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Mago Akinaton
Mago Akin
quarta-feira, 6 de abril de 2016
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Apresentação e Mul-Abroísmo
Neste blog descrevo meu entendimento do Universo, rituais de minha elaboração, e também, exponho textos diversos que encontrei, sobre misticismo, ocultismo, antigas tradições, história, religiões, e filosofia, citando as fontes de onde os tirei.
Mago Akin
YOWHE = Tendência a preservação do Universo Criado e inerente a tudo que favorece isso, como a vida e aspectos da espiritualidade. Uma das três primeiras divindades surgidas com a Criação.
OPOSITOR = Tendência ao rompimento do Universo Criado e retorno à Mul-Abroz, e inerente a tudo o que favorece a isso, como a morte e aspectos da espiritualidade. Uma das três primeiras divindades surgidas com a Criação
DISTÂNCIA = Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
DIREÇÃO = Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
FORÇA = Impulso primordial, origina tudo o que é movimento. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
CONCENTRAÇÃO (AORIS-URASVA-ÚT) = Define a quantidade de energia e luz distribuídas, dá a noção de centro. Aoris é a aproximação; É a distância que reduz entre dois pontos, sendo também relacionado à Distância. Urasva é o distanciamento; É a distância que aumenta entre dois pontos, sendo também relacionado à Distância. Út é o centro; é o meio da distância entre dois pontos, estando também relacionado à Distância. Concentração é uma das doze divindades do Arco Cósmico.
MUDANÇA = É a tendência a alterar uma condição. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
PRESERVAÇÃO = É a tendência a manter uma condição. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
ATRAÇÃO = É a tendência a reduzir a distância entre dois pontos. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
REPULSÃO = É a tendência a aumentar a distância entre dois pontos. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
JUNÇÃO = É a interação entre dois pontos. É criação, desenvolvimento e alquimia. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
REFREAMENTO = É o reduzir de velocidade da Mudança. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
ACELERAÇÃO = É o aumentar de velocidade da Mudança. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
Semi-Divindade do Arco Cósmico:
5ª das Existências, Plano Elemental:
CONSCIÊNCIA = São os observadores. Em seu estado mais puro é considerada o “Olho de Abroz”. Pode ser trazida com o desenvolvimento da Vida. Uma das cinco divindades do Plano Elemental.
MORTE = É o rompimento da Vida. Uma das cinco divindades do Plano Elemental.
FLUXO-KANSHARU-PROBABILIDADE = Dá forma a todos os fenômenos da natureza, e estados da matéria. Dá forma às forças que atuam na ciência da Física como a Gravitação, Força Forte, Fraca, e Eletromagnética. Também rege os tipos de energia como Nuclear, Química, Mecânica, Térmica, Luminosa, Elétrica. Kansharu é a maneira que os observadores percebem o Fluxo, um aspecto do Fluxo e pode ser considerado uma semi-divindade. Fluxo é uma das cinco divindades do Plano Elemental. Probabilidade é a maneira que os observadores lidam com a previsão dos acontecimentos.
PROBABILIDADE = Rege o cálculo da Consciência sobre o curso de todas as forças do Fluxo, com base no que ela sabe ou prevê.
ÍGI-MÁS = Ígi e Más são na realidade uma única Semi-Divindade, que pode ser dividida em duas manifestações de si mesma, que representam o conceito de Positivo e Negativo, e o conceito Oriental de Yin-Yang. Somente pode existir ligado à Consciência. Ígi representa o negativo, o receptivo e o feminino. Más representa o positivo, o ativo e o masculino.
SHANA-PHALOS = Shana é a energia feminina de Ígi, a mulher titânica primeva. Phalos é a energia masculina de Más, o homem titânico primevo. Só então feminino e masculino se distinguem, enquanto as divindades não podem ser chamadas exclusivamente de masculinas nem femininas.
IHSAT = Uma semi-divindade. O “anjo da morte” que conduz o rompimento da Vida para a Morte e da Consciência para Usama.
ISRATH = Uma semi-divindade. O “anjo da destruição” que conduz tudo o que existe para a Mudança, destruindo tudo o que é construído ou firmado, cedo ou tarde.
ARWAN = Uma semi-divindade. O “anjo da vida” que promove a Vida, conduzindo a matéria para a existência da vida, e sua manutenção. Também possui um aspecto de sofredor.
ZULTRAN = O titã da tecnologia. Zultran rege o conhecimento acerca das características e das probabilidades no cosmos.
GIRO = Semi-divindade associada ao Fluxo e à Concentração. Rege o spin, rotação e translação de partículas e corpos celestes.
ONDA = Semi-divindade associada ao Fluxo e à Concentração. Rege o fluir de todos os tipos de onda.
TEMPERATURA = Semi-divindade que representa a vibração das partículas, mantendo-se constante em todo o universo criado.
ENTROPIA = Semi-divindade que representa o movimento da temperatura através do espaço-tempo.
ATRITO = Semi-divindade que sustenta dá forma e a sustenta, relacionada à interação das partículas e energias.
ATAMBOLAS = Entidade. Atambolas é a força da vontade, da fé, e dos ideais da Consciência. Pode ser considerado qualquer ser ou divindade de religião ou linha espiritual, que não se enquadra como equivalente de algum Deus, Divindade, Semi-Divindade, Titã, ou Elemental mul-abroísta.
Atambolas é uma força capaz de agir no Plano Elemental (5ª das Existências) e no Plano Espiritual (6ª das Existências). Pode ser que consiga agir no Arco Cósmico (4ª das Existências). Sempre originada através da Consciência.
Atambolas pode pegar emprestado energia de outras Divindades, tais como: Pensamentos, Gênios, e talvez, até de Usama.
A expressão de Atambolas, se dá através de ação que foi motivada por sua existência.
A entidade Atambolas dá origem a inúmeras entidades menores Atambolas. Atambolas podem, as vezes, ser inspirados em indivíduos que já viveram, e também ganham força quando mais indivíduos acreditam neles, ou depositam neles a sua fé.
GÊNIOS = Emoções e Sentimentos; Vivem entre os pensamentos. Gênios são as emoções, e a união de muitos gênios compõem um sentimento. Uma das quatro divindades do Plano Espiritual.
PENSAMENTOS (Raciocínio-Imaginação-Memória) = Uma das quatro divindades do Plano Espiritual. É composto pelas Semi-Divindades Raciocínio, Imaginação e Memória.
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MUL-ABROZ : Deus Supremo, que é tanto o tudo quanto o nada. (Deus Supremo)
MUL : O nada. O único conhecedor de todos os mistérios. O Deus Intocável, eterno e sem fim. Continua igual, mesmo após a criação do Universo Cósmico. (Deus Supremo)
ABROZ : O tudo em seu estado mais puro. O dragão perfeito do qual se originam todas as coisas que existem em todos os universos. Perde sua forma original com a criação do Universo Cósmico. (Deus Supremo)
Probabilidade : É uma semi-divindade originada do Fluxo, assim como Kansharu. Probabilidade define a lógica de ação para a Consciência em sua falta de total sapiência. (Semi-Divindade)
Elementais Primários : São as partículas indivisíveis, ou elementares.
Raciocínio : Semi-divindade que compõe a Divindade Pensamento. Executa operações lógicas em diversas áreas, como por exemplo, com situações, linguagens e cálculos. (Semi-Divindade)
Imaginação : Semi-divindade que compõe a Divindade Pensamento. É imagem mental. (Semi-Divindade)
Memória : Semi-divindade que compõe a Divindade Pensamento. Consiste em noções do passado. (Semi-Divindade)
Mago Akin
MEU ENTENDIMENTO DO UNIVERSO:
Na tentativa de entender o Universo que me rodeia, e o qual faço parte, e também, na tentativa de encontrar a fé, cheguei a tais arquétipos e simbologias. Estas são as visões que me foram reveladas de uma nova religião ou espiritualidade, o
MUL-ABROÍSMO
MUL-ABROÍSMO
1ª das Existências, Nível Supremo:
MUL – ABROZ = O Deus Absoluto, perfeito, que origina tudo o que existe, e que também está além de tudo o que existe. Pode ser representado por: Mul, o Nada infinito, o abismo do vazio; E por Abroz, a manifestação de Tudo, o dragão divino todo poderoso. Mul-Abroz antecede a criação do cosmos e do espaço-tempo.
2ª das Existências, Dimensão Sagrada:
HANTOR – VASTYR = Hantor-Vastyr é um Deus originado em Abroz, e que por existir em uma dimensão sem limites, não é somente um, sendo então reconhecido como dois. Com a intenção de recriar o Universo Perfeito onde habitavam, Hantor e Vastyr utilizaram o espaço-tempo para criar o Universo Cósmico, ou Universo Criado. Esse evento fragmentou Abroz, Hantor-Vastyr a si próprios e todos os Deuses que coexistiam em Abroz, em muitas divindades novas, porém, Mul, o nada, permaneceu intacto, alimentando a eterna chama do dragão.
AGARON = Todos os infinitos Deuses que coexistiam com Hantor-Vastyr na Dimensão Sagrada.
AGARON = Todos os infinitos Deuses que coexistiam com Hantor-Vastyr na Dimensão Sagrada.
3ª das Existências, Esfera Infinita:
GONLA = O espaço-tempo. Energia cósmica pura. Uma das três primeiras divindades surgidas com a Criação. Está em tudo, e em toda parte no Universo Criado, tanto no vácuo, quanto na matéria.
YOWHE = Tendência a preservação do Universo Criado e inerente a tudo que favorece isso, como a vida e aspectos da espiritualidade. Uma das três primeiras divindades surgidas com a Criação.
OPOSITOR = Tendência ao rompimento do Universo Criado e retorno à Mul-Abroz, e inerente a tudo o que favorece a isso, como a morte e aspectos da espiritualidade. Uma das três primeiras divindades surgidas com a Criação
4ª das Existências, Arco Cósmico:
PARÂMETRO (EPÍTACLON-IÁRACLOS) = Propriedades do espaço, da origem à Matemática e à Geometria. Rege as ciências exatas. Epítaclon é a manifestação do Parâmetro que representa a Matemática. Iáraclos é a manifestação do Parâmetro que representa a Geometria. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
DISTÂNCIA = Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
DIREÇÃO = Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
FORÇA = Impulso primordial, origina tudo o que é movimento. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
CONCENTRAÇÃO (AORIS-URASVA-ÚT) = Define a quantidade de energia e luz distribuídas, dá a noção de centro. Aoris é a aproximação; É a distância que reduz entre dois pontos, sendo também relacionado à Distância. Urasva é o distanciamento; É a distância que aumenta entre dois pontos, sendo também relacionado à Distância. Út é o centro; é o meio da distância entre dois pontos, estando também relacionado à Distância. Concentração é uma das doze divindades do Arco Cósmico.
MUDANÇA = É a tendência a alterar uma condição. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
PRESERVAÇÃO = É a tendência a manter uma condição. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
ATRAÇÃO = É a tendência a reduzir a distância entre dois pontos. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
REPULSÃO = É a tendência a aumentar a distância entre dois pontos. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
JUNÇÃO = É a interação entre dois pontos. É criação, desenvolvimento e alquimia. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
REFREAMENTO = É o reduzir de velocidade da Mudança. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
ACELERAÇÃO = É o aumentar de velocidade da Mudança. Uma das doze divindades do Arco Cósmico.
Semi-Divindade do Arco Cósmico:
VELOCIDADE = Semi-divindade que representa a quantidade de alterações de condições da Concentração em relação a um período de espaço-tempo.
5ª das Existências, Plano Elemental:
VIDA = A Vida pode ser considerada resultado da interação entre Yowhe e Opositor. Uma das cinco divindades do Plano Elemental.
CONSCIÊNCIA = São os observadores. Em seu estado mais puro é considerada o “Olho de Abroz”. Pode ser trazida com o desenvolvimento da Vida. Uma das cinco divindades do Plano Elemental.
MORTE = É o rompimento da Vida. Uma das cinco divindades do Plano Elemental.
USAMA = É o rompimento da Consciência. É a consciência que se foi. Uma das cinco divindades do Plano Elemental.
FLUXO-KANSHARU-PROBABILIDADE = Dá forma a todos os fenômenos da natureza, e estados da matéria. Dá forma às forças que atuam na ciência da Física como a Gravitação, Força Forte, Fraca, e Eletromagnética. Também rege os tipos de energia como Nuclear, Química, Mecânica, Térmica, Luminosa, Elétrica. Kansharu é a maneira que os observadores percebem o Fluxo, um aspecto do Fluxo e pode ser considerado uma semi-divindade. Fluxo é uma das cinco divindades do Plano Elemental. Probabilidade é a maneira que os observadores lidam com a previsão dos acontecimentos.
Semi-Divindades, Elementais e Entidades que residem no Plano Elemental:
As forças da Gravitação, Forte, Fraca, e Eletromagnética são Semi-Divindades, e originam as Partículas Elementares, como os Quarks e os Léptons, que por sua vez são Elementais Primários. Átomos são Elementais Secundários.
As moléculas são Elementais Terciários.
A maneira que as moléculas progridem a agem entre si da forma à Kansharu.
KANSHARU = É o que percebemos como clima, é os estados da matéria, as diversas formas de cristais e rochas, o fogo, a água, o vento, os relâmpagos e as tempestades, tal como a brisa amena de um dia ensolarado. Kansharu é a forma do Universo Criado revelada à percepção.
PROBABILIDADE = Rege o cálculo da Consciência sobre o curso de todas as forças do Fluxo, com base no que ela sabe ou prevê.
ÍGI-MÁS = Ígi e Más são na realidade uma única Semi-Divindade, que pode ser dividida em duas manifestações de si mesma, que representam o conceito de Positivo e Negativo, e o conceito Oriental de Yin-Yang. Somente pode existir ligado à Consciência. Ígi representa o negativo, o receptivo e o feminino. Más representa o positivo, o ativo e o masculino.
SHANA-PHALOS = Shana é a energia feminina de Ígi, a mulher titânica primeva. Phalos é a energia masculina de Más, o homem titânico primevo. Só então feminino e masculino se distinguem, enquanto as divindades não podem ser chamadas exclusivamente de masculinas nem femininas.
IHSAT = Uma semi-divindade. O “anjo da morte” que conduz o rompimento da Vida para a Morte e da Consciência para Usama.
ISRATH = Uma semi-divindade. O “anjo da destruição” que conduz tudo o que existe para a Mudança, destruindo tudo o que é construído ou firmado, cedo ou tarde.
ARWAN = Uma semi-divindade. O “anjo da vida” que promove a Vida, conduzindo a matéria para a existência da vida, e sua manutenção. Também possui um aspecto de sofredor.
ZULTRAN = O titã da tecnologia. Zultran rege o conhecimento acerca das características e das probabilidades no cosmos.
GIRO = Semi-divindade associada ao Fluxo e à Concentração. Rege o spin, rotação e translação de partículas e corpos celestes.
ONDA = Semi-divindade associada ao Fluxo e à Concentração. Rege o fluir de todos os tipos de onda.
TEMPERATURA = Semi-divindade que representa a vibração das partículas, mantendo-se constante em todo o universo criado.
ENTROPIA = Semi-divindade que representa o movimento da temperatura através do espaço-tempo.
ATRITO = Semi-divindade que sustenta dá forma e a sustenta, relacionada à interação das partículas e energias.
ATAMBOLAS = Entidade. Atambolas é a força da vontade, da fé, e dos ideais da Consciência. Pode ser considerado qualquer ser ou divindade de religião ou linha espiritual, que não se enquadra como equivalente de algum Deus, Divindade, Semi-Divindade, Titã, ou Elemental mul-abroísta.
Atambolas é uma força capaz de agir no Plano Elemental (5ª das Existências) e no Plano Espiritual (6ª das Existências). Pode ser que consiga agir no Arco Cósmico (4ª das Existências). Sempre originada através da Consciência.
Atambolas pode pegar emprestado energia de outras Divindades, tais como: Pensamentos, Gênios, e talvez, até de Usama.
A expressão de Atambolas, se dá através de ação que foi motivada por sua existência.
A entidade Atambolas dá origem a inúmeras entidades menores Atambolas. Atambolas podem, as vezes, ser inspirados em indivíduos que já viveram, e também ganham força quando mais indivíduos acreditam neles, ou depositam neles a sua fé.
6ª das Existências, Plano Espiritual:
ESTADOS (AMBÁR) = Condições mentais, dores, prazeres. Ambár são os veículos que levam aos Estados. Ambár são todos os sentidos de um corpo, que percebem Kansharu, e são semi-divindades. Estados é uma das quatro divindades do Plano Espiritual.
GÊNIOS = Emoções e Sentimentos; Vivem entre os pensamentos. Gênios são as emoções, e a união de muitos gênios compõem um sentimento. Uma das quatro divindades do Plano Espiritual.
PENSAMENTOS (Raciocínio-Imaginação-Memória) = Uma das quatro divindades do Plano Espiritual. É composto pelas Semi-Divindades Raciocínio, Imaginação e Memória.
SHASHAS = Se configuram como princípios éticos e morais, definem padrões de comportamento. Cada ser individual possui um shasha único, que se modifica muito ou pouco ao longo de sua existência. Uma das quatro divindades do Plano Espiritual.
7ª das Existências ou Plano Misterioso:
APOCALYTU = O titã que, segundo a profecia, deve conduzir o Universo Criado de volta para o Universo Perfeito, destruindo as amarras cósmicas que aprisionam Abroz, e que o fazem estar em sono profundo.
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Explicações adicionais: Cada Divindade, ou aspecto do Universo Criado, se origina no nível de existência anterior (Superior), ao que existe. Por exemplo: A Vida reside na 5ª das Existências, ou Plano Elemental, mas foi originada à partir da 4ª das Existências, ou Arco Cósmico.
Os nomes dos deuses, divindades, semi-divindades e titãs vieram à mim por intuição.
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O ESTADO PURO E O INÍCIO DOS TEMPOS
No início estava Mul, o Abismo do Nada, e o seu consorte, Abroz, o Dragão originado das próprias trevas de Mul, sendo assim ambos o mesmo em princípio. Abroz é a chama da consciência universal, a essência de tudo o que existe. Abroz regozija-se com si mesmo e com o nada, entrando às vezes em torpor, por ter Mul, que o protege de si mesmo. Mul, é a vastidão sem fim, que toma substância no caos amórfico de Abroz.
Hantor e Vastyr, dois deuses, filhos de Mul e Abroz, decididos a recriar seu próprio modelo original, utilizaram respectivamente o espaço e o tempo, originando com isso todas as leis da simetria, da física, e de todas as ciências materiais.
A ação dos dois deuses partiu Abroz em pedaços. Hantor e Vastyr, que se originavam de Abroz e Mul, também foram afetados e divididos pela própria Criação. Os dois jovens deuses não haviam feito por mal, pois tudo o que conheciam era a perfeição na qual haviam nascido. Porém, não continham a sabedoria de seus pais e foram imprudentes. Apesar de Abroz ter sido destruído, Mul permaneceu intacto, e é o grande patrono da magia, do vazio e da escuridão, alimentador da chama eterna do Deus Dragão. Mul é o detentor do conhecimento oculto e da sabedoria infinita.
