A Roda do Yoga – Os Métodos de Yoga
No decorrer de muitos
séculos, o Yoga foi se remoldando de acordo com a evolução do homem e da
humanidade. Sabemos que a origem do Yoga, advinda da civilização do Indo e do
Saraswati, foi aprimorada pelos sacerdotes antigos, que tinham que se submeter
a uma disciplina mental e física rigorosa para cumprir os rituais com a máxima
perfeição, e que fizeram da meditação, o meio principal para obtenção da
comunicação com o sutil através do caminho da iluminação. Fica claro
percebermos que o Yoga era a ferramenta mais utilizada pelos sacerdotes para se
comunicar com o divino. Logo, o yoga sempre foi utilizado pela classe
brahmanica ou sacerdotal cuja finalidade era acessar o divino e trazer a luz
divina para a matéria, ou se libertar do mundo. Então percebemos um Yoga
claramente espiritual. Desde os tempos remotos onde se utilizava do corpo e da
dança para se ritualizar aos Deuses até os dias de hoje, o Yoga não pode ser
realizado se não tiver completamente objetivado em transcendência e elevação
espiritual. No decorrer de muitos séculos, o Yoga deu origem a um conjunto
imenso de práticas para se conectar com os mais altos planos do universo. O
legado yogue foi passado de mestre á discípulo por transmissão oral. O termo
sânscrito que designa essa transmissão do conhecimento oral, de mestre a discípulo,
é “parampara”. Logo, surgiram numerosas escolas e tradições diferentes dentro
das quais foram ocorrendo novas cisões e reformas. Isso significa que o Yoga
não é, de modo algum, um todo homogêneo. Portanto, quando falamos de Yoga,
estamos falando de uma multiplicidade de caminhos e tendências dotadas de
estruturas teóricas contrastantes e muitas vezes até divergentes, embora todos
sejam práticos meios de libertação. A tradição yogue não deixou jamais de
crescer, adaptando-se a novas condições socioculturais. Isso se evidencia no
Yoga Integral ( Purna Yoga ou Yoga Moderno ) de Sri Aurobindo e a Mãe ( Mirra
Alfasa ) em uma abordagem moderna e singular que se baseia no resgate do yoga
tradicional, porém, não com a intenção de se distanciar do mundo comum e da
sociedade, mas de iluminar-se junto dela e com ela, levando sua luz para toda a
humanidade e seres do Universo.
Para entendermos
melhor tantos estilos de yoga podemos dividir os métodos mais tradicionais em 5.
O Purna Yoga ou Yoga Integral/Moderno assimila elementos de todos eles:
RAJA YOGA =
Relacionado a meditação, contemplação, e práticas de controle mental. É
definido pelo controle da mente. É considerado o mais antigo de todos.
HATHA YOGA =
Associado à técnicas, Asanas, e exercícios de respiração ( Pranayamas ). A meta
principal do Hatha-Yoga é equilibrar o fluxo de prana nas nadis Ida e Pingala,
com o objetivo de alcançar o equilíbrio entre essas duas forças, Sol e Lua, ou
masculino e feminino, assim causando sua união dentro do canal central
conhecido como Sushumna Nadi, promovendo então a união de Shiva com Shakti
(Consciência e Energia). Apresenta técnicas de purificação corporais e
energéticas conhecidas como Sat-Karmas.
JNANA YOGA =
Associado ao estudo das escrituras. A palavra Jnana significa “conhecimento”. É
o caminho da dissolução da mente, a sabedoria associada ao discernimento entre
o Real e o Ilusório. Tem como base a filosofia Vedanta. Existem 6 meios para se
alcançar a emancipação. (1- Discernimento – Viveka , 2- Renúncia – Viraga , 3-
Seis Perfeições – Shat-Sampat , 4- O desejo de libertação – Mumukshutwa , 5-
Ouvir o Mestre – Sravana , 6- Reflexão – Manana.). As 6 Perfeições são: 1-
Shama – Tranqüilidade , 2- Dama – Controle dos Sentidos , 3- Uparati –
Abstração de qualquer distração que interfira na prática , 4- Titiksha –
Capacidade de não se deixar abalar pelo jogo dos opostos , 5- Samadhana –
Concentração Mental nos Objetivos , 6- Shraddha – Fé na Realidade Transcendente.
BAKTI YOGA =
Associado à devoção, aos rituais, ao canto e à oração. No Bhakti-Yoga é a
emoção do ser humano que é purificada e canalizada para promover a conexão com
o divino. A estrutura do Bhakti Yoga é: 1- Sravana – Escutar os nomes de Deus
ou ouvir Deus , 2- Kirtana – Cantar os nomes de Deus , 3- Smarana – Meditar em
Deus , Padasevana – Estar aos pés de Deus , 5- Vandana – Prostrar-se à Deus ,
6- Archana – Executar os ritos devocionais , 7- Dasya – Devocionar Deus , 8-
Sakhya – Cultivar amizade com Deus , 9- Atmanivedana – Completa entrega à Deus.
Lembrando que o Yoga é baseado em espiritualidade e não em religião.
KARMA YOGA =
Associado a atitude desinteressada na ação e aos valores humanos. O texto mais
importante deste caminho está no Bhagavad Gita que nos conta sobre a ação de
Arjuna no mundo sem se deixar abater pela mente. É a perfeição na ação como
missão para desenvolvermos nosso caminho na vida. A ação pode melhorar a
qualidade do nosso ser e do nosso destino, e é essa a ideia que está por trás
da filosofia do Karma Yoga. Também considera os efeitos positivos ou negativos
da inação.
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Que são:
Samadhi Pada – Capítulo sobre a Iluminação (51 aforismos)
Saddhana Pada – Capítulo sobre a prática (55 aforismos)
Vibhuti Pada – Capítulo sobre os poderes (56 aforismos)
Kaivalya Pada – Capítulo sobre a libertação (34 aforismos)
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Os 8 (Angas) Passos de Patânjali (Idealizador do Yoga Clássico) - Ashtanga Yoga =
1-Yama (5 Observâncias éticas: Ahimsa = não-violência ; Satya = não mentir, ser verdadeiro ; Asteya = não roubar ; Brahmachary = controle dos sentidos ; Aparigraha = não cobiçar, desapego )
2-Niyama (5 Observâncias morais: Sauchan = limpeza ; Santocha = contentamento, alegria ; Tapas = auto-superação ; Swadhyaya = auto-estudo ; Ishwara Pranidhana = fé, entrega ao senhor)
3-Asana (Posturas corporais firmes e confortáveis.)
4-Pranayama (Técnicas de controle do prana.)
5-Pratyahara (Abstração dos sentidos.)
6-Dharana (Concentração.)
7-Dhyana (Meditação.)
8-Samadhi (Hiperconsciência, Iluminação.)
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A Lenda de Patanjali:
Patanjali nasce em
Bharata Varsha (Índia) aproximadamente no ano 250 a.C. Antes de nascer na
terra, Patanjali era Adisesha ou Ananta, a serpente de Vishnu que por ele foi
premiada com uma reencarnação humana. Um dia, Vishnu estava sentado observando
a dança de Shiva Nataraja, o pai do Yoga, e ficou extasiado. Vendo-o tão
vibrante perante a dança do rei dos yoguis, Adisesha que o segurava,
perguntou-lhe o que se passava com ele, ao que Vishnu respondeu que a dança de
Shiva o tinha feito vibrar até o infinito, atingindo assim um Samadhi. A grande
serpente Adisesha perante isto quis encarnar como homem para poder aprender a
dança cósmica/yoga. Vishnu e Shiva premiaram-no fazendo com que encarnasse.
A mãe de Patanjali,
historicamente é Gonika; era uma yoguini devota do antigo yoga tântrico, que
desejava ter um filho yogui. Todos os dias executava o sagrado Surya Namascar,
solicitando ao deus Surya que a abençoasse com um filho yogui. Escutando este
pedido, Surya aceitou e nesse momento Ananta pode encarnar em sua futura mãe
Gonika, que lhe deu o nome de Patanjali. Gonika, por sua vez, era a encarnação
de Sati (Parvati), esposa de Shiva, a qual foi abençoada em seu próprio ventre.
Pat significa “caído
de céu” e Anjali descreve uma posição de oração, súplica ou de prece feita com
as palmas das mãos unidas em frente ao peito. A lenda conta que, na primeira
noite de fevereiro, Angiras, o seu pai, visitou Gonika e juntos conceberam
Patanjali, que em seguida se manifestou à sua mãe, como um rio em forma de
serpente.
Patanjali viveu como
yogui aprendendo os ensinamentos da sua época, tendo como mestre Hiranyagarbha.
Também teria tido uma vida social normal, contraiu matrimônio com Lolupa, sua
única esposa, teve um filho, Nagaputra, que segundo a tradição Naga se
converteu no seu sucessor, que por sua vez foi mestre de Nagaranda e que
ensinou o Yoga em Nagaland. Outro discípulo de Patanjali e Nagaputra foi o
lendário Dattatreya, guru de Samkriti, que escreveram os tratados do Yoga
Darshana.
Hiranyagarba era pai
de Gonika, avô de Patanjali. Uru e Agneyi foram os pais de Angiras e avós
paternos de Patanjali. Hiranyagarga era uma manifestação de Brahma e Agney era
filha de Agni segundo a tradição Naga.
Existe outro
Patanjali que nasceu em Gonardam Kashmir, que foi gramático e que
frequentemente é confundido com Patanjali, fundador do Yoga.
Porém, não há nada
que possamos afirmar certamente acerca de Patanjali. É razoável suopor que ele
tenha sido uma grande autoridade em Yoga e muito provavelmente o representante
de uma escola na qual o estudo era visto como um aspecto importante da prática
espiritual. Parece não ter sido um criador, mas um compilador e um
sistematizador do Yoga antigo. É possível ainda que tenha escrito outras obras
(além do Yoga Sutra), mas que infelizmente não chegaram a nós.
Patanjali deu à
tradição yogue a sua forma clássica, e é por isso que sua escola ficou
conhecida como o Yoga Clássico. Sua composição é, em princípio, um sistema
sistemático que cuida de definir os elementos mais importantes da teoria e da
prática do Yoga.
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ASANAS
Os nomes dos Asanas (posturas corporais, que devem ser “firmes
e confortáveis”) podem variar bastante. Cada postura também admite muitas
variações. Os Asanas devem levar à meditação, ao auto-estudo, e a transcendência, e não simplesmente
funcionarem como uma forma corporal plástica.
