divididos os grandes patrimônios da oligarquia
francesa. Essa situação conduziu, ao longo dos anos, a que um grande número de
pessoas especializadas nos rituais da Igreja não tivesse paróquia alguma para
ganhar a vida. A única forma que essas pessoas tinham de obter receitas parcas
era vendendo seus serviços a quem pagasse melhor. Em que consistiam esses
serviços? Basicamente na celebração de missas pagãs, com o objetivo de
proporcionar ao cliente algum tipo de benefício. Assim, chegaram a ser
celebradas missas petitórias solicitando a sedução de uma garota, o aumento da
riqueza ou, até mesmo, a morte de um inimigo. Do ponto de vista de um sacerdote
do século XVI ou XVII, não havia nada particularmente contraditório em tais
ações. Eram sacerdotes, homens de Deus consagrados. A Igreja lhes havia investido,
em nome de Deus todo-poderoso, uma série de atribuições que eles tinham a
liberdade de utilizar como melhor considerassem, especialmente lhes servia para
que não fossem para a cama com o estômago vazio. A missa era considerada um ato
mágico dotado de poder em si mesmo, sem levar em conta o propósito pelo qual a
missa era celebrada. Essa prática se converteu em algo tão comum que ocorreu o
caso de um sacerdote executado publicamente por tentativa de assassinato ao
aceitar, em troca de uma substancial quantia em dinheiro, oferecer uma missa
fúnebre em nome de alguém ainda vivo com o objetivo de conseguir sua morte. O
misticismo cristão tem raízes mágicas evidentes e, se estudássemos a história
da Igreja antiga, descobriríamos que muitos sacerdotes eram realmente
feiticeiros, indistinguíveis em sua atuação daqueles de outras tradições nas
quais a presença mágica parece muito mais evidente. Dessa forma, a missa
poderia ser considerada, sem dificuldades, um ato mágico. Cabe recordar que
existem muito mais formas de Magia que aquele estereotipado pronunciamento de
feitiços. A Teurgia – que implica oração, um ritual religioso e meditação – é uma
forma de Magia voltada ao estabelecimento de uma comunhão com os deuses.
Geralmente, emprega-se essa forma de Magia para criar um fluxo de energia entre
o praticante e sua ideia de divindade. Se meditarmos a respeito, descobriremos
que o mesmo propósito está contido na missa católica e que culmina no ato
ritual da Eucaristia. O pão e o vinho convertem-se no corpo e no sangue de
Cristo porque Jesus, que é uma manifestação de Deus, assim o disse. Visto dessa
maneira, encontramo-nos perante uma poderosa forma de Magia. Tradicionalmente,
é conhecido o costume dos feiticeiros de pronunciar a fórmula “Hocus pocus” no
momento da realização de um ato de Magia. “Hocus pocus” é um jogo de palavras
retirado do que dizia Jesus na Bíblia latina: “Hoc est corpus meum”, que
significa “Este é meu corpo” (Coríntios, 11:24). O mago pretendia apoiar-se de
alguma maneira na doutrina da presença verdadeira de Cristo na Eucaristia.
Compreendia o fato de que o sacerdote realizava um ato de Magia na missa quando
pronunciava a frase latina “hoc est corpus meum” e pretendia explorar assim o
poder inerente ao sacerdócio.
Ainda que esses sacerdotes mercenários não estivessem sempre
implicados em práticas tão elevadas e espirituais, certa senhora de Lusignan
foi surpreendida em companhia de um sacerdote, enquanto saltavam e brincavam
alegremente desnudos no bosque e praticavam “abominações” com a ajuda de um
grosso círio pascal. Embora a maioria desses personagens tenha limitado suas
atividades aos rituais ortodoxos da Igreja, houve aqueles que atravessaram a
fronteira, tornando assim o Satanismo e a Magia Negra práticas consagradas.
Conjuravam demônios, fabricavam talismãs para seus clientes e celebravam a famosa
e legendária missa negra, que tinha de ser oficiada por um sacerdote apóstata.
Isso não pressupunha qualquer dificuldade, pois, por aqueles dias, havia uma
abundância desse tipo de sacerdotes.
O papa Honório III (1216-27) é o presumido autor do grande
grimório de Honório, o Grande, que compila uma série de cerimônias projetadas
expressamente para serem realizadas por um sacerdote católico, e o conteúdo do
livro implica que fora escrito por alguém iniciado nos ritos da Igreja: “Este é
o livro de Magia Negra considerado, geralmente pelos escritores especializados
em ciências ocultas, o trabalho mais diabólico da história da magia”, disse uma
vez, para descrevê-lo, o autor Idries Shah. O livro pretende ter saído da pena
de Honório, mas muitos escritores católicos denunciam-no como uma falsificação.
Escrito originalmente em latim, o livro não obteve qualquer opinião a seu favor
entre os magos até o século XVII. Sua introdução afirma oferecer aos magos “as
chaves do reino dos céus” a capacidade “de invocar o príncipe das trevas e os
anjos que são seus criados”. A obra inclui uma curiosa bula papal que proclama:
“Nós, o Pontífice (...) temos a intenção e o desejo de comunicar este poder
sobre os espíritos que possuímos e que, até este momento, fora conhecido
somente por aqueles de nossa classe. Pela inspiração de Deus, desejamos
transmitir e compartilhar este poder com nossos irmãos respeitados e nossos
queridos filhos em Jesus Cristo”. Na preparação do ritual, o livro aconselha
que o mago “deva, em primeiro lugar, jejuar durante três dias. Depois disso,
deve confessar-se e prostrar-se perante o altar da Igreja...” Uma vez cumpridos
esses requisitos prévios, o mago “deve procurar um galo preto, ao qual matará
depois do pôr-do-sol e do qual extrairá a primeira pena da asa esquerda, a qual
será guardada cuidadosamente. Então, os olhos deste são removidos e estes,
juntamente com a língua e o coração, devem secar ao sol e serem pulverizados.”
Depois de uma série de operações que implicava consagrações, uma missa, os cânticos,
orações, a preparação de pergaminho mágico com a pele de um cordeiro macho
degolado e a preparação de um círculo mágico, poderia começar a grande
conjuração: “Conjuro-te neste círculo, ó maldito (nome do espírito)... que
atrevestes a desobedecer a Deus. Vem, agora (nome do espírito), obedeça a mim e
cumpra com meus desejos”. Depois de fazer o pedido, o mago era instruído sobre
a forma adequada de mandar o demônio embora, usando “a ordem do pentáculo” e
uma oração que era concluída da seguinte forma: “Toda honra e toda glória
àquele que está no trono, o que é eterno. Amém”.
Honorius era igualmente famoso nos círculos ocultos por
aprovar a formação da ordem dominicana em 1220. Chamados de os “monges negros”
ou os “frades de negro”, os dominicanos formaram mais tarde a maior parte do
molde da Inquisição, enviando para a tortura e para a morte incontáveis
inocentes que, no que se refere à prática da Magia Negra, encontravam-se muito
longe de muitos membros do próprio clero.
A.E. Waite, em seu “Livro de Magia Cerimonial”, considera
ridícula a ideia de que o papa estava por trás da redação deste grimório, se
bem que aceita a participação de membros do clero nesse tipo de atividades. De
fato, deixando de um lado a improvável situação de que um papa se vira
implicado em tais feitos, considera-se que o mais provável seja este livro ter
sido escrito por um sacerdote renegado. O entendimento que mostra o autor da
função e do planejamento do ritual é sofisticado e elegante. Fosse quem fosse a
pessoa que concebera o cerimonial deste grimório, possuía visão e compreensão
do poder da liturgia católica do que carece a imensa maioria dos grimórios.
As raízes literárias de outros livros de Magia conhecidos
são ainda mais insuspeitadas. No período em que foram publicados pela primeira
vez, a colônia do Haiti era uma das possessões mais ricas e apreciadas da França.
Ainda que esse não seja o lugar para ingressar em uma discussão histórica a
respeito do assunto, a maioria dos historiadores tem consciência da brutalidade
que foi mostrada em relação aos escravos negros importados (milhões deles foram
levados à ilha durante todo o período colonial) por parte de seus senhores
cristãos. A prática da religião africana foi terminantemente proibida pelos
governantes da ilha, se bem que a população de escravos era tão grande que ninguém
poderia garantir que eles não realizariam, em segredo, suas cerimônias
tradicionais. Durante o tempo em que o Haiti foi território francês, não foram
poucos os europeus que mostraram interesse por esses ritos africanos e que os
estudaram com o propósito de incorporá-los a seus próprios sistemas de
bruxaria. Ao contrário do que ocorria na América do Norte, ali os brancos
mantiveram relações pessoais muito estreitas com seus escravos, o que podemos
comprovar pela altíssima porcentagem de mulatos que, inclusive hoje em dia,
podem ser vistos na ilha. Parece provável que, graças a essa relação íntima,
alguns brancos tenham obtido o privilégio de ser iniciados na tradição ritual
africana, a qual, mais tarde, foi assimilada pela Magia europeia por intermédio
deles. Essa influência pode ser percebida em alguns famosos tratados de Magia
Negra, naqueles em que o aspecto ritual adquire uma importância desconhecida
até então. Os grimórios clássicos não contém rituais especialmente complexos.
