Do Livro:
COSMOLOGIA EGÍPCIA – O UNIVERSO ANIMADO (De: Moustafa Gadalla ; Editora MADRAS)
O historiador grego Heródoto (500 a.C) afirmou: “De todas as
nações do mundo, os egípcios são os mais felizes, os mais saudáveis e os mais
religiosos.” A excelente condição dos egípcios era atribuída à aplicação da
realidade metafísica à sua vida diária, ou seja, a consciência cósmica total.
As cenas de atividades diárias encontradas nas tumbas egípcias mostram uma
correlação forte e perpétua entre a terra e o céu. As cenas são representações
gráficas de todos os tipos de atividade: caça, pesca, agricultura, tribunais e
todos os tipos de arte e artesanato. A reprodução dessas atividades diárias, na
presença dos Neteru (Deuses) ou com seu auxílio, significa sua correspondência
cósmica. Esta correlação eterna – consciência cósmica – foi reafirmada no Asclepius
III (25) dos Textos Herméticos: “... no Egito, todas as ações das forças que
governam e atuam nos céus foram transferidas para a terra... mas deve-se dizer
que todo o Cosmos habita no Egito como em seu santuário.”. Todas as ações, não
importa o quão mundanas, de alguma forma correspondiam a um ato cósmico: a
aragem, o plantio, a colheita, a fabricação da cerveja, o tamanho de um copo de
cerveja, o formato de uma pirâmide, a construção de navios, os combates, os jogos
– todas eram vistas como símbolos terrenos das atividades divinas. No Egito, o
que hoje chamamos de religião, era tão amplamente reconhecido que nem mesmo
necessitava de um nome. Para eles, não havia diferenças palpáveis entre o
sagrado e o mundano. Todo o seu conhecimento, baseado na consciência cósmica,
estava implantado em suas práticas diárias, que se tornaram tradições.
Os egípcios antigos acreditavam em um Único Deus que criou e
concebeu a si mesmo, e que era imortal, invisível, eterno, onisciente,
todo-poderoso, etc. Este Único Deus nunca era representado, as funções a
atributos de seu domínio eram representados. Estes atributos eram chamados de Neteru.
Somente é possível definir Deus através da multiplicidade de “seus”
atributos/qualidades/poderes/ações. Esta
é a única maneira lógica, pois, por exemplo, referir-se a uma pessoa como sr.X
não significa nada. No entanto, ao descrever seus atributos e qualidades,
podemos conhece-lo. Durante seu reinado, o faraó Akhenaton pretendeu resumir
todos esses atributos em um só – Aton. (*Mas sua idéia não seguiu adiante com
seus sucessores.)
A cosmologia egípcia baseia-se em princípios científicos e
filosóficos coerentes. O conhecimento cosmológico do Antigo Egito foi expresso
no formato de uma história. As
bem-elaboradas histórias de mistério egípcias são um meio intencionalmente
escolhido de transmitir conhecimento. Quanto mais são estudadas, mais se
enriquecem, e, enraizadas como está na narrativa, a parte nunca se confunde com
o todo, da mesma forma que seu significado funcional não é esquecido nem
distorcido. Os contadores de história eram pessoas especialmente qualificadas
que tinham a incrível responsabilidade de ser – Maa Kheru (Voz da Verdade).
Citamos aqui três assuntos diferentes que são explicados por meio de histórias,
usando quatro conceitos personificados:
Ausar (Osíris)
Auset (Ísis)
Heru (Hórus)
Set (Seth)
1-Os quatro elementos do mundo (água, fogo, terra e ar)
conforme citação em Moralia, Vol V de Plutarco: “Os egípcios dão o nome de
Ausar (Osíris) a toda fonte e faculdade que criam a umidade, acreditando que
esta era a origem e a substância da semente originária da vida. O nome de Set
(Tífon em grego) deram a tudo o que é seco, fogoso e árido, em geral, e
antagônico à umidade. Como os egípcios consideram o Nilo o derramamento de
Ausar, acreditam que a terra é o corpo de Auset (Ísis), mas não toda a terra,
apenas a parte coberta pelo Nilo, fertilizando-a e unindo-a a ele. Desta união,
surge Heru (Hórus). Hora, que tudo conserva e nutre, isto é o abrandamento
sazonal do ar ao redor, é Horu (Hórus). A esquematização traiçoeira de Set
(Tífon), então, é o poder da seca, que controla e dissipa a umidade, que é a
fonte do Nilo e de sua cheia.”
2-A estrutura do modelo social é expressa na lendária
história de Ausar e Auset, seu filho Heru e seu tio set.
3-O papel cósmico da trindade/tríade/triângulo é expresso na
relação entre o pai (Ausar), a mãe (Auset) e o filho (Heru), que é análogo ao
triângulo-retângulo.
Todas as histórias cósmicas do Antigo Egito são impregnadas
com a estrutura da sociedade. Em outras palavras, ela deve conduzir suas
práticas de acordo com os mesmos princípios cósmicos presentes nessas
histórias. A história mais comum pata todos os egípcios é a de Ausar (Osíris) e
sua família. Entre todas as descobertas arqueológicas, não existe nenhum
registro completo dessa história. O que conhecemos dessa lenda chegou-nos por
meio de diversas versões escritas pelos primeiros escritores gregos e romanos,
e a mais comum é a versão contada por Plutarco.
O MODELO DE CRIAÇÃO EGÍPCIO
A seguir, mostramos uma versão resumida do modelo egípcio:
Todos os textos egípcios sobre a criação começam com a mesma
crença básica de que antes do início das coisas, havia um abismo primitivo líquido
– por todos os lados, sem fim e sem fronteiras ou direção. Os egípcios
denominaram este oceano cósmico/caos aquoso de
Nu/Ny/Nun – estado da matéria não polarizado. Nu/Ny/Nun é o “Ser
Subjetivo” símbolo da energia/matéria não formada, indefinida, não
diferenciada, inerte ou inativa, o estado não criado antes da criação, não pode
ser a causa de sua transformação.
Atum, que criou a si mesmo, cuspiu os gêmeos Shu e Tefnut,
que por sua vez, deu à luz Nut (o céu) e Geb (a terra/matéria). A união de Nut
e Geb produziu quatro filhos, Ausar (Osíris), Auset (Ísis), Set (Seth) e Nebt-Het
(Néftis).
A história conta que Ausar casou-se com Auset, e Set
casou-se com Nebt-Het. Ausar tornou-se rei da terra (Egito) após seu casamento
com Auset.
(Comentário do autor: a história cria a base da sociedade
matriarcal/matrilinear. Auset é a herdeira legítima. A história de Ausar
(Osíris) e Auset (Ísis) é a história de amor. Com Ausar e Auset existe uma
polaridade harmoniosa: irmão e irmã, almas gêmeas, marido e mulher. Isto é reflexo
da crença dos antigos e dos Baladi sobre as duas terras. O termo em egípcio
antigo para irmão e marido é a mesma palavra, sn, assim como sn.t significa
irmã e mulher. Portanto, é preciso ter cuidado ao ver sn ou sn.t em alguns
textos, e não tirar conclusões sobre incesto e similares. )
Tanto Ausar (Osíris) quanto Auset (Ísis) eram adorados pelos
egípcios, porém seu irmão Set (Seth) odiava Ausar e tinha ciúmes de sua
popularidade. Set arranjou uma briga com Ausar, assassinou-o e cortou seu corpo
em 14 pedaços (um para cada noite de lua minguante), e espalhou-o por todo o Egito.
(Comentário do autor: Ausar é associado à lua crescente e à lua minguante e com
a natureza cíclica do Universo. )
Auset partiu em busca dos pedaços de seu amado Ausar.
Depois da morte de Ausar, Set, como marido de Nebt-Het,
tornou-se rei do Egito, e governou como um tirano. Auset, a esposa fiel de
Ausar, encontrou todas as partes do corpo do marido, exceto o falo, que havia
sido engolido por um peixe. Ela reconstituiu o corpo, criando a primeira múmia
egípcia. Ausar e Auset não tinham filhos quando ele morreu, porém, por meio de
meios místicos, a múmia de Ausar ressuscitou por uma noite e dormiu com Auset
(equivalente a ser impregnado pelo Espírito Santo). Como resultado, Auset
concebeu um filho, que foi chamado de Heru (Hórus) e que foi criado secretamente
às margens do Delta do Nilo.
- Essa ação simboliza a reencarnação e o renascimento
espiritual; um elemento chave para a compreensão da crença egípcia na vida após
a morte. A concepção sobrenatural e o nascimento virginal de Heru também foram incorporadas
pelo Cristianismo. –
Quando Set descobriu a respeito da criança (Heru), tentou
matar o recém-nascido. Ao saber que Set estava a caminho, Auset escondeu seu
filho em Buto.
Quando cresceu, Heru (Hórus) desafiou Set pelo direito ao
trono. Heru e Set vivenciaram muitas batalhas e desafios e, por fim, tanto Heru
(o Ausar ressuscitado) e seu tio Set foram ao conselho de Neteru para
determinar quem deveria ser o governante e os dois apresentaram seus casos. O Conselho
de Neteru decidiu que Ausar/Heru deveria reassumir o trono no Egito, e Set
deveria reinar sobre os desertos/áreas baldias.
(Comentário do autor: A força física não decidiu o resultado da “Grande Luta”; a
disputa entre Heru e Set; mas um júri formado por seus semelhantes resolveu o
problema. O acordo e o princípio da co-existência pôs um fim no conflito. )
Durante a batalha, Set arrancou o olho de Heru e jogou-o no
oceano celestial. Tehuti (Toth) recuperou o olho que, posteriormente, foi
identificado com a lua e tornou-se um símbolo de proteção muito popular. Heru
usou este Olho para reviver seu pai adormecido e Ausar ressuscitou como uma
alma para governar o Mundo dos Mortos. Para os Egípcios, Ausar tornou-se o
espírito do passado, o Neter (Deus) dos Mortos e uma esperança para a
ressurreição e a vida após a morte.