Algumas definições:
Ardasanas: Meias-Posturas/Variações
Vartenasanas = Posturas com giros nas articulações
Mukhasanas = Posturas com o rosto
Paniasanas = Posturas de apoios das mãos
Mukhasanas = Posturas com o rosto
Paniasanas = Posturas de apoios das mãos
Hastinasana =
Movimento de descontração / Orelhas de elefante
Swara Yoga =
Movimento e respiração
Yoga Nidra = Relaxamento e projeção mental
Mudrás = Selos feitos com as mãos
Yoga Nidra = Relaxamento e projeção mental
Mudrás = Selos feitos com as mãos
Mantras = Cânticos de invocação e adoração aos Devas, sintonizam com as energias divinas
Yantras = Símbolos para contemplação e sintonização com o divino
Sat Karmas = Técnicas de purificação
Sat Karmas = Técnicas de purificação
Abaixo alguns
exemplos de Asanas =
Sequência de Asanas: Suryanamascar
= Saudação ao Sol
Sequência de Asanas: Chandranamascar
= Saudação à Lua
Tadasana =
Postura da Montanha
Utkatasana = Postura
do Poder
Shiva Natarajasana
= Postura do Dançarino Cósmico
Natarajasana = Postura
do Dançarino
Pakshasana = Postura
da Asa de Pássaro
Virabhadrasana = Postura
do Guerreiro/Herói
Parshwottanasana
= Postura de Flexão Intensa
Garudasana = Postura
da Águia
Postura da Estrela
Prasarita
Padottanasana
Trikonasana = Postura
do Triângulo
Vrikshasana = Postura
da Árvore
Suryasana = Postura
do Sol
Padahastasana = Postura
das Mãos nos Pés
Chandrasana = Postura
da Lua
Parighasana = Postura
do Obstáculo
Swanasana =
Postura do Cachorro
Ardho Mukha Swanasana
= Postura do Cachorro Olhando Para Baixo/Espreguiçando
Postura da Aranha
Postura do Sapo
Bidalasana = Postura
do Gato
Bahupadasana = Postura
Sobre o Ombro
Vayutikasana = Postura
do Vento
Kakasana = Postura
do Corvo
Postura do Rato
Kapodasana = Postura
do Pombo
Purvottanasana = Postura
da Meia-Ponte
Vrishabasana = Postura
do Tigre
Chakrasana = Postura
da Roda
Khumbakasana = Postura
da Prancha
Setu Bandha
Sarvangasana = Postura Meio-Invertida dos 7 Apoios
Mayurasana = Postura
do Pavão
Prasaranasana = Postura
de Extenção
Dhanurasana = Postura
do Arco
Hanumanasana = Postura
do Deus Hanuman
Upavishta Konasana
= Postura do Grande ângulo
Vrishkasana = Postura
do Escorpião
Postura do Leão
Ushtrasana = Postura
do Camelo
Postura do Caracol
Shalabasana = Postura
do Gafanhoto
Sukhasana = Postura
Fácil
Siddhasana = Postura
Perfeita
Padmasana = Postura
da Lótus
Gomukasana = Postura
da Cara de Vaca
Vajrasana = Postura
do Diamante
Brahmarasana = Postura
da Abelha
Dandasana = Postura
do Bastão
Pachmottanasana =
Postura da Pinça
Vakrasana = Postura
da Torção
Matsyendrasana = Postura
do Mestre Matsyendranath
Balasana = Postura
da Criança
Ananda Balasana =
Postura da Criança Feliz
Navasana =
Postura do Barco
Halasana = Postura
do Arado
Sarvangasana = Postura
Invertida Sobre o Ombro
Sushumnasana = Postura
da Subida de Energia
Apanasana = Postura
de Relaxamento
Sirshasana = Postura
Invertida Sobre a Cabeça
Bhujangasana = Postura
da Cobra
Sarpasana = Postura
da Serpente
Dolasana = Postura
do Balanço
Postura da Folha
Anantasana = Postura
do Dragão
Jathara
Parivarthanasana = Postura de Torção do Quadril
Matsyasana = Postura
do Peixe
Samasana = Postura
de Entrega
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3 Manifestações de Energia (Gunas):
Tamas (Inerte, estagnada)
Rajas (Rápida, em movimento)
Satua (Energia pura, consciente)
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3 Shariras:
Sthula Sharira (Corpo Grosseiro, corpo físico denso, matéria, ossos, músculos, tecidos, células, cinco elementos, alimentos.)
Sukshma Sharira (Corpo sutil, corpo energético, pensamentos, conhecimento, percepção, prana.)
Karana Sharira (Corpo causal, morada da espiritualidade, alma individual [Átman], real natureza dos seres [Sat Chit Ananda], consciência, bem-aventurança.)
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Os 5 Koshas:
Escrituras indianas milenares descrevem o corpo do ser humano divido em 5 camadas, ou Koshas.
Annamayakosha (o corpo denso da matéria)
Pranamayakosha (o corpo por onde fluem os canais de energia (Prana), ou Nadís.
Manomayakosha (o corpo mental)
Vijnanamaya Kosha (o corpo do conhecimento)
Anandamayakosha (o corpo da bem-aventurança)
Os Vedas dizem que existem mais de setenta e duas mil Nadís, ou canais por onde fluem o Prana, no ser humano. Existem sete principais pontos em que as Nadís se encontram, chamados de Chakras.
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As Nadís
Canais por onde flui Prana (bioenergia), no corpo. Escrituras sagradas do Yoga sugerem que o corpo humano é composto por cerca de 72 mil Nadis, ou canais energéticos. As 14 principais Nadís são:
Centrais: Sushumna (da base da coluna até o topo da cabeça) e Alambusha (da base da coluna até o ânus)
Do lado direito: Píngala (faz par com Ida que fica no lado esquerdo); Payasvini (faz par com Shankhini que fica do lado esquerdo); Pusha (faz par com Gandhari que fica do lado esquerdo); Yashasvati (faz par com Hastijihwa que fica do lado esquerdo); Kuhu; Varuna
Do lado esquerdo: Ida (faz par com Píngala que fica do lado direito); Shankhini (faz par com Payasvini que fica do lado direito); Gandhari (faz par com Pusha que fica do lado direito); Hastijihwa (faz par com Yashasvati que fica do lado direito); Saraswati; Vishwodhara
Funções:
Sushumna: Principal canal do corpo energético, onde canaliza toda a energia das Nadís. Local onde os Chakras estão distribuídos. Rege o sistema nervoso. Tem três camadas internas de vibração mais elevada. São, em ordem de elevação vibracional: Vajra, Chitrini e Brahmarandra (a mais elevada).
Alambusha: Controla a atividade de eliminação.
Píngala e Ida: Conduzem o prana para dentro e fora das passagens nasais; regulam a energia de todo o corpo e o sentido do olfato.
Payasvini e Shankhini: Controlam os ouvidos e o sentido da audição.
Pusha e Gandhari: Controlam os olhos e o sentido da visão.
Yashasvati e Hastijihwa: Controlam a atividade motora.
Saraswati: Controla a língua e o sentido do paladar.
Kuhu: Controla os sistemas reprodutores e urinário.
Vishwodhara: Controla o sistema digestivo;
Varuna: Controla a respiração, circulação e o sentido do tato.
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Os Chakras:
Os Chakras:
Os Chakras se
distribuem através de uma Nadí central, chamada Sushumna, localizada da base da
coluna até o topo da cabeça.
Muladhara Chakra: O chakra mais inferior nos seres humanos. É o ligado ao mundo material, existência densa, rege os instintos, a luta pela sobrevivência. É o Chakra mais elevado dos outros animais terrestres. / Sua Cor é o Vermelho. / Seu Elemento é Terra. Muladhara significa “Fundação”, “Raiz”, “suporte”, “Sustentação” / Localização: Pléxo Pélvico, região entre o ânus e os genitais. As três primeiras vértebras base da espinha dorsal. / Grande ativação do 1° aos 7 primeiros anos de vida. / Seu Orgão do Sentido é o Nariz. Seu sentido é o Olfato. / Seu Orgão Motor é o Ânus. / Seu Planeta Regente é Marte (solar, masculino). / Seu Animal é o Elefante. / Seu Som é LAM / A energia em potencial Kundaliní se assenta adormecida 3 voltas e meia ao redor do Muladhara Chakra.
Swadhistana
Chakra: Representa o
dualismo, as polaridades, as emoções, os desejos e a energia sensual. Rege a
reprodução e a criatividade. Representa a fluidez, a alegria, o berço da vida,
o sabor e a beleza. Rege as glândulas sexuais. / Sua Cor é o Laranja. / Seu Elemento
é Água. / Swadhistana significa “Assento do Eu”, “Lugar-Morada do Ser” /
Localização: Plexo Hipogástrico ; genitais. / Grande ativação dos 8 aos 14 anos
de vida. / Seu Orgão do Sentido é a Língua. Seu Sentido é o Paladar. / Seu
Orgão Motor são os Genitais. / Seu Planeta Regente é Mercúrio (lunar, feminino)
/ Seu Animal é o Crocodilo. / Seu Som é VAM
Manipura
Chakra: Representa o poder, a
vitalidade, o ego, a noção de eu, a coragem, a segurança, o controle, o brilho,
a auto-estima, a auto-confiança, a agressividade e emoções. Representa a
vaidade, o orgulho e a inteligência. Rege os órgãos de ação, como as mãos, os
braços, as pernas e os pés. / Manipura significa “Cidade das Jóias” / Sua Cor é
o Amarelo. / Seu Elemento é Fogo. / Localização: Plexo Solar ; Plexo
Epigástrico ; Umbigo / Grande ativação dos 15 ao 21 anos de vida. / Seu Orgão
do Sentido são os Olhos. Seu Sentido é a Visão. / Seu Orgão Motor são os Pés e
Pernas. / Seu Planeta Regente é o Sol (solar, masculino) / Seu Animal é o
Carneiro e o Leão. / Sua glândula é o pâncreas. / Seu Som é RAM
Anahata Chakra: Representa a compaixão, o sentimento, a
consciência, a compreensão, a amorosidade, a satisfação e a empatia. Também
representa o ódio, e o repelir o outro. Representa a depressão, a tristeza, a
confusão sentimental, instabilidade emocional, imaturidade nos relacionamentos.
Representa a união, a coletividade, a noção de “nós”. Rege o coração. Rege a
glândula timo. / Anahata significa “Intocado”, “Som Não-Produzido” ou “Som
Místico” / Plexo Cardíaco ; Timo / Grande ativação dos 22 aos 28 anos de vida.
/ Sua Cor é o Verde. / Seu Elemento é o Ar. / Seu Orgão do Sentido é a Pele.
Seu Sentido é o Tato. / Seu Orgão Motor são as Mãos. / Seu Planeta Regente é
Vênus (lunar, feminino) / Seu Animal é o Servo. / Seu Som é YAM
Vishuda Chakra: Representa a expressão, a
criatividade a comunicação, o conhecimento, a libertação, a auto-aceitação, a
auto-compreensão e o controle sobre os sentidos. Rege o cantar, as cordas
vocais e a glândula tireóide. / Vishuda significa “Muito Puro”, “Pureza” ou
“Perfeitamente Purificado” / Localização: Plexo da Carótida ; Garganta / Grande
ativação dos 29 aos 35 anos de vida. / Sua Cor é o Azul Claro ou o Púrpura
Acinzentado. / Seu Elemento é Akasha, ou Éter. / Seu Orgão do Sentido são os
Ouvidos. Seu Sentido é a Audição. / Seu Planeta Regente é Júpiter. / Seu Animal
é o Gamo ou Antílope Negro ou o Elefante Mitológico / Seu som é HAM.
Ajna Chakra: Representa a percepção infinita, o
terceiro olho e a imaginação. Representa a intuição, a sabedoria, a conexão
espiritual, expansão. Rege os poderes da mente, e o ler do ritmo universal.