O MUNDO CÓSMICO
A divindade mantenedora do Universo Criado é Yowhe, protetor da Vida e patrono das Ciências Mundanas. O Deus que representa e contém em si toda a rebeldia manifestada contra o cosmos e suas criações é Opositor. Desde o início, Opositor tem combatido Yowhe, e por vezes o combate é tão intenso que ambos se mesclam um ao outro. A vida é resultado do combate entre Yowhe e Opositor. Opositor pode ser visto tanto como o causador de todas as desgraças, catástrofes, e rompimentos, como também aquele que se opõe ao universo imperfeito, recriado por Hantor e Vastyr, e também é aquele que trás a consciência da verdade, por meio das ilusões e do sofrimento que causam. Tanto Yowhe, quanto Opositor são dignos de serem respeitados e adorados, cada qual de uma maneira, sabendo que ambos provém da mesma fonte pura e perfeita. Ao mesmo tempo em que as forças benéficas, e que agem com justiça no Mundo, representam os próprios pilares da ilusão, as forças malévolas, que causam morte e sofrimento, representam a revelação da imperfeição do Mundo, e exaltam o fim. Todos somos glorificados em Abroz, a essência livre de toda e qualquer limitação.
O FIM DOS TEMPOS E A SALVAÇÃO , O RETORNO À PERFEIÇÃO
Apocalytu, o Deus-Titã, juntamente com o seu exército, trará o Fim dos Tempos e devolverá toda a verdadeira glória ao Universo. O mundo das ilusões, a Árvore da Vida e os Pilares do Firmamento serão destruídos, assim restaurando a consciência de Abroz, o Deus Dragão Hermafrodita.
Todas as forças no Universo Cósmico são manifestações impuras de Abroz, e a Batalha para sua ressurreição pode durar por quase todo o sempre. Próximo ao fim da Batalha Final, todas os divindades e seres do Universo, se aliarão à Apocalytu e despedaçarão o espaço e o tempo.
No Julgamento Final, Yowhe e Opositor concordarão com o fim do cosmos, pois todos os seres vivos, divindades e entidades encontrarão o limite aprisionador manifesto.
Ihsat, o anjo caído da morte, proporcionará o último desejo dos imortais, e Israth, o anjo da devastação, baterá suas asas e destruirá qualquer estrutura ou barreira aprisionadora.
O retorno à perfeição é inimaginável, sendo qualquer nome, conceito ou definição proposta uma mera aproximação simbólica.
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TODOS OS CONCEITOS DO MUL-ABROÍSMO EXPLICADOS:
Nível Supremo = Estado da Suprema Divindade Mul-Abroz, que é ela própria. O Universo Perfeito. Deixou de haver. Esta existência é anterior ao início dos tempos. (Primeira das Existências)
MUL-ABROZ : Deus Supremo, que é tanto o tudo quanto o nada. (Deus Supremo)
MUL : O nada. O único conhecedor de todos os mistérios. O Deus Intocável, eterno e sem fim. Continua igual, mesmo após a criação do Universo Cósmico. (Deus Supremo)
ABROZ : O tudo em seu estado mais puro. O dragão perfeito do qual se originam todas as coisas que existem em todos os universos. Perde sua forma original com a criação do Universo Cósmico. (Deus Supremo)
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Dimensão Sagrada = Estado de graça inerente à Mul-Abroz. Universo onde infinitos deuses existiam em plena força e bem-aventurança, mesclando-se uns nos outros. O Universo Perfeito em destruição. Deixou de haver. (Segunda das Existências)
HANTOR-VASTYR : Deus Criador do Universo Cósmico. Não pode ser considerado somente um, então é reconhecido como dois aspectos de si mesmo, Hantor e Vastyr. Elaborou a matéria prima do Universo Cósmico, o espaço-tempo, originando a Trindade Cósmica da Esfera Infinita. (Deus Criador)
Hantor : Aspecto do Deus Criador (Hantor-Vastyr) que elaborou o espaço. (Deus Criador)
Vastyr : Aspecto do Deus Criador (Hantor-Vastyr) que elaborou o tempo. (Deus Criador)
Agaron : Tudo o que existia na Dimensão Sagrada além de Hanthor-Vastyr, e também conectado a ele. (Deus)
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Esfera Infinita = Estado cósmico primevo. O Universo Cósmico, ou Universo Criado. Contém a Trindade Cósmica: Gonla-Yowhe-Opositor. (Terceira das Existências)
GONLA : Energia cósmica pura. O espaço-tempo. (Divindade)
YOWHE : Divindade que busca manter o Universo Cósmico. (Divindade)
OPOSITOR : Divindade que busca romper o Universo Cósmico. (Divindade)
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Arco Cósmico = Estado cósmico estrutural. (Quarta das Existências)
PARÂMETRO : Divindade que representa os limites do Arco Cósmico. Contém em si tanto a matemática (Epítaclon) quanto a Geometria (Iáraclos). (Divindade)
Epítaclon : Aspecto da divindade Parâmetro que representa a matemática. (Divindade Arquetípica)
Iáraclos : Aspecto da divindade Parâmetro que representa a geometria. (Divindade Arquetípica)
DIREÇÃO : Divindade que representa todos os horizontes no Universo Cósmico. (Divindade)
DISTÂNCIA : Divindade que representa o espaço dentro do Arco Cósmico. (Divindade)
FORÇA : Energia pura em ação no Universo Cósmico, originada através da divindade Gonla. O primeiro impulso, ou ação, que leva a todas as outras, à partir do Arco Cósmico. (Divindade)
ATRAÇÃO : Divindade que busca reduzir a distância entre quaisquer dois ou mais elementos no Universo Cósmico. (Divindade)
REPULSÃO : Divindade que busca aumentar a distância entre quaisquer dois ou mais elementos no Universo Cósmico. (Divindade)
ACELERAÇÃO : Divindade que busca reduzir o tempo entre eventos no Universo Cósmico. (Divindade)
REFREAMENTO : Divindade que busca aumentar o tempo entre eventos no Universo Cósmico. (Divindade)
JUNÇÃO : Divindade que interage quaisquer dois ou mais elementos à partir do Arco Cósmico. (Divindade)
CONCENTRAÇÃO : Divindade que representa todo e qualquer conceito de localização entre quaisquer elementos à partir do Arco Cósmico. (Divindade)
Aoris : É uma semi-divindade que representa o espaço que diminui entre quaisquer dois ou mais elementos à partir do Arco Cósmico. (Semi-Divindade)
Urasva : É uma semi-divindade que representa o espaço que aumenta entre quaisquer dois ou mais elementos à partir do Arco Cósmico. (Semi-Divindade)
Ut : É uma semi-divindade que representa o centro entre quaisquer dois ou mais elementos à partir do Arco Cósmico. (Semi-Divindade)
MUDANÇA : É uma divindade que leva ao movimento à partir do Arco Cósmico. (Divindade)
PRESERVAÇÃO : É uma divindade que busca manter todo e qualquer estado assumido à partir do Arco Cósmico. (Divindade)
Velocidade : É uma semi-divindade que representa a Mudança sobre a Concentração dentro de um período. (Semi-divindade)
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Plano Elemental = É o estado inerente ao Arco Cósmico. (Quinta das Existências)
FLUXO : É uma divindade que representa toda e qualquer interação entre dois ou mais elementos à partir do Plano Elemental. Governa desde a física quântica, até a física dos astros siderais. (Divindade)
Kansharu : É uma semi-divindade, que representa toda e qualquer coisa que pode ser percebida, por qualquer ser, dentro do Universo Cósmico. (Semi-Divindade)
Probabilidade : É uma semi-divindade originada do Fluxo, assim como Kansharu. Probabilidade define a lógica de ação para a Consciência em sua falta de total sapiência. (Semi-Divindade)
Elementais Primários : São as partículas indivisíveis, ou elementares.
(Exemplos: Férmions =
Quark Up e Anti-Quark Up
Quark Down e Anti-Quark Down
Quark Charm e Anti-Quark Charm
Quark Strange e Anti-Quark Strange
Quark Bottom e Anti-Quark Bottom
Quark Top e Anti-Quark Top
Léptons =
Elétron e Pósitron
Muon e Anti-Muon
Tau e Anti-Tau
Neutrino do Elétron (Anti-Neutrino do Elétron [?])
Neutrino do Muon (Anti-Neutrino do Muon [?])
Neutrino do Tau (Anti-Neutrino do Tau [?])
Bosons (As 4 Forças mais o Campo de Higgs) =
(Gauge) Fóton (Anti-Fóton [?])
(Gauge) Glúon (Anti-Gluon [?])
(Gauge) Bóson W (Anti-Bóson W [?])
(Gauge) Bóson Z (Anti-Bóson Z [?])
(Escalar) Bóson de Higgs (Anti-Bóson de Higgs [?])
-
Outras =
Graviton (?)
Partícula Fantasma
Matéria Escura
Fluxo Escuro
Energia Escura
Quase-Partícula Sóliton de Davydov
Quase-Partícula Dropleton
Quase-Partícula Excíton
Quase-Partícula Elétron-Buraco
Quase-Partícula Magnon
Quase-Partícula Fônon
Quase-Partícula Plasmaron
Quase-Partícula Plasmon
Quase-Partícula Polariton
Quase-Partícula Polaron
Quase-Partícula Roton
Quase-Partícula Trion
) (Elemental)
Elementais Secundários : São os átomos e as estruturas formadas à partir dos quarks e das outras partículas elementares.
Quark Up e Anti-Quark Up
Quark Down e Anti-Quark Down
Quark Charm e Anti-Quark Charm
Quark Strange e Anti-Quark Strange
Quark Bottom e Anti-Quark Bottom
Quark Top e Anti-Quark Top
Léptons =
Elétron e Pósitron
Muon e Anti-Muon
Tau e Anti-Tau
Neutrino do Elétron (Anti-Neutrino do Elétron [?])
Neutrino do Muon (Anti-Neutrino do Muon [?])
Neutrino do Tau (Anti-Neutrino do Tau [?])
Bosons (As 4 Forças mais o Campo de Higgs) =
(Gauge) Fóton (Anti-Fóton [?])
(Gauge) Glúon (Anti-Gluon [?])
(Gauge) Bóson W (Anti-Bóson W [?])
(Gauge) Bóson Z (Anti-Bóson Z [?])
(Escalar) Bóson de Higgs (Anti-Bóson de Higgs [?])
-
Outras =
Graviton (?)
Partícula Fantasma
Matéria Escura
Fluxo Escuro
Energia Escura
Quase-Partícula Sóliton de Davydov
Quase-Partícula Dropleton
Quase-Partícula Excíton
Quase-Partícula Elétron-Buraco
Quase-Partícula Magnon
Quase-Partícula Fônon
Quase-Partícula Plasmaron
Quase-Partícula Plasmon
Quase-Partícula Polariton
Quase-Partícula Polaron
Quase-Partícula Roton
Quase-Partícula Trion
) (Elemental)
Elementais Secundários : São os átomos e as estruturas formadas à partir dos quarks e das outras partículas elementares.
( Exemplos: Bárion Núcleon Próton
Bárion Núcleon Neutron
Bárion Lambda
Bárion Charmed Lambda
Bárion Bottom Lambda
Bárion Sigma Σ+
Bárion Sigma Σ0
Bárion Sigma Σ−
Bárion Charmed Sigma Σ++/c
Bárion Charmed Sigma Σ+/c
Bárion Charmed Sigma Σ0/c
Bárion Bottom Sigma Σ+/b
Bárion Bottom Sigma Σ0/b
Bárion Bottom Sigma Σ−/b
Bárion XI Ξ0
Bárion XI Ξ−
Bárion Charmed XI Ξ+/c
Bárion Charmed XI Ξ0/c
Bárion Charmed XI PRIMO Ξ′+/c
Bárion Charmed XI PRIMO Ξ′0/c
Bárion Duplo Charmed XI Ξ++/cc
Bárion Duplo Charmed XI Ξ+/cc
Bárion Bottom XI (CASCADE B) Ξ0/b
Bárion Bottom XI (CASCADE B) Ξ−/b
Bárion Bottom XI PRIMO Ξ′0/b
Bárion Bottom XI PRIMO Ξ′−/b
Bárion Duplo Bottom XI Ξ0/bb
Bárion Duplo Bottom XI Ξ−/bb
Bárion Charmed Bottom XI Ξ+/cb
Bárion Charmed Bottom XI Ξ0/cb
Bárion Charmed Bottom XI PRIMO Ξ′+/cb
Bárion Charmed Bottom XI PRIMO Ξ′0/cb
Bárion Charmed Ômega
Bárion Bottom Ômega
Bárion Duplo Charmed Ômega
Bárion Charmed Botton Ômega
Bárion Charmed Botton Ômega Primo
Bárion Duplo Bottom Ômega
Bárion Duplo Charmed Botton Ômega
Bárion Charmed Duplo Botton Ômega
Bárion Delta Δ++(1232)
Bárion Delta Δ+(1232)
Bárion Delta Δ0(1232)
Bárion Delta Δ−(1232)
Bárion Sigma Σ∗+(1385)
Bárion Sigma Σ∗0(1385)
Bárion Sigma Σ∗−(1385)
Bárion Charmed Sigma Σ∗++/c(2520)
Bárion Charmed Sigma Σ∗+/c(2520)
Bárion Charmed Sigma Σ∗0/c(2520)
Bárion Botton Sigma Σ∗+/b
Bárion Botton Sigma Σ∗0/b
Bárion Botton Sigma Σ∗−/b
Bárion XI Ξ∗0(1530)
Bárion XI Ξ∗−(1530)
Bárion Charmed XI Ξ∗+/c(2645)
Bárion Charmed XI Ξ∗0/c(2645)
Bárion Duplo Charmed XI Ξ∗++/cc
Bárion Duplo Charmed XI Ξ∗+/cc
Bárion Botton XI Ξ∗0/b
Bárion Botton XI Ξ∗−/b
Bárion Duplo Botton XI Ξ∗0/bb
Bárion Duplo Botton XI Ξ∗−/bb
Bárion Charmed Botton XI Ξ∗+/cb
Bárion Charmed Botton XI Ξ∗0/cb
Bárion Ômega
Bárion Charmed Ômega
Bárion Botton Ômega
Bárion Duplo Charmed Ômega
Bárion Charmed Botton Ômega
Bárion Duplo Botton Ômega
Bárion Triplo Charmed Ômega
Bárion Duplo Charmed Botton Ômega
Bárion Charmed Duplo Botton Ômega
Bárion Triplo Botton Ômega
Hyperon
Méson Píon π+
Méson Píon π-
Méson Píon π0
Méson Kaon K+
Méson Kaon K-
Méson Kaon K0S
Méson KOL
Méson ETA
Méson RHO ρ+
Méson RHO ρ-
Méson PHI
Méson D +
Méson D –
Méson D0+
Méson D0-
Méson DS+
Méson DS-
Méson J/PSI
Méson B+
Méson B-
Méson B0
Méson B0-
Méson UPSILON
Quarkônio Charmônio ηc(1S)
Quarkônio Charmônio J/ψ(1S)
Quarkônio Charmônio hc(1P)
Quarkônio Charmônio χc0(1P)
Quarkônio Charmônio χc1(1P)
Quarkônio Charmônio χc2(1P)
Quarkônio Charmônio ηc(2S), or η′c
Quarkônio Charmônio ψ(3686)
Quarkônio Charmônio ηc2(1D)†
Quarkônio Charmônio ψ(3770)
Quarkônio Charmônio ψ2(1D)
Quarkônio Charmônio ψ3(1D)†
Quarkônio Charmônio hc(2P)†
Quarkônio Charmônio χc0(2P)†
Quarkônio Charmônio χc1(2P)†
Quarkônio Charmônio χc2(2P)†
Quarkônio Charmônio X(3872)
Quarkônio Charmônio Y(4260)
Quarkônio Bottomônio ηb(1S)
Quarkônio Bottomônio Υ(1S)
Quarkônio Bottomônio hb(1P)
Quarkônio Bottomônio χb0(1P)
Quarkônio Bottomônio χb1(1P)
Quarkônio Bottomônio χb2(1P)
Quarkônio Bottomônio ηb(2S)
Quarkônio Bottomônio Υ(2S)
Quarkônio Bottomônio ηb2(1D)
Quarkônio Bottomônio Υ(1D)
Quarkônio Bottomônio Υ2(1D)
Quarkônio Bottomônio Υ3(1D)
Quarkônio Bottomônio hb(2P)
Quarkônio Bottomônio χb0(2P)
Quarkônio Bottomônio χb1(2P)
Quarkônio Bottomônio χb2(2P)
Quarkônio Bottomônio Υ(3S)
Quarkônio Bottomônio χb(3P)
Quarkônio Bottomônio Υ(4S) or Υ(10580)
Quarkônio Bottomônio Υ(10860)
Quarkônio Bottomônio Υ(11020)
Hádron Exótico Tetraquark
Hádron Exótico Pentaquark
Diquarks
Átomo Exótico Positrônio
Átomo Exótico Tauônio
Átomo Exótico Muónio
Átomo Exótico Ónio
Superátomos Diquarks
Superátomos
Átomo ( H ) Hidrogênio (1s1) Número de Prótons: 1
Átomo ( He ) Hélio (1s2) Número de Prótons: 2
Átomo ( Li ) Lítio (2s1) Número de Prótons: 3
Átomo ( Be ) Berílio (2s2) Número de Prótons: 4
Átomo ( B ) Boro (2s2.2p1) Número de Prótons: 5
Átomo ( C ) Carbono (2s2.2p2) Número de Prótons: 6
Átomo ( N ) Nitrogênio (2s2.2p3) Número de Prótons: 7
Átomo ( O ) Oxigênio (2s2.2p4) Número de Prótons: 8
Átomo ( F ) Flúor (2s2.2p5) Número de Prótons: 9
Átomo ( Ne ) Neônio (2s2.2p6) Número de Prótons: 10
Átomo ( Na ) Sódio (3s1) Número de Prótons: 11
Átomo ( Mg ) , Magnésio (3s2) Número de Prótons: 12
Átomo ( Al ) , Alumínio (3s2.3p1) Número de Prótons: 13
Átomo ( Si ) , Silício (3s2.3p2) Número de Prótons: 14
Átomo ( P ) , Fósforo (3s2.3p3) Número de Prótons: 15
Átomo ( S ) , Enxofre (3s2.3p4) Número de Prótons: 16
Átomo ( Cl ) , Cloro (3s2.3p5) Número de Prótons: 17
Átomo ( Ar ) , Argônio (3s2.3p6) Número de Prótons: 18
Átomo ( K ) , Potássio (4s1) Número de Prótons: 19
Átomo ( Ca ) , Cálcio (4s2) Número de Prótons: 20
Átomo ( Sc ) , Escândio (3d1.4s2) Número de Prótons: 21
Átomo ( Ti ) , Titânio (3d2.4s2) Número de Prótons: 22
Átomo ( V ) , Vanádio (3d3.4s2)Número de Prótons: 23
Átomo ( Cr ) , Cromo (3d5.4s1)Número de Prótons: 24
Átomo ( Mn ) , Manganês (3d5.4s2) Número de Prótons: 25
Átomo ( Fe ) , Ferro (3d6.4s2) Número de Prótons: 26
Átomo ( Co ) , Cobalto (3d7.4s2) Número de Prótons: 27
Átomo ( Ni ) , Níquel (3d8.4s2) Número de Prótons: 28
Átomo ( Cu ) , Cobre (3d10.4s1) Número de Prótons: 29
Átomo ( Zn ) , Zinco (3d10.4s2) Número de Prótons: 30
Átomo ( Ga ) , Gálio (4s2.4p1) Número de Prótons: 31
Átomo ( Ge ) , Germânio (4s2.4p2) Número de Prótons: 32
Átomo ( As ) , Arsênio (4s2.4p3) Número de Prótons: 33
Átomo ( Se ) , Selênio (4s2.4p4) Número de Prótons: 34
Átomo ( Br ) , Bromo (4s2.4p5) Número de Prótons: 35
Átomo ( Kr ) , Kriptônio (4s2.4p6)Número de Prótons: 36
Átomo ( Rb ) , Rubídio (5s1) Número de Prótons: 37
Átomo ( Sr ) , Estrôncio (5s2) Número de Prótons: 38
Átomo ( Y ) Ítrio (4d1.5s2)Número de Prótons: 39
Átomo ( Zr ) , Zircônio (4d2.5s2) Número de Prótons: 40
Átomo ( Nb ) , Nióbio (4d1.5s1) Número de Prótons: 41
Átomo ( Mo ) , Molibdênio (4d5.5s1) Número de Prótons: 42
Átomo ( Tc ) , Tecnécio (4d5.5s2) Número de Prótons: 43
Átomo ( Ru ) , Rutênio (4d7.5s1) Número de Prótons: 44
Átomo ( Rh ) , Ródio (4d8.5s1) Número de Prótons: 45
Átomo ( Pd ) , Paládio (4d10) Número de Prótons: 46
Átomo ( Ag ) , Prata (4d10.5s1) Número de Prótons: 47
Átomo ( Cd ) , Cádmio (4d10.5s2) Número de Prótons: 48
Átomo ( In ) , Índio (5s2.5p1) Número de Prótons: 49
Átomo ( Sn ) , Estanho (5s2.5p2) Número de Prótons: 50
Átomo ( Sb ) , Antimônio (5s2.5p3) Número de Prótons: 51
Átomo ( Te ) , Telúrio (5s2.5p4) Número de Prótons: 52
Átomo ( I ) , Iodo (5s2.5p5) Número de Prótons: 53
Átomo ( Xe ) , Xenônio (5s2.5p6) Número de Prótons: 54
Átomo ( Cs ) , Césio (6s1) Número de Prótons: 55
Átomo ( Ba ) , Bário (6s2) Número de Prótons: 56
Átomo ( La ) , Lantânio (5d1.6s2) Número de Prótons: 57
Átomo ( Ce ) , Cério (4f1.5d1.6s2) Número de Prótons: 58
Átomo ( Pr ) , Praseodímio (6f3.6s2)Número de Prótons: 59
Átomo ( Nd ) , Neodímio (4f4.6s2) Número de Prótons: 60