Outra versão da história conta que assim que soube da tragédia,
Auset (Ísis) partiu em busca dos fragmentos do corpo do marido, embalsamou-os
com o auxílio do neter, Anbu (Anúbis), enterrou-os onde foram encontrados e criou
santuários nesses locais. Segundo essa versão da história, a cabeça de Ausar
(Osíris) foi enterrada em Abtu (Abidos), o coração, na ilha de Philae, perto de
Assuan, e o falo foi jogado no Nilo e engolido por um peixe. Por isso, os
sacerdotes eram proibidos de comer peixe.
--
Maat, A ordem Cósmica:
Para o religioso povo do Egito, a criação do Universo não
foi um evento físico que simplesmente aconteceu, e sim, um evento ordenado,
pré-planejado e executado de acordo com uma Lei Divina ordenada que governa os
mundos físico e metafísico. Por isso, lemos no Livro para Conhecer a Criação de
Rá e Destruir Apep (Apophis), conhecido como Papiro de Bremner-Rhind: “Não
havia ainda encontrado um local para me assentar. Concebi o Plano Divino da Lei
e da Ordem (Maa), para criar todas as formas. Estava sozinho, ainda não havia
cuspido Shu, e não havia cuspido Tefnut. E não havia niguém que pudesse atuar
comigo.”
Maat é a Netert (Deusa) que personifica o princípio da ordem
cósmica, o conceito pelo qual não só os homens, mas também os Neteru (Deuses)
são governados, e sem o qual os Neteru (Deuses) são inúteis.
Amen, A força Oculta:
Os egípcios afirmavam que não era possível explicar a
criação de dentro dela, somente estando exterior a ela. O Criador não é o
Universo criado. No papiro egípcio conhecido como Papiro Leiden, o Neter (Deus)
Amen/Amon/Amun (que significa “escondido”) representa a força escondida ou
oculta em que se baseia a criação. Ele é o Sopro da Vida. Apesar de
indefinível, é a razão pela qual o Universo pode ser definido. O termo egípcio
mais próximo a Deus é Amen-Renef (Aquele Cuja Essência Verdadeira é
Desconhecida).
Tornando-se Um:
A criação é a descoberta (definir a/ordenar a) de todo o caos (a
energia/matéria não diferenciada e consciente) do estado primitivo. Todos os relatos
do Antigo Egito sobre a criação demonstravam isto em etapas claramente
demarcadas e bem definidas. A primeira delas foi a autocriação do Ser Supremo
como criador e Ser, isto é, a passagem do ser subjetivo (Nu/Ny/Nun) para o Ser
Objetivo (Atum). Em termos humanos simples, isto equivale ao momento de
passagem do estado de sono (estado inconsciente, ser subjetivo). Assemelha-se a
estar em solo firme. Esta etapa da criação era representada pelas sagas
egípcias, por exemplo, a história de Atum originar-se de Ny/Ny/Nun. Nos Textos
de Unas (chamados Textos das Pirâmides) há a seguinte invocação: “Salutamos a
vós, Atum, Salutamos a vós, aquele que se torna a si mesmo! Vós sois ao alto em
vosso nome o Altíssimo; Vós tornais a si mesmo em vosso nome Khepri (Aquele que
torna a si mesmo).
A sequência da criação é encontrada em muitos textos do
Antigo Egito, sendo que a mais detalhada e claramente descrita está no já
mencionado Papiro de Bremner-Rhind, que data do século IV a.C (e que
acredita-se ser uma reprodução de um texto do Antigo Reinado, baseado no seu
estilo de escrita). Uma porção deste papiro, conhecida como Livro para Conhecer
a Criação de Rá e Destruir Apep (Apophis) diz: “- Concebi em meu coração, criei
diversas formas de seres divinos, como as formas dos meus filhos e dos filhos
dos meus filhos... – Criei o desejo com minha mão; copulei com minha mão,
expeli com minha boca. Cuspi Shu e cuspi Tefnut... – Depois de me tornar um
Neter (Deus), havia (então) três Neteru (Deuses) além de mim... – Criei todas
as cobras, e tudo o que foi criado com elas.”
- O texto acima refere-se, entre outras coisas, aos
seguintes conceitos do Antigo Egito: A criação como um Big-Bang, com a
separação de partes (filhos) e partes menores (filhos de seus filhos). A
dualidade da criação simbolizada por Shu e Tefnut. O conceito da Trindade (“Depois
de me tornar um Neter, havia então três Neteru além de mim”). A criação de
espaço/volume, onde o Universo deve se manifestar, sendo que as cobras
simbolizam o delineamento espacial.
RA - AUSAR o Ciclo Perpétuo :
Os egípcios viam o Universo como um dualismo entre Maat -
Verdade e Ordem – e a desordem. Amen-Renef convocou o Cosmo a partir do caos não-diferenciado
ao distinguir ambos, dando voz ao ideal da Verdade. Maat, é normalmente
retratado no formato duplo. O princípio dualista no estado da criação foi
expresso pelo par Shu e Tefnut. O par formado por marido e mulher é o modo
egípcio característico de expressar a dualidade e a polaridade. Esta natureza
dualista manifestava-se nos textos e tradições do Antigo Egito, conforme
mostram as descobertas arqueológicas. Mesmo os textos mais antigos do Antigo
Reinado, conhecidos como Textos das Pirâmides, expressam a natureza dualista: “...
e cuspiste como Shu e cuspiste como Tefnut”. Esta é uma analogia poderosa
porque usamos o termo “cuspido e escarrado” para dizer que algo é exatamente
igual a seu original. Outra forma de expressar a intenção da natureza dualista
está presente no texto do Antigo Egito conhecido como Papiro de Bremner-Rhind: “Fui
anterior aos Dois Anteriores que criei, pois tinha prioridade sobre os Dois
Anteriores que criei, visto que meu nome é anterior ao deles, porque criei-os
antes dos Dois Anteriores...”
Neheb Kau – que significa “o provedor das formas/atributos”,
era o nome dado à serpente que representa a primordial no Antigo Egito, Neheb
Kau é retratado como uma serpente de duas cabeças, indicando a natureza
dualista espiral do Universo.
O faraó egípcio sempre era chamado de “Senhor das Duas
Terras”. Os acadêmicos ocidentais afirmam que as Duas Terras eram o Alto e o
Baixo Egito. Não existe nenhuma referência que confirme essa afirmação, ou que
ao menos defina esta fronteira entre Alto Egito e Baixo Egito nos textos do
Antigo Egito. Por todos os templos do Antigo Egito, é possível encontrar
numerosas representações simbólicas relacionadas com a cerimônia de União das
Duas Terras, na qual são mostrados dois Neteru amarrando o papiro e flores de
lótus. Nenhuma das plantas é nativa de uma área específica do Egito. A
representação mais comum mostra os Neteru gêmeos, Hapi (uma imagem espelhada de
cada um deles), ambos como unissex com um único seio. O termo “Duas Terras” é
muito familiar aos egípcios Baladi, que referem-se a ele em sua vida diária. Eles
acreditam fortemente que existem Duas Terras – uma é aquela em que vivemos e a
outra é onde vivem nossos gêmeos idênticos (do sexo oposto). Ambos sujeitam-se
às mesmas experiências desde a data de nascimento até a data da morte. Você e
seu gêmeo “siamês”, que “aparentemente” separam-se no nascimento, serão
reunidos novamente no momento da morte. Os Enumeradores Egípcios Baladi, em
suas lamentações, depois da morte de uma pessoa, descrevem como o falecido é
preparado para unir-se a seu sósia (do sexo oposto), como se fosse uma
cerimônia de casamento. Isto é remanescente das muitas ilustrações simbólicas
da amarração entre as Duas Terras. Casar é atar os laços do matrimônio. Em
textos tão antigos quanto os Textos de Unas (Os Chamados “Textos das Pirâmides”),
descobrimos que o faraó Unas (2356-2323 a.C) une-se/ junta-se a Auset
imediatamente após deixar o mundo terreno. Isto baseia-se na premissa de que já
que todos os homens são Ausar em sua forma “morta”, todos se unem a seu sósia
(Auset, no caso dos homens) no momento de partir do mundo terreno.
O ciclo perpétuo da existência – o de vida e morte – é simbolizado
por Ra (Re) e Ausar (Osíris). Ra é o Neter Vivo que desce à morte para
tornar-se Ausar – o Neter dos mortos. Ausar ascende e volta à vida como Ra. A
criação é contínua: é um fluxo de vida que caminha em direção à morte, e Ausar
representa o processo do renascimento. Assim, os termos da vida e da morte
significa a ressurreição a uma nova vida. A pessoa morta, na morte,
identifica-se com Ausar, mas ressuscitará e será identificada com Ra. O ciclo
perpétuo de Ausar e Ra domina os textos do Antigo Egito, como:
No “Livro para Sair à Luz”, tanto Ausar quanto Ra vivem,
morrem e renascem. No Mundo dos Mortos, as almas de Ausar e Ra encontram-se, e
unem-se para formar uma entidade, descrita eloquentemente: “Sou suas Duas Almas
em Seus Gêmeos”. No capítulo 17 do “Livro para Sair à Luz”, o morto,
identificado com Ausar, diz: “Sou o ontem, conheço o amanhã.” E o comentário
egípcio sobre essa passagem explica: “O que é isto? – Ausar é ontem, Ra é
amanhã?”
Na tumba da rainha Neferti (mulher de Ramsés II) há uma
famosa representação do Neter solar (Deus) dos mortos, como um corpo mumificado
com uma cabeça de carneiro, acompanhada de uma inscrição, à direita e à
esquerda: “Este é Ra que descansará em Ausar. Este é Ausar que descansará em
Ra.”