Os livros, como o “Lemegeton” e a “Clavícula de Salomão”, falam de espíritos e
talismãs, além de incluírem conjurações e ameaças a serem repetidos pelo feiticeiro
até conseguir que as entidades a serem convocadas cumpram com sua vontade.
Não obstante, existem outros rituais nos quais é necessário,
como etapa prévia à sua execução, que haja um longo período de purificação e de
sacrifício, assim como a criação ritual das ferramentas apropriadas para
realizar a liturgia. No caso do ritual atribuído a Honório III, esse processo
estende-se durante um mês. Isso constitui um inegável paralelismo com os
rituais afro-caribenhos praticados diariamente em cada grande cidade do
Hemisfério Ocidental. Essas religiões estão a caminho de converter-se em um
pujante fenômeno espiritual que já transcendera com seu crescimento as fronteiras
geográficas e culturais que as viram nascer. Apenas nos Estados Unidos, é
estimado que existam uns cinco milhões de praticantes de Santería (conjunto de
sistemas religiosos que misturam crenças Católicas-Cristãs com as do Yorubá
tradicional). A Santería não é uma religião arcaica. É uma força vibrante com
500 anos de história ininterrupta no Hemisfério Ocidental e cujas raízes
africanas são pelo menos tão antigas e profundas como as do Cristianismo. São
milhões de praticantes nos Estados Unidos, no Caribe, na América do Sul, na
América Central e na Europa. Existe o Vodu no Haiti, a Macumba no Brasil e o Candomblé
nas costas do Norte da América do Sul. Seus adeptos procedem de todas as
classes sociais: médicos, advogados, políticos, ladrões e prostitutas. Todos
eles buscam obter o poder de controlar suas próprias vidas e conduzi-las
segundo seu critério. Os sistemas de crença tradicionais do mundo Ocidental não
têm uma participação emocional direta dos mistérios da vida, motivo pelo qual,
cada vez mais pessoas buscam respostas no vibrante ritmo dos tambores santeiros.
É uma religião de transe, de mistério, de possessão, de sangue e de sexo. Pouco
pode ser feito pelas páginas de um livro para transmitir a verdadeira essência
dessa liturgia. Se queres conhecer de verdade a Santería, é preciso frequentar
as cerimônias, fazer uma oferenda e dançar ao som dos tambores. A cor da pele
ou o lugar de nascimento não formam qualquer barreira. Os Deuses Antigos
reconhecem os seus. A Santería, ou mais corretamente, a Regla de Ocha, é uma
religião originária da África. Foi levada ao Novo Mundo pelos Yorubás da costa
ocidental da África, que hoje em dia são a Nigéria e Dahomey, uma região onde a
atividade dos traficantes de escravos foi especialmente intensa. Quando os
africanos chegaram à América, tiveram que adaptar sua religião para continuar
praticando-a, evitando o controle dos brancos. Mascararam seus orixás (as
deidades da religião Yorubá), fazendo com que eles adotassem a identidade dos
santos cristãos. Os donos das plantações assumiram a ideia de que os escravos
tinham se convertido em devotos católicos quando, na verdade, continuavam
adorando secretamente seus Orixás. O panorama político e cultural na terra dos
Yorubás era muito similar ao da Grécia Clássica; existia uma série de
cidades-estado livremente associadas. Cada cidade estava consagrada a um Orixá
e esse era seu centro de adoração. Se alguém fosse designado a ser sacerdote de
Oxum, por exemplo, essa pessoa deveria ir a Osogbo, cidade na qual havia lugar,
cidade na qual havia lugar para sua iniciação e onde tal pessoa viveria para
sempre. Essas cidades sofriam saques periódicos por parte dos traficantes de
escravos. Dessa forma, adoradores dos diferentes deuses do panteão Yorubá
viram-se obrigados a conviver no Novo Mundo. Chamavam-se entre si “Lukumí”, uma
expressão yorubá que significa “meu amigo”. Dessa maneira, eles podiam
identificar-se e diferenciar-se do restante dos escravos, procedentes de outras
regiões, como o Congo. A situação anômala de sobrevivência que presumia a
existência da escravidão fez com que os Lukumí se vissem obrigados a adaptar
sua religião às circunstâncias. Na África, cada um deles estaria sob a proteção
de um Orixá à parte de ser consagrado a Elegba. Entretanto, no Novo Mundo,
perderam-se alguns sacerdócios dos Orixás menos comuns. Os sacerdotes começaram
a temer pela adoração de seu respectivo Orixá assim que decidiram consolidar
suas práticas religiosas por meio de um sistema de iniciações que culminava com
o sacerdócio, no qual, diferentemente dos costumes africanos, o indivíduo recebia
cinco ou seis Orixás. Essa adaptação demonstrou ser extremamente eficaz para
manter o culto entre os escravos. A América foi um terreno especialmente fértil
para o enraizamento das religiões tradicionais africanas e, hoje em dia, os Estados
Unidos constituem um foco de grande expansão dessas crenças. Muitos
afro-americanos buscam suas raízes por intermédio da espiritualidade da terra
de onde foram arrancados seus antepassados e voltam-se à Santería em busca de
uma parte de sua identidade. Os Orixás não são entidades malvadas, ao
contrário, poderíamos considera-los o equivalente aos anjos cristãos. A imagem
negativa associada à Santería foi, em grande parte, inventada pelos meios de
comunicação sensacionalistas e os exageros de Hollywood. Curiosamente, a
Santería foi condenada e caluniada pela Igreja católica como uma bárbara, primitiva,
arcaica e demoníaca. Contudo, os Orixás e sua religião mantiveram-se mais vivos
do que nunca.
(continua...)
---------------------------------------------
Fonte: TRÊS
LIVROS DE FILOSOFIA OCULTA
AUTOR:
HENRIQUE CORNÉLIO AGRIPPA DE NETTESHEIM
NOTAS DE:
DONALD TYSON
De anéis e suas composições:
Também os anéis, que sempre foram
muito estimados pelos antigos, se feitos de maneira oportuna, imprimem sua
virtude em nós, no sentido de que afetam o espírito daquele que os porta com
alegria ou tristeza, e faz dele um indivíduo cortês ou terrível, corajoso ou
temerário, amável ou detestável; além disso, os anéis nos fortificam contra
doenças, venenos, inimigos, espíritos maus e toda espécie de coisa que fere, ou
pelo menos não nos deixam sofrer influências dessas coisas.
Ora, o modo de fazer esses anéis
é o seguinte: quando qualquer astro ascende de maneira afortunada, com o
aspecto afortunado, ou na conjunção da Lua, devemos pegar uma pedra e uma erva
regidas sob tal astro e confeccionar um anel do metal próprio de tal astro, e
nele prender e pedra, colocando a erva ou a raiz debaixo dela; não devemos
omitir as inscrições de imagens, nomes e caracteres também como sufumigações
apropriadas, mas falaremos deles mais adiante, quando abordarmos as imagens e
os caracteres.
Lemos em Filóstrato que Jarco, um
sábio príncipe da Índia, mandou confeccionar sete anéis, de acordo com esse
procedimento, marcados com as virtudes e os nomes dos sete planetas, e deu de
presente a Apolônio, o qual usava um todo dia, distinguindo-os de acordo com os
nomes o dia, desfrutando com eles o benefício de viver mais de 130 anos de
idade e ainda conservar a beleza de sua juventude.
Do mesmo modo, segundo Josephus,
Moisés, o legislador e governante dos hebreus, habilidoso na magia egípcia,
teria feito anéis e amor e esquecimento. Segundo Aristóteles, existia também
entre os cireneus um anel de Battus capaz de produzir amor e honra. Lemos ainda
que Edamo, um filósofo, confeccionou anéis contra mordida de serpente, feitiço
e espíritos malígnos. O mesmo relata Josephus acerca de Salomão.
Em Platão, lemos que Giges, um
pastor na Lídia, tinha um anel de virtudes fantásticas e estranhas que, quando
tinha o selo voltado para palma de sua mão, ninguém podia vê-lo, embora ele
visse tudo. Aproveitando essa oportunidade, ele deflorou a rainha e matou o
rei, seu senhor, além de eliminar quem quer que parecesse se colocar em seu
caminho, e nesses atos vis ninguém o via; até que um dia, graças aos benefícios
do anel, ele se tornou rei da Lídia.
(continua...)
---------------------------------------------
ENCICLOPÉDIA
DA BRUXARIA
AUTOR:
DOREEN VALIENTE
A Escada das Bruxas:
O Folklore Journal em 1886 trouxe uma história sobre um
achado impressionante em uma casa velha em Wellington, Somerset. Alguns
construtores que estavam trabalhando na casa descobriram uma sala secreta no
espaço entre o quarto de cima e o telhado. A julgar pelo conteúdo daquele
buraco secreto, parecem ter chegado à conclusão de que aquele lugar era um
local de encontro de bruxas.
Seis vassouras foram encontradas lá, junto com uma antiga
poltrona; talvez um assento para a pessoa que presidia as reuniões. Havia
também um outro objeto muito curioso, que a princípio os descobridores não
conseguiram explicar.
Ele era formado por um pedaço de corda, com cerca de um
metro e meio de comprimento e um centímetro e meio de espessura. Ela era
composta de três tranças, e tinha um laço em uma das pontas. Inseridas na
corda, de forma cruzada, estavam uma série de penas. Na maioria penas de ganso,
embora algumas plumas pretas de corvo ou gralha, saindo para fora da corda em
intervalos irregulares. As penas não tinham sido simplesmente amarradas na
corda, mas pareciam ter sido fixadas entre as tranças no momento em que a corda
tinha sido feita.