Átomo ( Pm ) , Promécio (4f5.6s2) Número de Prótons: 61
Átomo ( Sm ) , Samário (4f6.6s2)Número de Prótons: 62
Átomo ( Eu ) , Európio (4f7.6s2)Número de Prótons: 63
Átomo ( Gd ) , Gadolínio (4f7.5d1.6s2)Número de Prótons: 64
Átomo ( Tb ) , Térbio (4f9.6s2) Número de Prótons: 65
Átomo ( Dy ) , Disprósio (4f10.6s2) Número de Prótons: 66
Átomo ( Ho ) , Hólmio (4f11.6s2) Número de Prótons: 67
Átomo ( Er ) , Érbio (4f12.6s2)Número de Prótons: 68
Átomo ( Tm ) , Túlio (4f13.6s2) Número de Prótons: 69
Átomo ( Yb ) , Itérbio (4f14.6s2) Número de Prótons: 70
Átomo ( Lu ) , Lutécio (5d1.6s2) Número de Prótons: 71
Átomo ( Hf ) , Háfnio (5d2.6s2) Número de Prótons: 72
Átomo ( Ta ) , Tântalo (5d3.6s2)Número de Prótons: 73
Átomo ( W ) , Tungstênio (5d4.6s2)Número de Prótons: 74
Átomo ( Re ) , Rênio (5d5.6s2) Número de Prótons: 75
Átomo ( Os ) , Ósmio (5d6.6s2)Número de Prótons: 76
Átomo ( Ir ) , Irídio (5d7.6s2) Número de Prótons: 77
Átomo ( Pt ) , Platina (5d9.6s1) Número de Prótons: 78
Átomo ( Au ) , Ouro (5d10.6s1) Número de Prótons: 79
Átomo ( Hg ) , Mercúrio (5d10.6s2) Número de Prótons: 80
Átomo ( Tl ) , Tálio (6s2.6p1) Número de Prótons: 81
Átomo ( Pb ) , Chumbo (6s2.6p2) Número de Prótons: 82
Átomo ( Bi ) , Bismuto (6s2.6p3) Número de Prótons: 83
Átomo ( Po ) , Polônio (6s2.6p4) Número de Prótons: 84
Átomo ( At ) , Ástato (6s2.6p5) Número de Prótons: 85
Átomo ( Rn ) , Radônio (6s2.6p6) Número de Prótons: 86
Átomo ( Fr ) , Frâncio (7s1) Número de Prótons: 87
Átomo ( Ra ) , Rádio (7s2) Número de Prótons: 88
Átomo ( Ac ) , Actínio (6d1.7s2) Número de Prótons: 89
Átomo ( Th ) , Tório (6d2.7s2) Número de Prótons: 90
Átomo ( Pa ) , Protactínio (5f2.6d1.7s2)Número de Prótons: 91
Átomo ( U ) , Urânio (5f3.6d1.7s2)Número de Prótons: 92
Átomo ( Np ) , Netúnio (5f4.6d1.7s2)Número de Prótons: 93
Átomo ( Pu ) , Plutônio (5f6.7s2)Número de Prótons: 94
Átomo ( Am ) , Amerício (5f7.7s2)Número de Prótons: 95
Átomo ( Cm ) , Cúrio (5f7.6d1.7s2)Número de Prótons: 96
Átomo ( Bk ) , Berquélio (5f9.7s2)Número de Prótons: 97
Átomo ( Cf ) , Califórnio (5f10.7s2)Número de Prótons: 98
Átomo ( Es ) , Einstênio (5f11.7s2)Número de Prótons: 99
Átomo ( Fm ) , Férmio (5f12.7s1)Número de Prótons: 100
Átomo ( Md ) , Mendelévio Número de Prótons: 101
Átomo ( No ) , NobélioNúmero de Prótons: 102
Átomo ( Lr ) , Laurêncio Número de Prótons: 103
Átomo ( Rf ) , Rutherfórdio Número de Prótons: 104
Átomo ( Db ) , Dúbnio Número de Prótons: 105
Átomo ( Sg ) , Seabórgio Número de Prótons: 106
Átomo ( Bh ) , Bóhrio Número de Prótons: 107
Átomo ( Hs ) , Hássio Número de Prótons: 108
Átomo ( Mt ) , MeitnérioNúmero de Prótons: 109
Átomo ( Ds ) , Darmstádio Número de Prótons: 110
Átomo ( Rg ) , Roentgênio Número de Prótons: 111
Átomo Número de Prótons: 112
Átomo Número de Prótons: 113
Átomo Número de Prótons: 114
Átomo Número de Prótons: 115
Átomo Número de Prótons: 116
Átomo Número de Prótons: 117
Átomo Número de Prótons: 118 ) (Elemental)
Elementais Terciários : São as moléculas formadas à partir dos átomos. (Elemental)
VIDA : Divindade resultante da interação entre Yowhe e Opositor. Leva à procriação à partir do Plano Elemental. (Divindade)
CONSCIÊNCIA : Divindade que observa e atua à partir do Plano Elemental. (Divindade)
MORTE : Divindade que define a destruição da Vida. (Divindade)
USAMA : Divindade que define a destruição da Consciência, e abrange todas as Consciências depois de destruídas. (Divindade)
Igi-Mas : Semi-divindade que representa a dualidade existente em qualquer conceito ou condição, para qualquer observador ou Consciência. Igi representa o pequeno, o sutil, o leve, o frio, o que recebe, a energia passiva. Más representa o grande, o grosseiro, o pesado, o quente, o doador, a energia ativa. (Semi-Divindade)
Igi : Aspecto da semi-divindade Igi-Más, que representa o pequeno, o sutil, o leve, o frio, o que recebe, a energia passiva. (Semi-Divindade Arquetípica)
Más : Aspecto da semi-divindade Igi-Más, que representa o grande, o grosseiro, o pesado, o quente, o doador, a energia ativa. (Semi-Divindade Arquetípica)
Shana : A manifestação titânica do conceito feminino. (Titã)
Phalos : A manifestação titânica do conceito masculino. (Titã)
Ihsat : O anjo que conduz toda a Vida para a Morte e toda Consciência para Usama. (Anjo)
Israth : O anjo que conduz todo estado assumido à partir do Plano Elemental para a Mudança. (Anjo)
Arwan : O anjo que conduz à Vida e à vontade de viver. (Anjo)
Zultran : O titã que dá forma aos processos tecnológicos e compõe a compreensão e o uso dos conhecimentos cósmicos. (Titã)
Giro : Semi-divindade que rege a mecânica da rotação e da translação. (Semi-divindade)
Onda : Semi-divindade que rege a mecânica de ondas. (Semi-divindade)
Arwan : O anjo que conduz à Vida e à vontade de viver. (Anjo)
Zultran : O titã que dá forma aos processos tecnológicos e compõe a compreensão e o uso dos conhecimentos cósmicos. (Titã)
Giro : Semi-divindade que rege a mecânica da rotação e da translação. (Semi-divindade)
Onda : Semi-divindade que rege a mecânica de ondas. (Semi-divindade)
Temperatura : Semi-divindade que representa a vibração das partículas. (Semi-divindade)
Entropia : Semi-divindade que conduz o movimento da Temperatura. (Semi-divindade)
Atrito : Semi-divindade que compõe a resistência causada pela interação. (Semi-divindade)
Atambolas : É um resultado da interação de Divindades, Semi-divindades e Titãs com a Consciência e os Elementais. Atambolas dá origem à todas as crenças e também representa o poder de ação das crenças. (Entidade)
-Atambolas : É um resultado da interação de Divindades, Semi-divindades e Titãs com a Consciência e os Elementais. Atambolas dá origem à todas as crenças e também representa o poder de ação das crenças. (Entidade)
Plano Espiritual = O estado do campo sutil no Universo Cósmico. (Sexta das Existências)
ESTADOS : Divindade que abrange e representa todo e qualquer estado de sensação para todo e qualquer observador ou consciência dentro do Universo Cósmico. (Divindade)
Ambár : Semi-divindade que representa todo e qualquer veículo de percepção do Universo Cósmico. Revela Kansharu para o observador ou Consciência. (Semi-Divindade)
GÊNIOS : Divindade que dá origem a todo e qualquer sentimento ou emoção. A divindade Gênios pode ser dividida em vários tipos de entidades gênios, que são os sentimentos e as emoções. (Divindade-Entidade)
PENSAMENTOS : Divindade que dá origem a todo e qualquer tipo de pensamento. A divindade Pensamentos é dividida em vários tipos de entidades pensamento. (Divindade-Entidade)
Raciocínio : Semi-divindade que compõe a Divindade Pensamento. Executa operações lógicas em diversas áreas, como por exemplo, com situações, linguagens e cálculos. (Semi-Divindade)
Imaginação : Semi-divindade que compõe a Divindade Pensamento. É imagem mental. (Semi-Divindade)
Memória : Semi-divindade que compõe a Divindade Pensamento. Consiste em noções do passado. (Semi-Divindade)
SHASHAS : Divindade que representa o conceito pessoal de todo e qualquer observador ou Consciência dentro do Universo Cósmico, sobre todas as coisas. A Divindade Shasha é dividida em uma entidade shasha diferente e única para cada observador ou consciência dentro do Universo Cósmico. A entidade shasha se modifica sempre, muito ou pouco ao longo do decorrer do tempo. (Divindade-Entidade)
-
Plano Misterioso = Estado potencial da suprema libertação. Local de origem do titã salvador, segundo a profecia de Akinaton. Mundo de propriedades desconhecidas e conhecimentos secretos. (Sétima das Existências)
APOCALYTU : O Titã que segundo a profecia de Akinaton deve conduzir o Universo Cósmico, ou universo Criado, de volta para o Universo Perfeito.
Cabala:
Do Manual do Tarô Astrológico e Cabalístico, de Atílio Morris:
Árvore da Vida:
10 Sephirot divididos em 4 Mundos =
Assiah: Malkuth ; Mundo das Ações / Nível Material
Yetzirah: Netzach , Hod , Yesod ; Mundo das Formações / Elo entre Abstrato e Material
Beriah: Chesed , Geburah , Tipharet ; Mundo das Criações / Elo entre Abstrato e Material
Atziluth: Kether , Chokmah , Binah ; Mundo das Emanações / Nível Abstrato
1 - Kether : Coroa ; Potencial puro de todas as outras manifestações ; Essência atemporal e livre ; Relacionada ao Arcanjo Metatron
2 – Chokmah : Sabedoria ; Intuição ; Lado direito do cérebro ; Criatividade ; Idéias ; Elemento fogo ; Masculinidade ; Passado ; Fé em dias melhores ; Relacionada ao Arcanjo Raziel
3 – Binah : Entendimento ; Lógica que define ; O lado esquerdo do cérebro ; Razão ; Organização do pensamento ; Elemento água ; Feminilidade ; Futuro ; Relacionada ao Arcanjo Tsapkiel ou Auriel
4 – Chesed : Misericórdia ; Compartilhar incondicionalmente ; Doar tudo de si ; Generosidade ; Compaixão ; Relacionada ao Arcanjo Tsadkiel ou Uriel
5 – Gueburah : Julgamento ; Conter e questionar impulsos ; Canalizar a energia para superar obstáculos ; Transformar a própria natureza ; Relacionada ao Arcanjo Camael
6 – Tipharet : Beleza ; Entre Chesed e Gueburah formam a Tríade Superior ; Cria harmonia ; Transforma em beleza Chokmah, Binah e Kether ; União da sabedoria e do entendimento com a luz do conhecimento ; Relacionada ao Arcanjo Raphael
7 – Netzach : Vitória ; A busca pelo próximo ; A superação dos próprios limites ; A fertilidade do espermatozoide masculino ; Relacionada ao Arcanjo Haniel
8 – Hod : Esplendor ; Aprimoramento interno ; Identificação com o próximo ; Aceitação do pensamento ; Receptividade do óvulo feminino ; Relacionada ao Arcanjo Miguel
9 – Yesod : Fundamento ; Reserva onde estão todos os atributos misturados, equilibrados e preparados para a matéria, conjunto das 8 emanações. Relacionada ao Arcanjo Gabriel
10 – Malkuth : Reino ; Representa o mundo físico ; o canal da manifestação ; a recepção das sephiroth ; Relacionada ao Arcanjo Sandalfon
11 – Daath : Conhecimento ; Acima e entre Chokma e Binah ; Falsa sephirah ; Depende de Chokma e Binah ; Conhecida como a imagem de Tipharet ; É o abismo ; O caos aleatório do pensamento
Os 32 Caminhos da Sabedoria =
Segundo os mestres cabalistas Deus habita na Sabedoria como um rei em sua cidade. O seu trono fica no centro ou coração dessa cidade, para onde confluem 32 vias sagradas. As vias, são locais onde transitam seus soldados, sua nobreza, suas ordens, editos, virtudes e forças, e por onde passam também os homens e os santos anjos que querem conhecer Deus e sorver dele suas virtudes e qualidades. A Arvore da Vida ou Árvore Sephirótica mostra essas vias.
O objetivo da Árvore da Vida na Cabala é a correta compreensão das forças que regem o universo. É composta por dez sephiroth designando os dez números primordiais que junto com as vinte e duas letras do alfabeto hebraico formam os trinta e dois caminhos da sabedoria.
1º Caminho: Da Inteligência admirável ; Coroa Suprema
2º Caminho: Da Inteligência que ilumina ; é a Coroa da criação e o esplendor da Unidade
3º Caminho: Da Inteligência que santifica ; é o fundamento da sabedoria primordial
4º Caminho: Da Inteligência recipiente
5º Caminho: Da Inteligência Radicular
6º Caminho: Da Inteligência da influência intermediária
7º Caminho: Da inteligência Oculta
8º Caminho: Da Inteligência perfeita e absoluta
9º Caminho: Da Inteligência purificadora
10° Caminho: Da Inteligência resplandecente
11º Caminho: Da Inteligência manifestada no Fogo
12º Caminho: Da inteligência da Luz
13º Caminho: Da Inteligência da Intuição
14º Caminho: Da Inteligência iluminativa dos arcanos e da santificação
15º Caminho: Da Inteligência Constitutiva
16º Caminho: Da Inteligência Triunfante exultante e eterna
17º Caminho: Da Inteligência dispositiva
18° Caminho: Da Inteligência da afluência
19º Caminho: Da Inteligência dos Mistérios
20º Caminho: Da Inteligência da Vontade
21º Caminho: Da Inteligência que agrada e instrui os que a buscam
22º Caminho: Da Inteligência fiel, que forma o homem piedoso
23º Caminho: Da inteligência estável que causa a consciência
24º Caminho: Da Inteligência imaginativa
25º Caminho: Da Inteligência da aprovação
26º Caminho: Da Inteligência renovadora
27º Caminho: Da Inteligência que induz o movimento
28º Caminho: Da Inteligência natural
29º Caminho: Da Inteligência corporal
30º Caminho: Da Inteligência coletiva
31º Caminho: Da Inteligência perpétua
32º Caminho: Da Inteligência adjuvante
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A CABALA DRACONIANA ( Do Livro: A Cabala Draconiana, de Adriano Camargo Monteiro ; EDITORA MADRAS )
Décima Sephira e sua Qlipha
( Malkuth – Lilith )
MALKUTH
Malkuth significa “Reino”. Seus nomes divinos são Adonai Melekh, que quer dizer “Senhor Rei”, e Adonai há Aretz, que significa “Senhor da Terra”. É o reino dos Elementos e da matéria densa e de seu envoltório energético, sendo o plano físico-etérico da manifestação, ou o reino dos fenômenos físicos visíveis e invisíveis. Em Malkuth, todos os seres se encarnam fisicamente e é onde temos o plano de ação da consciência sensorial humana que abrange os cinco sentidos físicos e, raramente, em conjunto com o sexto sentido psíquico desenvolvido que atua na consciência humana. No cabalismo prático, é o arcanjo Sandalphon, quem preside o “aterramento” da consciência físico-sensorial humana e de suas forças espirituais, após a visão e o contato do Sagrado Anjo Guardião, entre outras operações mágicas. É no plano físico de Malkuth que se completa e se conclui toda operação mágica com as energias e forças infundidas nas formas materiais. O impulso evolutivo da consciência no plano material está também sob a regência do Arcanjo Sandalphon, o “Arcanjo Negro”, que trabalha para o cumprimento ou realização kármica nessa Esfera terrestre e dirige as forças que estruturam as formas de vida. Ele é o senhor da Esfera dos Elementos, e do conjunto das partículas conscientes dos átomos – o coro dos Ashim. A atividade atômica da matéria físico-etérica está sob seu poder, bem como a irradiação energética do organismo geológico planetário como um todo, infundindo suas influencias em todos os seres vivos que vivem nele. A biosfera físico-eterica assim formada, com uma integração com a litosfera, a hidrosfera e a atmosfera, renova então a vida da Terra, em um ciclo continuo de “reciclagem vital” entre Gaia (a Terra vivente) e todos os organismos vivos que a habitam e fazem parte dela. A Esfera da Terra (Malkuth) também chama-se Esfera dos Elementos (Cholem há Yesodoth) e é o plano da matéria animada pelas energias de todas as outras Sephiroth, em maior ou menor grau, por forças etéricas, astrais e espirituais entretecidas e organizadas. Malkuth é o receptáculo último do universo manifestado e onde tudo se torna mais denso e materialmente complicado, porém mantendo-se o equilíbrio natural de todos os Elementos. Esse mesmo equilíbrio o homem deve buscar em si mesmo, pois os quatro Elementos estão manifestados psicomentalmente e fisicamente, e também expressos de maneira evidente nos quatro temperamentos e humores: o Elemento Ar infunde o temperamento nervoso, que manifesta a rapidez de raciocínio, a astúcia, a benevolência, a impetuosidade, e seu humor é a bile amarela que predispõe à expansão da consciência, ao pensamento sintético e pode ainda elevar a inteligência; o Elemento Fogo infunde o temperamento sanguíneo-colérico, que manifesta a inteligência, a exaltação jovial, a violência e a ira (quando em desequilíbrio), e o humor é o sangue que gera energia, entusiasmo, vontade e coragem para o crescimento, o impulso para a evolução sem medos ou receios; o Elemento Água infunde o temperamento linfático-fleumatico, que predispõe à lentidão, passividade, timidez, serenidade, e seu humor é a fleuma que proporciona sentimentos elevados e fluidez emocional isenta de sentimentalismo grosseiro e volúvel, conduzindo a uma percepção maior da evolução interior e da sensibilidade da alma; e o Elemento Terra infunde o tipo ou temperamento bilioso-melancólico que gera a melancolia criativa – algo muito diferente da nociva depressão -, seriedade, reflexão, estudo, compreensão profunda, introspecção, estabilidade psicológica, e seu humor é a bile preta que torna a melancolia consciente, pois o indivíduo em evolução conhece o próprio caminho a ser seguido e sente uma nostalgia e uma sutil sensação de saber suas próprias origens espirituais.