A “Litania de Ra” é basicamente uma ampliação detalhada de
uma curta passagem do Capítulo 17 do “Livro para Sair à Luz”, descrevendo a fusão
de Ausar e Ra em uma Alma-Gêmea.
Os eternos opostos, Set (Seth) e Heru (Hórus), têm papeis
semelhantes nas representações de ritos simbólicos relacionados à cerimônia da “União
das Duas Terras”, retratados nos relevos das pedras em Lisht, perto de
Men-Nefer (Mênfis). O simbolismo é poderoso, pois os dois opostos são o Um em
um estado polarizado, no qual Set personifica o desejo não desenvolvido e Heru,
o desejo em desenvolvimento.
Tanto Heru quanto Tehuti (Toth) são mostrados em diversas
ilustrações nos templos do Antigo Egito realizando a simbólica União das Duas
Terras. Heru personifica a consciência, a mente, o intelecto e é identificado
com o coração. Tehuti personifica a manifestação e a entrega e é identificado
com a língua. Pensamos com o coração e agimos com a língua. Essas exigências
complementares foram descritas na Estela de Shabaka (716-701 a.C): “O Coração
pensa em que desejas e a Língua realiza o que desejas.”
Um dos títulos do rei egípcio era “Senhor da Diadema do
Abutre e da Serpente”. O diadema é o
símbolo terreno do homem divino, o rei, e é formado pela serpente (símbolo da
função intelectual divina) e o abutre (símbolo da função reconciliatória). A
serpente representa o intelecto, a facilidade, por meio da qual o homem divide
o todo em partes constitutivas, como a serpente que engole a presa inteira, e
faz a digestão ao dividi-la em partes digeríveis. Um homem divino deve
conseguir distinguir e reconciliar. Já que essas forças dualistas residem no
cérebro dele, o formato do corpo da serpente (no diadema) segue as suturas
fisiológicas do cérebro, onde essas faculdades especificamente humanas se
encontram. Esta função dualista do cérebro é vivida em ambos os lados. A parte
do diadema que fica no meio da testa representa o terceiro olho, com todas as
suas faculdades intelectuais.
--
Animismo e Simbolismo:
Há muito tempo os antigos egípcios e os Baladi reconhecem a
presença de energia em todas as coisas. A existência de energias cósmicas
(neteru) em cada pedra, mineral, madeira, etc., é claramente mostrada na Estela
de Shabaka (século VIII a.C).
“Então os neteru (deuses) entraram em seus corpos, através
de todos os tipos de madeira, mineral, argila, todas as coisas que crescem nele
(terra).”
A matriz de energia universal (no estado anterior à criação
conhecida como Nun/Ny/Nu) cerca o mundo como um produto de um complexo sistema
de relações entre as pessoas (vivas e mortas), animais, plantas e fenômenos
naturais e sobrenaturais. Essa teoria é normalmente chamada de Animismo, devido
à sua premissa central de que todas as coisas são “animadas” (energizadas) por
forças vitais. Cada minúscula partícula em todas as coisas está em constante
movimento, isto é, energizada, como reconhecido pela teoria cinética. Em outras
palavras, todas as coisas são animadas (energizadas), os animais, as pedras, os
pássaros, até o ar, o sol e a lua. Já que o Universo criado é ordenado, sua
matriz de energia também o é, como uma máquina bem lubrificada, com nove mecanismos
interagentes e interpenetrantes, os Nove Mundos. Os antigos egípcios e os
Baladi acreditam que a matriz de energias universal é formada por nove mundos,
que são normalmente classificados como sendo sete céus (mundos metafísicos) e
duas terras (mundos físicos). Os seres que são mais conscientes espiritualmente
habitam um nível superior e as almas menos evoluídas, um nível inferior.
(Podendo subir ou descer os níveis conforme o desenvolvimento espiritual.)
Os neteru (deuses) são a personificação das
energias/poderes/forças que criaram, mantiveram e continuam a manter o
Universo, por meio de suas ações e interações. Os neteru e suas funções
posteriormente foram denominados de “anjos”. O Cântico de Moisés, no Deuteronômio
(32:43), encontrado em uma caverna em Qumran, próximo ao Mar Morto, menciona a
palavra deuses no plural: “Louvai, é céus, com ele e honrem-no, é deuses”.
Quando a passagem é citada no Novo Testamento (Hebreus, 1:6), a palavra “deuses”
é substituída por “anjos de Deus.”
No simbolismo egípcio, o papel preciso dos neteru (deuses)
era revelado de várias maneiras: através de vestimentas, ornamentos de cabeça,
coroas, plumas, animais, plantas, cores, posições, tamanhos, gestos, objetos
sagrados, ou tipo de objeto simbólico (isto é, mangual, cetro, bastão, ankh).
Esta linguagem simbólica representa a riqueza dos dados físicos, fisiológicos,
psicológicos e espirituais destes símbolos.
Alguns animais foram escolhidos para simbolizar aspectos
específicos da divindade. Este meio de expressão eficiente é consistente com
todas as culturas, pois no ocidente (por exemplo), diz-se “quieto como um rato”,
“astuto como uma raposa”, etc. Portanto, a representação animal de funções e
atributos é bastante forte. Os neteru (deuses) com formato de animais ou com cabeça
de animal eram expressões simbólicas de um entendimento espiritual profundo. No
antigo Egito, quando presente um animal completo, uma função/atributo era
representada em sua forma mais pura e quando havia uma figura com cabeça de
animal, esta função/atributo era aplicado ao ser humano.
O modo de escrever no Antigo Egito, comumente conhecido como
hieróglifo, é formado por um grande número de símbolos pictóricos. A palavra hieróglifo
tem origem no grego, significando escrita sagrada (hieros = sagrado/santo,
glyphein = impresso). Há diversos símbolos sagrados (hieróglifos) que mostram
animais, inteiros ou em partes.
SIGNIFICADO DOS NÚMEROS NO EGITO ANTIGO:
1 = Para os egípcios, Um não é um número, mas a essência do
princípio fundamental do número, e todos os outros números são feitos a partir
dele. Plutarco observou que Um não é um número ímpar quando escreveu que três é
o primeiro número ímpar perfeito. O Um representa a unidade: o Absoluto como
energia não polarizada. O Um não é ímpar nem par, mas ambos, pois se somado a
um número ímpar, transforma-se em par, e vice-versa. Por isso ele combina os
opostos, par e ímpar, e todos os outros opostos do Universo. A unidade é uma
consciência perfeita, eterna e não-diferenciada.
2 = A Natureza Dualística – Para os antigos egípcios, o estado
da pré-criação é formado por quatro pares de gêmeos primitivos de gênero
dualista.
Os egípcios viam o Universo como um dualismo entre Maat-
Verdade e Ordem – e a desordem, Amen-Renef convocou o Cosmo a partir do caos
não-diferenciado ao distinguir ambos, dando voz ao ideal da Verdade. Maat, como
visto aqui, é normalmente retratado no formato duplo – Maat.
O princípio dualista no estado da criação foi expresso pelo
par Shu e Tefnut. O par formado por marido e mulher é o modo egípcio
característico de expressar a dualidade e a polaridade. Esta natureza dualista manifestava-se
nos textos e tradições do Antigo Egito, conforme mostram as descobertas
arqueológicas. Mesmo os textos mais antigos do Antigo Reinado, conhecidos como “Textos
das Pirâmides 1652”, expressam a natureza dualista: “ e cuspiste como Shu e
cuspiste como Tefnut.”
Outra forma de expressar a intenção da natureza dualista
está presente no texto do Antigo Egito conhecido como “Papiro de Bremner-Rhind”:
“Fui anterior aos Dois Anteriores que criei, pois tinha prioridade sobre os
Dois Anteriores que criei, visto que meu nome é anterior ao deles, porque
criei-os antes dos Dois Anteriores.”
Neheb Kau – que significa o provedor das formas/atributos –
era o nome dado à serpente que representa a primordial no Antigo Egito, Neheb
Kau é retratado como uma serpente de duas cabeças, indicando a natureza
dualista espiral do Universo.
O faraó egípcio sempre era chamado de “Senhor das Duas
Terras”. Isso pode ser tanto por causa do Alto e Baixo Egito, quanto por causa
da crença dos antigos egípcios em que um gêmeo idêntico de cada um vive também
em outro lugar, e ambos passam por experiências semelhantes, até que se reúnem no
momento da morte. Os Enumeradores Egípcios Baladi, em suas lamentações, depois
da morte de uma pessoa, descrevem como o falecido é preparado para unir-se ao
seu sósia (*do sexo oposto), como se fosse uma cerimônia de casamento.
O ciclo perpétuo da existência – o de vida e de morte – é simbolizado
por Ra (Re) e Ausar (Osíris). Ra é o neter vivo que desce à morte para
tornar-se Ausar (Osíris) – o neter dos mortos. Ausar ascende e volta à vida
como Ra. No Mundo dos Mortos, as almas de Ausar e Ra encontram-se, e unem-se
para formar uma entidade, descrita eloquentemente no Papiro de Ani: “Sou suas
Duas Almas em Seus Gêmeos”
Os eternos opostos, Set (Seth) e Heru (Hórus), têm papeis
semelhantes nas representações de ritos simbólicos relacionados à cerimonia da “União
das Duas Terras”, retratados nos relevos das pedras em Lisht, perto de
Men-Nefer (Mênfis). O simbolismo é poderoso, pois os dois opostos são o Um em
um estado polarizado, no qual Set personifica o desejo não desenvolvido e Heru,
o desejo em desenvolvimento.