Possibilita perceber a sincronicidade. Rege a percepção de integração da vida e
o uso sensato da mediunidade. / Ajna significa “Autoridade”, “Comando”, “Poder
Ilimitado” / Localização: Plexo da Medula ; Plexo Pienal ; Ponto entre as
sobrancelhas. / Grande ativação dos 36 aos 42 anos de vida. / Sua glândula é a
Pineal. / Sua Cor é o Azul Índico. Azulado-luminescente-transparente ou Branco
Cânfora. / Seu Elemento é Maha Tattva , a Vibração ou o Éter. / Seu Planeta
Regente é Saturno. / Seu som é OM.
Sahashara
Chakra: É o Chakra que
conecta com o divino. O mais elevado dos seres-humanos. Ao despertar, a
serpente Shakti Kundaliní ascende em direção de Sahashara onde se encontra com
o seu parceiro Shiva. / É um rumo ao Samadhi (Iluminação). / Sahashara
significa “De Mil Pétalas”. Também chamado de Chakra Shunya (Vázio, Vácuo) e
Chakra Niralambapuri (Moradia Sem Apoio). / Localização: Topo craniano. Plexo
Cerebral. / Grande ativação dos 43 aos 49 anos de vida. / Seu Planeta Regente é
Ketu. / Seu Som é Sham ou o Silêncio.
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Os 5 Prana-Vayus
São inteligências que regulam todas as funções corporais, e são transformados em várias forças no corpo. Estão envolvidos em processos que garantem a correta eliminação das coisas de que não precisamos mais. Cada um governa funções vitais no corpo. Existe relação direta entre bloqueios nos vayus e doenças físicas.
1. Prana Vayu : é a forma do prana em nosso organismo responsável pela inalação, o movimento da mente, pensamentos, sentimentos, emoções e percepção. Tem o movimento para dentro, introspectivo. Coordena os sentidos, a coerência de pensamento a atenção e é a estrada de conhecimento a nível superior do Eu. Quando praticamos pranayama(exercícios respiratórios) estamos praticando o controle de prana que gera a capacidade de desconectar a mente e os sentidos levando à introspecção. Estando em desequilíbrio leva à sinais como sinusite, desordens respiratórias, medo, raiva, asma, enxaquecas, fadiga e doenças nervosas como Parkinson e epilepsia.
2. Udana Vayu : Movimenta o prana para cima e para fora. Esta energia é responsável pela exalação e faz a manutenção da saúde e vivacidade da pele e da compleição e está relacionado com a tireóide e o quinto chakra(vishuddha), ligados a nossa expressão tanto verbal quanto existencial. Problemas com Udana geram desequilíbrios ligados também a tireóide e a expressão, assim como bloqueio, sobreatividade ou infra-atividade da circulação energética no chakra vishuddha. Um ótimo tratamento para os desequilíbrios de Udana é cantar.
3. Samana Vayu : Pode ser encontrado no intestino delgado, e é considerado a inteligência que controla tudo na digestão, a inteligência do intestino em separar o que é alimento e o que será excretado pelo organismo. Em nível sutil samana, que também significa equilíbrio, tem a função de converter o Não-Eu no Eu e faz a conexão entre a parte superior e inferior do ser-humano ou corpo ou espírito. É responsável pela sensação de fome e está intimamente conectado com agni (fogo digestivo), pois estimula a secreção do suco e enzimas digestivas, assim como excreção da bile. O desequilíbrio de samana provoca perda de apetite, indigestão, gases, assimilação inadequada de nutrientes e alteração no peristaltismo.
4. Vyana Vayu : É a forma de Vata que dispersa o ar, encontra-se no coração, no sistema circulatório e governa a contração e dilatação dos vasos sanguíneos. Como espalha e controla a energia que circula no corpo, Vyana comanda também a nutrição. Relaciona-se com a capacidade de andar e se movimentar do corpo e sai pela palma dos pés e das mãos. Varizes, estagnação de sangue, circulação lenta, pernas inquietas, extremidades frias e edema são alguns desequilíbrios deste sub-dosha.
5. Apana Vayu : Tem movimento para baixo e controla todo o processo de excreção de urina, fezes e menstruação pelo corpo. Encontra-se nos testículos, próstata e uretra no homem, no útero e vagina na mulher e principalmente no intestino grosso. Regula a função renal, a ovulação e movimento dos espermatozoides sendo relacionado com fecundação. Está ainda nos movimentos do nervo ciático na parte mais inferior do corpo. Em desequilíbrio desenvolve problemas no trato urinário e genital como retenção de urina, dor e dificuldade em menstruar, dor durante ato sexual, ejaculação precoce e orgasmo prematuro. Apana, é a força que é responsável também pelo nascimento, coordenando todo o processo do parto e a absorção de minerais pelo cólon (relação também com os ossos e a osteoporose).
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Os 9 Bandhas
Bandhas são chaves, pressões ou compressões de órgãos, plexos, glândulas ou regiões gerais do corpo.
1. Mula Bandha - Ânus
2. Aswini Bandha - Uretra
3. Uddhyana Bandhas - Diafragma
4. Jalandhara Bandha – Glote
5. Jihva Bandha – Língua-pineal
6. Sarva Mukha Bandha – Lábios
7. Ida Bandha (Vama Bandha) – Narina Esquerda
8. Píngala Bandha (Daktina Bandha) – Narina Direita
9. Traya Bandha - Contração Tríplice
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Os 7 Dhatus:
Rasa = Plasma
Rakta = Sangue
Mamsa = Tecido muscular
Meda = Tecido adiposo
Asthi = Tecido Ósseo
Majja = Tecido Nervoso
Shukkra = Tecido reprodutivo
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Madhyama pranayama : Respiração intercostal, ou média.
Uttama pranayama : Respiração alta, ou toráxica.
Lombar : Respiração ocasionada quando o abdome encontra resistência em sua expansão e quem se movimenta é a parte oposta, ou lombar.
Diafragmática : Respiração cujo objetivo é movimentar o músculo diafragma onde estão contidas profundas memórias emocionais.
Dorsal : Respiração ocasionada quando a região peitoral encontra resistência, então quem se movimenta é a região oposta, ou dorsal.
Clavicular : Respiração terapêutica. Não deve ser ensinada em sala de aula, pois induz a estados de instabilidade emocional e até a estados de regressão.
Profunda : Respiração acompanhada de profundo suspiro onde toda a capacidade de ar é administrada. Neste estado há desbloqueios energéticos e emocionais profundos.
Completa : Respiração que engloba os 3 estágios principais da respiração: baixa, média e alta. Proporcionando total capacidade pulmonar e prânica no corpo humano.
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SUKHA PRANAYAMA :
Efeitos: Relaxamento físico e mental, redução do stress.
a) Deite-se em decúbito dorsal e descontraia todo o corpo;
b) Flexione os joelhos deixando as plantas dos pés no chão e afastados um do outro cerca de dois palmos, os joelhos ficam juntos se apoiando mutuamente para não cansar;
c) Ponha as mãos sobre o ventre;
d) Inspire profundamente e retenha a respiração sem fazer força e;
e) Expire no dobro do tempo de inspiração;
f) Terminando de expirar comece tudo outra vez.
Tempo: Entre cinco e quinze minutos.
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ADHAMA PRANAYAMA :
Respiração abdominal. No adhama pranayama a expiração é naturalmente mais longa, e isso produz uma ação sedativa sobre o sistema nervoso alterando o metabolismo via estímulo vagatônico, fazendo os batimentos cardíacos diminuírem seu ritmo e velocidade, diminuindo a pressão sanguínea, relaxando a musculatura do corpo todo. Isso influencia as percepções transmitindo autocontrole, auto-percepção e estabilidade emocional. É um bom exercício para pessoas hiper-ativas, tensas e preocupadas (ciclos de ansiedade).
Efeitos: A respiração abdominal aumenta a oxigenação sanguínea, reduz a circunferência abdominal, massageia vísceras e relaxa órgãos internos.
a) Inspire permitindo um movimento abdominal/ventral para fora;
b) Retenha o ar por alguns segundos.
c) Expire retraindo o abdômen, procurando esvaziar o máximo possível lentamente.
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MAHA PRANAYAMA (PRANA KRIYA) :
Respiração completa. Utiliza os 3 maiores potenciais respiratórios do corpo humano. Exercita todos os músculos, cartilagens e articulações do aparelho respiratório, assim como, atua eficazmente sobre o sistema circulatório, aparelho digestório, sistema nervoso e glandular. Com o tempo desenvolve o hábito de respirar de modo profundo, completo e espontâneo naturalmente. Boa parte dos outros exercícios respiratórios dependem desse para que possam ser feitos corretamente. Você pode contar os segundos enquanto faz a respiração completa. Em média, são 6 tempos para inflar e expandir totalmente a cavidade abdominal, 3 tempos para expandir a caixa toráxica e 1 tempo para completar a respiração na altura dos pulmões.
a) Inspire projetando o abdômen para fora, em seguida o movimento ondula para as costelas que se afastam para os lados e finalmente dilatando a parte mais alta do tórax;
b) Retenha o ar nos pulmões por alguns segundos;
c) Expire, soltando o ar inversamente primeiro da parte alta, depois da parte média e finalmente da parte baixa dos pulmões.
d) Execute a contagem de tempos para perceber o quanto é possível absorver o ar com cada uma das partes da respiração.
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SAMA VRITTI :
Respiratório quadrado com ênfase nas 4 fases da respiração que são: Puraka, Antar Kumbaka, Rechaka, Bahia Kumbaka.
Efeitos: Impõe uma cadência diferenciada para o corpo mudando as frequências da mente. Autocontrole, estabilidade, equilíbrio emocional, relaxamento emocional, capacidade de auto-superação.
O tempo pode variar o quanto queira.
a) Inspire em 4 segundos (Puraka);
b) Retenha com ar por 4 segundos (Antar Kumbaka);
c) Expire em 4 segundos (Rechaka);
d) Retenha sem ar por 4 segundos (Bahia Kumbaka).
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ANULOMA VILOMA :
a) Obstrua a narina direita com “prana mudrá” (dedos indicador e médio em formato de V. As pontas dos dedos polegar, anelar e mindinho se tocam.) usando a mão direita.
b) Inspire pela narina esquerda;
c) Retenha o ar
d) Com os pulmões cheios troque os dedos de narinas (sempre com a mão direita), obstruindo agora a esquerda
e) Expirar pela narina direita e reter sem ar
f) Não troque os dedos de narinas e;
g) Inspire pela narina direita;
h) Retenha o ar
i) Com os pulmões cheios troque os dedos de narinas, obstruindo agora a direita.
j) Expirar pela narina esquerda;
k) Com isso você completou um ciclo. Faça mais algumas vezes. Observação: Troque os dedos de narinas apenas com os pulmões cheios.
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EKA CHANDRA BEDHA PRANAYAMA :
Respire somente pela narina esquerda, que é a narina lunar, ou “negativa”.
Efeitos: Esfria o corpo, aquieta a mente, ajuda a relaxar. Promove descanso, introspecção. Tira a ansiedade.
a) Obstrua a narina direita com “prana mudrá” (dedos indicador e médio em formato de V. As pontas dos dedos polegar, anelar e mindinho se tocam.)
b) Inspire e expire somente com a narina esquerda. Pode-se inserir retenções, ritmos e bandhas.