Algumas pessoas de mais idade de Somerset que viram essa
estranha descoberta olharam para aquilo com desagrado e se mostravam reticentes
quando lhes perguntavam o que era aquilo. Os trabalhadores o chamaram de “uma
escada de bruxas”, e sugeriram que ela fosse usada para “subir até o telhado”,
o que era totalmente absurdo. Uma senhora idosa, quando lhe perguntaram se ela
sabia o que era aquilo, respondeu que conhecia o uso da vela com alfinetes, e
da corda e das penas. Ela se recusou a dizer qualquer coisa mais, mas como
feitiços de espetar uma vela ou uma cebola com alfinetes eram conhecidos como
uma forma de amaldiçoar alguém, ficou evidente para os estudantes do folclore
que se interessaram por essa descoberta que a escada das bruxas era um outro
meio de colocar uma maldição.
Futuras investigações trouxeram à tona mais alguns detalhes.
A corda e as penas tinham que ser novas, e as penas tinham que ser de um
pássaro macho. Esse feitiço também não era particular de Somerset. Ele também
era conhecido em outras partes do País Ocidental, e era obviamente considerado
uma forma perigosa e secreta de bruxaria.
Quando a cópia do Folklore Journal que apresentava uma
descrição e um desenho da escada das bruxas chegou às mãos de Charles Godfrey
Leland na Itália, ele investigou e descobriu que a maldição da corda e das
penas era conhecida naquele país também. Entre as bruxas italianas, ela era
chamada de la guirlanda delle streghe, a “guirlanda das bruxas”. Ela tinha uma
forma muito semelhante, de uma corda com nós amarrados, e uma pena de galinha
preta em cada um dos nós. A maldição era repetida várias vezes, conforme cada
nó era feito, e então o trabalho terminado era escondido na cama da vítima para
trazer-lhe desgraças.
O Reverendo Sabine Braing-Gould, que tinha um amplo
conhecimento do folclore do West Country, introduziu o feitiço da escada das
bruxas em seu romance Curgenven, publicado em 1893. De acordo com seu relato, a
escada da bruxa era feita de lã preta, fios brancos e marrons, entrelaçados; e
a cada cinco centímetros era amarrado nessa corda um punhado de penas de galo,
ou penas de faisão ou galinha d´água, alternadamente. A velha avó que a fazia
tecia e instigava a cada nó da escada das bruxas um tipo de dor ou sofrimento
que ela desejava, para que atingissem o inimigo para quem a corda era feita.
Depois ela amarrava uma pedra na ponta da corda, e mergulhava o objeto em
Dozmary Pool, uma água que a lenda dizia ser assombrada. Ela acreditava que
enquanto as bolhas subiam para o alto da panela, o poder da maldição era
liberado para realizar seu trabalho.
É um tributo incrível à natureza disseminada das práticas
secretas das bruxas, que praticamente o mesmo objeto fosse conhecido e usado em
lugares tão distantes como Somerset e a Itália, por pessoas que naqueles dias
não eram suficientemente alfabetizadas a ponto de aprenderem as coisas em
livros; mesmo que qualquer descrição do feitiço tivesse sido publicada em algum
lugar antes, o que, de acordo com o ponto de vista confuso dos folcloristas
mais importantes que foram confrontados com esta descoberta, parece ser muito
improvável;
Podemos observar que o número três mágico aparece na
fabricação do feitiço, fato que é muito comum. Ela tem que ser uma corda tripla
em que as penas são amarradas. As próprias penas são possivelmente símbolos do
envio do feitiço voando de forma invisível em direção à pessoa intencionada.
(continua...)
---------------------------------------------
Olá amigos, meu nome é Ann Roberts da Inglaterra. Eu estive ótimo
ResponderExcluirdor por quase 4 anos sofrendo nas mãos de um marido traidor, nós
ficaram felizes até encontrar sua namorada antiga e ele começou a namorar com ela
fora do nosso casamento antes que você soubesse que ele parou de cuidar e cuidar
sua própria família. Era tão ruim que ele estava planejando casar com ela e divorciar
eu chorei e relatei a sua família, mas ele nunca ouviu ninguém além de
Corte minha história curta, fui em busca de um verdadeiro conjurador de feitiços que poderia
destrua seu relacionamento e faça ele voltar para mim e nossos 2 filhos.
Ao pesquisar, vi pessoas com testemunho de como seu casamento era
restaurado pelo DR UZOYA através do seu email: druzoyaspiritualtemple@gmail.com
e eu relatei minha história para ele e ele concordou em me ajudar e depois
realizando um feitiço no segundo dia ambos tiveram uma discussão e ele bateu o seu
namorada e ele chegou pra casa implorando por mim e pelos meus filhos para perdoá-lo,
ele disse que seus olhos estão claros agora e que ele não fará nada que
vai ferir sua família novamente e promete ser um pai atencioso e nunca
enganação. Estou tão feliz que não perdi meu marido para a menina. O todo
A apreciação vai para o Dr.UZOYA porque você é um excelente lançador de feitiços e para
a quem isso pode concernir se você tem um marido ou esposa trapaceira ou você precisa
Seu ex amante de volta. Você também pode enviar um e-mail para ele;
druzoyaspiritualtemple@gmail.com obrigado grande UZOYA por me ajudar a trazer
Meu marido de volta, muito obrigado.
Eu quero agradecer muito ao DR PRINCE IDIALU pelo trabalho maravilhoso que ele fez para me ajudar a salvar meu casamento, meu marido pediu uma carta de divórcio por causa do pequeno mal-entendido que tivemos nos últimos meses. Nunca quis isso porque eu amo tanto o meu marido e todo o nosso investimento foi um negócio conjunto e eu não quero estar longe da minha família e meus dois filhos adoráveis. Meu amigo me contou sobre o DR PRINCE IDIALU e como ele também a ajudou com seus problemas conjugais, então eu tive que contatá-lo porque eu queria impedir meu marido de completar a carta de divórcio e eu quero manter minha família unida e depois de contatá-lo, Foi-me dito o que eu precisava fazer e quando eu ia começar a ver o resultado, eu fiz como DR PRINCE IDIALU instruiu e depois de 3 dias meu marido me ligar e começar a pedir o meu perdão e foi tudo como um sonho para mim e estamos todos vivendo felizes juntos novamente, tudo graças ao DR PRINCE IDIALU. Contate-o hoje para ajuda conjugal através de seu EMAL (princeidialu@outlook.com Você também pode Ligar / WhatsApp: +1 (845) 731-5643)
ResponderExcluirEu quero agradecer muito ao DR PRINCE IDIALU pelo trabalho maravilhoso que ele fez para me ajudar a salvar meu casamento, meu marido pediu uma carta de divórcio por causa do pequeno mal-entendido que tivemos nos últimos meses. Nunca quis isso porque eu amo tanto o meu marido e todo o nosso investimento foi um negócio conjunto e eu não quero estar longe da minha família e meus dois filhos adoráveis. Meu amigo me contou sobre o DR PRINCE IDIALU e como ele também a ajudou com seus problemas conjugais, então eu tive que contatá-lo porque eu queria impedir meu marido de completar a carta de divórcio e eu quero manter minha família unida e depois de contatá-lo, Foi-me dito o que eu precisava fazer e quando eu ia começar a ver o resultado, eu fiz como DR PRINCE IDIALU instruiu e depois de 3 dias meu marido me ligar e começar a pedir o meu perdão e foi tudo como um sonho para mim e estamos todos vivendo felizes juntos novamente, tudo graças ao DR PRINCE IDIALU. Contate-o hoje para ajuda conjugal através de seu EMAL (princeidialu@outlook.com Você também pode Ligar / WhatsApp: +1 (845) 731-5643)
ResponderExcluirOlá Saudações a todos que está lendo este testemunho. Eu fui rejeitado por meu marido após três (3) anos de casamento só porque outra mulher tinha um feitiço sobre ele e ele me deixou e o garoto para sofrer. Um dia, quando eu estava lendo através da Web, eu vi um post sobre como este feitiço rodízio Dr ona ter ajudar uma mulher a voltar seu marido e eu dei-lhe uma resposta ao seu endereço e ele me disse que uma mulher tinha um feitiço sobre o meu marido e ele me disse que ele vai me ajudar e depois de 3 dias que eu vou ter o meu marido de volta. Eu acreditava nele e hoje estou feliz em deixar que todos saibam que este rodízio feitiço tem o poder de trazer os amantes de volta, porque agora estou feliz com o meu marido. Obrigado por seu grande trabalho aqui é o Dr. ona e-mail: onaspellhome@gmail.com ou WhatsApp número + 5511981541847. Você também pode contatá-lo diretamente em seu site http://onaspellhome.website2.me. Ele também irá ajudá-lo a resolver seus problemas.