Tanto Heru (Hórus) quanto Tehuti (Toth) são mostrados em
diversas ilustrações nos templos do Antigo Egito realizando a simbólica “União
das Duas Terras”. Heru personifica a consciência, a mente, o intelecto e é
identificado com o coração, Tehuti personifica a manifestação e a entrega e é
identificado com a língua. Pensamos com o coração e agimos com a língua. Essas
exigências complementares foram descritas na Estela de Shabaka (716-701 a.C): “O
Coração pensa em que desejas e a Língua realiza o que desejas.”
Um dos títulos do rei egípcio era “Senhor da Diadema do
Abutre e da Serpente”. O diadema é o símbolo terreno do homem divino, o rei, e
é formado pela serpente (símbolo da função intelectual divina) e o abutre
(símbolo da função reconciliatória). A serpente representa o intelecto, a
facilidade, por meio da qual o homem divide o todo em partes constitutivas,
como a serpente que engole a presa inteira, e faz a digestão ao dividi-la em
partes digeríveis. O homem divino consegue distinguir e reconciliar. Já que
essas duas forças dualistas residem no cérebro dele, o formato do corpo da
serpente (no diadema) segue as suturas fisiológicas do cérebro, onde essas
faculdades especificamente humanas se encontram. Esta função dualista do
cérebro é vivida em ambos os lados. A parte do diadema que fica no meio da
testa representa o terceiro olho, com todas as suas faculdades intelectuais.
3 = A Triangulação da Criação - O papel metafísico do Três
era reconhecido no Antigo Egito, pois cada unidade é uma força tripla e tem a
natureza dupla. Isto era eloquentemente ilustrado em seus textos e tradições,
onde o neter (deus) autoconcebido, Atum, cuspiu Shu e Tefnut, colocou seus
braços ao redor deles e seu ka os penetrou, para tornar-se Um novamente. É o
Três que é Dois que é Um. Esta ação deu origem à Primeira Trindade, a primeira
fundação, o que está claro no Papiro Bremner-Rhind: “Depois de me tornar um
neter (deus), havia (então) três neteru (deuses) além de mim (isto é, Atum, Shu
e Tefnut)”.
Nos textos do Antigo Egito, Shu e Tefnut são descritos como
os ancestrais de todos os neteru (deuses/deusas) que conceberam todos os seres
do Universo. Esse triângulo formado por Atum-Shu-Tefnut possibilitou um
relacionamento contínuo entre o Criador e tudo o que foi subsequentemente
criado. O conceito de trindade no Antigo Egito também é encontrado nos
seguintes exemplos:
A estrofe 300 do Papiro de Lenden menciona a unidade em um
Ser dos três princípios, Amen, Ra e Ptah, dizendo: “Todos os neteru são três:
Amen, Ra e Ptah.... seu nome secreto é Amen. Ra pertence a ele como seu rosto e
Ptah é seu corpo.”
Um exemplo claro de uma Santíssima Trindade.
Outros exemplos comuns das tríades no Antigo Egito incluem:
Amen – Mut – Khonsu
Ausar (Osíris) – Auset (Ísis) – Heru (Hórus)
Ptah – Sekhmet – Nefertum
Ptah – Sokar – Ausar (Osíris)
O santuário triplo é a atração principal na maioria dos
templos egípcios, para guardar o poder triplo (três neteru) de cada templo.
Cada pequena localidade do Antigo Egito tinha sua própria
tríade de neteru, isto é, uma fundação identificável. Estas tríades locais não
entravam em conflito entre si – eram as fundações metafísicas de cada
localidade.
Para os antigos egípcios, as
Tríades/Trios/Trindades/Triângulos são uma e a mesma. Não havia diferenças
funcionais entre triângulos geométricos, tríades musicais u entre as muitas
trindades do Antigo Egito. O exemplo mais claro foi explicado por Plutarco com
relação ao triângulo 3:4:5, na Moralia, vol. V: “Os egípcios têm em grande
honra o mais bonito dos triângulos, já que admiram a natureza do Universo mais
próxima a ele...”
Em outras palavras, as diferentes formas dos triângulos
representam as diferentes naturezas do Universo.
4 = A Estabilidade do Quatro - Quatro é o número que
simboliza a solidez e a estabilidade. O significado do número 4 é mostrado nos
seguintes exemplos:
Os textos egípcios afirmam que o caos anterior à Criação
possuía características que se identificam com quatro pares de forças/poderes
primordiais. Cada par representa os gêmeos primitivos de gênero dualistas – o
aspecto masculino/feminino. Os quatro pares equivalem às quatro forças do
Universo (a força fraca, a força forte, a gravidade e o eletromagnetismo).
Os antigos egípcios possuíam quatro centros de ensino
cosmológico principais: Onnu (Heliópolis), Men-Nefer (Mênfis), Ta-Apet (Tebas)
e Khmunu (Hermópolis). Cada centro revelava uma das principais fases ou
aspectos da gênese.
Os quatro pares anteriores à Criação são um tema constante
nestes quatro centros.
Atualmente o Egito possui quatro Modos de Ensino Sufi que
foram criados no século XI EC, para manter as tradições do Antigo Egito sob a
lei islâmica.
Os egípcios utilizavam os quatro fenômenos simples (fogo,
ar, terra e água) para descrever os papéis funcionais dos quatro elementos
necessários à matéria. A água é a soma – o princípio que compõe o fogo, a terra
e o ar. A água também é uma subtância acima das outras.
Estes conceitos foram expressos nos textos do Antigo Egito
como Nu/Nun, a água (líquido) primitiva que contém todos os elementos do
Universo. Em Moralia, vol. V, Plutarco confirmou: “Pois a natureza da água,
sendo a fonte e origem de todas as coisas, criou, a partir de si mesma, três
substâncias materiais primevos: terra, ar e fogo.”
A estrofe 40 do Papiro Leiden introduziu a “Criação” falando
sobre o Artesão Divino do Universo, simbolizando Ptah, O Manifestador das
Formas.
O pilar Tet (Djed), símbolo da criação, é composto por
quatro elementos.
Outros exemplos incluem: os quatro filhos do neter (deus)
Geb (a terra), os quatro pontos cardeais, as quatro regiões do céu, os quatro
pilares do céu (apoio material do reino do espírito), os quatro filhos de
Herus, os quatro vasos canopos, nos quais os quatro órgãos eram depositados
após a morte.
5 = A Quinta Estrela – O significado e a função do número
cinco no Antigo Egito é indicado pela forma na qual era escrito, como dois
sobre três, ou como a estrela de cinco pontas. Em outras palavras, o número
cinco é o resultado da relação entre o número 2 e o número 3. O Dois simboliza
o poder da multiciplicidade, o feminino, o receptor, mutável, enquanto que o
Três simboliza o masculino. Esta era a “música das esferas”, as harmonias
universais representadas entre os dois símbolos primitivos universais masculino
e feminino, Ausar (Osíris) e Auset (ísis), cujo casamento sagrado gerou o filho,
Heru (Hórus). Em Moralia, vol. V, Plutarco confirmou este conhecimento egípcio:
Três (Osíris) é o primeiro número ímpar perfeito; quatro é um quadrado, cujo
lado é o número par dois (ísis), porém, de certa forma, o cinco (Hórus) é como
seu pai e de outra forma, sua mãe, pois é feito de dois e três. E panta (tudo)
é derivado de pente (cinco) e falam em contar numerando de cinco em cinco.”
O cinco incorpora os princípios da polaridade (II) e da
reconciliação (III). Todos os fenômenos, sem exceção, são polares por natureza,
triplo por princípio. Portanto o cinco é a chave para a compreensão do Universo
manifesto, segundo Plutarco sobre o pensamento egípcio:
“E panta (tudo) é derivado de penta (cinco).”
As estrofes 50 e 500 do Papiro Leiden começam com a palavra
dua, que significa, ao mesmo tempo, “cinco” e “adorar”, e são formadas por
cânticos de adoração exaltando as maravilhas da Criação.
No Antigo Egito, o símbolo da estrela era desenhado com
cinco pontas e representava tanto o destino quanto o número cinco. As estrelas
de cinco pontas são os lares das almas que se foram bem-sucedidas, como
mencionado nos “Textos Funerários de Unas (conhecidos como textos das
Pirâmides), linha 904: “seja uma alma como uma estrela viva...”
Heru (Hórus) é a personificação de objetivo de todos os
ensinamentos iniciais e, portanto, está associado ao número cinco, pois é o
quinto, depois de Ausar, Auset, Set e Nebt-Het. Heru também é o número cinco no
triângulo retângulo 3:4:5, como confirmado por Plutarco.
6 = O Sexto Cúbico – A estrofe 6 do Papiro Leiden é a
primeira que permaneceu intacta da série de unidades dos números 1-9. Devido às
seis direções, seis é o número do espaço, volume e tempo por excelência e,
sendo assim, essa estrofe fala de todas as regiões sob o domínio de Amen-Ra.
Seis é o número cósmico do mundo material e, por isso, os egípcios o escolheram
para simbolizar tanto o tempo quanto o espaço. O tempo e o espaço são dois
lados da mesma moeda, que é perfeitamente representada na ciência da astronomia
e em sua aplicação – a astrologia. Atualmente, os cientistas, concordam que há
uma conexão próxima entre tempo e espaço – tão próxima que a existência de um
sem o outro é impossível.
Tempo – Para o Antigo Egito todas as coisas relacionadas à
contagem de tempo eram e são baseadas no número seis, ou seus múltiplos. O dia
completo era/é formado por 24 (6x4) horas, sendo 12 (2x6) horas diurnas e 12
(2x6) horas noturnas. A hora era/é formada por 60 (6x10) minutos, e o minuto é
formado por 60 (6x10) segundos. O mês tem 30 (6x5) dias. O ano tem 12 (2x6)
meses. O Grande Ano Zodiacal contem 12 Eras Zodiacais (signos).