Os quatro Elementos são também representados pelos quatro tattwas hindus, Vayu (Ar), Tejas (Fogo), Apas (Água) e Prithvi (Terra). As vibrações dos tattwas se manifestam em Malkuth e no ser humano de diversas maneiras e são as correntes ocultas das estações do ano que ocorrem no planeta Terra: Vayu é a origem da primavera; Tejas, o verão; Apas, outono; e Prithvi, inverno. O ser humano encarnado em Malkuth tem um corpo denso e grosseiro, no qual estão contidos os Elementos, porém tal corpo, no humano superior deve ser perfeito, sadio, forte e resistente, bem formado, auto-regenerativo e livre de qualquer enfermidade. A observação de certos preceitos, virtudes e boa conduta de vida física, cultural, moral e espiritual contribuirão para a saúde geral e para a preservação físico-mental do templo vivo do espírito que é o corpo humano de Malkuth.
Alguns trabalhos da Esfera de Malkuth são: o estudo dos cristais e da geomancia, culto às forças da natureza, ritos ctônicos, a criação e confecção de pantáculos e sua energização, a prática de asanas (posições corporais para concentração, meditação e fluxo adequado de energia). Virtudes como o discernimento, o equilíbrio interior entre seus elementos psíquicos, o autodomínio, auto-observação e a eliminação de vícios indesejáveis, como a inércia e a depravação, e o descontrole em todos os seus aspectos.
O número de Malkuth é 10, representando a totalidade do universo manifestado e sua conclusão na matéria densa. O um é a Unidade, sendo Malkuth uma unidade múltipla e completa que recebe o influxo de todas as outras Esferas; é o objetivo final e concretizado da Criação, o produto final da evolução cósmica que retornará ao Zero Absoluto, à Origem. Dez representa o curso completo de toda a Força que se estabiliza, que se transforma novamente para se concluir em níveis mais elevados; é um (1) ciclo (0) de manifestação e evolução espiritual. Em Malkuth estão todos os dez do Tarô, expressando um poder completo e estabelecido, desenvolvido até o fim, levando até as últimas consequências o bem ou o mal, em seu respectivo naipe (espadas, bastões, copas, ou discos). O dez de paus ou bastões indica opressão e dor no plano material, crueldade, egoísmo e injustiças; o dez de copas expressa o completo sucesso na vida como um todo, êxito duradouro e prazer, porém levando a uma auto-ilusão na vida física e à negligência; o dez de espadas expressa a ruína total de todas as coisas materiais, o fracasso, a destruição e a morte física; e o dez de discos representa grande riqueza material que chega a causar dificuldades e problemas na vida. As quatro cores que representam os quatro Elementos de Malkuth estão divididas na Esfera da Árvore da Vida: amarelo (Ar); castanho-avermelhado (Fogo); verde-oliva (Água); e preto (Terra). Para a Esfera da Terra ou dos Elementos (cholem há Yesodoth, em hebraico), são convergidas também todas as forças astrológicas (Mazloth, a Esfera do Zodiaco), manifestações do poder cósmico que influencia toda a existência, a vida orgânica e inorgânica.
O número de Malkuth é 10, representando a totalidade do universo manifestado e sua conclusão na matéria densa. O um é a Unidade, sendo Malkuth uma unidade múltipla e completa que recebe o influxo de todas as outras Esferas; é o objetivo final e concretizado da Criação, o produto final da evolução cósmica que retornará ao Zero Absoluto, à Origem. Dez representa o curso completo de toda a Força que se estabiliza, que se transforma novamente para se concluir em níveis mais elevados; é um (1) ciclo (0) de manifestação e evolução espiritual. Em Malkuth estão todos os dez do Tarô, expressando um poder completo e estabelecido, desenvolvido até o fim, levando até as últimas consequências o bem ou o mal, em seu respectivo naipe (espadas, bastões, copas, ou discos). O dez de paus ou bastões indica opressão e dor no plano material, crueldade, egoísmo e injustiças; o dez de copas expressa o completo sucesso na vida como um todo, êxito duradouro e prazer, porém levando a uma auto-ilusão na vida física e à negligência; o dez de espadas expressa a ruína total de todas as coisas materiais, o fracasso, a destruição e a morte física; e o dez de discos representa grande riqueza material que chega a causar dificuldades e problemas na vida. As quatro cores que representam os quatro Elementos de Malkuth estão divididas na Esfera da Árvore da Vida: amarelo (Ar); castanho-avermelhado (Fogo); verde-oliva (Água); e preto (Terra). Para a Esfera da Terra ou dos Elementos (cholem há Yesodoth, em hebraico), são convergidas também todas as forças astrológicas (Mazloth, a Esfera do Zodiaco), manifestações do poder cósmico que influencia toda a existência, a vida orgânica e inorgânica.
Arquétipos de Malkuth: Deuses terrestres da riqueza, da fertilidade, da terra, as vezes do submundo e da morte. Tais como:
Gaia, ou Géia (a deusa grega da Terra)
Réia (a deusa grega titânica da Terra, preside a matéria e suas leis, é a mãe de Deméter)
Deméter (a deusa grega da agricultura e da fertilidade da Terra, é a mãe de Perséfone)
Cibéle (a deusa romana equivalente a Réia)
Ceres (a deusa romana equivalente a Deméter)
Pã (o deus-fauno grego da natureza e da fertilidade)
Plutus (o deus grego da riqueza material e da terra)
Hathor (a deusa egípcia da terra e dos prazeres, também associada a Netzach)
Seb ou Geb (o deus egípcio do globo terrestre, do submundo e da morte)
Lakshmi (a deusa hindu da riqueza da Terra, da natureza e da prosperidade, também relacionada à Esfera de Vênus-Netzach)
Gefion (a deusa escandinava da fertilidade da Terra)
Druantia (a deusa celta da fertilidade, da natureza e da Terra)
Ki (a deusa sumeriana da matéria, da Terra e da fertilidade)
LILITH
Malkuth também é o grande “filtro” excretor do universo através do qual as impurezas, os excrementos e o lixo do universo manifestado devem passar, depositando-se assim nas “conchas” qliphóticas, o caos infernal e pestilento onde toda escória é desintegrada. Lilith é o nome da concha qliphótica – ou Qlipha – de Malkuth, e significa “Noturna”, “Fornicária”. Lilith é também o arquidemônio da Esfera lunar de Yesod, pois a Terra e o plano astral são muito próximos e se influenciam intimamente.
O arquidemônio dessa Qlipha é Nahemah, fêmea de beleza diabólica, demônio do fingimento e do falso amor que ilude. É irmã de Lilith e personifica os impulsos sexuais promíscuos, a obsessão pelos prazeres sensoriais do sexo a todo custo e a negligência, o descaso e o desamor maternal. Segundo a Mitologia, Lilith teria sido a primeira esposa de Adão, mas quando soube que deveria ser submissa a ele, inclusive sexualmente, ela se recusou a ser sua esposa, partindo do Éden para a região do Mar Vermelho, lugar tido como habitação de demônios, e lá se uniu a Samael. Ela é a porta para o trevoso e perigoso plano das entidades diabólicas criadas pela depravação e violência sexuais de toda espécie e grau. O poder da “fornicária” e “noturna” Lilith é manifestado explicitamente na face da Terra e por isso devemos saber discernir as coisas. Os abortos sanguinários, a rejeição afetiva agressiva e a violência, especialmente doméstica, também geram alta carga de energia extremamente perniciosa, obsessora e infernal que alimenta e nutre essa Qlipha, e que, por sua vez, é captada e absorvida conscientemente pelos habitantes de tal plano e inconscientemente pelos indivíduos atrasados, ignorantes e de índole malévola da superfície da Terra. É a Esfera dos traidores e dos criminosos passionais, dos promíscuos e pervertidos sexuais, dos pedófilos, dos estupradores e dos sádicos. Nessa Esfera ainda permanecem os cadáveres etéricos e astrais dos mortos presos à Terra devido aos fortes desejos bestiais, carnais, e materiais. O egoísmo extremo e a inconsciência com obscurecimento gerado pelo estado degenerado tornam tais indivíduos cativos de seus próprios demônios, submersos nas profundezas dessa infra-dimensão abominável. A Qlipha litiana é um verdadeiro esgoto de excrementos cósmicos e psíquicos, o receptáculo de todo e qualquer elemento corrompido, foco de forças infernais e pestilentas remanescentes de elementos degradados destruídos na Terra, dos despojos de conflitos materialistas. É o deposito das sementes degeneradas que não crescem, não evoluem e que se obstinam a permanecer, a existir e manter suas formas densas. É o apego obsessivo pela vida material que torna esses seres degrados em obstinados, escravizados, presos à Terra e ao materialismo. Uma vida condicionada pelos ditames do materialismo limita a evolução e enfraquece o ser humano que teme a morte e que pensa apenas haver matéria desprovida de qualquer elemento divino e espiritual. Mas matéria é energia; o pensamento é energia; o espírito é energia. O que difere é a vibração energética e seu grau de densidade. Na Qlipha da Terra estão as egrégoras da grosseria material, dos valores invertidos, do materialismo capitalista sem controle e das aparências ilusórias.
Arquétipos de Lilith: A maioria dos arquétipos qliphóticos da Terra são os deuses e deusas do submundo, do frio, das trevas, da morte como uma fase da vida, e também da crueldade. Alguns estão também associados às influencias de Saturno.
Perséfone (a deusa grega do inferno, senhora do mundo subterrâneo, da terra estéril e fria, tendo sido raptada por Hades, tornou-se sua esposa)
Prosérpina (a deusa romana equivalente a Perséfone)
Néftis (a deusa egípcia do submundo, da morte e da desintegração da vida sob a terra)
Osíris (o deus egípcio do submundo e juiz dos mortos, deus da vida, da morte, da ressurreição e da transformação da natureza, considerado um “deus negro”, é também associado ao Sol)
Hel (a deusa escandinava da terra, do inferno, da morte, da dor e da vida gestante nas trevas)
Ereshkigal (a deusa sumeriana do submundo, das trevas e dos mortos, rainha do inferno e senhora da Terra)
Cailleach (a deusa celta anciã da morte, das trevas e da terra, rege o inverno e a germinação da vida no interior frio e escuro da terra)
Macha (a deusa celta da morte e do sofrimento, a “rainha corvo” do submundo, rege a geração e o parto doloroso)
Banshee (deusa celta anciã do submundo, anuncia a morte próxima em suas aparições)
Coatlicue ou Tonantzin (a deusa asteca da Terra, da escuridão, do inverno, da dor e da morte)
Hades (o deus grego do submundo, das trevas, da morte e do frio, também associado a a Kether/Thaumiel)
Plutão ou Dis (o deus romano equivalente a Hades)
Anunnakis (os deuses sumerianos da Terra e do submundo, guardiões dos ossos e dos mortos)
Mictlantecuhtli (o deus-esqueleto asteca, senhor do submundo das trevas e da morte)
Cihuateteo (as deusas astecas esqueléticas e vampirescas das trevas, da morte e do submundo, regem o parto fatal, roubam bebês, e nos homens provocam loucura)
Belial (o demônio hebreu da matéria, da terra e da carne, aprisiona as pessoas fracas e ignorantes nos desejos materiais mais densos)
Alguns Símbolos de Malkuth/Lilith: Alguns símbolos utilizados nos trabalhos de Malkuth/Lilith são o crânio, o tambor, a cruz grega dentro do círculo e o altar negro de cubo duplo. O crânio, ou a caveira simboliza a terra, os ossos da terra (as rochas), a transitoriedade da vida física e, ao mesmo tempo, a essência imortal da existência através das transformações e dos ciclos naturais e cósmicos da vida, bem como os poderes dos “mortos” autoconscientes e dos ancestrais. O tambor é também um símbolo da Terra, do ritmo cósmico primordial da criação e da destruição, do pulsar de todas as formas de vida, dos instintos primitivos e das forças maternais da natureza. A cruz grega - a cruz de braços iguais – dentro do círculo é um símbolo dos quatro Elementos que interagem entre si no continuo processo da Criação macrocósmica e microcósmica. O altar merece uma atenção maior porque é um símbolo concreto, muito importante, utilizado na pratica cerimonial, além de nos dar um exemplo de geometria sagrada simples. O altar negro de cubo duplo representa a matéria que dá suporte para as forças espirituais se manifestarem no mundo físico e expressa a totalidade da Árvore cabalística e suas forças convergidas para a Terra; é o trabalho (mágico) completado. O altar com cubo duplo (um cubo sobre o outro) representa todas as Esferas, menos a Malkuth/Lilith que é representada pela própria Terra e o solo do templo cerimonial.
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Gamaliel é a Qlipha da Esfera de Yesod e significa “Obscenos”. A imagem cabalística é a de um minotauro obsceno, simbolizando a bestialidade sexual e os instintos. Na mitologia grega, o minotauro é um homem com cabeça de touro, resultado da copula entre um touro sagrado e Pasífae, mulher de Minos, rei de Creta.
Arquétipos de Gamaliel: Os arquétipos qliphóticos lunares, são em geral, as deusas do “lado escuro da Lua”, deusas das florestas selvagens, deusas feiticeiras e tenebrosas, e vampiras voluptuosas. --
Nona Sephira e sua Qlipha
( Yesod – Gamaliel )
YESOD
Yesod significa “Alicerce”, e seu nome divino é Shaddai El Chai, que quer dizer “Deus Vivo Todo-Poderoso”. É a base e a estrutura do mundo material ou físico, onde as forças geram os “moldes” de toda existência. É como um útero cósmico que gera e preserva toda a vida em seu desenvolvimento até que venha à luz material. Esse desenvolvimento da semente, do feto e de seu corpo sutil no útero materno é dirigido por Gabriel, a “Força de Deus”, o Arcanjo de Yesod, além de reger o sono e os sonhos e suas mensagens oníricas ou astrais. É em Yesod que está a base do DNA dos seres que estão para nascer no mundo físico e cujas formas astrais finais são purificadas pelo Coro dos Kerubim, as “Criaturas Vivas Sagradas”. Essa Esfera pode ser chamada de “Esfera lunar”. Sendo uma esfera de geração e reprodução das formas de vida, é também a Esfera do sexo e de toda sua fisiologia e atividade, é o centro reprodutivo físico-astral da vida, bem como o centro instintivo da autopreservação. Yesod é também a luz astral cujo fluxo e refluxo traz e leva a vida e a morte de tudo sobre a Terra de Malkuth. É também onde ocorrem as atividades oníricas, os sonhos lúcidos ou não, para onde vão as almas daqueles que já desencarnaram e onde vivem os seres elementais mais inteligentes. Do ponto de vista psicológico, é a consciência psíquica do ser humano e, em termos junguianos, seu inconsciente pessoal. Esse é o receptáculo de todos os elementos psíquicos rejeitados, reprimidos ou simplesmente relegados ao esquecimento, tais como todos os tipos de conflitos, lembranças, emoções, e pensamentos indesejáveis. Muitos dos elementos psíquicos retidos no inconsciente pessoal, que se tornaram manias ou obsessões, constituem os complexos pessoais que se apoderam da pessoa extremamente sensibilizada e muito suscetível a tudo o que diz respeito aos seus vícios e obsessões, tornando-a, no mínimo, uma pessoa psicótica, ou fanática quando ao extremo. Em Yesod também está o inconsciente coletivo, quer dizer, a mente grupal astral constituída de elementos psíquicos extremamente primitivos da raça humana e pré-humana. Trazidos à tona de maneira muito diluída e limitada, esses elementos se manifestam como predisposições, complexos, fobias, instintos e hábitos, heranças de um passado racial muito remoto no processo evolutivo de geração em geração. Essas manifestações é que determinarão um padrão de comportamento e hábitos desde o nascimento do indivíduo, mas que poderá ser modificado caso tenha-se consciência e vontade. A energia de Yesod é psicomentalmente plástica e maleável e pode ser utilizada magicamente para fins determinados. Portanto é aqui que entra o conhecimento prático da magia que servirá para o autoconhecimento e maior compreensão dos processos interiores da evolução e da natureza nesse nível astral. Pode-se também começar a trabalhar com a energia serpentina chamada Kundalini. No exercício prático dessa esfera lunar – como pode ser chamada a Sephira Yesod – o indivíduo pode liberar a autoconsciência, já previamente mais desenvolvida do que a consciência habitual e corriqueira, para funcionar no corpo astral e, consequentemente, no nível de Yesod. O corpo astral é o veículo da consciência psíquica e fonte das emoções que tomam forma no plano astral. Esse corpo energético emocional (chamado também de corpo de desejo) é o alicerce e molde exato do corpo físico que, quando abandonado pela autoconsciência, torna-se uma casca vazia, um cadáver astral passível de ser animado por qualquer inteligência maligna ou não, ou entidade astral. Abandonado como um corpo qualquer sem vida, esse cadáver astral é a sombra inerte do corpo físico. É assim que, no processo evolutivo, os corpos vão sendo abandonados para que a autoconsciência se liberte e se eleve de plano em plano, de grau em grau. Nos indivíduos mais cultos, educados, evoluídos e conscientes psicomentalmente, esse corpo astral – que é chamado também de perispírito, eidolon, linga-sharira, kama-rupa, doppelganger, nephesh – é ativo, leve, mais sutil e bem definido. Nos indivíduos grosseiros, atrasados, degenerados, temerários e extremamente impulsivos e de fortes instintos inconscientes, muito apegados aos desejos inferiores e mundanos, esse corpo é mais denso, lento, obscuro e de baixas vibrações, ficando assim coberto de escórias astrais e psicomentais criadas pelo próprio indivíduo.