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EKA SURYA BEDHA PRANAYAMA :
Respire somente pela narina direita, que é a narina solar, ou “positiva”.
Efeitos: Ativa a corrente positiva, aquece o corpo, acorda a mente, ajuda a digerir alimentos, promove força, e vitalidade. Contra-indicado para quem tem problemas de fígado, insônia ou para quem sofre de tensão cerical.
a) Obstrua a narina esquerda com “prana mudrá” (dedos indicador e médio em formato de V. As pontas dos dedos polegar, anelar e mindinho se tocam.)
b) Inspire e expire somente com a narina direita. Pode-se inserir retenções, ritmos e bandhas.
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DWI CHANDRA BEDHA PRANAYAMA :
Respiração com inspiração lunar e expiração solar. O ar sempre entra pela narina esquerda e sai pela narina direita. Indicado para pessoas muito ativas que ainda não tem controle da mente. Perfeito para iniciantes. Indicado para diabetes, porque ajuda o pâncreas. Acalma o metabolismo.
a) Obstrua a narina direita com os dedos da mão
b) Inspire pela narina esquerda;
c) Retenha o ar;
d) Troque os dedos de narinas obstruindo a narina esquerda;
e) Expire pela narina direita;
f) Repita o processo.
(Continua...)
PRANAYAMAS =
O objetivo dos pranayamas é energizar o corpo e tornar a
respiração consciente. Os pranayamas eliminam os agentes rajas (acelerado,
brusco) e tamas (estagnado, lerdo) que obscurecem a luz espiritual, tornando a
mente apta à concentração, harmonizando a energia do corpo. Aumenta a voltagem do corpo físico e energético.
Todo pranayama tem seus efeitos, seus benefícios e suas contra-indicações.
Todo pranayama tem seus efeitos, seus benefícios e suas contra-indicações.
Quatro Principais Fases da
Respiração:
Puraka –
inspiração
Anthar Kumbhaka –
Retenção com ar
Rechaka – Exalação
Báhia Kumbhaka –
retenção sem ar
Normalmente a duração do tempo de Puraka deve ser a metade daquela
dada a Rechaka.
9 Tipos de Respiração:
Adhama pranayama
: Respiração baixa ou abdominal.
Madhyama pranayama : Respiração intercostal, ou média.
Uttama pranayama : Respiração alta, ou toráxica.
Lombar : Respiração ocasionada quando o abdome encontra resistência em sua expansão e quem se movimenta é a parte oposta, ou lombar.
Diafragmática : Respiração cujo objetivo é movimentar o músculo diafragma onde estão contidas profundas memórias emocionais.
Dorsal : Respiração ocasionada quando a região peitoral encontra resistência, então quem se movimenta é a região oposta, ou dorsal.
Clavicular : Respiração terapêutica. Não deve ser ensinada em sala de aula, pois induz a estados de instabilidade emocional e até a estados de regressão.
Profunda : Respiração acompanhada de profundo suspiro onde toda a capacidade de ar é administrada. Neste estado há desbloqueios energéticos e emocionais profundos.
Completa : Respiração que engloba os 3 estágios principais da respiração: baixa, média e alta. Proporcionando total capacidade pulmonar e prânica no corpo humano.
O Swara Yoga (Movimento e respiração) ajuda a preparar o
corpo para os pranayamas.
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SUKHA PRANAYAMA :
Efeitos: Relaxamento físico e mental, redução do stress.
a) Deite-se em decúbito dorsal e descontraia todo o corpo;
b) Flexione os joelhos deixando as plantas dos pés no chão e afastados um do outro cerca de dois palmos, os joelhos ficam juntos se apoiando mutuamente para não cansar;
c) Ponha as mãos sobre o ventre;
d) Inspire profundamente e retenha a respiração sem fazer força e;
e) Expire no dobro do tempo de inspiração;
f) Terminando de expirar comece tudo outra vez.
Tempo: Entre cinco e quinze minutos.
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ADHAMA PRANAYAMA :
Respiração abdominal. No adhama pranayama a expiração é naturalmente mais longa, e isso produz uma ação sedativa sobre o sistema nervoso alterando o metabolismo via estímulo vagatônico, fazendo os batimentos cardíacos diminuírem seu ritmo e velocidade, diminuindo a pressão sanguínea, relaxando a musculatura do corpo todo. Isso influencia as percepções transmitindo autocontrole, auto-percepção e estabilidade emocional. É um bom exercício para pessoas hiper-ativas, tensas e preocupadas (ciclos de ansiedade).
Efeitos: A respiração abdominal aumenta a oxigenação sanguínea, reduz a circunferência abdominal, massageia vísceras e relaxa órgãos internos.
a) Inspire permitindo um movimento abdominal/ventral para fora;
b) Retenha o ar por alguns segundos.
c) Expire retraindo o abdômen, procurando esvaziar o máximo possível lentamente.
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MAHA PRANAYAMA (PRANA KRIYA) :
Respiração completa. Utiliza os 3 maiores potenciais respiratórios do corpo humano. Exercita todos os músculos, cartilagens e articulações do aparelho respiratório, assim como, atua eficazmente sobre o sistema circulatório, aparelho digestório, sistema nervoso e glandular. Com o tempo desenvolve o hábito de respirar de modo profundo, completo e espontâneo naturalmente. Boa parte dos outros exercícios respiratórios dependem desse para que possam ser feitos corretamente. Você pode contar os segundos enquanto faz a respiração completa. Em média, são 6 tempos para inflar e expandir totalmente a cavidade abdominal, 3 tempos para expandir a caixa toráxica e 1 tempo para completar a respiração na altura dos pulmões.
a) Inspire projetando o abdômen para fora, em seguida o movimento ondula para as costelas que se afastam para os lados e finalmente dilatando a parte mais alta do tórax;
b) Retenha o ar nos pulmões por alguns segundos;
c) Expire, soltando o ar inversamente primeiro da parte alta, depois da parte média e finalmente da parte baixa dos pulmões.
d) Execute a contagem de tempos para perceber o quanto é possível absorver o ar com cada uma das partes da respiração.
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SAMA VRITTI :
Respiratório quadrado com ênfase nas 4 fases da respiração que são: Puraka, Antar Kumbaka, Rechaka, Bahia Kumbaka.
Efeitos: Impõe uma cadência diferenciada para o corpo mudando as frequências da mente. Autocontrole, estabilidade, equilíbrio emocional, relaxamento emocional, capacidade de auto-superação.
O tempo pode variar o quanto queira.
a) Inspire em 4 segundos (Puraka);
b) Retenha com ar por 4 segundos (Antar Kumbaka);
c) Expire em 4 segundos (Rechaka);
d) Retenha sem ar por 4 segundos (Bahia Kumbaka).
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ANULOMA VILOMA :
a) Obstrua a narina direita com “prana mudrá” (dedos indicador e médio em formato de V. As pontas dos dedos polegar, anelar e mindinho se tocam.) usando a mão direita.
b) Inspire pela narina esquerda;
c) Retenha o ar
d) Com os pulmões cheios troque os dedos de narinas (sempre com a mão direita), obstruindo agora a esquerda
e) Expirar pela narina direita e reter sem ar
f) Não troque os dedos de narinas e;
g) Inspire pela narina direita;
h) Retenha o ar
i) Com os pulmões cheios troque os dedos de narinas, obstruindo agora a direita.
j) Expirar pela narina esquerda;
k) Com isso você completou um ciclo. Faça mais algumas vezes. Observação: Troque os dedos de narinas apenas com os pulmões cheios.
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EKA CHANDRA BEDHA PRANAYAMA :
Respire somente pela narina esquerda, que é a narina lunar, ou “negativa”.
Efeitos: Esfria o corpo, aquieta a mente, ajuda a relaxar. Promove descanso, introspecção. Tira a ansiedade.
a) Obstrua a narina direita com “prana mudrá” (dedos indicador e médio em formato de V. As pontas dos dedos polegar, anelar e mindinho se tocam.)
b) Inspire e expire somente com a narina esquerda. Pode-se inserir retenções, ritmos e bandhas.
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EKA SURYA BEDHA PRANAYAMA :
Respire somente pela narina direita, que é a narina solar, ou “positiva”.
Efeitos: Ativa a corrente positiva, aquece o corpo, acorda a mente, ajuda a digerir alimentos, promove força, e vitalidade. Contra-indicado para quem tem problemas de fígado, insônia ou para quem sofre de tensão cerical.
a) Obstrua a narina esquerda com “prana mudrá” (dedos indicador e médio em formato de V. As pontas dos dedos polegar, anelar e mindinho se tocam.)
b) Inspire e expire somente com a narina direita. Pode-se inserir retenções, ritmos e bandhas.
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DWI CHANDRA BEDHA PRANAYAMA :
Respiração com inspiração lunar e expiração solar. O ar sempre entra pela narina esquerda e sai pela narina direita. Indicado para pessoas muito ativas que ainda não tem controle da mente. Perfeito para iniciantes. Indicado para diabetes, porque ajuda o pâncreas. Acalma o metabolismo.
a) Obstrua a narina direita com os dedos da mão
b) Inspire pela narina esquerda;
c) Retenha o ar;
d) Troque os dedos de narinas obstruindo a narina esquerda;
e) Expire pela narina direita;
f) Repita o processo.
(Continua...)
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MUDRÁS
Hasta Mudrás : Os mesmos dedos das mãos se tocando as
pontas. Os outros dedos podem ficar levemente dobrados ou esticados.
Hasta Mudrá 1 :
Mindinhos / Apana Vayu / 1º e 2º Chakras / Sistema Excretor
Indicado para hipertensão, cólica, prisão de ventre,
hemorroidas.
Traz tranquilidade mental, conforto e serenidade. Firmeza,
estabilidade e plenitude no baixo-abdômen e na pélvis.
Pessoas com pressão-baixa devem ter cautela.
Hasta Mudrá 2 :
Anelares / Apana e Samana Vayu / 2º Chakra / Sistemas Excretor e Digestivo
Indicado para prisão de ventre, diarreia, dores de estômago,
cólicas.
Traz vitalidade, confiança, bem-estar, assentamento,
fluidez, concentração, sensação de energia e conforto.
Pessoas com dores no estômago devem começar devagar para
observar os efeitos.
Hasta Mudrá 3 :
Médios / Samana e Vyana Vayus / 3º Chakra / Sistemas Digestivo e Renal
Indicado para desintoxicação do estômago, dos rins, fígado e
pâncreas. Também para diabetes e problemas alimentares.
Traz coragem, motivação, atividade e concentração. Ativa a
área do plexo solar e do diafragma. Traz sensação de poder pessoal e
aquecimento interno.
Pessoas ansiosas devem ter cautela.
Hasta Mudrá 4 :
Indicadores / Vyana e Prana Vayus / 4º Chakra / Sistemas Respiratório e
Circulatório
Indicado para problemas respiratórios, e circulatórios.
Traz atividade, energização, nitidez e abertura do coração.
Auxilia o coração e a circulação. Melhora a respiração nas partes inferior e
média dos pulmões.