Espaço (volume) – para defini-lo são necessárias seis
direções: acima e abaixo, anterior e posterior e esquerda e direita. O cubo, a
figura perfeita de seis lados, era usado no Egito para simbolizar o espaço
(volume).
Os egípcios eram muito conscientes da estrutura, em forma de
caixa, que é o modelo da terra ou do mundo material. O formato das esculturas
chamadas de estátuas de cubo prevalece desde o Médio Reinado (2040-1783 a.C),
onde o ser integrava-se à forma cúbica da pedra. Nestas estátuas cúbicas há uma
forte sensação de que o ser emerge da prisão do cubo e seu significado
simbólico é que o princípio espiritual emerge do mundo material. A pessoa
terrena é inequivocadamente posicionada na existência material.
A pessoa divina é retratada sentada em um cubo, ou seja,
mente sobre matéria.
Outras tradições, como a Platônica ou a Pitagórica, adotaram
o mesmo conceito da representação cúbica egípcia do mundo material.
Portanto, o simbolismo de “ampliar os horizontes” ou “ver
além daquilo que lhe é apresentado” (nas performances teatrais) é,
originalmente egípcia.
7 = O Sete Cíclico – O significado e a função do número7 no
Antigo Egito são demonstrados através do modo pelo qual o número era escrito. O
7 significava a união entre espírito (Três) e matéria (Quatro). Umas das formas
que tradicionalmente expressam o significado do 7 é a pirâmide, que combina a
base quadrada, simbolizando os quatro elementos, e os lados triangulares, que
simbolizam os três tipos do espírito.
No processo de Criação, Ausar (Osíris) é o sétimo: Nun,
Atum, Shu, Tefnut, Geb, Nut e Ausar. Ausar é o primeiro a nascer da união entre
céu (Nut) e terra (Geb), isto é, da união entre espírito (Nut) e matéria (Geb).
Por esta razão, Ausar está associado ao número 7 e seus múltiplos. Sete é o número
do processo, do crescimento e dos aspectos cíclicos básicos do Universo. Sete
elementos, normalmente, formam um conjunto completo – os sete dias da semana,
as sete cores do espectro, as sete notas da escala musical, etc. As células do
corpo humano são totalmente renovadas a cada sete anos.
A íntima relação entre Ausar e o 7 é refletida em alguns
exemplos do templo de Ausar em Abtu (Abidos):
É o único templo com sete capelas. Existem sete formas
espirituais de Ausar. Existem sete barcos de Ausar. 42 (7x6) é o número de
assessores/jurados no Dia do Juízo, que é presidido por Ausar.
42 (7x6) é o número de passos necessários para se entrar no
templo.
O pilar de Tet (Djed), que é o símbolo sagrado de Ausar, tem
7 degraus, o que lembra a doutrina dos chakras do sistema de yoga kundalini da Índia.
Os chakras são pontos centrais da estrutura psicofísica do homem que correspondem
aos 7 pontos constituintes, junto com a ligação que os une, a chamada espinha
humana.
Os 7 centros de Tet representam os 7 degraus metafóricos da
escada que leva da matéria ao espírito. Já que o homem é um microcosmo do
padrão cósmico, Tet representa um microcosmo da cosmologia universal.
É difícil separar o número 7 e Ausar, e o 7 marca o fim de
um ciclo.
8 = A Oitava – O 7 marca o fim de um ciclo e o oito, o
início de um novo ciclo – uma oitava.
Os antigos egípcios e os Baladi acreditam que o Universo é
composto por nove mundos (sete céus e duas terras/solos). Nossa existência
terrena ocorre no oitavo mundo (a primeira terra/solo).
No número 8, encontramos o ser humano sendo criado à imagem
de Deus, o Primeiro Princípio. Nossa existência terrena no oitavo mundo é uma
réplica, e não uma duplicação – uma oitava. A oitava é o estado futuro do
passado. A continuidade da criação é uma série de réplicas – oitavas.
No Egito, o conhecido texto “Sarcofago de Petamon” (Museu do
Cairo, item 1160) afirma: “Sou o Um que se transforma em Dois, que se
transforma em Quatro, que se transforma em Oito, e então sou o Um novamente.”
Esta nova unidade (Um novamente) não é idêntica, mas análoga
à primeira unidade (Sou o Um). A antiga unidade não existe mais, e uma nova
unidade ocupa seu lugar: “O Rei está morto, vida longa ao Rei.” É uma renovação
da auto-réplica. Para provar o princípio da auto-réplica, são necessários 8
termos.
Musicalmente, o tema de renovação de 8 termos corresponde à
oitava, pois atravessa os 8 intervalos da escala (as 8 teclas brancas do
teclado). Por exemplo, uma oitava pode ser dois Dós sucessivos em uma escala
musical, Oito é o número de Tehuti e, Khmunu (Hermópolis), Tehuti (Hérmes para
os gregos e Mercúrio para os romanos) é chamado de “Senhor da Cidade do Oito”.
Tehuti dá ao homem acesso aos mistérios do mundo, que eram simbolizados pelo
número 8. A manifestação da Criação
surgiu através da palavra (ondas sonoras) de Ra por Tehuti.
A estrofe 80 do Papiro de Leiden retrata a criação de acordo
com o que é contado em Khmunu (Hermópolis), mencionando a Octóade – o Oito
Primordial – que era formado pela primeira metamorfose de Amen-Ra, o
misterioso, o escondido, que era conhecido em Men-Nefer (Mênfis) como Ta-Tenen
e em Ta-Apet (Tebas) como Ka-Mut-f, mas que permanecia sendo o Um.
Portanto, a manifestação da Criação em oito termos está
presente nos quatro centros cosmológicos do Antigo Egito.
Em Men-Nefer (Mênfis), Ptah, em suas 8 formas, criou o
Universo.
Em Onnum *Heliópolis), Atum criou os 8 seres divinos.
Em Khmunu (Hermópolis), 9 neteru primitivos – a Octóade –
criaram o Universo. Eram a personificação das águas primitivos.
Em Ta-Apet (Tebas), Amun/Aman/Amen depois de criar a si
mesmo em segredo, criou a Octóade.
A manifestação da Criação através de 8 termos também
reflete-se no processo místico de enquadrar o círculo.
9 = A Grande Enéade, os Nove Círculos – A propriadamente, a
nona estrofe do papiro de Leiden do Antigo Egito fala sobre a Grande Enéade –
as nove primeiras entidades que surgiram a partir de Nun.
O primeiro na Grande Enéade é Atum, que surgiu a partir de
Nun – o oceano cósmico. Atum cuspiu os gêmeos Shu e Tefnut, que deram à luz Nut
e Geb, cuja união produziu Ausar (Osíris), Auset (ísis), set (Seth) e Nebt-Het
(Néftis).
Os nove aspectos da Grande Enéade emanam, e estão
incunscritos, no Absoluto. Não são uma sequência, mas uma unidade –
interpenetrando, interagindo e encadeada. São a origem de toda a criação,
simbolizada por Heru (Hórius), que, de acordo com a estrofe 50 do Papiro de
Leiden, é: “o resultado da unidade-vezes-nove dos neteru.”
Já que o ser humano é uma réplica do Universo, uma criança
humana normalmente é concebida, formada, e nasce em nove meses. O número 9 marca o fim da
gestação e o fim de cada série de números.
Heru (Hórus) também é associado ao número 5. Cinco é o
número dos sólidos cósmicos (poliedros): tetraedro, cubo, octaedro, dodecaedro
e icosaedro, que são formados em 9 círculos concêntricos, em que cada sólido
toca na esfera que circunscreve o sólido seguinte. Estes nove círculos
representam os nove – a unidade da Grande Enéade, a origem de toda a criação
representada por estes sólidos cósmicos.
Na “Litania de Ra”, Ra é descrito como “Aquele
com o Gato e O Grande Gato”. Os nove mundos do Universo manifestam-se no gato,
pois o mesmo termo em egípcio antigo, b.st, representa tanto o gato como a
Grande Enéade (que significa a unidade-vezes-nove). Esta relação acabou sendo
transportada para a cultura Ocidental, na qual se diz que o “gato tem nove
vidas”. Os antigos egípcios e os Baladi adoram o Gato e o que ele representa.
(continua...)
--
LISTA DE REIS E FARAÓS DO ANTIGO EGITO =
Período Lendário:
Ptá 5.400 A.C. a 5.340 A.C. = Deus criador e divindade patrona da cidade de Mênfis.
Rá 5.340 A.C. a 5.280 A.C. = Deus sol, e criador do mundo.
Shu 5.280 A.C. a 5.220 A.C. = Deus do ar seco, do estado masculino, do calor, da luz e da perfeição.
Geb 5.220 A.C. a 5.180 A.C = Deus da terra.
Osíris 5.180 A.C. a 5.120 A.C. = Deus associado à vida no além, ele decidia se as pessoas iriam reencarnar ou perder a vida no além
Hórus 5.120 A.C. a 5.060 A.C. = Deus dos céus.
Tot 5.060 A.C. a 5.000 A.C. = Deus da sabedoria, e da escrita.
Maat 5.000 A.C. a 4.940 A.C. = Deusa da justiça e do equilíbrio.
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LISTA DE REIS E FARAÓS DO ANTIGO EGITO =
Período Lendário:
Ptá 5.400 A.C. a 5.340 A.C. = Deus criador e divindade patrona da cidade de Mênfis.
Rá 5.340 A.C. a 5.280 A.C. = Deus sol, e criador do mundo.
Shu 5.280 A.C. a 5.220 A.C. = Deus do ar seco, do estado masculino, do calor, da luz e da perfeição.
Geb 5.220 A.C. a 5.180 A.C = Deus da terra.
Osíris 5.180 A.C. a 5.120 A.C. = Deus associado à vida no além, ele decidia se as pessoas iriam reencarnar ou perder a vida no além
Hórus 5.120 A.C. a 5.060 A.C. = Deus dos céus.