ResponderExcluirSinceramente eu estava tão arrasada quando meu marido de 8 anos me deixou e se mudou para o Texas para estar com outra mulher. As dores eram demais para eu suportar que eu não podia suportar mais. Eu viajei para cumprimentar minha amiga e sua família durante a celebração de Natal, então eu expliquei a ela, como meu marido me abandonou e meus filhos por um período de tempo e estar com outra mulher, e meu amigo me contou sobre o Dr. Ogbefun que a tinha ajudado no passado antes, quando eu o contatei com o seu email via ogbefunhearlingtemple @ gmail. com eu explico para ele, como meu marido tem estado com outra mulher há dois anos e esse é o problema que estou enfrentando no meu casamento agora e eu preciso acabar com isso matando ela, e eu não quero fazer uso de assassino porque será arriscado, então eu precisava fazer isso de uma maneira espiritual, por isso decidi entrar em contato com ele, ele me garantiu que não se preocupe, já que entrei em contato com a pessoa certa na hora certa, eu cooperei com ele e em menos de uma semana ela morre, ela dormiu e nunca mais acordou, e verdadeiramente meu marido volta se desculpando que ele nunca soube o que veio sobre ele meu marido me pedir desculpas e nós somos uma família feliz agora. tudo graças a dr ogbefun você pode entrar em contato com o Dr. Ogbefun para qualquer feitiço de morte, como matar seu superior no escritório e ocupar o lugar dele.spell para aumento de salários, feitiço para promoção no escritório, feitiço para ter seu ex-amante de volta , se as coisas não estão funcionando bem em sua vida, então você precisa entrar em contato com ele agora através do site https://ogbefunhearlingtem.wixsite.com/spell ou adicioná-lo no whatsapp +2348102574680
ExcluirOi a todos eu sou Grace Ken estou aqui para compartilhar o trabalho maravilhoso Dr. ona fez por mim. Depois de 5 anos em casamento com meu marido com 2 filhos, meu marido começou a agir estranho e sair com outras senhoras e me mostrou amor frio, em várias ocasiões ele ameaça se divorciar de mim se eu ouso questioná-lo sobre seu caso com outras senhoras , Eu estava totalmente devastado e confuso até que um velho amigo meu me disse sobre um rodízio de feitiços na Internet chamado Dr. ona que ajudam as pessoas com relação e problema de casamento pelos poderes de feitiços de amor, no início eu duvidei se tal coisa já existe, mas decidiu giv e uma tentativa, quando eu contatá-lo, ele me ajudou a lançar um feitiço de amor e dentro de 48 horas meu marido voltou para mim e começou a se desculpar, agora ele parou de sair com outras senhoras e sua comigo para o bem e para o real. Você também pode entrar em contato com o Dr. ona e-mail: onaspellhome@gmail.com ou WhatsApp número + 5511981541847. Você também pode contatá-lo diretamente em seu site http://onaspellhome.website2.me. Ele também irá ajudá-lo a resolver seus problemas.
ResponderExcluirOi a todos eu sou Grace Ken estou aqui para compartilhar o trabalho maravilhoso Dr. ona fez por mim. Depois de 5 anos em casamento com meu marido com 2 filhos, meu marido começou a agir estranho e sair com outras senhoras e me mostrou amor frio, em várias ocasiões ele ameaça se divorciar de mim se eu ouso questioná-lo sobre seu caso com outras senhoras , Eu estava totalmente devastado e confuso até que um velho amigo meu me disse sobre um rodízio de feitiços na Internet chamado Dr. ona que ajudam as pessoas com relação e problema de casamento pelos poderes de feitiços de amor, no início eu duvidei se tal coisa já existe, mas decidiu giv e uma tentativa, quando eu contatá-lo, ele me ajudou a lançar um feitiço de amor e dentro de 48 horas meu marido voltou para mim e começou a se desculpar, agora ele parou de sair com outras senhoras e sua comigo para o bem e para o real. Você também pode entrar em contato com o Dr. ona e-mail: onaspellhome@gmail.com ou WhatsApp número + 5511981541847. Você também pode contatá-lo diretamente em seu site http://onaspellhome.website2.me. Ele também irá ajudá-lo a resolver seus problemas.
Am writing this article to appreciate the good work of DR PAPA that helped me recently to bring back my wife that left me for another man for no reason for the past 3 years. After seeing a post of a woman on the internet testifying of how she was helped by DR PAPA. I also decided to contact him for help because all i wanted was for me to get my wife, happiness and to make sure that my child grows up with his mother. Am happy today that he helped me and i can proudly say that my wife is now with me again and she is now in love with me like never before. Are you in need of any help in your relationship like getting back your man, wife, boyfriend, girlfriend, winning of lotteries, herbal cure for sickness or job promotion E.T.C. Viewers reading my post that needs the help of DR PAPA should contact him now on his E-mail: Email> greatpapax@gmail.com...contact HIM of any of these today AT whatssap +2348106431263 Email> greatpapax@gmail.com
ResponderExcluirSinceramente eu estava tão arrasada quando meu marido de 8 anos me deixou e se mudou para o Texas para estar com outra mulher. As dores eram demais para eu suportar que eu não podia suportar mais. Eu viajei para cumprimentar minha amiga e sua família durante a celebração de Natal, então eu expliquei a ela, como meu marido me abandonou e meus filhos por um período de tempo e estar com outra mulher, e meu amigo me contou sobre o Dr. Ogbefun que a tinha ajudado no passado antes, quando eu o contatei com o seu email via ogbefunhearlingtemple @ gmail. com eu explico para ele, como meu marido tem estado com outra mulher há dois anos e esse é o problema que estou enfrentando no meu casamento agora e eu preciso acabar com isso matando ela, e eu não quero fazer uso de assassino porque será arriscado, então eu precisava fazer isso de uma maneira espiritual, por isso decidi entrar em contato com ele, ele me garantiu que não se preocupe, já que entrei em contato com a pessoa certa na hora certa, eu cooperei com ele e em menos de uma semana ela morre, ela dormiu e nunca mais acordou, e verdadeiramente meu marido volta se desculpando que ele nunca soube o que veio sobre ele meu marido me pedir desculpas e nós somos uma família feliz agora. tudo graças a dr ogbefun você pode entrar em contato com o Dr. Ogbefun para qualquer feitiço de morte, como matar seu superior no escritório e ocupar o lugar dele.spell para aumento de salários, feitiço para promoção no escritório, feitiço para ter seu ex-amante de volta , se as coisas não estão funcionando bem em sua vida, então você precisa entrar em contato com ele agora através do site https://ogbefunhearlingtem.wixsite.com/spell ou adicioná-lo no whatsapp +2348102574680
ResponderExcluirOi, meu nome é "Patricia Richard" Eu sou dos EUA. Eu fui casado por 7 anos com Ruben. As coisas começaram a ficar feias e tivemos brigas e discussões quase todas as vezes. Ficou pior no momento em que ele pediu o divórcio ... Eu tentei o meu melhor para fazê-lo mudar de idéia e ficar comigo, mas todo o esforço era fútil. Eu implorei e tentei de tudo, mas ainda assim, nada funcionou
ResponderExcluirO avanço veio quando alguém me apresentou a este maravilhoso, ótimo conjurador que eventualmente me ajudou ... Eu nunca fui fã de coisas assim, mas apenas decidi tentar com relutância porque eu estava desesperado e não tinha escolha ... Ele fez orações especiais e usou raízes e ervas ... Dentro de dois dias ele me ligou e ficou triste por todo o trauma emocional que ele me causou, ele voltou para a casa e continuamos a viver felizes. que maravilhoso milagre o thegreatitoyahtemple@gmail.com
fez por mim e minha família.
Eu o apresentei a muitos casais com problemas em todo o mundo e eles tiveram boas notícias ... Eu acredito fortemente que alguém lá fora precisa de sua ajuda. Para ajuda urgente de qualquer tipo, entre em contato com o grande templo Itoyah agora através de seu e-mail: thegreatitoyahtemple@gmail.com
UM GRANDE CASO DE SPELL LOVE Dr, Ilekhojie SE ESPECIALIZA NA RESTAURAÇÃO DE CASAMENTOS QUEBRADOS CONTACTE-O DIRETAMENTE.