Pessoas hipertensas devem ter cautela.
Hasta Mudrá 5 :
Polegares / Udana Vayu / 5º Chakra / Sistemas Endócrino e Imunológico
Indicado para hipotireoidismo, tensão muscular no pescoço e
nos ombros.
Traz calma, abertura da voz, abertura da intuição,
criatividade, energização da mente. Ativa e abre a garganta, pescoço e parte
superior dos pulmões.
Pessoas com hipertireoidismo ou problemas respiratórios
devem ter cautela.
Hasta Mudrá 6 :
Todos / Todos os Vayus / Todos os Chakras / Todos os Sistemas
Indicado para saúde global e nível de energia.
Traz conscientização e abertura das emoções. Abre todo o
corpo e direciona a respiração para dentro dele.
Em qualquer condição de saúde, comece lentamente.
Mudrás Entrelaçados : Os mesmos
dedos das mãos se entrelaçando. Os outros dedos ficam ligeiramente dobrados. Os dedos se
puxam com pressão moderada durante a inalação, e solta a pressão na exalação.
Mãos ficam à frente do plexo solar e os antebraços paralelos ao solo.
Mudrá Entrelaçado Nº
1 : Mindinhos / Apana Vayu / 1º e 2º Chakras / Sistema Excretor
Indicado para hipertensão, prisão de ventre, cólicas,
hemorroidas, flatulência.
Traz vigilância, concentração, integração, plenitude,
satisfação, conforto e massageia os intestinos. Cria a sensação de plenitude no
baixo-abdômen.
Contra indicado para pressão arterial baixa ou cirurgia
abdominal recente.
Mudrá Entrelaçado Nº 2
: Anelares / Apana e Samana Vayus / 2º Chakra / Sistemas Excretor e Digestivo
Indicado para prisão de ventre, diarreia, dores de estômago,
cólicas de pressão e baixa-auto estima.
Traz centramento pessoal, vitalidade, concentração e poder.
Cria a sensação de energia quente, radiante, e de poder pessoal.
Pessoas com dores de estômago devem começar lentamente.
Mudrá Entrelaçado Nº 3
: Médios / Samana e Vyana Vayus / 3º Chakra / Sistemas Digestivo e Renal , Coluna
Indicado para desintoxicações dos órgãos abdominais, dores
nas costas e problemas de coluna.
Traz equilíbrio, sensação de plenitude, poder pessoal e
interior, nitidez e paz interior. Fortalece plexo solar e diafragma. Facilita a
Respiração em 3 Etapas. Alonga a coluna.
Mudrá Entrelaçado Nº 4
: Indicadores / Vyana e Prana Vayus / 4º
Chakra / Sistema Respiratório e Circulatório
Indicado para problemas respiratórios e pressão arterial
baixa.
Traz equilíbrio, integração, uniformidade da mente e
equanimidade. Melhora a respiração nas partes inferior e média dos pulmões,
auxilia o coração e a circulação.
Pessoas hipertensas devem ter cautela.
Mudrá Entrelaçado Nº 5
: Polegares / Udana Vayu / 5º Chakra / Sistemas Endócrino e Imunológico ,
Garganta e Cordas Vocais
Indicado para hipotireoidismo ou liberação de palavras não
ditas.
Traz ativação e purificação da garganta e da voz,
energização da mente e energia para iluminação. Facilita a respiração Ujjayi.
Elimina o cansaço e a letargia.
Pessoas com hipertireoidismo, ou qualquer problema de
garganta devem ter cautela. Contra indicado para pessoas com hipertensão e
derrame cerebral.
Mudrá Entrelaçado Nº 6
: Todos os dedos com o dorso da mão esquerda virada para o peito / Vyana e
Prana Vayus / Sistemas Respiratório e Circulatório
Indicado para problemas respiratórios, asma fora de crise.
Traz abertura das emoções e desencadeamento de coragem,
nitidez, ativação e discernimento. Fortalece o coração. Direciona a respiração
para as partes frontal, lateral e posterior da parte superior do torso.
Em qualquer estado de saúde comece lentamente,
principalmente se tiver hipertensão.
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DEUSES DO HINDUÍSMO ( Do Manual da Sociedade Brasileira de Yoga Integral )
BRAHMAN = O único Deus, do qual todos os outros Deuses (Devas) se originam. Às vezes pode ser chamado de Ishwara.
AGNI – DEUS DO FOGO = O Fogo é considerado o mensageiro dos deuses. É a conexão entre homens e deuses. É também a luz para a mente ver e compreender a verdade. Agni é a primeira humanização do elemental mais respeitável dos Vedas. Ele monta em um carneiro e transporta-se em uma carruagem puxada por cavalos de fogo. Seus atributos são o machado, a tocha e uma lança flamejante.
SURYA – DEUS DO SOL = Criador do universo. Percorre o céu por uma carruagem puxada por um cavalo de 7 cabeças e dirigida pelo cocheiro Arjuna, o Deus do nascer do Sol. É dito que ele é a alma suprema dos Vedas e deve ser adorado por todos que desejam a liberação da ignorância.
INDRA – DEUS DOS ELEMENTOS NATURAIS = Foi considerado o rei de todos os Deuses terrestres ao qual os Vedas foram dedicados. É o governador do céu, representa o poder do raio, da energia. Suas armas: o trovão e os raios. O Deus Indra monta em um elefante real com 3 trombas e 4 presas.
CHANDRA (SOMA) – REI DO EXTASE E DA IMORTALIDADE = É o Deus lunar, também identificado como Soma. O nome Soma se refere à bebida feita da seiva de uma planta que levava o homem à imortalidade. Filho de Varuna, o Deus da Lua, Chandra viaja por uma carruagem puxada por um antílope.
VARUNA – SENHOR DA ORDEM CÓSMICA = Pai de Soma (Chandra). É uma das mais antigas deidades védicas, associado à Água, aos Rios e aos Oceanos. Seu poder é ilimitado, assim como seu conhecimento. Inspeciona todo o mundo, sendo o Senhor das leis morais. Seu olho é o Sol e sua respiração o vento. Principal atributo é o laço que extermina o apego aos valores mundanos. Sua montaria é Makara, metade crocodilo, metade antílope.
VAYU – DEUS DO VENTO = É o deus do Vento, do Ar e do Prana. Divide seu poder com Indra, o Senhor do Céu. É invisível, habitando em nossos corpos como os cinco ares vitais ( Prana, Apana, Samana, Vyana e Udana). Representa a velocidade e comunicação com os deuses. Sua montaria é o antílope.
YAMA – DEUS DA MORTE = É o senhor da morte e guardião da ordem. Ele segura um laço em sua mão esquerda com o qual ele puxa as almas para fora dos seus corpos. É o mensageiro que acompanha os mortos aos planos intermediários. Sua pele é esverdeada e suas vestimentas são vermelhas. Sua montaria é um búfalo negro.
KUBERA – DEUS DOS PLANOS INFERIORES = Príncipe dos demônios, Deus dos espíritos vigias e guardiões terrestres. É muitas vezes descrito como um homem gordo, decorado com joias e carregando um pote de dinheiro. No budismo, ele é conhecido como Vaisravana.
BRAHMA – O CRIADOR = A mitologia descreve Brahma como tendo surgido de um lótus saído do umbigo de Vishnu e com ele toda a criação. Sua consorte, Sarasvati é a representação do conhecimento, que manifestou-se a partir dele. Representado com quatro cabeças, simbolizando os quatro Vedas; possui quatro braços e em suas mãos ele segura um mala (simbolizando a tranquilização da mente), uma colher e ervas (simbolizando os rituais), um pote com água, o Kamandalu (simbolizando a renúncia) e os Vedas (simbolizando o conhecimento). Sua montaria, Hamsa o ganso, representa o conhecimento.
SARASVATI – DEUSA DAS ARTES E DA MÚSICA = É associada à fertilidade, à purificação, à fala, à linguagem e à palavra. É considerada a personificação de todos os conhecimentos, artes, ciências e letras. Sem ela Brahma, seu consorte, não poderia ter criado o mundo. Está sentada em um lótus branco (a base sólida na busca do conhecimento). Possui sempre ao seu lado um cisne (discernimento) ou um pavão (silêncio necessário para escutar, refletir e meditar). Possui quatro braços e nas mãos: um mala (disciplina da meditação), a vina (o som, o chamado à busca do Conhecimento) e os Vedas (o ensinamento).
VISHNU – DEUS MANTENEDOR = Vishnu é o responsável pela proteção, manutenção e preservação da criação. A palavra Vishnu significa “aquele que tudo penetra”, “aquele que tudo impregna”. Sua consorte é Lakshmi, Deusa da prosperidade, riqueza e da beleza. É simbolizado na maioria das vezes deitado em uma serpente de mil cabeças, flutuando num oceano de leite. Neste caso é chamado de Narayana, aquele que mora nas águas cósmicas. De seu umbigo sai um lótus onde está Brahma, o criador. A seus pés está Lakshmi, representando a beleza e a riqueza que devem se curvar diante do Absoluto. Envolvendo o lótus está uma serpente, Shesha ou Ananta, que simboliza a eternidade. Ela possui mil cabeças voltadas para o Senhor Vishnu, representando o ego com seus mil desejos e pensamentos que reconhecem o Absoluto. Pode aparecer sobre o pássaro Garuda (um pássaro místico, o rei dos pássaros), que faz o transporte de um mundo a outro na velocidade da luz.
Os 10 Avatares de Vishnu são encarnações que tem a missão de restabelecer o Dharma (caminho divino) que descem a terra quando os homens esquecem da espiritualidade ou perdem a conexão divina. São os dez avatares: 1- Matsya (homem-peixe) ; 2- Kurma (homem-tartaruga) ; 3- Varaha (homem-javali) ; 4- Narasimha (homem-leão) ; 5- Vamana (homem-anão) ; 6- Parasurama ; 7- Ramachandra ; 8- Krishna ; 9- Buddha ; 10- Kalki (ainda por vir)
LAKSHMI – DEUSA DA FORTUNA = Muito popular na Índia, sendo considerada a mais próxima dos seres humanos. Quer o bem-estar de todos sem se preocupar com suas ações ou seu passado. Surgiu das águas cósmicas, da eternidade. É a consorte de Vishnu. Simboliza a riqueza material e espiritual, representando o nosso universo ilusório. Usa um sari vermelho, que simboliza rajas, a ação para manter a vida, tem muitas joias e moedas de ouro, que representam a riqueza e a prosperidade. É apresentada sobre um lótus, símbolo do conhecimento. É apresentada com 2 elefantes brancos.
KAMA – DEUS DO AMOR = Kamadeva é filho de Vishnu e representado como um jovem bonito e alado que carrega um arco e flechas. Suas 5 flechas representam os 5 sentidos. Sua montaria é o papagaio, símbolo da sensualidade.
SHIVA = Pode ser RUDRA – O DESTRUIDOR ; PASHUPATI – O SENHOR DOS ANIMAIS, O SENHOR DAS FERAS ; NATARAJA – O DANÇARINO CÓSMICO ; SHANKARA – MEDITADOR, BENEVOLENTE. Sua consorte é Shakti, ou uma de suas manifestações, como Parvati, Durga ou Kali. É todos os deuses e aspectos masculinos.