Aspectos da energia de Yesod podem fluir para o indivíduo por meio de trabalhos de divinação, por meio dos sonhos lúcidos, pelo aprimoramento psicológico deliberado e “limpeza” interior, pelo estudo da psicologia oculta e do magnetismo e realizando exercícios de projeção astral ou projeção da consciência. Como um exercício prévio para se trabalhar com as forças de Yesod, o indivíduo deve adquirir as virtudes da humildade, independência psicológica e pureza interior, pois estas são exigidas se se quiser a Iniciação e o conhecimento de caráter evolutivo nesse nível. A preguiça, a ociosidade, o ciúme e a luxuria devem ser eliminados, pois atrasam a evolução, e um ser de consciência embotada em tais vícios não terá acesso à Iniciação de Yesod e acabará sendo prisioneiro da “concha” da Esfera.
O número de Yesod é 9, pois é a nona Esfera desde a primeira Kether. Nove é o número do instinto e da reprodução sexual e expressa o curso evolutivo do homem. Em yesod, estão todos os nove arcanos menores do Tarô, que indicam um poder intenso, em seu respectivo naipe, capaz de realizar obras para o nem ou para o mal. O nove de paus é poder, saúde e conflitos no sucesso com incertezas sobre o futuro; o nove de copas é sucesso e prazer, inclusive prazer sensual, satisfação e alegria; o nove de espadas expressa desespero e crueldade, enfermidades e sofrimento; o nove de discos indica ganho material, herança e prosperidade. A cor de Yesod é a violeta, cor do misticismo, do psiquismo e da espiritualidade. Astrologicamente Yesod é a Lua (Levanah, em hebraico) e rege o signo de Câncer que infunde o instinto de maternidade e o instinto de preservação e nutrição em todo ser vivo. Câncer expressa uma força expansiva que preenche o Cosmos com a vida e suas formas de manifestação. No plano do mundo físico, os oceanos, mares, rios e fontes, praias desertas, pântanos, cachoeiras e cataratas, bosques, campos e colinas, os lugares desertos e tranquilos, os lares familiares e as grandes maternidades, são lugares e regiões onde predominam a influência yesódica da Lua.
Arquetipos de Yesod: Os arquétipos mitológicos lunares são as deusas da feitiçaria, da noite, da maternidade, da feminilidade, das águas. São muitos, e aqui temos alguns exemplos.
Ártemis (a virgem deusa grega da Lua, a deusa caçadora e selvagem)
Diana (a deusa romana da Lua, equivalente a Ártemis)
Circe (a semideusa grega e feiticeira luxuriosa e sensual)
Ísis (a deusa egípcia da magia, da família, do lar e protetora das crianças)
Bast ou Bastet (a deusa-gato egípcia do Mistério, da maternidade, da saúde e regente dos ciclos menstruais)
Tara (a deusa hindu do misticismo, da compaixão e da sabedoria)
Freya (a deusa escandinava da profecia, da beleza e da paixão romântica)
Cerridwen (a deusa celta da Lua, preside a fertilidade, a Iniciação e a inspiração poética)
Arianrhod (a deusa celta da Lua cheia, a “Roda de Prata”, rege a gestação e os ciclos femininos)
Chalchihuitlicue (a deusa asteca das águas, protetora das mulheres, rege o nascimento e o batismo e causa os dilúvios)
Coyochauqui (a deusa feiticeira asteca)
Ayizam (a loa vodu, deusa da Lua, sacerdotisa e musa inspiradora)
Hinenuitepo (a deusa maori da noite, dos espíritos e do submundo)
Kuan-Yin (a deusa chinesa da misericórdia, da vida, preside o nascimento e a união dos casais)
GAMALIEL
Gamaliel é a Qlipha da Esfera de Yesod e significa “Obscenos”. A imagem cabalística é a de um minotauro obsceno, simbolizando a bestialidade sexual e os instintos. Na mitologia grega, o minotauro é um homem com cabeça de touro, resultado da copula entre um touro sagrado e Pasífae, mulher de Minos, rei de Creta.
Lilith é o arquidemônio regente. Lilith é a Lua negra, o aspecto sombrio do desejo sexual, a fêmea fatal no subconsciente feminino, o lado noturno da cópula; ela é a Noite (Nox, em latim; Nyx, em grego; Layil, em hebraico). É também a Lua de Sangue, ou seja, o processo fisiológico de ovulação e menstruação periódica, o que causa uma forte alteração psíquica na mulher, perturbando-a, tornando-a relativamente agressiva. O sangue menstrual é o sangue qliphótico lunar do ovulo não fecundado, do óvulo morto, um processo natural atávico que pode ser alegorizado pelo arquétipo litiano. (Lilith é uma vampira que odeia bebês e mulheres gravidas) Lilith expressa, de fato, a feminilidade primitiva e selvagem com todos os seus fenômenos fisiológicos e psíquicos, bem como o prazer sexual obsessivo, muitas vezes sem a intenção de gravidez. Provavelmente Lilith tem sua origem na Suméria, onde esse arquétipo era conhecido como Lilitu. O arquétipo de Lilith se desenvolveu, e ela veio a ser considerada um demônio da noite e mãe de todas as súcubos vampiras que atacam homens, alimentam-se de sangue e assassinam bebês e mulheres grávidas, considerados todos como descendência de Adão e Eva que merecem sua vingança. Ela também “adota” todos os filhos de sua irmã Nahemah para devorá-los.
No mais profundo desse terrível plano, temos os sonhos sombrios, as trevas astrais, a feitiçaria do astral inferior e a força cega e negativa da corrente astral, chamada também de Ob (a corrente positiva chama-se Od). O ser embotado nessa região inferior permanece em um estado de inconsciência astral onde tem visões turvas e sinistras, onde seus instintos animalescos tomam formas aterrorizantes e obscenas, sedentos para se esgotarem em incessantes cópulas, e onde vampiros de forte instinto bestial, larvas astrais e horrendos e ferozes elementais inferiores se movem livremente, tornando esse mundo um verdadeiro pesadelo abominável. Muitos vivem imersos nas emanações viciosas do alcoolismo, das paixões mais grosseiras e da matéria em putrefação, especialmente carne e sangue. Gamaliel é também o círculo infra-dimensional – mais próximo à Terra - que produz imagens deformadas e corrompidas que geram degradação e malefícios. É o círculo das sombras e cascões do corpo astral humano que se tornam espectros pútridos que podem ser reutilizados e animados por outras entidades que habitam esse plano.
Esses cascões astrais com resquícios grosseiros de consciência sensorial e manipulados por outras entidades desse plano astral inferior (Qlipha de Yesod) aparecem às vezes em sessões espíritas e invadem a guarda da pessoa passiva e desprotegida, sendo assim vítima deliberada das obsessões desses cadáveres astrais. Os lampejos de inteligência e consciência que essas entidades astrais ou “espíritos” apresentam são os registros no corpo astral de todos os pensamentos, sentimentos, desejos e ações, isentos de autoconsciência do indivíduo que desencarnou. Assim são criadas duplicações “mecanóides” com a matéria psíquica dos participantes de alguma sessão espirita que contactam tal corpo astral em natural abandono. Mas há exceções em que a manifestação é realmente do recém-falecido. Entretanto, os constantes apelos e chamados aos desencarnados podem atrasar seu caminho e processo de aperfeiçoamento e desligamento deste plano para a continuidade da existência post mortem, além de perturbar seu corpo astral ainda não abandonado. (Na antiga Grécia, já se praticava o que é hoje conhecido como espiritismo moderno, além da necromancia propriamente dite, visando o contato com os espíritos dos mortos mediante certos procedimentos. Os xamãs e feiticeiros de diversos povos também possuíam, e possuem, os dons conhecidos hoje como mediúnicos para se comunicar com os espíritos, mas muitos feiticeiros tinham a capacidade de ir até os espíritos, em vez de chama-los para o nosso plano material.). O estudo da psiquwe (ou alma) é influenciado por Yesod, entretanto, muito da psicologia, acadêmica tradicional deixa a desejar, o que a torna uma ciência desvirtuada e associada aqui à Qlipha da Lua. A Psicologia muitas vezes provoca uma perda de identidade e da centralização do indivíduo, que fica confuso em um mar de padrões comportamentais degradados que estão em voga e que são considerados “normais” devido as insistentes apologias em quase todas as mídias de massa. A ação das Qliphoth é muitas vezes imperceptível para a maioria dos indivíduos inconscientes que pensam que estão muito conscientes de si mesmos e do mundo. Lamentável condição também permanecerá após a morte física, e a pessoa assim adentrará no Rio Letes, o lento e silencioso rio do esquecimento, para que retorne posteriormente a uma nova encarnação, sem as lembranças do passado.
Arquétipos de Gamaliel: Os arquétipos qliphóticos lunares, são em geral, as deusas do “lado escuro da Lua”, deusas das florestas selvagens, deusas feiticeiras e tenebrosas, e vampiras voluptuosas.
Hécate (adeusa grega da feitiçaria, da noite e dos espectros fantasmagóricos, preside a gestação, o parto e o fluxo de sangue menstrual)
Karina (a deusa demoníaca árabe, vampira-súcubo que provoca sonhos depravados nos homens de vontade e caráter fracos, causa o aborto e a discórdia entre os casais)
Empusa ou Lâmia (vampira grega sensual que seduz os homens para sugar-lhes o sangue, e se alimenta também de bebês)
Dakini (a deusa sinistra hindu que se alimenta de sangue e carne humanos)
Khado (a deusa tibetana equivalente a Dakini)
Lilith tem similaridades com a Lamia grega e com muitas outras deusas tenebrosas, como a Kali hindu (também associada a Saturno), a Hel escandinava, a Néftis egípcia, algumas que também estão associadas à Esfera da Terra e de Saturno. Os arquétipos litianos também aparecem bastante nos contos de fadas populares ocidentais, como as feiticeiras malvadas.
Símbolos de Yesod/Gamaliel: a meia-lua, o caldeirão, a taça, o ovo e os perfumes. A meia-lua é o próprio símbolo da Lua e do plano astral, indicando receptividade e o inconsciente. O caldeirão representa o útero onde se dá a gestação da vida. É o receptáculo das influências astrais aproveitadas na magia ou na feitiçaria, bem das águas da Terra. O caldeirão simboliza a fusão da água, da terra, do fogo e do ar, e com esses elementos ele pode ser utilizado. A taça partilha de alguns significados do caldeirão e representa também a vagina no contexto mágico e ritualístico. O ovo representa a criação latente e os poderes latentes e criadores do magista; também partilha do simbolismo do caldeirão e da taça. Os perfumes são os símbolos do plano astral (e da mente também) que é mais sutil do que a matéria densa do plano físico, e sua fumaça sugere elevação espiritual e o véu do Além e seus mistérios que estão em nós mesmos.
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( Hod – Samael )
Hod significa “Esplendor” ou “Gloria”, seu nome divino é Elohim Tzabaoth, ou “Deuses das Hostes”. É o plano mental inferior, o plano organizacional das ideias divinas sob a direção do Arcanjo Mikhael, a “Semelhança de Deus”, cujo poder organiza o coro dos Beni Elohim, os “Filhos dos Deuses”. Estes são a expressão das energias e formas astro-mentais finalizadas, organizadas, definidas e vivas, animadas com as forças da natureza. Mikhael rege o desenvolvimento da mente criadora intelectual e todos os seus processos no universo manifestado, e protege a raça humana, especialmente os magistas iniciantes, guiando também suas almas através do plano mental inferior, o plano mais sutil, mais rarefeito, da Grande Ilusão que é a Manifestação. Ele também é o Senhor da Magia e criador e transmissor das fórmulas mágicas nas mentes dos Iniciados, assim como Hermes, Mercúrio e Thoth transmitem o conhecimento, a ciência e a sabedoria mágica ao homem e o instruem no caminho evolutivo para libertar-se de Maya. A Esfera de Mercurio, Hod, é o mundo racional puro, fonte do pensamento humano, da razão e da formulação dos conceitos, é o plano que contém a essência das operações numéricas, da palavra e de todos os símbolos. Portanto, entendemos que em Hod está a origem de nossa mente concreta, racional e é de onde flui a energia que estimula a inteligência e todo desenvolvimento científico no mundo manifestado. O influxo mental de Hod-Mercurio desce e se manifesta como avançado entendimento intelectual no cérebro, o órgão físico da inteligência, apenas naqueles que estão preparados para isso, naqueles que estão receptivos naturalmente em virtude de seu próprio grau evolutivo ou de consciência esclarecida. Pessoas assim são capazes de descobrir a verdade, ou verdades, por si mesmas, possuem inquietudes e sede por conhecimentos. Tal é a capacidade heurística, ou seja, a arte de descobrir, solucionar problemas criativa e racionalmente, inovar, inventar, de maneira rápida e sem esforço excessivo. Psicologicamente, Hod desenvolve a persona, que é a “máscara” usada no dia-a-dia. É uma imagem projetada para si mesmo, e principalmente para a sociedade, uma “fachada” com a finalidade de causar impressões favoráveis, ou, às vezes, desfavoráveis. Os indivíduos em seu meio social e familiar raramente se comportam como gostariam, dizendo o que gostariam e fazendo o que gostariam, então usam essa máscara de conformidade e falsidade que é vista pelo mundo, de maneira até mecânica e inconsciente. É uma falsa projeção que não corresponde, muitas vezes, à verdadeira intenção e sentimento do indivíduo, mas sim uma manifestação de fingimento, uma auto-ilusão de sí mesmo para ser aceita no meio em que vive e beneficiar-se. Configura-se então um aspecto mercuriano da falsidade, da mentira e do engodo que se manifesta no ser humano, ou seja, um aspecto Qlipha Samael. Trabalhar com a Esfera de Hod para o autoconhecimento e evolução requer um polimento da personalidade encarnada por meio do exercício da prudência em todos os aspectos da vida, da sinceridade e honestidade, principalmente consigo mesmo, e a busca pelo conhecimento amplo e pela sabedoria e a prática da imaginação criativa, ou seja, a criação de perfeitas imagens mentais pelo esforço da vontade. Com o corpo mental – ou manas inferior – bem desenvolvido, o Iniciante pode chegar a ter a experiência direta da mente criadora e intelectual e de seu funcionamento, uma visão e compreensão do que está por detrás da Criação visível, podendo ver a própria mente. O corpo intelectual no plano mundano é o veículo da inteligência, do pensamento e da razão, assim como das impressões e percepções cerebrais e das atividades do sistema nervoso, e que se une ao corpo astral para poder se manifestar e atuar no corpo denso de Malkuth, formando assim a tríade inferior do ser humano composta por corpo físico, corpo astral e corpo mental inferior, ou sensação, emoção e razão. Esse corpo mental é mais ativo e bem definido nos seres humanos mais inteligentes e evoluídos, e fraco e obscurecido nos indivíduos atrasados e ignorantes que não tem interesse em crescer psicomentalmente e evoluir espiritualmente. O indivíduo trabalhando em Hod pode desenvolver positivamente muito mais seu intelecto e exercer o discernimento, o raciocínio cientifico consciente e ser capaz de se expressar perfeita e devidamente. Deve aprender também a desenvolver práticas cerimoniais em geral, o poder da autocultura, da telepatia, assimilar o conhecimento das línguas e das ciências e aprender a criar e elaborar talismãs. É recomendável ainda o estudo da Radiestesia, do Tarô e das Runas, da Alquimia, do Hermetismo e da Cabala Mágica, bem como técnicas de respiração (pranayamas) e mantras (vibração sonora vocal).
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As forças qliphóticas de Hod manifestam-se como falsidades, desonestidade, inveja. Esses vícios fluem na Qlipha de Mercúrio chamada Samael, o “Mentiroso”, o “Veneno de Deus”, o “Prestidigitador”.
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Oitava Sephira e Sua Qlipha
( Hod – Samael )
HOD
Hod significa “Esplendor” ou “Gloria”, seu nome divino é Elohim Tzabaoth, ou “Deuses das Hostes”. É o plano mental inferior, o plano organizacional das ideias divinas sob a direção do Arcanjo Mikhael, a “Semelhança de Deus”, cujo poder organiza o coro dos Beni Elohim, os “Filhos dos Deuses”. Estes são a expressão das energias e formas astro-mentais finalizadas, organizadas, definidas e vivas, animadas com as forças da natureza. Mikhael rege o desenvolvimento da mente criadora intelectual e todos os seus processos no universo manifestado, e protege a raça humana, especialmente os magistas iniciantes, guiando também suas almas através do plano mental inferior, o plano mais sutil, mais rarefeito, da Grande Ilusão que é a Manifestação. Ele também é o Senhor da Magia e criador e transmissor das fórmulas mágicas nas mentes dos Iniciados, assim como Hermes, Mercúrio e Thoth transmitem o conhecimento, a ciência e a sabedoria mágica ao homem e o instruem no caminho evolutivo para libertar-se de Maya. A Esfera de Mercurio, Hod, é o mundo racional puro, fonte do pensamento humano, da razão e da formulação dos conceitos, é o plano que contém a essência das operações numéricas, da palavra e de todos os símbolos. Portanto, entendemos que em Hod está a origem de nossa mente concreta, racional e é de onde flui a energia que estimula a inteligência e todo desenvolvimento científico no mundo manifestado. O influxo mental de Hod-Mercurio desce e se manifesta como avançado entendimento intelectual no cérebro, o órgão físico da inteligência, apenas naqueles que estão preparados para isso, naqueles que estão receptivos naturalmente em virtude de seu próprio grau evolutivo ou de consciência esclarecida. Pessoas assim são capazes de descobrir a verdade, ou verdades, por si mesmas, possuem inquietudes e sede por conhecimentos. Tal é a capacidade heurística, ou seja, a arte de descobrir, solucionar problemas criativa e racionalmente, inovar, inventar, de maneira rápida e sem esforço excessivo. Psicologicamente, Hod desenvolve a persona, que é a “máscara” usada no dia-a-dia. É uma imagem projetada para si mesmo, e principalmente para a sociedade, uma “fachada” com a finalidade de causar impressões favoráveis, ou, às vezes, desfavoráveis. Os indivíduos em seu meio social e familiar raramente se comportam como gostariam, dizendo o que gostariam e fazendo o que gostariam, então usam essa máscara de conformidade e falsidade que é vista pelo mundo, de maneira até mecânica e inconsciente. É uma falsa projeção que não corresponde, muitas vezes, à verdadeira intenção e sentimento do indivíduo, mas sim uma manifestação de fingimento, uma auto-ilusão de sí mesmo para ser aceita no meio em que vive e beneficiar-se. Configura-se então um aspecto mercuriano da falsidade, da mentira e do engodo que se manifesta no ser humano, ou seja, um aspecto Qlipha Samael. Trabalhar com a Esfera de Hod para o autoconhecimento e evolução requer um polimento da personalidade encarnada por meio do exercício da prudência em todos os aspectos da vida, da sinceridade e honestidade, principalmente consigo mesmo, e a busca pelo conhecimento amplo e pela sabedoria e a prática da imaginação criativa, ou seja, a criação de perfeitas imagens mentais pelo esforço da vontade. Com o corpo mental – ou manas inferior – bem desenvolvido, o Iniciante pode chegar a ter a experiência direta da mente criadora e intelectual e de seu funcionamento, uma visão e compreensão do que está por detrás da Criação visível, podendo ver a própria mente. O corpo intelectual no plano mundano é o veículo da inteligência, do pensamento e da razão, assim como das impressões e percepções cerebrais e das atividades do sistema nervoso, e que se une ao corpo astral para poder se manifestar e atuar no corpo denso de Malkuth, formando assim a tríade inferior do ser humano composta por corpo físico, corpo astral e corpo mental inferior, ou sensação, emoção e razão. Esse corpo mental é mais ativo e bem definido nos seres humanos mais inteligentes e evoluídos, e fraco e obscurecido nos indivíduos atrasados e ignorantes que não tem interesse em crescer psicomentalmente e evoluir espiritualmente. O indivíduo trabalhando em Hod pode desenvolver positivamente muito mais seu intelecto e exercer o discernimento, o raciocínio cientifico consciente e ser capaz de se expressar perfeita e devidamente. Deve aprender também a desenvolver práticas cerimoniais em geral, o poder da autocultura, da telepatia, assimilar o conhecimento das línguas e das ciências e aprender a criar e elaborar talismãs. É recomendável ainda o estudo da Radiestesia, do Tarô e das Runas, da Alquimia, do Hermetismo e da Cabala Mágica, bem como técnicas de respiração (pranayamas) e mantras (vibração sonora vocal).