ResponderExcluirO que mais posso dizer em vez de agradecer ao Dr. Ilekhojie, que Deus usou para reunir meu casamento? Todos os dias da minha vida, peço a Deus para abençoar o Dr. Ilekhojie, pois ele fez a minha vida completa, trazendo de volta o meu marido para mim e, por essa razão, eu fiz um voto para mim que testificarei na internet para deixar o mundo sabe que o Dr. Ilekhojie é um Deus na Terra. Meu marido e eu tivemos uma briga por três dias que levou ao nosso divórcio. Neste dia fiel, me deparei com um testemunho de como o Dr. Ilekhojie ajudou uma dama a recuperar seu amante. Então, eu entrei em contato com ele e expliquei para ele e ele me disse que os meus dias de tristezas acabaram, que meu marido voltará para mim dentro de 48 horas para que ele prepare um feitiço para mim. Você pode acreditar, meu marido chegou em casa implorando que ele precisa de mim de volta. Você precisa de algum tipo de ajuda? Contato; (gethelp05@gmail.com) OU ligue para o seu número de telefone via +2348147400259
Minha boca está cheia de testemunhos, meu marido deixou a casa por dois anos na África do Sul para um turista, onde ele se referia a essa prostituta e foi enfeitiçado pela garota que meu marido se recusa a voltar para casa novamente, choro dia e noite procurando quem me ajudou, li um jornal sobre um poderoso lançador de feitiços chamado Dr love e entrei em contato com o lançador de feitiços para me ajudar a trazer meu amante de volta para mim e ele me pediu para não me preocupar com os deuses que lutamos por mim. Ele me disse no meio da noite, quando todo o espírito estivesse em repouso, ele lançaria um feitiço para reunir meu amante de volta para mim. e ele fez em menos de três dias meu marido voltou para mim e começou a chorar para que eu o perdoasse. Estou tão feliz com o que esse lançador de feitiços fez por mim e meu marido, você também pode alcançá-lo em: lovespelltemple @ gmail .com
ResponderExcluirDevolvo toda a glória ao Dr. Alashira pelas coisas maravilhosas que ele fez na vida de minha família desde que o conheci. Especialmente por encerrar a estéril de 10 anos em minha família com o bebê. Minha esposa e eu nos casamos em agosto de 2008, mas tivemos desafios de fruto do útero desde então. Eu vim com vários desafios notáveis, entre os quais onde o desemprego, os problemas acadêmicos e a falta de filhos, mas o Dr. Alashira me entregou um após o outro através de um encontro em diferentes testemunhos que eu vi on-line. meus problemas, ele disse que eu não deveria entrar em pânico que tudo vai ficar bem. Após o primeiro encontro milagrosamente, consegui um emprego. e ele também conheceu outros desafios e me deu algumas tarefas a fazer ... e coisas a serem feitas. .ele me disse com precisão, inúmeras vezes que a única maneira de superar qualquer desafio da vida é acreditar em tudo o que eles pedem para você nunca duvidar e eu duvidei. Eu nunca duvidei do Dr. Alashira no ano passado, em abril, minha esposa foi aos hospitais que foi confirmar grávida..Dr ALA SHIRA se prova fiel a si próprio e ao seu mundo, encerrando a estéril de 10 anos e nos deu um menino saltitante em 9 de dezembro de 2018 / Eu lhe dei toda a glória. Te louvarei para sempre por seu trabalho maravilhoso ... por favor, em qualquer situação, ele pode ajudá-lo vá até ele_ e-mail dr.Alashirao1@gmail.com WhatsApp +2348034395438 obrigado e acredito que ele irá ajudá-lo também ..
ResponderExcluirQue o Todo-Poderoso continue a abençoar o Dr. Alashira pelo seu excelente trabalho ... há quase um ano que venho solicitando uma carga para estourar minha empresa, mas sei como me inscrevi em muitas organizações, mas não consegui encontrar as equipes e condições. Eu desisti disso por um empréstimo ... minha empresa continuava caindo dia após dia Eu queria vender a empresa porque as coisas não estavam funcionando bem e conhecia equipamentos ... eu entre em contato com um amigo para compradores antes que ele me dissesse como Alashirahelphiminkeepingis negócios indo e ele está obtendo lucro agora .. Entrei em contato com o Dr. Alashira e expliquei tudo a ele ... ele me disse o que conseguir e eu fiz isso ... eis a organização para a qual solicitei empréstimo e me informei. eles me deram um empréstimo de (500.000 $) EUA..que pagaram e minha empresa está indo além das minhas expectativas .. Que o nome dele seja ótimo..por favor, irmãos irmãs em qualquer situação, existe uma solução que nunca perca a esperança, apenas acredite que ele ajudará envie um email para dr.Alashirao1 @ gmail.com WhatsApp +2348034395438 obrigado pela leitura
ResponderExcluirAlashira, por um bom trabalho para mim, eu quero magoar o nome do Dr. Alashira por me curar de um pão menstrual crônico .. este pão chamado apenas começou de repente, era aburdento Vou ficar comigo e ficar inquieto, porque o pão é insuportável. É como se eu estivesse lutando com a morte semanas atrás, quando vim ver o Dr. ALASHIRA, ele me perguntou se eu sentia algum pão. Foi-me dito que era normal, e me disseram que era normal.O Dr. Alashira disse que não era normal e me disse que eu não estava lá. a última vez que sinto o pão, vim para dar a Alashira ... porque estou livre dos pães, não sinto nenhum pão ou fraqueza quando chega a hora de fluir normalmente. Entre em contato com o Dr. Alashira para obter ajuda por e-mail dr.alashirao1@gmail.com ou WhatsApp + 2348034395438 .. obrigado.
ResponderExcluirOlá, meu nome é harriet estava passando por um artigo e descobri sobre um homem chamado The great dr alashira .Eu sofro de problemas de separação com caras diferentes. Eu tive que entrar em contato com o lançador de feitiços .para meu homem, Ben, Ben estava no máximo Para outras mulheres, mas acredito que eu poderia tê-lo de volta e fazê-lo ficar.lo e eis que o grande Grande alashira me ajudou. Steve e eu vamos nos casar em breve O grande Alashira é um homem tão bom, ele também ajudou a interromper o problema de parada cardíaca, Se você tiver algum problema, entre em contato com ele neste e-mail:
ResponderExcluirEntre em contato com ele para o seguinte e veja o excelente trabalho de O grande alashira, email dr.alashirao1@gmail.com whatsap +2348034395438
(1) Se você quiser seu ex-marido.
{2} Se você quer ser muito bem sucedido
(3) Se você estiver procurando por um emprego
(4) Você quer ser promovido em seu escritório.
(5) Você quer que mulheres / homens corram atrás de você.
(6) Se você quer um filho.
(7) Você quer ser rico.
(8) você quer obter Magias Casadas
(9) Remova a doença do seu corpo Feitiços
(10) Feitiço de negócios
(11) Números vencedores da loteria
(12) Traga de volta o amor perdido, mesmo para reduzir seu peso.
e muito mais …… .email dr.alashirao1@gmail.com whatsap +2348034395438
Olá sou do indiano. e estou muito feliz por postar neste blog como um grande lançador de feitiços me ajudou a trazer de volta o amor da minha vida. Eu sei que existem muitas mulheres como eu por aí que fizeram muito para ter seu Marido de volta. Estou aqui para dizer a todos que não procurem mais porque a resposta está aqui. Sinceramente, acredito que, se houver até cinco lançadores de feitiços como o Dr. AYOOLA, este mundo seria um lugar melhor. Vi pessoas reclamando de como as castas falsas prometiam ajudá-los, mas não conseguiram, mas com o Dr. AYOOLA, digo que seu problema é já resolvido. Meu marido e eu estávamos separados por 3 anos e eu não aguentava viver sem ele, tentei de tudo para tê-lo de volta, mas nada funcionou até que vi vários testemunhos sobre um lançador de feitiços chamado Dr. AYOOLA e como ele é ótimo. . Entrei em contato com ele por e-mail (drayoolasolutionhome@gmail.com) imediatamente e sigo a etapa que ele pede. Nas próximas 48 horas, meu amante me ligou e estava ansioso por meu perdão e que não queria nada além de me ter em seus braços para sempre . Enchi tanta alegria e felicidade que encontrei o Dr. AYOOLA. Espero que todos vocês encontrem este meu testemunho e devolvam seu marido em apenas 48 horas, graças ... entre em contato com o endereço de e-mail dele; drayoolasolutionhome@gmail.com ou ligue para ele no whatsapp +31684065675
ResponderExcluirSempre serei grato ao grande doutor MICHAEL por consertar meu casamento desfeito depois que meu marido me deixou por três meses como amante. Eu nunca acreditei em feitiços até meu amigo me apresentar a ele. No começo, eu era cético em relação a ele porque ouvi muito sobre lançadores de feitiços falsos, mas deixei minhas dúvidas para trás porque estava desesperado para recuperar meu marido e o fiz de acordo com o que ele me instruiu a fazer. Agora meu marido está de volta apenas 48 horas depois de entrar em contato com ele. Estou vivendo feliz com meu marido novamente após 6 meses de divórcio e não vou descansar até que ele seja conhecido em todo o mundo. Ele também é especialista em feitiços de dinheiro, loterias, feitiços de doença E.T.C. Conecte-se ao Doutor MICHAEL agora, seu e-mail é drmichaelspellcaster@gmail.com ou WhatsApp no +2348139206346)) e eu disse que devo deixar qualquer e-mail que eu vejo na rede saber disso, porque estou muito feliz em ver minha vida novamente. .. obrigado novamente dr Michael
ResponderExcluirComo ter seu marido em casa com seus filhos novamente
ResponderExcluirEu sou uma senhora com 2 filhos, sou de Houston Texa, meu marido me deixa e seus 2 filhos por cerca de 10 meses. Sofro muita dor, faço todo o possível para fazê-lo voltar para mim e para os filhos, mas nada dá certo. foi realmente um período estressante para mim, porque eu poderia passar pelo desgosto. foi-me dito para entrar em contato com um médico de feitiço de amor para me ajudar, o que fiz tive a sorte de obter DR.PEPOKO Contato que foi capaz de me ajudar, ele lançou um feitiço de amor que trouxe de volta meu marido para mim e para o seu crianças muito obrigado DR. PEPOKO Eu realmente aprecio o que você fez por mim. aqui está o contato dele, se você precisar, resolvendo o e-mail do seu relacionamento. Pepokospiritemple@gmail.com ligue para whatssap +2348156148821
Aqui também está o site do Dr. PEPOKO, você mesmo pode visitar www.pepokospiritemple.blogspot.com
Que milagre ter minha ex-esposa e preciso compartilhar esse grande testemunho. Só quero agradecer ao Dr. ODION que lançou um feitiço por ter tempo para me ajudar a lançar a mágica que traz de volta meu ex-amante agora meu amante que de repente perdeu o interesse em mim após seis meses de noivado, mas hoje estamos casados e estamos mais felizes do que nunca, estou com poucas palavras e alegre, e não sei o quanto eu aprecio você Dr ODION conjurador de feitiços que você é Deus enviado para restaurar o relacionamento quebrado, ele gosta muito de ajudar as pessoas a alcançar seus desejos, encontrar o amor verdadeiro, recuperar seus ex-amantes, interromper relacionamentos abusivos, encontrar sucesso, atrair sucesso, encontrar almas gêmeas e muito mais, entre em contato com ele hoje. e deixe que ele lhe mostre as maravilhas e o espanto de seu sistema de feitiços de amor. Ele fornece os melhores resultados em lançamentos de feitiços reais, entre em contato com ele por e-mail; (drodion60@yandex.com) ou você também pode whatsApp ele no +2349060503921. ele também pode ajudá-lo a lançar um poderoso feitiço de amor em seu relacionamento ou casamento.