SHAKTI = Simboliza o ideal feminino de sensualidade, beleza, alegria, sabedoria, virtude e sinceridade. Foi a amada de Shiva em sua primeira manifestação na Terra e renasceu várias vezes para tornar a unir-se a ele. É todas as divindades e aspectos femininos. Pode ser representada, por exemplo, como: Parvati, Durga ou Kali.
PARVATI – A DEUSA DA BELEZA = Parvati também conhecida pelo nome de Gauri (Dourada). É a manifestação de Shakti que simboliza a grande mãe do universo, a Deusa da atração e da beleza. Representada por uma mulher serena e paciente, seus principais atributos são tipicamente femininos, por isso Parvati relaciona-se a elementos como maternidade, carinho e harmonia. Ela nos mostra a disciplina, a renúncia, o esforço que leva ao Conhecimento. É a consorte do Deus Shiva.
DURGA – A DEUSA DA FORÇA = É a manifestação de Shakti conhecida como a própria Parvati que assume a postura de guerreira, capaz de eliminar os demônios que prejudicam os Deuses/Deusas e os homens. Tem uma beleza forte e cativante e representa a coragem e astúcia. Seu objetivo é ser implacável com os demônios que representam nosso ego e nossa ignorância. Ela nos mostraa que devemos ser decididos na destruição de tudo o que nos impede de percebermos nossa verdadeira natureza divina.
KALI – A DEUSA DA GUERRA E DA FORÇA CÓSMICA = Kali é a manifestação de um dos aspectos mais feroz de Durga, ou Shakti, Tem língua roxa, não usa roupa e seu corpo é coberto pelos longos cabelos negros. Usa um colar de caveira, tem quatro braços e leva em cada mão armas de destruição e uma cabeça sangrando. É a devoradora do tempo, a Deusa da morte, da transformação.
GANESHA = Aquele que abre os caminhos e remove todos os obstáculos. Ganesha é o Deus menino com cabeça de elefante, sendo a mais popular deidade hindu. É o filho de Shiva e Parvati. É reverenciado antes de toda e qualquer atividade, estando presente nas portas dos templos e das casas. É o removedor dos obstáculos. A cabeça de elefante representa a grande disposição para escutar, refletir e meditar; a tromba representa o discernimento; os quatro braços representam os quatro instrumentos internos (ego, memória, mente e intelecto); nas suas mãos há o machado (desapego), a corda (devoção), doces (a alegria na busca do conhecimento) e o gesto de abhaya mudrá (fé e coragem na busca). O rato (mukta) que sempre aparece junto representa o desejo, mantido sob controle.
SKANDA – DEUS DAS PLÊIADES E DA GUERRA = Skanda, também conhecido como Kartikeya, é filho de Shiva, porém não possui mãe. Possui uma lança e sua montaria é um pavão.
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MANTRAS HINDUS
Os mantras são sempre cantados. O dialeto sânscrito se pronuncia através de canção, pois procura se sintonizar com uma frequência específica relacionada à outras dimensões.
Sua execução pode ser sussurrada (upanshu), vocalizada ou recitada (vaikhari), escrita (likhita) ou mentalizada (manasika).
Os elementos essenciais que caracterizam a vocalização dos mantras é Bhava (sentimento) e Santosha (Contentamento).
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Sachara Chara Para Purna
Shivoham Shivoham
Nityananda Swaarupa
Shivoham Shivoham
Anandoham Anandoham
Anandoham Anandoham
(Eu sou Shiva, aquele que prevalece em todos os lugares, completo em si mesmo. A divindade de bem-aventurança eterna, eu sou Shiva, eu sou Shiva. Eu sou a bem-aventurança.)
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BUDDAYA MANTRA
Om Namo
Hara Maitreya
Budhaya, Dharmaya,
Shangaya
Om
(Eu saúdo o professor do mundo, aquele que mantém acesa a chama Divina nos corações humanos. Eu saúdo a Iluminação, o caminho e toda a linhagem.)
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PURNAM
Om Purnamadah, Purnamidam
Purnad Purna Mudachyate
Purnasya Purna Madaya
Purna Meva Vashishyate
(Isto é Perfeito. Aquilo é Perfeito. Do Perfeito se origina o Perfeito. Tome o Perfeito a partir do Perfeito e somente o Perfeito permanece.)
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MOOLA MANTRA
Satchitananda
Parabrahma
Purushottama
Paramatma
Sri Bhagavati Sametha
Sri Bhagavate Namaha
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ASATOMA MANTRA
Asato Maa Sat Gamaya
Tamaso Maa Jyotir Gamaya
Mrityor Maa Amritam Gamaya
(Conduza-nos da mentira para a verdade, do veneno para o néctar, da morte para a imortalidade.)
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GAYATRI MANTRA
Om Bhur Bhuva Swah
Tat Savitur Varenyam
Bhargo Devasya Dhimahi
Dhiyo Yo Nah Prachodayat
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BHAGAVAN PURNAM
Bhagavan Purnam, Bhagavan Purnam
Purna Deva Purna Ishwara, Om Jay Govinda Jay
Maha Vishnu Govinda, Sita Rama Radhesham
Jay Gurujidevo, Jay Guruji Bhagavan
Om Purna Deva Om Purna Ishwara
Hare Guruji Hare Hare Krishna
Hare Govinda Jay Hare Gopala Rama Rama Rama
Sita Rama Radhesham
Bhagavan Purnam Bhagavan Purnam
Purna Deva Purna Ishwara Om Jay Govinda Jay
Jay Gurujidevo Guruji Brahma Guruji Vishnu
Hare Govinda Gopala, Sita Ram Jay Sita Ram
Hare Guruji Hare! Hare Gopala Hare!
Hare Krishna Hare Rama
Sita Rama Radhesham
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MAHA MRITYAUNJAYA MANTRA
Om Triambakam
Yajamahe Sugandhim Pushti Vardhanam
Urva Rukamiva Bandhanam
Mrtyor Mukshee Ya Maamritat
(Adoramos o Senhor que possui três olhos que é sagrado e nutre todos os seres. Do mesmo modo como um pepino maduro se solta do ramo que está ligado. Tão logo amadureça, que sejamos livrados da morte (do corpo mortal), nos sendo concedido a realização da natureza imortal.)
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SHIVA ARATI
Om Jaya Nama Shiva Omkara
Mahadeva Sada Shiva
Brahma Vishnu Sada Shiva
Brahma Vishnu Sada Shiva
Shiva Maheswara
Om Jaya Nama Shiva Omkara
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Jaya Guru Omkara
Jaya Jaya
Satguru Omkara
Brahma, Vishnu Sadashiva
Hara Hara Hara Hara Mahadeva
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Jaya Jay Shiva Shambhô
Jaya Jay Shiva Shambhô
Mahadeva Shambhô
Mahadeva Shambhô
Shiva Shiva Shiva Shambhô
Shiva Shiva Shiva Shambhô
Mahadeva Shambhô
Mahadeva Shambhô
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Kailash Ki Shakti
Shiva Shankara Ki Jay Jay
Yamuna Ki Jay Jay
Ganga Ki Jay Jay
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Chandrashekaraya
Namah Om
Gangadharaya Namah Om
Hari Hari Haraya
Namah Om
Shiva Shiva Shivaya
Namah Om
(continua...)
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REIKI
Do Livro: REIKI UNIVERSAL , De:
Johnny De´Carli , Editora BUTTERFLY
O método Reiki é um sistema natural de harmonização e
reposição energética que mantém ou recupera a saúde. É um método de redução de
estresse. Reiki é um sistema próprio para despertar o poder que habita dentro
de nós, captando, modificando e potencializando energia. Funciona como
instrumento de transformação de energias nocivas em benéficas. É um sistema
revolucionário para adaptar o ser humano às exigências da Era de Aquarius.
Reiki é uma palavra japonesa que identifica o Sistema Usui de Terapia Natural
(Usui Reiki Ryoho), nome dado em homenagem ao seu descobridor, Mikao Usui. Rei
significa “universal” e refere-se ao aspecto espiritual, à Essência Energética
Cósmica que permeia todas as coisas e circunda tudo o que existe. Ki é a
energia vital individual que flui em todos os organismos vivos e os mantém.
Quando a energia ki sai de um corpo, ele deixa de ter vida. A energia Reiki é
um processo de encontro dessas duas energias, a Energia Universal e a nossa
energia física. Ocorre depois da sintonização ou iniciação, feita por um mestre
habilitado. A energia Reiki é uma das maiores forças deste planeta para a
evolução das pessoas, um caminho de harmonização interior com o Universo. É uma
energia confortadora vinda de Deus, do Criador. Vem do macrocosmo para o
microcosmo. Todos nós temos acesso à energia Reiki. Utiliza-la é nosso direito
inato. Reiki é um presente poderoso, uma oportunidade para o iniciado crescer e
transformar-se. É uma energia de paz e libertação com a qual o Criador abençoa
o planeta. Ajuda a deter a violência e tendências autodestrutivas. É um
poderoso antídoto contra o cigarro, o alcoolismo e as drogas que degeneram a
humanidade.
A energia Reiki está à disposição do usuário vinte e quatro
horas por dia, independentemente da situação, do local ou de quem o pratica.
Não exige um ambiente ou uma postura física, como no caso do yoga. Nenhum
objeto ou equipamento é exigido para a aplicação da energia Reiki, só o toque
das mãos do reikiano no seu próprio corpo ou no de outra pessoa. Pela
simplicidade da técnica, pode-se usá-la em todos os lugares, todos os dias. Um
estudante de acupuntura estuda e pratica durante anos para realmente estar apto
a trabalhar com as agulhas e seus efeitos sobre a nossa energia vital. Deve
aprender, antes de qualquer coisa, muito sobre si mesmo e sobre a técnica. Já o
iniciante no método Reiki participa de um seminário Nível 1 e com apenas um dia
de aula pode aplicar a técnica com sucesso. Desde o início aprende a lidar com
a energia. É um método de uso imediato. O treinamento não é demorado. A energia
canalizada por uma pessoa com baixa escolaridade não difere em nada da energia
canalizada por um profissional com diplomas de mestrado e doutorado. Um analfabeto
poderá ser um excelente reikiano. A beleza do método está em sua simplicidade,
que o torna acessível a qualquer pessoa, a qualquer estilo de vida. O método
Reiki é a democratização da saúde, o equilíbrio ao alcance de todos. Todos podem
ser um canal de energia Reiki. Também é muito fácil de ensinar o método Reiki,
Acredite! Você pode ser um mestre de Reiki, desde que receba o treinamento
específico.