O número de Hod é 8. Símbolo do circuito mágico polarizado, o plano mental e o plano astral, bem como a energia positiva e negativa. Representa ainda as duas serpentes enroladas no bastão ou caduceu de Mercúrio. Oito é o número da mente, da ordem, do equilíbrio e da prudência. Todos os oito do Tarô estão em Hod e são energias que geram resultados imediatos, porém transitórios. O oito de paus expressa rapidez; o oito de copas indica desinteresse por tudo, insatisfação e abandono do sucesso conquistado; o oito de espadas é a força reduzida devido à dispersão e indecisão, produzindo instabilidade e restrição; o oito de discos é prudência e atenção demasiada em detalhes insignificantes e minúcias, gerando restrição e limitação. A cor da Sephira Hod é laranja, a cor do intelecto, da inteligência e da autoconfiança, estimula a mente e fortalece o corpo mental, produzindo alegria e otimismo. Hod é astrologicamente o planeta Mercurio (Kokab, em hebraico) e rege os signos astrológicos de Gêmeos e Virgem. A energia de Gêmeos manifesta-se como atividade do intelecto, como movimento do pensamento e do raciocínio prático que capacita o indivíduo a se expressar, comunicar, assimilar e reter informação. Virgem é a inteligência de Gêmeos manifestada na vida prática, trazida para o mundo material. É a semente da evolução da inteligência e da consciência que germina nas trevas da matéria e vem à luz como pensamento e ideias. Aqui no nosso mundo podemos encontrar a energia mercuriana de Hod em profusão em certos lugares tais como laboratórios, bibliotecas, livrarias, escolas, escritórios, mercados, feiras, perfumarias, ruas metropolitanas em geral, nas grandes fazendas e nos campos cultivados.
Arquétipos de Hod: São os deuses da magia, do êxtase mental, do conhecimento, das ciências, das letras, da comunicação, dos negócios, do comércio. Alguns dos mais importantes abaixo.
Hermes (o deus grego do conhecimento, da literatura, da ciência, regente do comercio e também dos ladrões astutos, é mensageiro dos outros deuses e conduz o magista aos sonhos lúcidos e às viagens das almas nos planos sutis)
Dionísio (o deus grego do vinho e da embriaguez espiritual e do êxtase)
Mercúrio (o deus romano equivalente a Hermes)
Baco (o deus romano equivalente a Dionísio)
Thoth (o deus egípcio com cabeça de íbis, regente da magia e das ciências, inventor e comunicador da escrita ao homem, é secretário no Salão dos Mortos)
Anúbis (o deus-chacal egípcio, guia das almas no Além após o julgamento e embalsamador dos mortos)
Imhotep (o deus egípcio criador da medicina, autor dos papiros médicos e arquiteto da pirâmide em degraus, a pirâmide de Djoser)
Ganesha (o deus-elefante hindu da sabedoria, das ciências, das letras, rege os negócios importantes e elimina os obstáculos)
Sarasvati (a deusa hindu da escrita e do conhecimento esotérico)
Hanuman (o deus-macaco hindu do conhecimento secreto, da astúcia, da liderança e da lealdade)
Odin (o deus escandinavo das Runas – o alfabeto secreto – do conhecimento, da magia, da sabedoria e da guerra)
Ogmio (o deus celta da escrita, da sabedoria e das artes, criou o alfabeto ogham baseado nas árvores sagradas)
Taliesin (o deus celta da escrita e da poesia, bardo e mago druida)
Nabu (o deus sumeriano da escrita, mensageiro dos outros deuses, e senhor da sabedoria secreta)
Legba (a loa vodu da profecia, da escrita, tradutor dos idiomas dos espíritos, deus da comunicação e mensageiro dos deuses e dos homens)
Fu-Xi (o deus chinês das ciências, das letras, do conhecimento, da cultura, criador dos trigramas e do baguá e instrutor da humanidade)
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SAMAEL
As forças qliphóticas de Hod manifestam-se como falsidades, desonestidade, inveja. Esses vícios fluem na Qlipha de Mercúrio chamada Samael, o “Mentiroso”, o “Veneno de Deus”, o “Prestidigitador”.
Seu arquidemônio é Adramelekh (deus assírio), o espírito do intelecto pervertido e grande conselheiro dos espíritos infernais. A influência de Adramelekh pode causar obsessão pelo conhecimento sem a devida compreensão, e conduzir o indivíduo, prisioneiro em seu labirinto intelectual, à quase loucura, que ás vezes pode confundir-se com genialidade. A Qlipha de Samael manifesta o mundo das satisfações e das sensações mentais mais grosseiras, da fraude e da perdição intelectuais, causa desolação e a queda da Criação. É o círculo infernal da mentira, da trapaça, da desonra, da infâmia e da decepção, repleto de formas mentais que se reproduzem e se intensificam cada vez que o ser humano compartilha de tais pensamentos e atos medíocres, resultando assim em um entorpecimento mental e atraso evolutivo, tornando o indivíduo desonesto, mentiroso e invejoso, incapaz de se corrigir, pois essas vibrações infernais constantes tornam-se poderosas demais e o envolvem de maneira completa. A influencia qliphótica mercuriana é extremamente forte nas mídias de massa, e aí podemos ver a conspiração de Samael (a mentira que ilude escraviza) que tem como objetivo dominar o povo. Informações tendenciosas e sensacionalismo-populacho, manipulando cada indivíduo de uma sociedade de rebanho, estão gerando as mais diversas enfermidades e desequilíbrios psicomentais e psicossomáticos. Samael sendo o lado qliphótico e tenebroso da ciência, seu poder como um “mentiroso” é percebido no materialismo científico do engodo e da escravidão, pois a ciência ainda não tem as respostas mais importantes e reais para a evolução do homem. O que a ciência é incapaz de provar é relegado à categoria de simples utopia, pejorativamente. Ou cria “soluções” igualmente sem base real e verdadeira para mostrar ao mundo como uma verdade científica, porém especulativa ou conspirativa, e dizendo que isso ou aquilo pode ser “teoricamente” concebível e possível. A ciência materialista que com extremo lucro financeiro supera sua utilidade de sempre servir à humanidade. Seu progresso se restringe a interesses isolados, e a enganação se instala em um mundo cheio de falsidade e medo por não haver soluções para uma vida complicada. O “Veneno de Deus” também volta-se contra a extrema materialidade da ciência insensível e o planeta rebela-se por meio de catástrofes e epidemias insolúveis, e provocando o fracasso de experiências cientificas. Esta Qlipha também caracteriza a obsessão cientifica desprovida de consciência.
Arquétipos de Samael: Alguns abaixo.
Apollyon (o demônio grego da mentira e das fraudes, também associado à Sephira Tiphareth)
Abaddon (o demônio hebreu equivalente à Apollyon)
Deggial ou Al Dajjal (o demônio árabe gigante e cego de um olho, demônio da falsa profecia, o “impostor” que irá perverter e encaminhar a humanidade a humanidade por meio de suas palavras cativantes)
Ahriman ou Angra Maynu (o demônio persa da mentira, das fraudes, da ignorância, da ilusão e da desordem)
Pazuzu (o demônio sumeriano dos ventos que uivam no deserto, voa espalhando pestes, pragas e causando a morte)
Alguns símbolos da Esfera Hod/Samael: O caduceu, a varinha, a pluma, os rolos de papiros e a lemniscata. Sobre o caduceu já tratamos em capítulos anteriores. A varinha é um símbolo da magia e do elemento Ar, utilizada para traçar signos no ar juntamente com as vibrações de palavras pertinentes. A pluma é outro símbolo do Ar e da escrita, pois a mente, ou o intelecto, produz a palavra que é vibrada no ar, assim como o próprio pensamento e o raciocínio rápido são “elementos aéreos”. Os papiros são o símbolo do conhecimento arcaico e secreto, que contêm as palavras, os signos e as fórmulas da magia tanto da Mão Direita quanto da Mão Esquerda; os livros, revistas e jornais, são o desenvolvimento do papiro e hoje se prestam a registrar informações e conhecimentos úteis e construtivos ou inúteis, descartáveis e perniciosos. A lemniscata é o oito horizontal, símbolo gráfico do infinito e dos ciclos realizados em polaridade no Universo e na Natureza.
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Sétima Sephira e sua Qlipha
( Netzach – A´Arab Zaraq )
NETZACH
Netzach significa “Vitória” e é o plano causal manásico. “Manásico” é um termo adjetivado da palavra sânscrita manas que é equivalente ao termo “mental”. É o plano das causas formadoras das existências futuras, o plano mental superior. É o centro de emanação das energias da beleza e do amor que são infundidas no universo material, fazendo tudo se desenvolver e crescer harmoniosamente. A força de Netzach também faz brotar o poder criativo e criador nos seres racionais e irracionais. Seu nome divino é Jehovah Tzabaoth, o “Senhor dos Exércitos”, e sua inteligência é o Arcanjo Haniel, a “Graça de Deus”, cujo poder faz manifestar a força do amor universal, fraternal e, especialmente, o amor conjugal entre homem e mulher, e o amor abstrato da natureza existente entre todas as formas de vida que se unem em polaridade para criar ou procriar. Haniel é o Senhor da Harmonia e o Guardião que zela pelos reinos da natureza, inter-relacionando-os e harmonizando-os. A força da natureza com todos os seus reinos é a expressão do Coro dos Elohim, os “Deuses”, os “Regentes da Natureza”, que são mente-grupo da Criação, como um exército que funciona sob determinada ordem e de maneira sincronizada executando uma operação ou atividade em comum. Essa força anímica e criativa manifesta-se por meio das formas exteriores e mais densas no universo natural, gera os fenômenos naturais e é a causa de todos os sons da natureza manifesta. Esses Elohim são conhecidos como Gandharvas na Índia, e são os deuses da música, dos sons naturais e do conhecimento que revelam ao homem. Os Elohim (Devas, em sânscrito) são os deuses de Deus, a manifestação de uma miríade de seres que atuam no Universo e na Natureza, assim como os seres humanos são também deuses (e demônios) em potencial influenciando o mundo. Toda essa interação cósmica entre seres e forças é vista pelo Hinduísmo como o verdadeiro amor transcendental que está subjacente a todas as coisas. É o amor pela verdade sob muitas formas, muitos deuses, muitos caminhos. Essa busca pelo deus interno, pela consciência espiritual dentro do próprio indivíduo e pela verdade é um objetivo do Hinduísmo, assim como é a meta de diversas doutrinas especialmente orientais e também da luciferosofia ou luciferianismo. As várias modalidades de yoga do Hinduísmo servem ao buscador de si mesmo e da verdade. Yoga significa “união”, a união com o deus interno que pode ser atingida por meio de suas diversas modalidades: bhakti yoga (amor e devoção ao deus interior); mantra yoga (a vibração da palavra de poder para alterar a consciência); jnana yoga (a busca do conhecimento e a união pelo amor cósmico); carma yoga (a ação consciente para gerar reações psico-mentais e “controlar” o carma); raja yoga (a prática do controle da mente, da concentração que conduz à meditação0; hatha yoga (o domínio sobre o corpo físico e as funções fisiológicas, o controle sobre a respiração); tantra yoga (o culto ao feminino e união sexual sacralizada). Os tantras são tratados sobre regras e rituais esotéricos e sexuais de adoração ao feminino (Shakti). A palavra tantra, traduzindo livremente, significa “instrumento de ritual” ou “instrumento de desenvolvimento”. No Hinduísmo, assim como no luciferianismo, o tantra yoga é uma via focalizada na utilização do sexo (maithuna) para a expansão da consciência e aquisição de conhecimento (vidya, jnana). A mulher é um elemento importante e necessário para a realização da Obra. Ela é Shakti, a parceira e o poder do mago na magia sexual (tantra yoga com cerimonial) que visa à união das forças opostas para gerar força e energia psico-física e iluminação espiritual. Esse é o Caminho da Mão Esquerda (Dark Spirituality), que preza pelo aspecto feminino da Criação em seus diversos graus de manifestação. É a união (yoga) entre Shiva e Kali, quer dizer, aspectos de Set e Néftis, Lúcifer e Vênus, Samael e Lilith, Hades e Perséfone, Odin e Frigga, etc.
Netzach é a esfera venusiana, e sua “vitória” se dá por meio do amor de Vênus em todas as suas formas naturais e sob a lei hermética do gênero e da polaridade criadora, os princípios harmonizadores da vida. O amor de Netzach é mais do que mera atração e relação sexual, é uma interação dos pares de opostos com suas forças vitais e mentais equilibrantes e o estímulo criador e a inspiração criativa que advém dessa interação sutil, suprindo e completando assim a alma humana. Netzach é um centro de força criadora, estimulante, ativa e que possibilita o contato com as forças dos reinos elementais da natureza. A Sephira de Vênus pode também ser considerada o Devachan – palavra ou termo sânscrito/tibetano que significa “Morada dos Deuses” – ou Swarga, o “Céu” hindu, onde reina a felicidade divina e as mais puras e belas aspirações e ideais da alma como realizações objetivas da mente superior. É o paraíso celestial de cada ser em seu avanço espiritual com todas as suas causas que irão moldar sua existência. Em Netzach os desejos mundanos e medíocres são transcendidos e então não se deseja mais nada. O Iniciado que atinge Netzach já pode funcionar em seu corpo causal manásico, ou corpo luciférico, como pode ser chamado. Esse corpo reflete a consciência causal da evolução individual e proporciona um alto poder de intuição e discernimento. É o veículo da mente superior (Manas) unida à alma espiritual (Buddhi, Logos Solar), constituindo um casamento ou união que assimila perfeitamente o resultado de todas as experiências evolutivas do humano superior. E são esses resultados que se tornam as causas (carma) que irão determinar a futura existência e o próximo grau evolutivo do indivíduo. Esse corpo causal é luminoso, forte e potente no ser humano mais evoluído, auto-suficiente espiritualmente, autoconsciente, auto-indulgente, auto-responsável e de mente livre, e muito desenvolvido no Iniciado avançado. O ser humano superior na Esfera de Netzach experimenta a consciência luciférica, ou seja, a união da mente (Manas) com a alma (Budhhi) que constitui a Luz de Lúcifer. Lúcifer como “Portador de Luz” é o verdadeiro salvador da humanidade, pois sua luz é a sabedoria que leva ao Conhecimento do Bem e do Mal (Otz Daath) que conduz o indivíduo à evolução. Lúcifer é Vênus e é Christo, é Mente e Alma, é emoção e ação, é a “Estrela da Manhã”, ou seja, a Alvorada da Existência, assim como Vênus é a preciosa esmeralda encrustada no espaço negro. Ele é a inteligência e a consciência que desceu na humanidade, elevando-a acima da animalidade até então existente na raça em seus primórdios. Lúcifer, ou Heylel – o “Brilho de Deus” -, é o tentador que instiga o indivíduo a progredir e evoluir espiritualmente, que desperta suas inquietudes interiores e o livra da ignorância. Lúcifer-Vênus é o impulso criador e criativo no ser humano livre e rebelde espiritualmente.
O indivíduo pode ter algum contato com as forças venusianas de Netzach por meio das artes e das emoções elevadas, pois é a Esfera de onde provém a inspiração e a criatividade artísticas, e pode experimentar a visão da beleza do universo, uma experiência direta do amor como força criadora e causal da vida em seus diversos aspectos e níveis. O desenvolvimento do amor fraternal, o crescimento e harmonia da união conjugal, o exercício da criatividade e a manifestação da arte inspirada pelo processo evolutivo, a conscientização dos mais elevados ideais, a aquisição de cultura, a compreensão da filosofia e das artes em geral, o estudo do herbalismo e da natureza e o desenvolvimento do sentido espiritual de justiça e equilíbrio, são recomendações como trabalhos de potencial venusiano.
O elemento venusiano psicológica e estrutural da personalidade é a anima, o aspecto feminino da psique, ou alma, é a deusa Vênus. É a “imagem” feminina ideal e perfeita para o homem, quer dizer, é um arquétipo feminino no inconsciente masculino criado pelo seu ideal e pelas muitas experiências com o sexo feminino no passado racial. O registro inconsciente dessas experiências pode determinar, para os homens, as condições das relações deles com as mulheres. Muitas vezes essa “imagem” é distorcida, e as relações com o feminino são também desequilibradas. A anima é o aspecto feminino interno do homem, devendo equilibrar-se dentro de si mesmo, sem comprometer sua masculinidade natural. Parte do trabalho preliminar de Netzach é tornar-se consciente da anima, no caso do indivíduo masculino, e compreender a importância do feminino para a evolução espiritual. Não falamos aqui de questões meramente sexuais e sim de polaridades naturais sem perversão. O homem, assim como a mulher, autêntico deve desenvolver o amor pela vontade de amar e o desprendimento para se permitir ser tocado por sua natureza oposta como virtudes necessárias para a Iniciação à Esfera de Netzach. O indivíduo desequilibrado, vicioso, ignorante, que abusa da força venusiana, é conduzido pela lei natural do carma à Qlipha correspondente. Luxúria, impudor e apego aos prazeres fugazes são os vícios que atrasam a evolução e torturam o néscio na Esfera qliphotica de Ar´Arab Zaraq, porém o Iniciado evoluído e consciente apenas assimila e transmuta suas energias, aprende com o lado negro da Sephira sem se perder.