ResponderExcluirQuero dizer rapidamente ao mundo que existe um lançador de feitiços on-line real, poderoso e genuíno. O nome dele é Dr. ozalogbo. Ele me ajudou recentemente a reunir meu relacionamento com meu marido que me deixou. Quando entrei em contato com o Dr. Ozalogbo, ele lançou um feitiço de amor para mim, e meu marido, que disse que não tem nada a ver comigo, me ligou novamente e começou a me implorar para voltar. ele está de volta agora com tanto amor e carinho. Hoje, fico feliz em informar a todos que esse lançador de feitiços tem o poder de restaurar o relacionamento quebrado. porque agora estou feliz com meu marido. Para quem está lendo este artigo e precisa de ajuda, o Dr. ozalogbo também pode oferecer qualquer tipo de ajuda, como cura de todos os tipos de doenças, processos judiciais, período da gravidez, proteção espiritual e muito mais. Você pode entrar em contato com ele por meio do email ozalogboshrine@gmail.com ou adicioná-lo no whatsapp com o número de telefone +2348162562991
ResponderExcluirQuero dizer rapidamente ao mundo que existe um lançador de feitiços on-line real, poderoso e genuíno. O nome dele é Dr. ozalogbo. Ele me ajudou recentemente a reunir meu relacionamento com meu marido que me deixou. Quando entrei em contato com o Dr. Ozalogbo, ele lançou um feitiço de amor para mim, e meu marido, que disse que não tem nada a ver comigo, me ligou novamente e começou a me implorar para voltar. ele está de volta agora com tanto amor e carinho. Hoje, fico feliz em informar a todos que esse lançador de feitiços tem o poder de restaurar o relacionamento quebrado. porque agora estou feliz com meu marido. Para quem está lendo este artigo e precisa de ajuda, o Dr. ozalogbo também pode oferecer qualquer tipo de ajuda, como cura de todos os tipos de doenças, processos judiciais, período da gravidez, proteção espiritual e muito mais. Você pode entrar em contato com ele por meio do email ozalogboshrine@gmail.com ou adicioná-lo no whatsapp com o número de telefone +2348162562991
ResponderExcluirEi, estou tão animado que meu casamento desfeito foi restaurado e meu marido voltou depois que ele deixou eu e nossos dois filhos por outra mulher. Depois de quatro anos de casamento, eu e meu marido tivemos uma briga ou outra até que ele finalmente me deixou e se mudou para a Califórnia para ficar com outra mulher. senti que minha vida havia terminado e meus filhos pensaram que nunca mais veriam o pai. Eu tentei ser forte apenas para as crianças, mas eu não conseguia controlar as dores que atormentam meu coração, meu coração estava cheio de tristezas e dores, porque eu estava realmente apaixonada por meu marido. Todos os dias e noites penso nele e sempre desejava que ele voltasse para mim. Fiquei muito chateado e precisava de ajuda. Por isso, procurei ajuda on-line e me deparei com um site que sugeria que o Dr. IYAYA pudesse ajudar a voltar rapidamente . Então, eu senti que deveria experimentá-lo. Entrei em contato com ele e ele me disse o que fazer e, então, ele fez um (feitiço de amor) por mim. 28 horas depois, meu marido realmente me ligou e me disse que sentia muita falta de mim e das crianças, tão incrível! Foi assim que ele voltou no mesmo dia, com muito amor e alegria, e pediu desculpas por seu erro e pela dor que causou a mim e às crianças. Então, a partir daquele dia, nosso casamento ficou mais forte do que era antes, tudo graças ao Dr. IYAYA. ele é tão poderoso e eu decidi compartilhar minha história na internet que o Dr. Mohammed real e poderoso lançador de feitiços, que eu sempre rezarei para viver muito tempo para ajudar seus filhos em tempos de problemas, se você estiver aqui e precisar do seu ex-costas ou seu marido se mudou para outra mulher, não chore mais, entre em contato com este poderoso lançador de feitiços agora. Aqui está o contato dele: envie um e-mail para: Doctoriyaya@gmail.com, você também pode ligar para ele ou adicioná-lo no Whats-app: +2347032756397. Visite o site, link ??
ResponderExcluirhttps://dr-iyaya-herbal-remedy.webnode.com
////////////
Eu sempre serei grato ao grande Doutor Michael por consertar meu casamento desfeito depois que meu amante me deixou por seis meses como amante dele. Eu nunca acreditei em feitiços até meu amigo me apresentar a ele. No começo, eu era cético em relação a ele porque ouvia muito sobre lançadores de feitiços falsos, mas deixei minhas dúvidas para trás porque estava desesperado para recuperar meu amante e o fiz de acordo com o que ele me instruiu a fazer. Agora, meu amante está de volta apenas 48 horas depois de entrar em contato com ele. Estou vivendo feliz com meu amante novamente após 6 meses de divórcio e não vou descansar até que ele seja conhecido em todo o mundo. Ele também é especialista em feitiços de dinheiro, loterias, feitiços de doença E.T.C. Conecte-se com o Doutor Michael agora, o email dele é drmichaelspellcaster @ gmail. com ou WhatsApp no +2348139206346
ResponderExcluirQuero dizer rapidamente ao mundo que existe um lançador de feitiços on-line real, poderoso e genuíno. O nome dele é Dr. ozalogbo. Ele me ajudou recentemente a reunir meu relacionamento com meu marido que me deixou. Quando entrei em contato com o Dr. Ozalogbo, ele lançou um feitiço de amor para mim, e meu marido, que disse que não tem nada a ver comigo, me ligou novamente e começou a me implorar para voltar. ele está de volta agora com tanto amor e carinho. Hoje, fico feliz em informar a todos que esse lançador de feitiços tem o poder de restaurar o relacionamento quebrado. porque agora estou feliz com meu marido. Para quem está lendo este artigo e precisa de ajuda, o Dr. ozalogbo também pode oferecer qualquer tipo de ajuda, como cura de todos os tipos de doenças, processos judiciais, período da gravidez, proteção espiritual e muito mais. Você pode entrar em contato com ele por meio do email ozalogboshrine@gmail.com ou adicioná-lo no whatsapp com o número de telefone +2348162562991
ResponderExcluirQuero dizer rapidamente ao mundo que existe um lançador de feitiços on-line real, poderoso e genuíno. O nome dele é Dr. ozalogbo. Ele me ajudou recentemente a reunir meu relacionamento com meu marido que me deixou. Quando entrei em contato com o Dr. Ozalogbo, ele lançou um feitiço de amor para mim, e meu marido, que disse que não tem nada a ver comigo, me ligou novamente e começou a me implorar para voltar. ele está de volta agora com tanto amor e carinho. Hoje, fico feliz em informar a todos que esse lançador de feitiços tem o poder de restaurar o relacionamento quebrado. porque agora estou feliz com meu marido. Para quem está lendo este artigo e precisa de ajuda, o Dr. ozalogbo também pode oferecer qualquer tipo de ajuda, como cura de todos os tipos de doenças, processos judiciais, período da gravidez, proteção espiritual e muito mais. Você pode entrar em contato com ele por meio do email ozalogboshrine@gmail.com ou adicioná-lo no whatsapp com o número de telefone +2348162562991
ResponderExcluirMy husband, who walked away from me three years ago, started calling me and wanted us to come back, and I knew it was Dr. ADELEKE's help that made my husband come to terms with me. When he came back, he was all over me kissing and rubbing me, saying how much he missed me and loves me, Dr. ADELEKE is spectacular at repairing the relationship! Your job is wonderful, I highly recommend this service to those who face difficulties trying to restore the relationship. He's really the guy. you can contact Dr. ADELEKE via Whatsapp +27740386124 and send an email to him aoba5019@gmail.com for help
ResponderExcluirMy husband, who walked away from me three years ago, started calling me and wanted us to come back, and I knew it was Dr. ADELEKE's help that made my husband come to terms with me. When he came back, he was all over me kissing and rubbing me, saying how much he missed me and loves me, Dr. ADELEKE is spectacular at repairing the relationship! Your job is wonderful, I highly recommend this service to those who face difficulties trying to restore the relationship. He's really the guy. you can contact Dr. ADELEKE via Whatsapp +27740386124 and send an email to him aoba5019@gmail.com for help
ResponderExcluirQuando encontrei BABA ADELEKE, eu precisava desesperadamente trazer de volta meu ex-amante. Ele me deixou por outra mulher. Aconteceu tão rápido e eu não tive nenhuma opinião sobre a situação. Ele só me largou depois de 3 anos sem nenhuma explicação. Entro em contato com BABA ADELEKE e ele me disse o que preciso fazer antes que ele pudesse me ajudar e fiz o que ele me disse, depois de fornecer o que queria, lançou um feitiço de amor para nos ajudar a voltar a ficar juntos. Logo depois que ele fez seu feitiço, meu namorado começou a me enviar mensagens de texto novamente e me senti horrível pelo que ele acabou de me fazer passar. Ele disse que eu era a pessoa mais importante em sua vida e ele sabe disso agora. Nós nos mudamos juntos e ele estava mais aberto para mim do que antes e ele começou a passar mais tempo comigo do que antes. Desde que BABA ADELEKE me ajudou, meu parceiro é muito estável, fiel e mais próximo de mim do que antes. Eu recomendo BABA ADELEKE a quem precisar de ajuda. E-mail: aoba5019@gmail.com. Ligue para ele ou adicione-o no whatsapp via: +27740386124
ResponderExcluirEstou compartilhando esse testemunho com parceiros que sofrem em seus relacionamentos porque há uma solução duradoura.