Ao contrário das terapias mais conhecidas – Massoterapia,
Shiatsu, Do-in, Quiroprática, Cromoterapia e outras – nas quais há o
condicionamento do contato físico, a energia Reiki também pode ser enviada a
distância, com sucesso, num processo similar ao da emissão de ondas
radiofônicas. A energia pode ser enviada para todo o planeta, um país em crise,
um grupo de pessoas, uma floresta sendo devastada, animais em extinção, a
camada de ozônio, grupos de trabalhos pela paz, um parente ou amigo, etc. Do
mesmo modo, pode ser enviada para um trauma do passado (assalto, estupro,
briga, demissão), minimizando o dano emocional, bem como ser programado para
atuar num evento futuro (audiência, entrevista de emprego, viagem aérea, ida ao
dentista, etc.) A energia Reiki é multidimensional, atua na quarta dimensão, na
qual o fator tempo/espaço deixa de ser um atributo fundamental. Na quarta dimensão
temos o continuum, onde não há passado, presente nem futuro, o que explica como
os grandes profetas, como Michael de Notre-Dame (Nostradamus), que viveu na
França há quinhentos anos, conseguiam revelar fatos que ainda iam ocorrer.
Holístico vem do vocábulo grego holos, que quer dizer total,
ou seja, a energia Reiki atua na totalidade do ser, nos corpos físico, emocional,
mental e espiritual. Quando procuramos, por exemplo, um dentista ou um
ortopedista, visamos sanar problemas do corpo físico. Buscamos o apoio de um
psicólogo, para o equilíbrio do corpo emocional. No caso de tratamentos psiquiátricos,
a meta passa a ser o corpo mental. Muitos buscam dirigentes religiosos quando o
objetivo é o corpo espiritual. Fazendo uso da energia Reiki, mantemos e
recuperamos a saúde física, emocional, mental e espiritual. É um método natural
de equilíbrio, restauração e aperfeiçoamento de todos os corpos, gerando um
estado de harmonia. O método Reiki não substitui a medicina, mas em muitos
casos faz, de forma mais delicada e positiva, coisas que a medicina não pode
fazer. Ao receber uma aplicação de energia Reiki, o corpo de receptor relaxa e
o batimento cardíaco atinge o seu nível de repouso, assim como diminui a
frequência respiratória. Ao final de uma sessão de Reiki, alguns receptores
sentem-se como que acordando depois de uma noite longa de sono. Os tratamentos
do método Reiki liberam tensões, intensificando as habilidades do corpo. As pessoas
vencem dores que as atormentavam durante anos, fazendo-as sentirem-se mais
amorosas, felizes e receptivas. A energia Reiki melhora o sistema imunológico,
desintoxica, equilibra e amplia nossa energia. Face à renovação constante de
nossos tecidos, a energia Reiki muda a estrutura química do corpo, ajudando a
restauras os músculos, os nervos, o esqueleto e a regenerar órgãos. Age em tudo
que precisa ser modificado no organismo físico e etérico. Com poucas
aplicações, observamos melhoras em casos difíceis de prisão de ventre.
Direciona-se à origem dos problemas que, em geral, são emocionais. A energia
Reiki ajuda a liberar emoções bloqueadas. Acaba com traumas emocionais do presente
e do passado. Promove calma e bem-estar. O método Reiki é um ótimo recurso para
equilibrar os sete principais chakras (centros energéticos), localizados da
base da coluna até o topo da cabeça. Sabemos, por experiência própria, que a
qualidade de vida que uma pessoa estabeleceu inicialmente para si mesma será
elevada depois da iniciação do Reiki. Quanto mais cedo começar a aplicação
regular de energia Reiki, melhores e mais rápidos serão os resultados.
Uma pessoa que apresenta um desequilíbrio energético com predominância
de energia yang pode acabar desenvolvendo impaciência, intolerância,
irritabilidade, agressividade, hiperatividade, etc. Outra, com predominância de
energia yin, pode desenvolver comportamentos como apatia, tristeza, melancolia,
desânimo e depressão. Terapias polarizadas podem potencializar os efeitos do
desequilíbrio, com resultados negativos em quem as recebe. Reiki é um método
não polarizado e portanto, sempre seguro e inofensivo, sem efeitos colaterais
ou contra-indicações. Trata-se de um método sem consequências negativas, jamais
causa danos. A energia Reiki encerra em si mesma a polaridade positiva (yang),
a negativa (yin) e a neutra. Por não ser polarizada, é compatível com qualquer
outra forma de terapia, tratamento de saúde ou desenvolvimento espiritual. A
quantidade de energia Reiki não pode ser manipulada pelo emissor, que
simplesmente impões as mãos sobre o centro energético ou o local afetado e
permite à energia fluir. A quantidade de energia que flui é determinada por
quem recebe (o receptor) e não por quem aplica a energia Reiki. Logo, não há
como ocorrer um excesso numa aplicação. No momento em que a região se
equilibra, deixa de solicitar energia. Caso o reikiano permaneça com as mãos no
local, estará perdendo seu tempo. No Nível 1 do reiki, efeito semelhante ocorre
com a qualidade da energia Reiki emitida; quem a determina é a região em
desarmonia do receptor. Cada região exige uma energia com ressonância
diferente.
Por meio de um medidor específico (aurímetro), numa pessoa
não iniciada, podemos detectar a presença da energia da aura a uma distância de
um metro. Num reikiano de nível 3-A, a energia pode ser percebida a mais de
dois metros de distância. O método Reiki amplia nosso campo áurico, aumentando
nossa energia física, emocional e mental. Tal expansão no campo áurico produz
uma transformação indiscutível de consciência em qualquer pessoa. Estes são
somente alguns dos benefícios da expansão da consciência: redespertar nossa
ligação espiritual com o Criador; alargar nossos horizontes; expandir a conexão
com o nosso Eu Superior; aumentar a compreensão dos mistérios da vida; aumentar
a sensibilidade; desenvolver o chakra cardíaco e fazer crescer a consciência de
amor e a capacidade de ajudar de forma incondicional. Essa expansão energética
ampliará igualmente sua criatividade e intuição. O aumento da percepção, com a
ajuda da energia Reiki, é um passo importante para o seu desenvolvimento. Reiki
é a Luz que nos leva de volta à Grande Luz.
O método Reiki é sagrado, mas não é uma religião ou um
sistema filosófico. Não tem restrições ou tabus. Adapta-se a qualquer cultura,
raça, credo ou idade. Não utiliza talismãs ou quaisquer instrumentos
auxiliares. Também não é necessário que acreditemos nele, para que se propague
ou faça efeito. Reiki é um método inserido no contexto das práticas
terapêuticas alternativas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
da Organização das Nações Unidas (ONU).
Reiki não desgasta o terapeuta. A maioria das terapias
corporais e energéticas envolve doação de energia vital (ki) do terapeuta para
o receptor, causando um desgaste energético. O desgaste contínuo da energia
vital do doador, sem reposição adequada, tende a deteriorar seu sistema
imunológico, defesa natural do corpo contra doenças. Resulta também, num
desequilíbrio que pode afetar a dinâmica emocional, mental e espiritual do
doador. O método Reiki energiza e não desgasta o praticante, pois a técnica não
utiliza o ki ou chi do reikiano, e sim a Energia Cósmica do Universo. Quando o
reikiano aplica energia, retém cerca de 30% da energia aplicada. Diríamos que
esta retenção funciona como uma bonificação divina. Logo, o praticante passa a
ter mais energia e disposição depois da sessão. No método Reiki, quanto mais
damos mais recebemos. Quanto maior for o uso da energia Reiki, mais forte se
torna o terapeuta, mais benefícios ele faz a si próprio e aos receptores.
Entretanto, o método Reiki não substitui a boa respiração, o repouso e a
alimentação adequada. Tampouco é um substituto para as nossas necessidades de exercícios
físicos apropriados.
Um dos maiores benefícios do
método Reiki é a possibilidade do autotratamento. Uma pessoa pode autoaplicar
energia Reiki em qualquer lugar, seja numa sala de espera, no avião, no ônibus,
no metrô, no taxi, na cama, ao acordar ou antes de dormir.
A técnica Reiki não exige
diagnóstica da patologia para que um tratamento seja bem-sucedido e pode ser
aplicada inclusive por crianças (preferencialmente a partir dos sete anos) para
tratar até mesmo disfunções crônicas. Isto acontece porque Reiki é uma energia
inteligente. O diagnóstico é uma prerrogativa de profissionais amparados
legalmente para tal. O Terapeuta Reiki que o realizar estará exercendo
ilegalmente uma profissão, com implicações jurídicas pesadas previstas pelo
Código Penal, tais como charlatanismo e curandeirismo. Afinal, para que um
diagnóstico seja realizado com competência e sucesso, a pessoa deverá dedicar
anos de sua vida ao estudo de anatomia, fisiologia, bioquímica, comportamento,
entre outros aspectos da natureza humana.
O método Reiki não fica obsoleto
com o passar do tempo. A sintonização é um presente divino, e fica
profundamente enraizado no indivíduo. Quanto mais o reikiano usa a energia,
mais aumenta sua capacidade de canalização, pois seus canais de condução de
emergia se abrem como consequência da prática.
(continua...)
Existem excelentes práticas
terapêuticas que apresentariam certas limitações para serem aplicadas em outros
seres vivos. Por exemplo, no caso da acupuntura ou da massoterapia, haveria
alguma dificuldade ou impossibilidade se fôssemos tratar uma árvore frondosa,
um peixe num aquário ou um animal feroz. A energia Reiki, por ser universal,
possibilita ser enviada também a distância, permite alternativas. Serve
igualmente para o tratamento de quaisquer organismos vivos: animais e plantas.
É incrível observar como flores, muitas vezes que acabaram de murchar,
recuperam a sua beleza em poucas horas, com a aplicação de energia Reiki.
Para uma aplicação de Reiki, não é
necessário despir o receptor, o que poderia colocá-lo em situação embaraçosa. A
energia atravessa sem problemas qualquer material, inclusive o gesso e o metal.
Entretanto, em função de poder haver interferência no campo eletromagnético
(aura) do receptor e do reikiano, recomendamos a retirada de adornos
(pulseiras, relógios, brincos, anéis, fivelas, etc.) na hora da aplicação.
O método Reiki pode ser combinado
livremente com outras técnicas ou pode ser usado isoladamente.
A energia Reiki faz efeito ao
passar pela parte afetada de nosso campo energético, elevando nosso nível
vibratório dentro e fora do nosso corpo físico, onde pensamentos e emoções
estão alojados na forma de nódulos energéticos que funcionam como barreiras do
nosso fluxo normal de energia vital. Muitos são os que convivem com essas
barreiras ao longo de toda uma vida, minimizando a qualidade da mesma. Em uma
sessão de Reiki, a quantidade de energia recebida é determinada pelo próprio
receptor, uma vez que o terapeuta reikiano apenas direciona a energia. O
provedor – o Cosmo – doa ilimitadamente.
A arte de tocar o corpo humano
com as mãos, para confortar e diminuir dores é um velho instinto. Quando
sentimos dores, nossa primeira reação é a de colocar imediatamente as mãos
sobre a área que está doendo. O toque humano gera calor, serenidade e conforto.
Quando um animal lambe uma ferida, está agindo com os mesmos instintos que o
ser humano ao colocar as mãos. No Tibete existem registros de técnicas de
harmonização por meio das mãos há mais de oito mil anos. Essas técnicas se
expandiram pela Grécia, Egito, Índia e outros países, apesar de se terem
perdido nos últimos milênios. Essa energia transmitida recebeu nomes diferentes
em cada cultura: os polinésios a chamam de “mana”; os índios iroqueses
americanos de “orenda”; na Índia é “prana”; “ruach”, em hebraico; “barraca”,
nos países islâmicos. “chi”, na China; no Japão a energia é chamada de “ki” e
de energia bioplasmática pelos russos. O método Reiki também potencializa
habilidades paranormais.