O símbolo numérico de Netzach é 7 (sete), o número da organização, da ordem universal, da união do ternário (espírito) com o quaternário (matéria) no próprio homem. Sete simboliza o veículo humano em seu caminho espiritual. É o número do esoterismo e do misticismo autênticos, expressa as forças da natureza, da paz e quietude e da justiça. Representa ainda a busca silenciosa e solitária do indivíduo para atingir sua perfeição. Todos os sete do Tarô refletem as energias de Vênus-Netzach e expressam forças superiores ao plano material, mas que devem ser controladas por alguém que esteja capacitado. O sete de paus representa o valor e a coragem que podem conduzir à vitória, porém existe a incerteza quanto ao resultado final, mas sua influência é vital e dinâmica; o sete de copas indica ilusão e sucesso ilusório resultantes das emoções descontroladas e da fraqueza de caráter que conduzem ao egoísmo grosseiro, ao envaidecimento e à auto-ilusão por promessas fúteis de amor; o sete de espadas expressa o equilíbrio vacilante e precário, o esforço instável e a desconfiança; e o sete de discos indica decepção devido às distrações do amor cego, ou melhor, da paixão vulgar. Verde é a cor venusiana dessa Sephira. É a cor da natureza, da harmonia, da fraternidade, dos ideais, do crescimento, da fertilidade, da criatividade e da juventude, combate o cansaço mental e restabelece a cura, a juventude do ser e o equilíbrio. Astrológica e astronomicamente, Netzach relaciona-se com o planeta Vênus (Nogah, em hebraico), que é o planeta mais brilhante do sistema solar devido ao seu albedo em torno de 79%. Ou seja, o poder de refletir a luz do Sol é muito grande, e por isso Vênus é chamado de estrela, ou Lúcifer, o “Portador da Luz”, a Estrela da Manhã e da Tarde. Vênus rege Touro e Libra. Touro é a vontade firme que não vacila, mas sua ação é lenta porém obstinada, até que o objetivo seja alcançado e a Obra concluída. A força de Libra busca equilibrar a emoção e a razão e unir harmoniosamente a arte e a ciência nos processos mentais, emocionais e evolutivos do ser humano. Na vida mundana, os ares venusianos podem ser sentidos e observados em certos lugares, tais como museus de arte, escolas de arte, salas de concerto, grandes hotéis, restaurantes, lugares de beleza e volúpia, jardins, fontes, parques ecológicos e zoológicos, e na natureza em geral.
Arquétipos de Netzach: Deusas da beleza, do amor, dos prazeres, da natureza, deuses das artes, do conhecimento, da liberdade.
Afrodite (a deusa grega do amor, da vida, do desejo e da beleza)
Urânia (a deusa grega do amor celestial e divino, um aspecto de Afrodite)
Nínfia (a deusa grega do amor conjugal, do casamento e dos enamorados, outro aspecto de Afrodite)
Hera (a deusa grega do matrimonio, da natureza e do paraíso, protetora das mulheres)
Palas-Atena (a deusa grega da justiça, da sabedoria, das artes e do artesanato)
As Musas (as deusas gregas inspiradoras dos artistas e poetas)
As Hespérides (as três ninfas gregas que guardam a árvore das maçãs de ouro)
Eros (o deus grego do amor, do desejo sexual e da natureza, filho de Afrodite)
Prometeu (o deus grego titânico da liberdade, do amor filantrópico, do livre-arbítrio e da sabedoria, doou o fogo do Olimpo à raça humana)
Lúcifer (o deus romano do amor filantrópico, da beleza, do conhecimento, da luz e da liberdade, possibilitou o acesso do ser humano ao Conhecimento)
Melek Taus (o deus-pavão árabe-yezide da sabedoria e da liberdade, deus criador do universo manifestado)
Vênus (a deusa romana equivalente a Afrodite)
Juno (a deusa romana equivalente a Hera)
Minerva (a deusa romana equivalente a Atena)
Cupido (o deus romano equivalente a Eros)
Hathor (a deusa-vaca egípcia do amor, da alegria, do paraíso, dos prazeres e das artes)
Maat (a deusa egípcia alada da verdade e da justiça)
Lakshmi (a deusa hindu da sabedoria, da beleza, do amor e da riqueza)
Kama ou Ananga (o deus hindu do amor sexual, do desejo, do prazer e da juventude)
Gandharvas (os deuses hindus da sabedoria, da música, dos sons da natureza e do desejo, são muito afeiçoados às mulheres da Terra)
Frigga (adeusa escandinava do amor, do casamento, do desejo, da sabedoria, da riqueza e da primavera)
Iduna (a deusa escandinava do amor inocente, da beleza, da natureza e guardiã das maçãs da vida eterna)
Druantia (a deusa celta do amor, da natureza e da sabedoria)
Oenghus (o deus celta do amor, da inocência e da juventude)
Inanna ou Ishtar (a deusa babilônica do amor, do casamento, dos prazeres e da guerra)
Astarte ou Astaroth (a deusa fenícia equivalente a Ishtar)
Xochiquetzal (a deusa asteca da beleza, do amor, do sensualismo, das flores e das artes)
Mama Coca (a deusa inca do amor, do desejo sexual, da euforia e da coca)
Erzulie (loa vodu do amor, do desejo sexual, da fertilidade e da riqueza)
A´ARAB ZARAQ
A´Arab Zaraq quer dizer “Corvos da Disppersão”, “Corvos da Morte”. É o lado sombrio de Vênus e onde se opera a magia luciferiana obscura e se pratica o misticismo erótico e sensual da Mão Esquerda. Seu arquidemônio é Baal, o deus fenício da fertilidade e da sabedoria, a personificação das forças mais inferiores e primitivas da natureza, considerado esposo da deusa Astarte. Mas o nome Baal também se refere a qualquer e vários espíritos e demônios cuja adoração e culto se faz por meio de imagens e ídolos. Baal significa “senhor” e “esposo”, e os próprios hebreus/judeus possivelmente também o cultuavam mediante sacrifícios humanos e ritos violentos e asquerosos. É chamado de Bel pelos babilônios e Ammon pelos egípcios. Contudo, nomes são apenas nomes que servem para identificar aspectos de forças qualificadas e egrégoras já consolidadas por determinados povos e cultos. Essa Qlipha é também o mundo dos desejos e de todas as coisas prazerosas e seu deleite que aprisionam e viciam de maneira patológica o ignorante fraco e escravo. Então, o prazer torna-se dor nesse círculo infernal de incessantes festins luxuriosos e bestiais, de glutonarias, bebedeiras, cobiça, ganância e o consequente remorso corrosivo. A Iniciação de Vênus pode ser corrosiva para aqueles que fracassam e se iludem mesmo sem saber, e eles são derrotados em meio à própria miséria, banidos do paraíso celestial, com suas escórias viciantes dispersas na Qlipha venusiana. Porém, o indivíduo consciente não se perde em meio às influencias qliphóticas, porque ele próprio “dispersou” as escórias de seu caminho, e a morte fazendo dos Corvos seus aliados, pois eles não mais o afetam. Na Alquimia, o corvo representa a putrefação, o negrume dos elementos indesejáveis da psique que dispersa ou transmuta em consciência clara e sabedoria. O corvo é a morte ou passagem para outra fase de existência em outro nível, é a dispersão da vida no tempo e no processo de putrefação da morte. A morte ou dissolução no grande mar universal e caótico é o retorno dos elementos essenciais à fonte original causal. A água do caos faz a dissolução: o corvo de Noé é tragado pela chuva, mas quando a chuva cessa, uma pomba retorna e se vê um arco-íris no céu. Ou, em outras palavras, as águas do dilúvio (as forças naturais e astrais da dissolução) lavam o negrume e dispersam os restos mortais psico-físicos, deixando livre a essência espiritual (a pomba, ave de Vênus) que retorna pela “ponte de arco-íris” Bifrost à sua fonte original, a Esfera de Netzach. Em magia sexual, A´Arab Zaraq é a dispersão do ego no ápice do êxtase, a morte temporária da consciência comum e ordinária que dá lugar à experiência espiritual e à expansão do amor cósmico. A´Arab Zaraq é também a fonte de inspiração da arte sombria (dar kart), bizarra, sensual, do surrealismo trevoso, da música sinistra que atrai as mentes inquietas.
Arquétipos de A´Arab Zaraq: São aqueles do desejo descontrolado, dos vícios sexuais.
Hetaíra (a deusa grega do sexo e da promiscuidade)
Pandemos (a deusa grega da paixão descontrolada e do desejo sexual impulsivo)
Pandora (a semideusa grega da beleza e da curiosidade, abriu a caixa que continha todos os vícios e males da humanidade, ficando apenas a esperança no fundo)
Príapo (o deus grego do apetite sexual insaciável e da proliferação da natureza)
Sekhmet (a deusa-leoa egípcia das paixões, do desejo sexual impulsivo, da raiva passional, das bebidas alcoólicas e da guerra, também associada a Marte)
Fulla (a deusa escandinava da vaidade exagerada e da futilidade)
Asmodeus (o deus persa/hebreu da fornicação e do desejo sexual descontrolado, é também o arquidemônio de Marte)
Tzinteotl (a deusa asteca do desejo sexual, da promiscuidade, da prostituição e da luxúria)
Alguns Símbolos da Esfera Netzach/A´Arab Zaraq:
Os símbolos das Esferas de Vênus são a rosa (com espinhos), a pomba, o espelho, a concha, a lâmpada e a cruz ansata. A rosa é a flor sagrada de Vênus e simboliza o amor, a pureza, a alma humana e a vontade; com os espinhos caracteriza o aspecto qliphótico de purgação das impurezas, dos elementos indesejáveis da existência e o esforço doloroso para se atingir os planos mais elevados. A pomba é a ave sagrada de Vênus e simboliza o espírito e a paz de espírito, a tranquilidade ataráxica. O espelho é símbolo da beleza e da feldade, representa a Terra como um reflexo das Esferas cabalísticas e o ser humano como reflexo dos deuses e demônios; representa uma “porta mágica” para outros planos ou estados de consciência. É associado também à Esfera de Daath, o “Conhecimento”. A concha representa a vagina, o útero gerador, o desejo e o aspecto feminino da natureza, pois Vênus-Afrodite nasceu de uma concha, em meio à espuma do mar, fecundada com o sangue do falo de Urano, o pai dos Titãs. A lâmpada é a luz de Lúcifer (o “Gênio da Lâmpada”), e representa a inteligência, as ideias que iluminam a vida, a consciência e a autoconsciência nos planos sephiróticos e qliphóticos; simboliza o próprio planeta Vênus com seu brilho matutino e vespertino. A cruz ansata é um símbolo da vida eterna e do caminho a ser seguido pela alma em busca do deus interno; representa o amor venusiano, pois é o próprio glifo astrológico de Vênus.
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Sexta Sephira e sua Qlipha
( Tiphareth – Thagiriron )
TIIPHARETH
Tiphareth é a Esfera Solar e seu nome significa “Beleza”. A Beleza aqui diz respeito ao equilíbrio perfeito entre proporções harmoniosas em todos os aspectos da Árvore da Vida, pois Tiphareth é o centro do universo manifestado e o rege dentro de leis harmônicas universais. Em seu nível puramente espiritual é chamada pelo nome divino de Jehovah Aloah Va Daath, que quer dizer “Senhor Deus no Conhecimento”, traduzindo livremente. A sexta Sephira é o plano búddhico, o plano de unificação entre todas as Sephiroth; é a Esfera central da Manifestação para onde todas as forças e poderes são convergidos, equilibrando todas as forças cósmicas.
A Luz e o calor vital do universo equilibrado são sustentados pelo Arcanjo Rafael, a “Medicina de Deus”, que também é o Senhor da Cura que elimina os males da humanidade doente por meio da purificação pelo Fogo Sagrado, ou seja, o calor e a luz solares que irradiam vitalidade a todos os seres e restabelecem a saúde física, emocional e mental. Entretanto, o indivíduo embrutecido pelo excesso de álcool, carnes e gorduras – principalmente industrializadas -, etc., não gozam de perfeita saúde física nem mental, e não usufruem da alta vitalidade emanada do poder solar que é absorvida pelo corpo humano através do duplo etérico. Rafael rege ainda as leis cósmicas sobre o espirito do ser humano, é o Guardião do Templo e seus Mistérios e Sacerdote do Sagrado Matrimônio entre todas as coisas vivas, principalmente a união entre o homem e a mulher que compartilham o mesmo caminho de evolução espiritual e os mesmos objetivos, pois tal casamento verdadeiro e sincero acelera o crescimento de ambos. Sob a regência de Rafael está também o Coro dos Malakim, os “Mensageiros”, os “Reis” divinos, os princípios espirituais essenciais das forças elementais da natureza, e somente o indivíduo iniciado em Tiphareth, ou o Adepto Menor, pode contactar e controlar as forças elementais com absoluta segurança, porque é preciso se harmonizar, conhecer e compreender a essência espiritual das forças elementais, dos Reis ou Malakim. O Adepto Menor, que adentrou na Esfera ou Plano Solar, que rasgou o Véu de Paroketh (o Véu do Templo), adquire consciência de seu Eu Superior, ou Logos individual, cujas forças elementais estão intimamente relacionadas em sua constituição espiritual. Do ponto de vista de Sephira Kether, Tiphareth é o Filho (Logos Solar); do ponto de vista de Malkuth, Tiphareth é o Rei (Deus) que transmuta a energia em matéria e matéria em energia, ou transforma a força em forma e a forma em força, dependendo do aspecto em que se encara esse processo: ou da evolução cósmica para o mundo manifestado, ou da evolução espiritual individual para a fonte da Criação. Sob este ponto de vista da transmutação, Tiphareth é o deus sacrificado na cruz. Tiphareth é o redentor, pois redime, ou transmuta as forças inferiores em superiores, mais puras e sutilizadas, equilibrando-as, seja no universo material seja na consciência individual. Assim, o Filho, Tiphareth, mostra o Pai, Deus-Mãe (Kether), na própria consciência do Iniciado. A compreensão dessa questão é de extrema importância. Não devemos entender o sacrifício como uma perda dolorosa de algo que estávamos apegados. Nada é perdido, e um sacrifício é simplesmente a transformação de alguma coisa em outra coisa, seja lá o que for. Os Mistérios da Crucificação dizem mais respeito aos processos cósmicos e espirituais do que a uma tortura física ou moral. Para que possa haver evolução, o que devemos realmente crucificar é a nossa personalidade mundana e transitória, “perde-la” para uma força superior, transcender as limitações físicas e sensoriais e penetrar na consciência crística de nosso Eu Superior ou Sagrado Anjo Guardião, pois este só surge para aqueles que o busca. O esforço de integrar e harmonizar as partes constitutivas elementais da totalidade do Ser é que é o verdadeiro padecimento espiritual; a outra fase é o cruzamento do Abismo onde está a Sephira “invisível” Daath. A Grande Iniciação de Tiphareth forma no Adepto o corpo búdhhico, ou corpo logóico, no qual se manifesta a consciência do Eu Superior ou Individualidade. É a alma espiritual, unidade e núcleo evolutivo através das encarnações. A experiência mística é uma visão da essência espiritual do Cosmos e sua plena compreensão de maneira espiritualmente intuitiva. Enquanto encarnado em um corpo de carne, tal experiência é como um relâmpago extremamente luminoso que nos desperta para um mundo superior. Transcendendo a consciência psíquica de Yesod-Lua, o Adepto concentra uma alta carga de força emocional superior e a exalta até a explosão luminosa. Essa explosão deve durar apenas alguns segundos porque, caso contrário, ”queimaria” o sistema nervoso físico-astral de seu corpo em Malkuth, o mundo material, podendo gerar as psico-patologias dos místicos religiosos e suas aberrações emocionais e comportamentais. Após o êxtase místico e sobrenatural na medida certa, o indivíduo muda radicalmente sua vida, permanecendo consciente das verdades espirituais, com sua mente expandida e com sua personalidade capacitada para viver sabiamente na atual encarnação. Esta é a verdadeira iluminação, que, para ser benéfica, deve partilhar da escuridão a qual a luz ilumina, proporcionando-nos a visão e a consciência das coisas criadas nas dimensões em que existimos. Assim, a Esfera Solar de Tiphareth é o plano da individualidade consciente perfeita – o Eu Superior ou Daimon – unida ao Cosmos e a tudo o que ele contém, espiritualmente. É a primeira Grande Iniciação para a continuidade da evolução humana. É a morada do Logos Solar imortal, um mundo de pureza, de harmonia e beleza. É um centro de força espiritual radiante que estimula o ser humano buscador a evoluir. Trata-se de um nível inacessível e impossível de se atingir na condição e nos planos inferiores, os quais a maioria dos seres se acorrentam e se acotovelam. A individualidade aqui não deve ser mal interpretada. O Eu Superior é a Individualidade que peregrina através das encarnações, assimilando experiências e conhecimentos. O individualismo é diferente. É a introspecção, a centralização do indivíduo em si mesmo, buscando sua preservação e a de seus interesses no mundo, sem prejudicar outros gratuitamente. Não se envolve em problemas alheios e evita causar problemas desnecessários, preferindo cuidar de seus assuntos com interesse. Uma pessoa individualista reconhece sua própria importância e valor e trabalha pela própria evolução, compartilha seus ideais, seus conhecimentos, sua cultura, etc., somente com aqueles que tem afinidade e se interessam pelas mesmas coisas. O egoísmo também é diferente do individualismo, já que o egoísta busca a centralização de tudo e de todos para si, busca a atenção externa e as coisas que deseja obcecadamente, porém sem compartilhar nada, nem mesmo com aqueles que tem afinidades e simpatia. O egoísmo é uma manifestação qliphótica do individualismo, que só visa acumulo, muitas vezes em detrimento de outros que não tem nada a ver com seu desequilíbrio.
Um trabalho de vontade prévio para se entrar em sintonia com a Esfera de Tiphareth é o exercício das virtudes da devoção à busca, do discernimento religioso, uma atitude convicta acerca da vida espiritual e a intuição. Tiphareth também requer um trabalho de expansão e iluminação gradativas da consciência, a concentração e a meditação. O adepto pode realizar rituais de teurgia para aquisição de poder espiritual, curas, praticar exercícios de criatividade e manifestação da arte inspirada pela intuição divina, estudar astrologia oculta, a musicoterapia, a cromoterapia, o Tarô, a teologia esotérica e a medicina holística.
O número de Tipharet é 6 (seis), o número do equilíbrio, das proporções perfeitas, o número do macrocosmos e do ser humano perfeito cristificado. É o número de Adam Kadmon, o homem arquetípico, o Christo. Reflete a beleza, a paz, a paz, a harmonia e a fraternidade. Todos os seis do Tarô estão em Tiphareth. Em geral, representam sucesso após um esforço. O seis de paus expressa um grande êxito depois de um grande esforço ou luta; o seis de copas representa o prazer em seu início; o seis de espadas indica um sucesso merecido após dificuldades; e o seis de discos indica sucesso material e nos negócios mundanos. Como Tiphareth é a Esfera do Sol, sua cor é o amarelo (dourado). É a cor do Logos Solar e da Luz solar. É quente, estimulante mental e intelectual, cor da alegria, do otimismo e da inteligência, reflete confiança, nobreza e sabedoria espiritual. Na Astrologia, Tiphareth é o Sol (Shemesh, em hebraico), e rege o signo de Leão. A manifestação superior de Leão é a consciência espiritual centralizada ou individualizada, o Logos central da totalidade humana que impulsiona para a evolução. É o poder da intuição que vem do coração, o centro solar homem. Na Terra, a influência majestosa de Tiphareth pode ser observada nos grandes palácios, grandes teatros, grandes salas de concerto, grandes catedrais, lugares amplos e iluminados, nas grandes florestas e montanhas.