Tot 5.060 A.C. a 5.000 A.C. = Deus da sabedoria, e da escrita.
Maat 5.000 A.C. a 4.940 A.C. = Deusa da justiça e do equilíbrio.
Período Pré-Dinástico (4940 – 3200 a.C.)
Baixo Egito: Hsekiu (Seka)
Baixo Egito: Khayu
Baixo Egito: Tiu (Teyeuw)
Baixo Egito: Thesh (Tyesh)
Baixo Egito: Neheb
Baixo Egito: Wazner
Baixo Egito: Mekh
Baixo Egito: Desconhecido
Baixo Egito: Falcão Duplo
Alto Egito: Elefante (Pe-Hor, Pen-abu
Alto Egito: Escorpião I
Dinastia 0 (3200 – 3150 a.C.)
Iry-Hor
Crocodilo (Shendjw)
Ka (Sekhen)
Escorpião II (Serqet)
Dinastia I (3150 - 2900 a.C.)
Hórus-Narmer
Hórus-Aha
Neith-hotep
Hórus-Djer
Hórus-Djet
Merneith
Hórus-Den
Hórus-Anedjib
Hórus-Semerkhet
Hórus-Qa’a
Hórus-Sneferka
Hórus-Ba
Dinastia II (2900 - 2670 a.C.)
Hórus-Hotepsekhemui
Hórus-Nebré
Nynetjer
Nisut-Bitj-Nebty-Weneg
Senedj
Set-Peribsen
Sekhemib-Perenmaat
Neferkare I Aaka
Neferkasokar
Hudjefa
Khasekhem
Dinastia III (2686 - 2613 a.C.)
Djoser
Sekhemkhet
Sanakht
Khaba
Huni
Dinastia IV (2613 - 2498 a.C.)
Snefru
Quéops(Kheops)
Djedefre(Redjedef)
Quéfren
Miquerinos
Chepseskaf
Dinastia V (2498 - 2345 a.C.)
Userkaf
Sahure
Neferirkare I Kakay
Neferefré(Reneferef)
Chepseskaré
Niuserré Ini
Menkauhor
Djedkare Isesi
Unas (Wenis)
Dinastia VI (2345 – 2181 a.C.)
Teti
Userkaré
Meryre Pepi I
Merenré Nemytemsaf I
Neferkare Pepi II
Merenré Nemytemsaf II
Nitekreti ou Netjerkare Siptah I
Dinastia VII (2181 – 2173 a.C.)
Menkaré
Neferkaré II
Neferkaré III Nebi
Djedkaré Shemai
Neferkaré IV Khendu
Merenhor
Neferkamin I
Nikaré I
Neferkaré V Tereru
Neferkahor
Dinastia VIII (2172 – 2160 a.C.)
Neferkaré VI Pepiseneb
Neferkamin II Anu
Qakare Ibi
Neferkauré
Neferkauhor Khwiwihepu
Neferirkaré II
Dinastia IX (2160 - 2131 a.C.)
Meribré Kheti I
Merikaré
Neferkaré VII
Setut
Desconhecido
Mery...
Shed...
H...
Kheti II
Kheti III
Kheti IV
Dinastia X (2130 – 2040 a.C.)
Merihathor
Kheti V
Neferkaré VIII
Nebkauré Kheti VI / II
Wahkaré Kheti VII / III
Merikaré (II)
Dinastia XI (2130 - 1991 a.C.)
Antef Iri-pat (O Velho)
Mentuhotep I Tepi-a (O Grande)
Sehertawy Antef I
Wahankh Antef II
Nakhtnebtepnefer
Antef III
Nebhepetré
Mentuhotep II
Nehebpetré Mentuhotep II
Sankaré Mentuhotep III
Nebtauiré Mentuhotep IV
Menkaré Segerseni
Qakare Ini
Iyibkhentré
Dinastia XII (1991 – 1802 a.C.)
Sehetepibré Amenemhat I
Kheperkaré Senusret I
Nubkauré Amenemhat II
Khakheperré Senusret II
Khakauré Senusret III
Nimaetré Amenemhat III
Maakheruré Amenemhat IV
Sobekaré Sobekneferu
Dinastia XIII (1801 - 1711 a.C.)
Sekhemré Khutawy Amenemhat Sebekhotep I
Mehibtawy Sekhemkaré Amenemhat Sonbef
Nerikaré
Sekhemkaré Amenemhat V
Ameny Qemau
Hotepibré Qemau Siharnedjheritef
Iufni
Seankhibré Amenemhat VI
Semenkaré Nubni
Sehetepibré (I/II) Sewesekhtawy
Sewadjkaré
Nedjemibré
Khaankhré Sebekhotep II
Renseneb Amenemhat
Awibré Hor I
Sekhemrekhutawy Khabaw
Djedkheperew
Sebkay
Sedjefakaré KayAmenemhat VII
Khutawyré Wegaf
Userkareé Khendjer
Smenkhkaré Imyremeshaw
Sehetepkaré Antef IV
Set Meribre
Sekhemresewdjtawy Sebekhotep III
Khasekhemré Neferhotep I
Menwadjré Sihathor
Khaneferré Sebekhotep IV
Merhotepré Sebekhotep V
Khahotepré Sebekhotep VI
Wahibré Ibiau
Merneferré Ay I
Merhotepr´r Ini
Sankhenré Sewadjtu
Mersekhemré Ined(Neferhotep II)
Sewadjkaré Hor II
Merkauré Sebek-hotep VII
(sete reis)
Mer[…]re
Merkheperré
Merkaré
Desconhecido
Sewadjaré Mentuhotep V
[…]mosré
Ibi […]maatré
Hor[…] […]webenré
Se...karé
Seheqenré Sankhptahi
.,,ré
Se...enré
Djedhotepré Dedumés I
Djedneferré Dedumés II
Sewahenré Senebmiu
Mershepsesré Ini II
Menkauré Snaaib
Dinastia XIV (1710 – 1650 a.C.)
Sekhaenré Yakbim
Nubwoserré Ya'ammu
Khawoserré Qareh
Aahotepré 'Ammu
Maahibré Sheshi
Aasehré Nehesi
Khakherewré
Nebefawré
Sehebré
Merdjefaré
Sewadjikaré III
Nebdjefaré
Webenré
Desconhecido
Djefaré...
Nebsenré
Sekheperenré
Anati Djedkaré
Bebnum
Apepi I
Nuya
Wazad
Sheneh
Shenshek
Khamuré
Yakareb
Meruserré Yaqub-Har
Dinastia XV (1650 – 1540 a.C.)
Salitis (Charek)
Semqen
'Aper-'Anat
Sakir-Har
Seuserenré Khyan
Nebkhepeshre Aqenenre Auserre Apopi I
Aasehré Khamudi
Sekhemraneferkau Upuautemsaf
Sekhemrekhutawy Pantjeni
Menkauré Snaaib
Woseribré Senebkay
Dinastia XVI (1650 – 1580 a.C.)
Desconhecido
Sekhemresementawy Djehuti
Sekhemreseusertawy Sebekhotep VIII
Sekhemré Sankhtawy Neferhotep III Iykhernofret
Seankhenré Mentuhotepi
Sewadjenré Nebiriau I
Neferkaré(...) Nebiriau II
Semenré
Seuserenré Bebiankh
Sekhemré Shedwast
Seneferankhré Pepi III
Djedhotepré Dedumés I
Djedneferé Dedumés II
Djedankhré Montemsaf
Merankhré
Mentuhotep VI
Seneferibré Senusret IV (Sesóstris IV)
Nebmaetré
Dinastia XVII (1580 – 1554 a.C.)
Sekhemrewahkhaw Rahotep
Sekhemre Wadjkhaw Sobekemsaf I
Sekhemré Shedtawy Sobekemsaf II
Sekhemré-Wepmaet Antef V
Nubkheperré Antef VI
Sekhemré-Heruhirmaet Antef VII
Senakhtenré Amósis (I)
Sekenenré Taá
Wadjkheperre Kamés
Dinastia XVIII (1553 – 1292 a.C.)
Nehebpetiré Amósis
Djeserkaré Amenhotep I
Aakheperkaré Tutmés I
Aakheperenré Tutmés II
Maetkaré Hatchepsut I
Menkheperré Tutmés III
Akheperuré Amenhotep II
Menkheperré Tutmés IV
Nebmaetré Amenhotep III O Magnífico
Neferkheperuré-waenré Amenhotep IV - Akhenaton
Ankhkheperuré Semenkharé Djeser Kheperu
Ankhkheperuré-meri-Neferkheperuré/ -meri-Waenré/ -meri-Aton Neferneferuaton
Nebkhepruré Tutankhaton - Tutankhamon
Kheperkheperuré Irimaet Ay
Djeserkheperuré-setpenré Horemheb-meriamon
Dinastia XIX (1292 -1189 a.C.)
Menpehtiré Ramsés I
Menmaetré Seti I
Usermaetré-setpenré Ramsés II O Grande
Banenré-meriamon Merneptah
Menmiré-setpenré Amenmesés
Userkheperuré Seti II
Sakhenré-meriamon Merneptah Siptah
Sitré-merenamon Tausret
Dinastia XX (1189 – 1077 a.C.)
Userkhauré-setepenré-meriamon Setnakht
Usermaetré-meriamon Ramsés III
Heqamaetré-setpenamon Ramsés IV
Usermaetré-sekheperenré Ramsés V
Nebmaetré-meriamon Ramsés VI
Usermaetré-setpenré-meriamon Ramsés VII
Usermaetré-akhenamon Ramsés VIII
Neferkaré-setpenré Ramsés IX
Khepermaetré-setpenré Ramsés X
Menmaetré-setpenptah Ramsés XI
Dinastia XXI (1077 – 943 a.C.)