ResponderExcluirMeu marido deixou eu e nossos 2 filhos para outra mulher por 3 anos. Tentei ser forte apenas para os meus filhos, mas não conseguia controlar as dores que atormentam meu coração. Fiquei magoado e confuso. Eu precisava de ajuda, então fiz uma pesquisa na internet e me deparei com um site onde vi que o Dr. Adeleke, um conjurador, pode ajudar a recuperar os amantes. Entrei em contato com ele e ele fez uma oração especial e feitiços para mim. Para minha surpresa, depois de alguns dias, meu marido voltou para casa. Foi assim que nos reunimos novamente e havia muito amor, alegria e paz na família.
Você também pode entrar em contato com o Dr. Adeleke, um poderoso lançador de feitiços para soluções em seu e-mail de contato: aoba5019@gmail.com. Ligue para ele ou adicione-o no whatsapp via: +27740386124
Estou compartilhando esse testemunho com parceiros que sofrem em seus relacionamentos porque há uma solução duradoura.
ResponderExcluirMeu marido deixou eu e nossos 2 filhos para outra mulher por 3 anos. Tentei ser forte apenas para os meus filhos, mas não conseguia controlar as dores que atormentam meu coração. Fiquei magoado e confuso. Eu precisava de ajuda, então fiz uma pesquisa na internet e me deparei com um site onde vi que o Dr. Adeleke, um conjurador, pode ajudar a recuperar os amantes. Entrei em contato com ele e ele fez uma oração especial e feitiços para mim. Para minha surpresa, depois de alguns dias, meu marido voltou para casa. Foi assim que nos reunimos novamente e havia muito amor, alegria e paz na família.
Você também pode entrar em contato com o Dr. Adeleke, um poderoso lançador de feitiços para soluções em seu e-mail de contato: aoba5019@gmail.com. Ligue para ele ou adicione-o no whatsapp via: +27740386124
Sempre serei grato ao grande Doutor ODION por consertar meu casamento desfeito depois que meu marido me deixou por seis meses como amante. Eu nunca acreditei em feitiços até meu amigo me apresentar a ele. No começo, eu era cético em relação a ele porque ouvi muito sobre lançadores de feitiços falsos, mas deixei minhas dúvidas para trás porque estava desesperado para recuperar meu marido e o fiz de acordo com o que ele me instruiu a fazer. Agora meu marido está de volta apenas 48 horas depois de entrar em contato com ele. Estou vivendo feliz com meu marido novamente após 6 meses de divórcio e não vou descansar até que ele seja conhecido em todo o mundo. Ele também é especialista em feitiços de dinheiro, loterias, feitiços de doença E.T.C. Conecte-se com o Doutor ODION agora, entre em contato com ele por e-mail; (drodion60@yandex.com) ou você também pode solicitar o aplicativo no +2349060503921.
ResponderExcluirMeu marido e eu somos casados há mais de 10 anos. Nos conhecemos quando eu tinha 18 anos e ele tinha 21 anos. Passamos por muitas emoções juntos. Houve várias brigas ENORME e situações dolorosas em nosso casamento, mas sempre parecemos mais fortes do outro lado. Do nada, meu marido acabou de lançar a conversa sobre divórcio comigo, fiquei totalmente deprimido até encontrar o testemunho de uma mulher testemunhando sobre um lançador de feitiços chamado Dr. Oniha online, e pedi um feitiço de Amor. Você não acredita que meu marido me ligou no momento exato em que o lançador de feitiços terminou seu trabalho em 48 horas. Fiquei totalmente surpreso! Ele é maravilhoso e seus feitiços funcionam tão rápido. Você também pode entrar em contato com ele se estiver tendo problemas com seu casamento ou relacionamento.
ResponderExcluirSite: http://onihaspelltemple.com
E-mail: Onihaspelltemple@gmail.com
Whatsaap +1 (505) 633-6879.
Meu marido e eu somos casados há mais de 10 anos. Nos conhecemos quando eu tinha 18 anos e ele tinha 21 anos. Passamos por muitas emoções juntos. Houve várias brigas ENORME e situações dolorosas em nosso casamento, mas sempre parecemos mais fortes do outro lado. Do nada, meu marido acabou de lançar a conversa sobre divórcio comigo, fiquei totalmente deprimido até encontrar o testemunho de uma mulher testemunhando sobre um lançador de feitiços chamado Dr. Oniha online, e pedi um feitiço de Amor. Você não acredita que meu marido me ligou no momento exato em que o lançador de feitiços terminou seu trabalho em 48 horas. Fiquei totalmente surpreso! Ele é maravilhoso e seus feitiços funcionam tão rápido. Você também pode entrar em contato com ele se estiver tendo problemas com seu casamento ou relacionamento.
ResponderExcluirSite: http://onihaspelltemple.com
E-mail: Onihaspelltemple@gmail.com
Whatsaap +1 (505) 633-6879.
Este é o meu testemunho sobre o maravilhoso trabalho que a Dra. Oniha fez por mim. Meu marido me abandonou e as crianças e foi ficar com outra mulher que ele acabou de conhecer. E a mulher o soletrou para que ele nunca tivesse nada a ver comigo e com meus filhos por isso, meu eu e os filhos estavam sofrendo e foi uma luta e tanto, mas eu decidi fazer todos os meios para fazer Certifique-se de que minha família se reúna como costumava fazer, então eu fiquei on-line lá, vi tantas boas conversas sobre esse lançador de feitiços chamado Dr. Oniha em seu site. Então eu tive que entrar em contato com ele e explicar meu problema para ele e, em apenas 48 horas, como ele havia prometido, meu marido chegou em casa e seu comportamento voltou ao homem com quem me casei. Não posso agradecer a este lançador de feitiços o suficiente pelo que ele fez por mim, sou muito grato e nunca pararei para publicar seu nome na internet pelo bom trabalho que ele fez por mim. Mais uma vez, agradeço ao Dr. Oniha pelo seu excelente trabalho ''. Você também pode resolver seus problemas com a ajuda do Dr. Oniha. contate-o por e-mail
ResponderExcluironihaspelltemple@gmail.com
Whatsapp número +15056336879.
Site www.onihaspelltemple.com
Voltei com meu ex-namorado com a ajuda do Dr.Wealthy, o melhor lançador de feitiços on-line, e eu recomendo o Dr.Wealthy a qualquer pessoa que precise de ajuda. Eu quero testemunhar como eu voltei com meu namorado depois que ele terminou comigo, estamos juntos há 4 anos, recentemente eu descobri que meu namorado estava tendo um caso com outra garota, quando eu o confrontei, isso levou a brigas e ele finalmente terminei comigo, tentei tudo o que pude para recuperá-lo, mas sem sucesso até que vi um post em um fórum de relacionamento sobre um lançador de feitiços que ajuda as pessoas a recuperar seu amor perdido através do feitiço de amor; no começo, duvidava disso. mas decidi tentar, quando entrei em contato com esse lançador de feitiços por e-mail, e ele me disse o que fazer e eu o fiz. Então ele fez um feitiço de amor por mim. 48 horas depois, meu namorado realmente me ligou e me disse que sentia muita falta de mim, tão incrível! Foi assim que ele voltou no mesmo dia, com muito amor e alegria, e pediu desculpas por seu erro e pela dor que me causou. Então, a partir desse dia, nosso relacionamento agora era mais forte do que era antes, tudo graças ao Dr.Wealthy. Ele é tão poderoso e eu decidi compartilhar minha história na Internet que o Dr.Welly, real e poderoso lançador de feitiços, que eu sempre rezarei para viver muito tempo para ajudar seus filhos em tempos de dificuldade, se você estiver aqui e precisar do seu Ex de volta ou seu marido se mudou para outra mulher, não chore mais, entre em contato com este poderoso lançador de feitiços agora. Aqui está o contato: envie um e-mail para: wealthylovespell@gmail.com Você pode escrever o número do WhatsApp OR viber: + 2348105150446, OBRIGADO AO Dr.Wealthy
ResponderExcluirCÓMO OBTENER AYUDA PARA TRATAR CON EL DESPLAZAMIENTO Y EL DIVORCIO ¿QUIERES TU EX-BACK? ¿ESTÁS BUSCANDO UNA RELACIÓN? ¿QUIERES MANTENER TU RELACIÓN HASTA EL FINAL? ¿Vas a atravesar un ataque espiritual? El Dr. ADELEKE es un especialista en hierbas y espiritual curativo del amor, correo electrónico: aoba5019@yahoo.com. llamada o Whatsapp +27740386124?