Os ideogramas que representam a
energia Reiki, podem ter várias leituras, com os seguintes significados: Chuva
maravilhosa de energia vital ; Chuva maravilhosa que dá vida ; A ideia de algo
que vem do Cosmo e que seu encontro com a Terra produz o milagre da vida ; Chuva maravilhosa que produz o milagre da
vida ; A comunhão de uma energia superior com uma terrena que se pertencem
mutuamente ; Uma energia maravilhosa que
está acima de todas as demais e, além disso, está em você e você pertence a
ela. Em alguns casos, esses ideogramas encontram-se reforçados com pequenas
formas que representam grãos de arroz os quais simbolizam a vida.
A cor simbólica da energia Reiki
é o verde, a cor da saúde física, haja vista sua correlação com o chacra
cardíaco, responsável pelo nosso amor incondicional e sistema imunológico. Seus
ideogramas são feitos em dourado, pois essa é a cor cósmica.
Da natureza, o método Reiki tomou
como símbolo o bambu que, em sua simplicidade, resistência (quando enverga),
vazio, retidão e perfeição, pode representar metaforicamente o funcionamento da
energia.
Os Níveis do Método Reiki:
Nivel 1 ( O Despertar ) = O nível
1 também é chamado de Físico, já que a transmissão da energia Reiki produz-se
por contato físico através das mãos do reikiano para o receptor. As pessoas
sintonizadas estão capacitadas a canalizar a Energia Primordial Cósmica através
das mãos pelo simples fato de colocá-las sobre aqueles que devem ser harmonizados,
inclusive elas próprias, animais e plantas. Não é necessário direcionar a
mente, concentrar-se, fazer orações, acreditar ou desejar a recuperação. A
energia Reiki não precisa da nossa aprovação para agir. Qualquer pessoa pode
receber o Nível 1 do Reiki. Não há uma condição prévia especial; os
conhecimentos ~são simples e poucos, o que se ensina, basicamente, são as
posições das mãos, por isso não são necessários conhecimentos prévios especiais
para aprender a técnica Reiki. É recomendável, após a iniciação, a troca de
energia Reiki entre reikianos durante quatro dias consecutivos, visando limpar
os canais energéticos abertos nas ativações, mas isso não é uma regra. Esta
troca trará mais segurança ao praticante que vivenciará também a experiência de
receptor de energia Reiki. No nível 1,o tempo de um tratamento completo em si
mesmo ou em outra pessoa leva de sessenta a noventa minutos. É conveniente
começar consigo mesmo todos os dias e, posteriormente, dar tratamento a
familiares e amigos. Essa prática enriquecerá sua bagagem de conhecimento com
relação a tempos e posições que visam a alcançar os centros energéticos mais
importantes (chacras), meridianos e órgãos, em busca de uma harmonização
completa. No primeiro seminário, o reikiano aprenderá também a história do
Reiki. Nos seminários de Nível 1, quase sempre observamos o mesmo fenômeno de comportamento
de participantes. Iniciam o seminário com uma atitude bastante cética, não
conversam entre si, não exteriorizam suas emoções, como se estivessem isolados
do mundo. Após a sintonização, começam a conversar, sorrir, brincar. No final,
agem como se fossem amigos há anos, abraçam-se, trocam telefones e e-mails.
Nível 2 ( A Transformação ) = O
nível 2 é conhecido como Mental, pois o iniciado trabalhara problemas mentais e
emocionais. O seminário de Nível 2 desenvolve-se em um período semelhante ao do
primeiro. Nessa ocasião, é feita uma iniciação com mais dois símbolos, agora
totalizando três símbolos sagrados do Reiki, que são ensinados e sintonizados
no participante. Os diferentes tipos de tratamento dependem da combinação que
se faz desses três símbolos. Fazemos o Nível 2 quando sentimos uma necessidade
de crescimento maior e de mais conhecimento em relação à energia. O processo de
sintonização fornece um salto no nível vibratório pelo menos duas vezes maior
que o experimentado no Nível 1. O Nível 2 dá grande ênfase ao ajuste do corpo
sutil (emocional e mental) e não ao corpo físico, que é focalizado no Nível 1,
passando novamente o aluno por um período de limpeza que poderá chegar agora a
quatro meses. O Nível 2 não é um aperfeiçoamento do primeiro, já que cada um é
um módulo completo e perfeito, fechado em si mesmo. Em geral, quando chegamos
ao segundo nível, valorizamos ainda mais o primeiro. O aluno que recebe a
iniciação do Nível 2 precisa de muito menos tempo do que antes para realizar
uma sessão completa de Reiki, mais ou menos sete e meio a trinta e cinco
minutos, dependendo da forma de aplicação. Vale registrar que, com os símbolos,
a ação da energia ocorre também, no nível físico em grande intensidade, devido
às vibrações potencializadas envolvidas no processo. Os símbolos ensinados
podem ser usados também para enviar energia a distância, ao passado e ao
futuro. No Nível 2, temos de refundamentar a maneira atual de explicar os
conceitos de tempo e espaço (distância), pois, quando trabalhamos com os símbolos,
a energia atua em uma outra dimensão, na qual ocorre o continuum de tempo e
espaço.
Nível 3-A ( A Realização ) = Também
conhecido como o grau de Mestre Interior ou Consciência. O aluno aprende o
símbolo do Mestrado e será capaz de realizar na vida muitos de seus desejos e
sonhos. Essa iniciação ainda não qualifica o aluno a ensinar o método Reiki.
Sua utilização fica limitada ao uso pessoal. O Nível 3-A requer habilidade,
pois o volume de energia envolvida no processo é muito grande. Nesse nível
recebemos um símbolo sagrado que serve para amplificar e intensificar os
efeitos dos símbolos recebidos no Nível 2, capacitando o aluno a harmonizar e
tratar um grande número de pessoas, uma multidão, estados e até países. Podemos
ser considerados agentes da regeneração planetária. O Nível 3-A leva o aluno a
encontrar sua verdade mais real, a tocar seu próprio carma, o aprendizado
consciente e constante.
Nível 3-B ( O Mestrado ) = O
Nível 3-B é o de mestre de Reiki, também chamado de Espiritual ou de Professor.
A pessoa que é sintonizada como mestre de Reiki recebe os conhecimentos de como
iniciar novos reikianos. Essa iniciação não obriga ninguém a ensinar e, assim,
cada vez mais pessoas decidem fazer tal escolha dentro de uma visão de
crescimento interior. Essa formação necessita de aproximadamente sete meses de
treinamento. É importante prestar atenção na alimentação, que deve ser
saudável, e em exercícios de desenvolvimento pessoal. O aluno, ao receber a
iniciação do Mestrado, assume o compromisso de transmitir o método Reiki da
forma como vem sendo feito desde o seu descobrimento.
História do método Reiki:
O descobridor do método Reiki é
Mikao Usui; nascido no Japão em 15 de agosto de 1865. Há controvérsias a
respeito da história da vida do descobridor do método Reiki. Conta a história
oficial, que em março de 1922, no Japão, Mikao decidiu empreender um período de
jejum e meditação de vinte e um dias, como faziam os antigos mestres, a fim de
purificar-se para receber uma visão que o esclarecesse. Buscou retiro no monte
Kurama, a montanha sagrada, localizada a aproximadamente vinte e cinco
quilômetros, ao norte, de kyoto, levando além dos sutras encontrados, apenas um
cantil de pele de cabra com água e vinte e uma pedras que lhe serviram de
calendário. Enquanto os dias passavam, Mikao, em absoluto jejum, sentado
próximo a um pinheiro, ouvindo o som de um riacho, passou a meditar, orar,
entoar cânticos, ler os sutras e pedir ao Criador que lhe desse o discernimento
necessário para o uso dos símbolos. O jejum e a meditação ampliaram as
fronteiras de sua consciência e, na madrugada do vigésimo primeiro dia, Mikao
teve uma visão, por meio da qual vislumbrou uma intensa luz branca que o
golpeou de frente, projetando-o para fora do corpo. Sentindo a consciência
profunda em comunicação com o seu “eu mental”, ao abrir totalmente sua
percepção, pôde ele ver muitas luzes em forma de bolhas coloridas contendo no
seu interior símbolos sagrados e, pela comunicação que estava recebendo,
foi-lhe dada a compreensão dos significados dos símbolos e sua utilização.
Naquele momento, Mikao recebia a sua iniciação, o conhecimento de como utilizar
os símbolos e ativar o poder em outras pessoas, acessando assim o eficiente
método de terapia Reiki. Quando o transe que trouxe a visão acabou, o professor
Usui sentiu-se bem, cheio de energia, forte e em plenitude, a ponto de
conseguir caminhar de volta ao mosteiro. Estava bem diferente dos momentos que
precederam o final dos vinte e um dias de meditação. Não sentia mais os
esforços do retiro e do jejum. Com entusiasmo, levantou-se e começou a descer a
montanha. Esse foi o primeiro fato extraordinário daquela manhã. Durante a
descida da montanha, na pressa de voltar com suas recentes revelações ao
mosteiro Zen onde vivia, Mikao acidentou-se, tropeçando em uma pedra,
machucando bastante um edo do pé que passou a sangrar e doer muito.
Instintivamente, Mikao impôs as mãos e em pouco tempo, a dor passou e a
hemorragia parou. Esse foi o segundo fato extraordinário. Usui tinha a chave da
harmonização que tanto havia procurado. O terceiro fato deu-se durante o
caminho de regresso ao mosteiro, quando parou em uma pousada para fazer uma
refeição. O senhor que o atendeu, vendo o comprimento da barba e o estado das
roupas de Mikao, compreendeu que ele estivera em jejum durante um longo período
e o encorajou a comer um tipo especial de broa, face ao perigo de quebrar-se um
jejum com comida muito farta. O professor Usui recusou a sugestão e pediu o
café completo. Sentado em um banco sob uma árvore, fez sua refeição sem nenhum
problema de digestão. Mikao percebeu que a neta do homem que o tinha servido
chorava e que uma parte do seu rosto estava inchado e avermelhado. Perguntou a
garota o que estava acontecendo e ela respondeu que sentia dor de dente havia
tr~es dias. O avô era muito pobre para leva-la a um dentista em Kyoto. O monge
oferece-se para ajudar e tocou o lugar onde doía. O quaro ato extraordinário aconteceu
à medida que a dor e o inchaço no rosto da menina diminuíram. Após vinte e
cinco quilômetros de caminhada, ao chegar ao monastério Zen, o professor Usui
soube que seu amigo, o abade ancião, estava acamado em virtude de um doloroso
ataque de artrite, mal que o afligia há muitos anos. Mikao foi visitar o amigo
e, enquanto falava de suas experiências com o monge, colocou suas mãos sobre a
área afetada e, muito rapidamente, as dores desapareceram. Comunicou ao monge
que encontrara aquilo que procurava havia tantos anos. Contou-lhe sobre a
meditação, as visões e denominou a energia que lhe havia aplicado de Reiki.
(...)
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