Hedjkheperré-setpenré Esmendes I
Neferkare Heqawaset Amenemnisu
Aakheperré Psusennes I
Usermaetré Amenemope
Aakheperré Setepenré Osorkon O Velho
Netjerikheperré-setpenamon Siamon-meriamon
Titkheperuré Psusennes II
Herihor
Piankh
Pinedjem I
Masaharta
Djedkhonsuefankh
Menkheperre
Esmendes II
Pinedjem II
Psusennes III
Dinastia XXII (943 – 720 a.C.)
Hedjkheperré-setepenré Shoshenq I
Sekhemkheperré Osorkon I
Heqakheperré Shoshenq II
Tutkheperré Shoshenq II
Hedjkheperré Harsiese
Takelot I
Usermaetré-setepenamon Osorkon II
Usermaetré-setepenré Shoshenq III
Shoshenq IV
Usermaetré-setepenré Pami
Aakheperré Shoshenq V
Usermaetré Osorkon IV
Dinastia XXIII (837 – 733 a.C.)
Hedjkheperré-setpenré Takelot II
Usermaetré-setepenamon Pedubast
Usermaetré-setepenamon Iuput
Usermaetré Shoshenq VI
Usermaetré-setepenamon Osorkon III
Usermaetré-setepenamon Takelot III
Usermaetré-setepenamon Rudamon
Menkheperré Ini
Dinastia XXIV (732 – 720 a.C.)
Shepsesre Tefnacte
Wahkaré Bakenrenef
Dinastia XXV (744 – 653 a.C.)
Usermaetré Pié
Djedkauré Shebitku
Neferkaré Shabaka
Khuinefertemré Taharqa
Bakaré Tantamani
Dinastia XXVI (685 – 525 a.C.)
Tefnacte II(Stephinates)
Nekauba (Nechepsos)
Menkheperré Necho I
Wahibré Psamético I
Psamético I
Necho II
Psamético II
Apriés
Amásis
Psamético III
Dinastia XXVII (525 – 405 a.C.)
Cambises
Dario I
Xerxes I
Artaxerxes I
Dario II
Dinastia XXVIII (404 – 399 a.C.)
Amirteu
Dinastia XXIX (399 – 380 a.C.)
Neferités I
Psamitus
Hakor
Neferités II
Dinastia XXX (380 – 343 a.C.)
Nectanebo I
Teos
Nectanebo II
Dinastia XXXI (343 -332 a.C.)
Artaxerxes II
Artaxerxes III
Dario III
Dinastia Macedônica (332 – 30 a.C.)
Setepenré meriamon Alexandre I O Grande
Filipe Arrideu
Khaibre setepenamon Alexandre II
Dinastia Ptolemaica (305 – 30 a.C.)
Setepenré meriamon Ptolemeu I Soter
Berenice I
Userkaré meriamon Ptolemeu II Filadelfos
Arsínoe I
Khnenmetibenmaet Netjeru Arsínoe II Filadelfos
Iwaensenwinetjerwy setepenré sekhemankhenamon Ptolemeu III Euergetes
Meritnetjerou Berenice II Euergetes
Iwaennetjerwymenekhwy Setepenptah Userkaré Sekhemankhamon Ptolemeu IV Filopator
Arsínoe III Téa Filopator
Agátocles
Sosíbio
Tlepólemo
Aristómenes de Alizeia
Horwennefer
Iwaennetjerwymer(wy)it Setepenptah Userkaré Sekhemankhamon Ptolemeu V Epifanes Eucaristos
Cleópatra I Téa Epifanes Sira
Ankhwennefer
Iwaennetjerwyperu Setepenptahkheperi Irimaetamonré Ptolemeu VI Filometor
Cleópatra II Filometor Soteira
Antíoco IV Epifanes da Síria
Iwaennetjerwyperwy setepenptah irimaetré sekhemankhenamon Ptolemeu VII (VIII) Euergetes Fiscon
Ptolemeu VIII (VII) Neos Filopator
Cleópatra III Euergetes Filometor Soteira Kokke
Ptolemeu Menfites
Harsiesi
Iwanetjermeneknetjeret Meretmutesnedjet Setepenptah Irimaetré Sekhemankhamon Ptolemeu IX Soter Latiros
Cleópatra IV
Cleópatra Selene I
Iwanetjermenekhenetjeret Menkhetré Setepenptah Irimaetré Senenankhenamon Ptolemeu X Alexandre I
Iripatet Wer(et)hesu(t) Cleópatra Berenice III Téa Filopator
Ptolemeu XI Alexandre II
Iwa'enpanetjernehem Setepenptah Irimaetenré Sekhemankhimen Pa Netjermery It Senet Usiri Hunu Ptolemeu XII Neos Dionisos Téos Filopator Téos Filadelfos Auletes
Cleópatra V Trifena
Cleópatra VI Trifena
Cleópatra Berenice IV Epifaneia
Seleuco Filometor Cibiosactes
Arquelau
Cleópatra VII Filopator
Ptolemeu XIII Téo Filopator
Arsínoe IV
Ptolemeu XIV
Ptolemeu XV Filopator Filometor Caesarion
Baixo Egito: Hsekiu (Seka)
Baixo Egito: Khayu
Baixo Egito: Tiu (Teyeuw)
Baixo Egito: Thesh (Tyesh)
Baixo Egito: Neheb
Baixo Egito: Wazner
Baixo Egito: Mekh
Baixo Egito: Desconhecido
Baixo Egito: Falcão Duplo
Alto Egito: Elefante (Pe-Hor, Pen-abu
Alto Egito: Escorpião I
Dinastia 0 (3200 – 3150 a.C.)
Iry-Hor
Crocodilo (Shendjw)
Ka (Sekhen)
Escorpião II (Serqet)
Dinastia I (3150 - 2900 a.C.)
Hórus-Narmer
Hórus-Aha
Neith-hotep
Hórus-Djer
Hórus-Djet
Merneith
Hórus-Den
Hórus-Anedjib
Hórus-Semerkhet
Hórus-Qa’a
Hórus-Sneferka
Hórus-Ba
Dinastia II (2900 - 2670 a.C.)
Hórus-Hotepsekhemui
Hórus-Nebré
Nynetjer
Nisut-Bitj-Nebty-Weneg
Senedj
Set-Peribsen
Sekhemib-Perenmaat
Neferkare I Aaka
Neferkasokar
Hudjefa
Khasekhem
Dinastia III (2686 - 2613 a.C.)
Djoser
Sekhemkhet
Sanakht
Khaba
Huni
Dinastia IV (2613 - 2498 a.C.)
Snefru
Quéops(Kheops)
Djedefre(Redjedef)
Quéfren
Miquerinos
Chepseskaf
Dinastia V (2498 - 2345 a.C.)
Userkaf
Sahure
Neferirkare I Kakay
Neferefré(Reneferef)
Chepseskaré
Niuserré Ini
Menkauhor
Djedkare Isesi
Unas (Wenis)
Dinastia VI (2345 – 2181 a.C.)
Teti
Userkaré
Meryre Pepi I
Merenré Nemytemsaf I
Neferkare Pepi II
Merenré Nemytemsaf II
Nitekreti ou Netjerkare Siptah I
Dinastia VII (2181 – 2173 a.C.)
Menkaré
Neferkaré II
Neferkaré III Nebi
Djedkaré Shemai
Neferkaré IV Khendu
Merenhor
Neferkamin I
Nikaré I
Neferkaré V Tereru
Neferkahor
Dinastia VIII (2172 – 2160 a.C.)
Neferkaré VI Pepiseneb
Neferkamin II Anu
Qakare Ibi
Neferkauré
Neferkauhor Khwiwihepu
Neferirkaré II
Dinastia IX (2160 - 2131 a.C.)
Meribré Kheti I
Merikaré
Neferkaré VII
Setut
Desconhecido
Mery...
Shed...
H...
Kheti II
Kheti III
Kheti IV
Dinastia X (2130 – 2040 a.C.)
Merihathor
Kheti V
Neferkaré VIII
Nebkauré Kheti VI / II
Wahkaré Kheti VII / III
Merikaré (II)
Dinastia XI (2130 - 1991 a.C.)
Antef Iri-pat (O Velho)
Mentuhotep I Tepi-a (O Grande)
Sehertawy Antef I
Wahankh Antef II
Nakhtnebtepnefer
Antef III
Nebhepetré
Mentuhotep II
Nehebpetré Mentuhotep II
Sankaré Mentuhotep III
Nebtauiré Mentuhotep IV
Menkaré Segerseni
Qakare Ini
Iyibkhentré
Dinastia XII (1991 – 1802 a.C.)
Sehetepibré Amenemhat I
Kheperkaré Senusret I
Nubkauré Amenemhat II
Khakheperré Senusret II
Khakauré Senusret III
Nimaetré Amenemhat III
Maakheruré Amenemhat IV
Sobekaré Sobekneferu
Dinastia XIII (1801 - 1711 a.C.)