ResponderExcluirThank you sir for your genuine spells. This is really incredible, and I have never experienced anything like this in my life. Before i met you Sir, i have tried every possible means that i could to get my wife back, but i actually came to realize that nothing was working out for me, and that my wife had developed lot of hatred for me.. I thought there was no hope to reunite with my ex wife and kids. But when i read good reviews about your work sir, i decided to give it a try and i did everything that you instructed me and i Trusted in you and followed your instructions just as you have guaranteed me in 48 hours, and that was exactly when my wife called me.. We are more contented now than ever. Everything looks perfect and so natural! Thank you so much for your authentic and indisputable spells. Thanks Sir for your help. So I promise to tell the world about you great If you need help in your marriage of broken relationship,please contact Dr Osasu right now for urgent help WhatsApp +2347064365391 or Email drosasu25@gmail.com I want every one who is facing any problem should also give a testimony soon. Just like me today
ResponderExcluirHello everyone , I was totally broken when the love of my life left me it was so hard for me and I almost gave up if not for a friend who directed me to a very good and powerful man called Dr Ralph who helped me bring back the love of my life and now he treat me with so much love and care. I don’t know what kind of problem you are passing through but with what he did for me I know he can help you. So try and talk to him on WhatsApp on: +2347037816417 Or email at: Ralphspellsolution@gmail.com. He has a permanent solution to any type of problems such as: Lottery Spell, Love Spell, Power Spell, Psychic reading, Success Spell, Cure of any sickness, Pregnancy Spell, Marriage Spell,Job Spell, Protection Spell,Win court Case Spell, Luck Spell and many more.
ResponderExcluirUm grande agradecimento ao Dr. Oselumen, eu nunca acredito que ainda exista um verdadeiro lançador de feitiços de morte depois de todos esses anos de decepção com os enormes spammers na Internet que andam por aí para enganar as pessoas, até que tive a oportunidade de conhecer o Dr. Oselumen, um verdadeiro lançador de feitiços através de uma amiga próxima chamada Jennifer a quem o Dr. Oselumen havia ajudado antes, quando eu o contatei com seu e-mail via droselumen@gmail.com eu explico como meu ex tem me causado problemas no meu casamento, ele nunca me permitiu um momento de paz, e eu preciso acabar matando ele, e eu não quero fazer uso de assassino porque seria arriscado então eu precisava fazer isso de uma forma espiritual é por isso que decidi contatá-lo, ele me garantiu que não me preocupasse. Entrei em contato com a pessoa certa na hora certa, cooperei com ele e em menos de uma semana meu ex estava morto, ele dormia e nunca acordava tudo graças ao Dr. Oselumen na verdade ele é realmente um homem humilde. você pode contatar dr oselumen para qualquer feitiço de morte, como matar seu superior no escritório e tomar seu lugar, feitiço de morte para matar seu pai e herdar sua riqueza, feitiço de morte para matar qualquer um que te enganou no passado, feitiço para aumento de salários, feitiço para promoção no escritório, feitiço para ter seu ex-amante de volta, se as coisas não estão funcionando bem em sua vida então você precisa contatá-lo agoravia E-mail droselumen@gmail.com ligue ou adicione-o no whatsapp + 2348054265852
ResponderExcluirhttps://sauderiqueza.com.br/aprenda-goetia-na-pratica-do-basico-ao-avancado
ResponderExcluirOlá a todos, sei que há alguém em algum lugar lendo isso, meu nome é Dena Osco, da cidade de Leicester, Reino Unido. Quero compartilhar um ótimo trabalho de um lançador de feitiços chamado Dr. Ibinoba Omion. Meu marido e eu tivemos uma briga que levou ao nosso divórcio, mas quando ele me deixou, uma parte de mim saiu com ele e eu fiquei muito triste e chorei o dia todo e a noite. Eu estava procurando algo online quando vi pessoas testemunhando sobre seu excelente trabalho e resolvi dar uma chance a ele fiz tudo o que me disse para fazer e ele me garantiu que depois de 48 horas meu marido vai voltar para mim, depois de tudo, para minha maior surpresa um carro parou em frente a minha casa e era meu marido eu estou muito feliz até a data. Entre em contato com o Dr. ibinoba hoje porque ele também pode te ajudar com qualquer problema que o desafie .. WhatsApp +2348085240869
ResponderExcluirOlá, todos que ainda se preocupam com seu ex, eu nunca acreditei em
ResponderExcluirfeitiço até conhecer este homem chamado Dr ibinoba, que me ajudou a lançar um feitiço que
trouxe de volta meu ex-amante que me deixou por outra mulher, seus feitiços funcionam
além da minha imaginação e hoje, sou feliz no casamento, tenho dois filhos e estamos muito felizes mais do que nunca,
o que mais eu posso dizer do que agradecer Dr. ibinoba por estar lá para mim, entre em contato
ele hoje e sua vida nunca mais será a mesma,
Email: dromionoba12 @ gmail.com, número do WhatsApp: +2348085240869
Fiquei chorando por 4 semanas porque meu marido disse que queria o divórcio. Fiquei muito confusa e com o coração partido. Até um dia muito bom quando ouvi falar do Dr. Ajayi, li alguns depoimentos em seu site de como ele foi capaz de reconciliar relacionamentos rompidos, então decidi dar uma chance a ele. Entrei em contato com ele e ele me disse coisas que precisavam ser feitas para ele lançar um feitiço, a princípio eu estava pensando se deveria fazer isso, e decidi tentar. Eu fiz o que o Dr. Ajayi, o lançador de feitiços, me disse para fazer, então não até 7 dias de intervalo do nada meu marido que me deixou sem qualquer razão voltou para casa uma noite e estava implorando para me ter de volta, ele até veio com seu irmão e implorou por perdão. Depois de tanta dor que passei, meu marido ainda voltou, estou muito feliz. tudo graças ao Dr. Ajayi, você pode contatá-lo para qualquer tipo de feitiço. Eu acredito que ele vai te ver através de seus problemas de RELACIONAMENTO.
ResponderExcluirEmail: drajayi1990@gmail.com
Viber / Whatsapp: +2347084887094
Este é o meu testemunho sobre o bom trabalho de um homem que me ajudou.
ResponderExcluirbase nos EUA .Minha vida está de volta !!! Após 8 anos de casamento, meu marido
me deixou e me deixou com nossos três filhos. Eu senti que minha vida era sobre
para terminar, e estava desmoronando. Graças a um lançador de feitiços chamado Dr
ibinoba que conheci online. Em um dia fiel, enquanto eu estava navegando
através da internet, eu estava procurando um bom lançador de feitiços que pudesse
resolver meus problemas. Encontrei testemunhos sobre este particular
lançador de feitiço e em outro site. Algumas pessoas testemunharam que ele
trouxe seu ex-amante de volta, alguns testemunharam que ele restaura o útero,
alguns testemunharam que ele pode lançar um feitiço para impedir o divórcio e assim por diante.
Eu vi um testemunho particular, era sobre uma mulher chamada
graça, ela testemunhou sobre como o Dr. ibinba trouxe de volta seu ex-amante em
menos de 48 horas e no final de seu depoimento ela soltou o e-mail dele.
Depois de ler, decidi dar uma chance ao Dr. ibinoba e consegui um perfeito
feitiço feito para mim.
Email: dromionoba12@gmail.com ou WhatsApp: +2348085240869
Este é o meu testemunho sobre o bom trabalho do Dr. ibinoba que me ajudou ...
ResponderExcluirSou Anne Earnis, da Carolina do Norte, EUA. E me desculpe por colocar isso
na net, mas eu terei que, por este melhor lançador de feitiços do mundo que
trouxe de volta meu marido, que me deixou de fora nos últimos 3 anos, eventualmente
conheci este homem em um blog postando por um de seus clientes pedindo ajuda, eu
explicou tudo a ele e ele me contou sobre um lançador de feitiços que
ele tinha ouvido falar e me deu um whatsapp para enviar uma mensagem de texto ao lançador de feitiços
para contar a ele meus problemas. Em apenas 2 dias, meu marido estava de volta para mim. eu
só quero agradecer a este verdadeiro e sincero lançador de feitiços,
Senhor, tudo o que você me disse aconteceu e obrigado, senhor. Por favor eu quero
para dizer a todos que procuram alguma solução para o seu problema, eu
aconselho você a consultar gentilmente este lançador de feitiços, ele é real, ele é
poderoso e tudo o que o lançador de feitiço disser é o que acontecerá,
porque tudo o que o lançador de feitiço me disse aconteceu. Você pode gentilmente
entre em contato com ele em: o endereço de e-mail dele é
dromionoba12@gmail.com ou WhatsApp: +2348085240869