Sekhemré Khutawy Amenemhat Sebekhotep I
Mehibtawy Sekhemkaré Amenemhat Sonbef
Nerikaré
Sekhemkaré Amenemhat V
Ameny Qemau
Hotepibré Qemau Siharnedjheritef
Iufni
Seankhibré Amenemhat VI
Semenkaré Nubni
Sehetepibré (I/II) Sewesekhtawy
Sewadjkaré
Nedjemibré
Khaankhré Sebekhotep II
Renseneb Amenemhat
Awibré Hor I
Sekhemrekhutawy Khabaw
Djedkheperew
Sebkay
Sedjefakaré KayAmenemhat VII
Khutawyré Wegaf
Userkareé Khendjer
Smenkhkaré Imyremeshaw
Sehetepkaré Antef IV
Set Meribre
Sekhemresewdjtawy Sebekhotep III
Khasekhemré Neferhotep I
Menwadjré Sihathor
Khaneferré Sebekhotep IV
Merhotepré Sebekhotep V
Khahotepré Sebekhotep VI
Wahibré Ibiau
Merneferré Ay I
Merhotepr´r Ini
Sankhenré Sewadjtu
Mersekhemré Ined(Neferhotep II)
Sewadjkaré Hor II
Merkauré Sebek-hotep VII
(sete reis)
Mer[…]re
Merkheperré
Merkaré
Desconhecido
Sewadjaré Mentuhotep V
[…]mosré
Ibi […]maatré
Hor[…] […]webenré
Se...karé
Seheqenré Sankhptahi
.,,ré
Se...enré
Djedhotepré Dedumés I
Djedneferré Dedumés II
Sewahenré Senebmiu
Mershepsesré Ini II
Menkauré Snaaib
Dinastia XIV (1710 – 1650 a.C.)
Sekhaenré Yakbim
Nubwoserré Ya'ammu
Khawoserré Qareh
Aahotepré 'Ammu
Maahibré Sheshi
Aasehré Nehesi
Khakherewré
Nebefawré
Sehebré
Merdjefaré
Sewadjikaré III
Nebdjefaré
Webenré
Desconhecido
Djefaré...
Nebsenré
Sekheperenré
Anati Djedkaré
Bebnum
Apepi I
Nuya
Wazad
Sheneh
Shenshek
Khamuré
Yakareb
Meruserré Yaqub-Har
Dinastia XV (1650 – 1540 a.C.)
Salitis (Charek)
Semqen
'Aper-'Anat
Sakir-Har
Seuserenré Khyan
Nebkhepeshre Aqenenre Auserre Apopi I
Aasehré Khamudi
Sekhemraneferkau Upuautemsaf
Sekhemrekhutawy Pantjeni
Menkauré Snaaib
Woseribré Senebkay
Dinastia XVI (1650 – 1580 a.C.)
Desconhecido
Sekhemresementawy Djehuti
Sekhemreseusertawy Sebekhotep VIII
Sekhemré Sankhtawy Neferhotep III Iykhernofret
Seankhenré Mentuhotepi
Sewadjenré Nebiriau I
Neferkaré(...) Nebiriau II
Semenré
Seuserenré Bebiankh
Sekhemré Shedwast
Seneferankhré Pepi III
Djedhotepré Dedumés I
Djedneferé Dedumés II
Djedankhré Montemsaf
Merankhré
Mentuhotep VI
Seneferibré Senusret IV (Sesóstris IV)
Nebmaetré
Dinastia XVII (1580 – 1554 a.C.)
Sekhemrewahkhaw Rahotep
Sekhemre Wadjkhaw Sobekemsaf I
Sekhemré Shedtawy Sobekemsaf II
Sekhemré-Wepmaet Antef V
Nubkheperré Antef VI
Sekhemré-Heruhirmaet Antef VII
Senakhtenré Amósis (I)
Sekenenré Taá
Wadjkheperre Kamés
Dinastia XVIII (1553 – 1292 a.C.)
Nehebpetiré Amósis
Djeserkaré Amenhotep I
Aakheperkaré Tutmés I
Aakheperenré Tutmés II
Maetkaré Hatchepsut I
Menkheperré Tutmés III
Akheperuré Amenhotep II
Menkheperré Tutmés IV
Nebmaetré Amenhotep III O Magnífico
Neferkheperuré-waenré Amenhotep IV - Akhenaton
Ankhkheperuré Semenkharé Djeser Kheperu
Ankhkheperuré-meri-Neferkheperuré/ -meri-Waenré/ -meri-Aton Neferneferuaton
Nebkhepruré Tutankhaton - Tutankhamon
Kheperkheperuré Irimaet Ay
Djeserkheperuré-setpenré Horemheb-meriamon
Dinastia XIX (1292 -1189 a.C.)
Menpehtiré Ramsés I
Menmaetré Seti I
Usermaetré-setpenré Ramsés II O Grande
Banenré-meriamon Merneptah
Menmiré-setpenré Amenmesés
Userkheperuré Seti II
Sakhenré-meriamon Merneptah Siptah
Sitré-merenamon Tausret
Dinastia XX (1189 – 1077 a.C.)
Userkhauré-setepenré-meriamon Setnakht
Usermaetré-meriamon Ramsés III
Heqamaetré-setpenamon Ramsés IV
Usermaetré-sekheperenré Ramsés V
Nebmaetré-meriamon Ramsés VI
Usermaetré-setpenré-meriamon Ramsés VII
Usermaetré-akhenamon Ramsés VIII
Neferkaré-setpenré Ramsés IX
Khepermaetré-setpenré Ramsés X
Menmaetré-setpenptah Ramsés XI
Dinastia XXI (1077 – 943 a.C.)
Hedjkheperré-setpenré Esmendes I
Neferkare Heqawaset Amenemnisu
Aakheperré Psusennes I
Usermaetré Amenemope
Aakheperré Setepenré Osorkon O Velho
Netjerikheperré-setpenamon Siamon-meriamon
Titkheperuré Psusennes II
Herihor
Piankh
Pinedjem I
Masaharta
Djedkhonsuefankh
Menkheperre
Esmendes II
Pinedjem II
Psusennes III
Dinastia XXII (943 – 720 a.C.)
Hedjkheperré-setepenré Shoshenq I
Sekhemkheperré Osorkon I
Heqakheperré Shoshenq II
Tutkheperré Shoshenq II
Hedjkheperré Harsiese
Takelot I
Usermaetré-setepenamon Osorkon II
Usermaetré-setepenré Shoshenq III
Shoshenq IV
Usermaetré-setepenré Pami
Aakheperré Shoshenq V
Usermaetré Osorkon IV
Dinastia XXIII (837 – 733 a.C.)
Hedjkheperré-setpenré Takelot II
Usermaetré-setepenamon Pedubast
Usermaetré-setepenamon Iuput
Usermaetré Shoshenq VI
Usermaetré-setepenamon Osorkon III
Usermaetré-setepenamon Takelot III
Usermaetré-setepenamon Rudamon
Menkheperré Ini
Dinastia XXIV (732 – 720 a.C.)
Shepsesre Tefnacte
Wahkaré Bakenrenef
Dinastia XXV (744 – 653 a.C.)
Usermaetré Pié
Djedkauré Shebitku
Neferkaré Shabaka
Khuinefertemré Taharqa
Bakaré Tantamani
Dinastia XXVI (685 – 525 a.C.)
Tefnacte II(Stephinates)
Nekauba (Nechepsos)
Menkheperré Necho I
Wahibré Psamético I
Psamético I
Necho II
Psamético II
Apriés
Amásis
Psamético III
Dinastia XXVII (525 – 405 a.C.)
Cambises
Dario I
Xerxes I
Artaxerxes I
Dario II
Dinastia XXVIII (404 – 399 a.C.)
Amirteu
Dinastia XXIX (399 – 380 a.C.)
Neferités I
Psamitus
Hakor
Neferités II
Dinastia XXX (380 – 343 a.C.)
Nectanebo I
Teos
Nectanebo II
Dinastia XXXI (343 -332 a.C.)
Artaxerxes II
Artaxerxes III
Dario III
Dinastia Macedônica (332 – 30 a.C.)
Setepenré meriamon Alexandre I O Grande
Filipe Arrideu
Khaibre setepenamon Alexandre II
Dinastia Ptolemaica (305 – 30 a.C.)
Setepenré meriamon Ptolemeu I Soter
Berenice I
Userkaré meriamon Ptolemeu II Filadelfos
Arsínoe I
Khnenmetibenmaet Netjeru Arsínoe II Filadelfos
Iwaensenwinetjerwy setepenré sekhemankhenamon Ptolemeu III Euergetes
Meritnetjerou Berenice II Euergetes
Iwaennetjerwymenekhwy Setepenptah Userkaré Sekhemankhamon Ptolemeu IV Filopator
Arsínoe III Téa Filopator
Agátocles
Sosíbio
Tlepólemo
Aristómenes de Alizeia
Horwennefer
Iwaennetjerwymer(wy)it Setepenptah Userkaré Sekhemankhamon Ptolemeu V Epifanes Eucaristos
Cleópatra I Téa Epifanes Sira
Ankhwennefer
Iwaennetjerwyperu Setepenptahkheperi Irimaetamonré Ptolemeu VI Filometor
Cleópatra II Filometor Soteira
Antíoco IV Epifanes da Síria
Iwaennetjerwyperwy setepenptah irimaetré sekhemankhenamon Ptolemeu VII (VIII) Euergetes Fiscon
Ptolemeu VIII (VII) Neos Filopator
Cleópatra III Euergetes Filometor Soteira Kokke
Ptolemeu Menfites
Harsiesi
Iwanetjermeneknetjeret Meretmutesnedjet Setepenptah Irimaetré Sekhemankhamon Ptolemeu IX Soter Latiros
Cleópatra IV
Cleópatra Selene I
Iwanetjermenekhenetjeret Menkhetré Setepenptah Irimaetré Senenankhenamon Ptolemeu X Alexandre I
Iripatet Wer(et)hesu(t) Cleópatra Berenice III Téa Filopator
Ptolemeu XI Alexandre II
Iwa'enpanetjernehem Setepenptah Irimaetenré Sekhemankhimen Pa Netjermery It Senet Usiri Hunu Ptolemeu XII Neos Dionisos Téos Filopator Téos Filadelfos Auletes
Cleópatra V Trifena
Cleópatra VI Trifena
Cleópatra Berenice IV Epifaneia
Seleuco Filometor Cibiosactes
Arquelau
Cleópatra VII Filopator
Ptolemeu XIII Téo Filopator
Arsínoe IV
Ptolemeu XIV
Ptolemeu XV Filopator Filometor Caesarion
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