Arquétipos de Tiphareth: mitologicamente, os deuses de Tiphareth são deuses da beleza, da luz, da força, da cura, das artes, da inteligência, etc.
Apolo (o deus grego do Sol, da beleza, da inteligência, da cura, da verdade, da poesia e da música)
Hélios (o deus grego do Sol e da luz, que cruza o céu em seu carro flamejante)
Febo (o deus romano equivalente a Apolo)
Hércules (o semideus greco-romano da sabedoria e da força)
Amon Rá ou Atum (o deus-gavião egípcio do Sol, da luz, da força, da justiça, da verdade, considerado o primeiro faraó divino)
Osíris (o deus egípcio da vida, da morte, da ressurreição e do sacrifício)
Hórus (o deus-falcão egípcio do Sol, do fogo e da força, também relacionado a Marte)
Surya (o deus hindu do Sol, da luz e da sabedoria espiritual)
Vishnu ou Harê (o deus hindu da força, da inteligência, da abundância, da luz e do conhecimento, sustentador da vida e da Criação)
Balder (o deus escandinavo do Sol, da luz, da alegria, da beleza e da cura)
Belenos (o deus celta do Sol, da luz, do fogo, da cura e das ciências)
Lugh (o deus celta da luz, da fertilidade, da profecia, da medicina, ida música, da poesia e da ourivesaria)
Shammash ou Uddu (o deus sumeriano do Sol, do fogo, da vida, da verdade e do conhecimento)
Quetzalcoatl ou Kukulkan (o deus maia/asteca do Sol, dos ventos, do conhecimento secreto, da inteligência, trouxe para o mundo a árvore do cacau, o xocoatl, que é alimento dos deuses)
Inti (o deus inca do Sol, da luz, da vida, da profecia, do conhecimento secreto e das artes)
THAGIRIRON
A ignorância sobre os aspectos da evolução e o desconhecimento do Christo interno individual (que tem seus deuses correspondentes) geram uma grande parte de enfermidades da alma, tais como a tristeza profunda, a confusão mental permanente, a acídia – que é uma preguiça e desolação espirituais -, o estresse, a dissociação psicomental, o apego irracional a personalidade vulgar e às coisas fúteis da vida. Além das enfermidades da alma já citadas, o orgulho exaltado, o egocentrismo irracional, a arrogância e a presunção conduzem o indivíduo à Esfera qliphótica do Sol: Thagiriron, o Sol Negro, os “Litigiadores”, os “Ardentes Instigadores”, que se combatem entre si, causam o caos, as revoltas, os lamentos e toda fealdade no mundo. É um estado no qual o corpo búddhico é completamente obscurecido ou separado dos princípios inferiores (corpo mental inferior de Hod e corpo astral de Yesod), tornando-se o ser humano extremamente ignorante, vazio, grosseiro e bestial. O Eu Superior é desligado da personalidade encarnada, deixando está sem seu elemento espiritual central diretor e organizador. O indivíduo é então arremessado no mundo dos miseráveis prazeres da ostentação, do envaidecimento extremo, do egoísmo infundado e do egocentrismo. Padece inconsciente nesse terrível círculo infernal de conflitos, desperdícios, esbanjamentos, ganância, avareza, mediocridade e hipocrisia, em um caos de forças confusas.
Belphegor é o arquidemônio da Qlipha do Sol Negro, o deus dos moabitas e amonitas (idólatras descendentes de Moab e Amon, os filhos do incesto de Ló com suas filhas). Belphegor induz os humanos fracos ao mal por meio do conhecimento e das descobertas para conquistar poder e glória mundanos, semeia a discórdia por meio das riquezas e é a personificação da misantropia extrema e destrutiva. Belphegor, às vezes, exigia excrementos como oferendas em seus cultos em troca de riqueza para os seus adoradores. Eis aí um exemplo de “redenção” qliphótica, ou transmutação na qual merda vira ouro. Tal é o toque de Midas, que transforma tudo em ouro. Entretanto, esse toque da ganancia não é suficiente para uma existência sabia e sadia, pois a vida é mais do que apenas riqueza material em excesso, e quando tudo se transforma em ouro, pode-se começar a morrer de fome e sede da mesma maneira que o rei Midas. O ouro (metal solar) é considerado um elemento puro, símbolo do princípio espiritual, incorruptível, que pode até promover a saúde. O ouro também representa dinheiro, poder, riqueza, porém com o risco de conduzir os homens fracos à ganancia violenta, à idolatria capitalista e consumista, à vaidade inútil e à corrupção que é escória humana, excremento psico-sociológico. O excremento é dejeto, resíduo contaminante, matéria que causa doenças. E as doenças, por sua vez, geram riquezas para uma minoria de gananciosos. As doenças são um grande negócio para a conspiração farmacêutica assim como a misantropia extrema de Belphegor é um “recurso eficaz” para manter a grande massa de pessoas ignorantes no ciclo da doença e dos medicamentos caros que enriquecem a indústria da medicina, onde só deve faltar o anuncio “Precisa-se de pacientes” colocado nas portas de seus estabelecimentos, salas, consultórios. Tal conspiração com sua rede mundial parece visar primordialmente ao lucro extremo e não à saúde real das pessoas, induzindo os mentalmente fracos e crédulos à hipocondria e à escravidão de seus corpos e mentes nesse ciclo vicioso da enfermidade. É claro que remediar (ou melhor, envenenar) longamente é muito mais lucrativo do que prevenir... E, paradoxalmente, as pessoas parecem gostar de ir ao médico, parecem demonstrar uma espécie de orgulho da necessidade de precisar de tal ou qual medicamento. Os “Litigiadores” e os “Ardentes Instigadores”, Thagiriron, podemos ver manifestados nos dirigentes e “fieis” das grandes religiões patriarcais do mundo e suas ramificações modernas. São instituições organizadas para dominar a massa e instigar o ódio a tudo o que não faça parte de sua doutrina religiosa artificiosa e superficial. Exemplos de guerras e perseguições pseudo-religiosas simplesmente por não existir o respeito ao livre-arbítrio de cada um, exemplos até abomináveis, temos muitos no decorrer da história. São religiões proibitivas do livre-pensar, interessadas principalmente em aumentar o seu poder e sua riqueza material. Aliás, não devemos nos esquecer de que o famoso Jesus histórico e bíblico não parecia ostentar opulência nem luxo e permanecia humilde, em todos os aspectos, aparentemente, durante toda a sua vida, e ainda assim foi crucificado devido a um “litígio” religioso. Entretanto, podemos ver atualmente na crescente onda do culto cristita da nova era, fiéis com pose de gente pura que se creem os “bichinhos de Deus”, reformados, passivos e salvos, e consideram todas as outras pessoas do mundo não-evangélicos como indignos, perdidos, pecadores, seguidores do Diabo. Essas religiões pseudo-cristãs certamente contribuíram para reforçar ainda mais o materialismo embotador, a ganancia pessoal e o exacerbado capitalismo “em nome de Jesus”, que degradam a civilização moderna ocidental. Buscam se isentar da responsabilidade de todos os seus maus atos e pensamentos e do mal do mundo, culpando o Diabo por tudo, o pobre Diabo que deve ser exorcizado aos berros. Baseado nisso, as igrejas e suas “atividades religiosas” parecem mais um verdadeiro “show de horror” e de mau gosto, porém muito atraente aos novos “clientes” que provavelmente se converterão. Não é difícil hoje em dia qualquer um abrir uma nova igreja na esquina e lucrar muito com a ingenuidade e fé cega dos outros, já que as igrejas estão isentas de impostos. Com uma igreja em mãos, é fácil adotar técnicas de estelionato, charlatanismo, lavagem cerebral subliminar e uma evidente, e às vezes agressiva, intolerância religiosa, para seduzir as mentes limitadas, sofridas, condicionadas e gananciosas. O significado do Christo cósmico (assim como de Satã) desapareceu, e o que se cultua hoje é apenas um ídolo externo, um rótulo pseudo-religioso estampado em adesivos, chaveiros, camisetas e diversos outros produtos comerciais, em um culto capitalista e mundial que, na verdade, adoro o deus Mammon sob a máscara de Jesus, no melhor estilo “pague para entrar, reze para sair”. Entretanto existem aqueles que apenas preferem manter uma aparência, um verniz religioso e piedosamente moralista, vivendo covardemente na escória de sua própria degradação, cometendo os mesmos pecados que condenam nos outros, ou seja, verdadeiros diabos que rezam o terço – ou pelo menos fingem rezar. Por outro lado, infelizmente, há também muitos espiritualistas moderninhos que se creem muito “da luz”, aqueles que tem horror em falar sobre assuntos que não sejam única e exclusivamente “da luz”, “só luz”, “luz total”. Tal é a cegueira que essa luz pode causar naqueles exotéricos. Se vivêssemos sem um mínimo de sombra no mundo e no universo, certamente não enxergaríamos nada (pois nada existiria) em meio a tal luz ofuscante o que seria o mesmo que estar em meio às trevas totais.
Arquétipos de Thagiriron:
Quimera (deus grego do fogo destruidor, do conhecimento ilusório, da confusão e da morte, monstro hibrido do conhecimento mal aplicado com intenções maléficas, relacionado também a Daath)
Khepra (o deus-escaravelho do Sol “noturno”, do submundo, da morte e da ressurreição)
Beelzebub (antigo deus da cura e da profecia, posteriormente transformado em demônio da discórdia, do litígio, da perseguição, causador da ruina dos reis; é outro nome de Baal)
Apollyon (deus grego da morte e da putrefação do Sol Negro, causador de pragas e enfermidades)
Zu ou Anzu (monstro sumeriano, deus do destino e das fatalidades da vida)
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Alguns Símbolos da Esfera Tiphareth/Thagiriron:
Alguns símbolos utilizados nos trabalhos solares são a cruz latina invertida, o mastro, o candelabro, os chifres, o círculo com o ponto e o outa (o olho-de-Hórus)
A cruz latina invertida é o símbolo do sacrifício espiritual, da transmutação de algo inferior para algo superior e a união dos opostos na própria alma; é a espada apontada para cima e o falo gerador, a força masculina e positiva do universo manifestado e da individualidade. O mastro é um símbolo fálico da fertilidade, da vida e da ascensão. O candelabro representa a luz e o fogo solares, a iluminação espiritual e a presença de Eu Superior nos trabalhos ocultos. Os chifres são um símbolo da inteligência expandida e da compreensão espiritual, representando também a autoridade, o poder e a força, e jamais se deve considera-lo um atributo diabólico. Estão associados também às Esferas de Marte (Geburah), Júpiter (Chesed) e Saturno (Binah). O círculo com o ponto no centro representa o próprio Sol e o Eu Superior inserido na totalidade do universo, como o centro da evolução individual; é a Criação manifestada no Cosmos com a Luz que brilha nas Trevas. O outa ou udjat, o olho-de-Hórus, simboliza a visão espiritual do iniciado e a própria visão da Lei na manifestação de todas as coisas. O olho também está associado a Shiva e a Set, os destruidores da ilusão e do universo quando este chegar ao fim de seu ciclo evolutivo. Entretanto, esse olho destruidor não é exatamente um “olho solar”.
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Daath significa “Conhecimento” e é considerada uma Sephira – e também uma Qlipha – “invisível”, não aparecendo na maioria das ilustrações da Árvore da Vida. Quando aparece, é representada por detrás do Caminho da Grande Sacerdotisa, no Pilar do Equilíbrio, de forma sutil e não numerada. Pode ser considerada o Trigésimo Terceiro Caminho da Árvore da Vida e da Morte, pois está além dos 32 Caminhos conhecidos. Daath não possui nome divino, Arcanjo ou Coro Angélico, e surge, no processo da Criação, das energias de Chokmah, a Sephira 2, e Binah, a Sephira 3, que estão no Triângulo Superior da Árvore, além do Véu do Abismo, onde se situa Daath. É o conhecimento que deverá se tornar Sabedoria (Chokmah) por meio da compreensão (Binah). É o Conhecimento do Abismo Cósmico, o Conhecimento do Bem e do Mal, que é o segredo da Criação manifesta. Estar em Daath e permanecer isento de compreensão ainda ilude e aprisiona, mesmo que imperceptivelmente, na cela da falsa teologia, da falsa deificação de si mesmo, pois Daath contém todo o conhecimento cru do universo manifestado, a Ilusão do real como uma amálgama de todas as Sephiroth e Qliphoth, uma dimensão de loucura dispersa para todos os lados. Para Daath, são convergidas todas as Sephiroth e todas as Qliphoth, do mesmo modo que para Tiphareth (Jehovah Aloah Va Daath) são convergidas as forças das Sephiroth. Sob esse prisma, Daath é a porta para o lado reverso da Árvore, o universo B, é um portal entre as “duas” Árvores, que na verdade são uma: a árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (Otz Daath). Daath é a própria semente que contém a Árvore do Conhecimento, que contém o universo; é a semente da planta que é néctar ou veneno. Seguindo tal raciocínio, a semente é como um holograma, contendo em si o todo, a informação do todo e qualquer parte do todo. Assim, Daath é o grande holograma do universo A e do universo B, ou seja, sephirótico e qliphótico. Trata-se de um plano de transição do universo “real” (Ilusão) para o potencial (Real) na Árvore Sephirótica, onde o tempo não existe. O Iniciado só conseguirá realizar essa transição se tiver uma vontade verdadeira e forte e todos os seus elementos em perfeito equilíbrio e completamente purificado das escórias de suas encarnações na Terra, pois ele deverá ter uma visão extremamente clara e capaz de distinguir a Realidade da confusão ilusória. Poderá “filtrar” toda a energia de Daath com discernimento espiritual e não ser vítima do conhecimento falso, da distorção e da insanidade. Daath é a ponte pênsil que liga ao supremo plano espiritual, mas também é o calabouço do condenado que sempre vacila, pois o indivíduo não preparado se perderá desesperadamente na corrente caótica, ficando cativo em seu labirinto insano e tendo sua consciência devorada pelo arquidemônio enochiano Choronzon, o senhor da dispersão e do conhecimento falso e confuso, o senhor de Daath. A influência de Choronzon no mundo causa a confusão da grande massa de força humana fragmentada que se dispersa, voltando-se depois contra cada indivíduo que então se perde e se desorienta na vida, em vez de uma concentração para o progresso de cada um e da vida no planeta. Estudando Daath, a conclusão a que se pode chegar é que toda a existência manifesta abaixo do Abismo Cósmico (abaixo de Daath), a matéria-energia, o tempo-espaço, são ilusões criadas pela Mente Divina. É como um jogo, uma brincadeira que pode até parecer de mau gosto, se formos refletir bem. Mas deveríamos aprender a “brincar”, já que somos também ilusão em um universo de ilusão cujo objetivo final é o despertar da consciência espiritual e nossa retirada vitoriosa desse jogo aparentemente (e realmente) perigoso e assustador. Para se cruzar Daath, é preciso que o indivíduo seja perfeitamente resolvido psicologicamente e que possua todas as virtudes morais e espirituais possíveis, e uma das mais difíceis dessas virtudes é o total desapego. Trata-se de uma fase do caminho espiritual extremamente crítica e delicada, em que todas as dúvidas e medos já deveriam estar eliminados definitivamente. Apesar de ser uma “falsa” Sephira ou uma Sephira sem número, ou uma não-Sephira e não-Qlipha, pode-se atribuir a essa Esfera o número 11 (onze). Onze é o número da Magia e das transformações e, consequentemente, da Ilusão. Expressa a dualidade da Manifestação e a Árvore dupla, pois 1+1 = 2, ou seja, a Árvore Sephirótica (10) mais uma (1), que por sua vez possui mais uma Árvore (10) que possui mais uma (1)... e assim por diante, em um ciclo dual alternante que se completa (10) e recomeça (1); é como um sistema de código binário. Onze é o número das dez Sephiroth mais uma Sephira falsa, e das dez Qliphoth mais a Qlipha falsa: Daath.
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BINAH
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CHOKMAH
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KETHER
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O Iniciado incapaz de agir no mundo físico e de aprender suas lições adentra inevitavelmente na Qlipha de Kether: Thaumiel, os “Gêmeos de Deus”, as “Forças Combatentes”. Moloch é seu arquidemônio (o deus fenício), o semeador de pestes e o senhor dos sacrifícios de crianças. Mas Moloch nada mais é do que Melek, o “Rei” das Qliphoth. Em Thaumiel, a consciência se desorganiza e se confunde em um lamaçal de incoerências (como em Daath, que está no mesmo Pilar Central que Kether/Thaumiel). A individualidade não adquire coesão, não se diferencia do caos qliphótico e é aniquilada, tornando quase inútil a existência do indivíduo espiritualmente incapacitado que é vítima dessas “Forças Combatentes”, desse caos amorfo. Os “Gêmeos de Deus” são todos os sofrimentos desnecessários no mundo devido à ignorância e à ausência de uma certeza interior da existência de um Poder Supremo acima da Criação e em nós mesmos, pois somos parte desse poder. As “Forças Combatentes” da estupidez – ou teimosia na ignorância – é que impossibilitam a paz de espírito na humanidade que se recusa a aprender a viver e despertar para uma vida superior.
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Quinta Sephira e sua Qlipha
( Geburah – Golachab )
GEBURAH
Geburah, a “Severidade”, é o grande plano da Justiça Superior e Executiva. Sua “Severidade” é a expressão da Lei Superior do Carma que se manifesta em tudo e em todos os níveis de existência no universo. Geburah é a sede da Lei da Ação e Reação, terrível àqueles que a ignoram. Seu poder divino chama-se Elohim Gibor, os “Deuses Poderosos”, e age também por meio de seu Arcanjo Khamael, cujo nome significa “Punição de Deus”. Mas esta não é uma punição vulgar como a entendemos. O poder de Khamael é responsável pela disciplina e justiça em todos os níveis da Manifestação. Ele provoca medo nas criaturas ignorantes e temerárias e causa a destruição de tudo o que é desequilibrado e inútil, removendo os empecilhos e obstáculos do processo de evolução humana e cósmica. Khamael é o Senhor da Vingança, mas protege os fracos e injustiçados e “pune” pela ação do Carma aqueles que violam a Lei. Khamael age na natureza por meio de suas “Serpentes de Fogo”, o Coro dos Seraphim, o Fogo espiritual destruidor e criador que promove a purificação, inclusive da alma humana. A Esfera de Marte – como é conhecida – é o plano átmico, o mundo de Atman, palavra sânscrita que significa “Espírito”. Nessa Esfera, o Eu Superior está no controle da totalidade humana e a rege por meio da disciplina e da vontade; é a ponta superior do pentagrama sagrado. O Adepto, ainda encarnado, é plenamente consciente desse Espírito interior e tem absoluto controle sobre si mesmo, quando é iniciado em Geburah após sofrer em seu caminho evolutivo. O poder dessa Sephira pode ser considerado um mal necessário que ensina e educa por meio da destruição e da dor, pois “o que não mata nos torna mais fortes”, como já dizia Nietzche. O Iniciado em Geburah é um Adepto Maior e funciona no corpo átmico, o corpo sutil da pura percepção metafísica, purificado de todo obscurecimento, de toda densidade ilusória, deixando transparecer todo o poder da mônada imortal. O corpo átmico é o veículo de manifestação que integra e assimila todas as experiências da mônada autoconsciente, ou Eu Superior, o Daimon, e reflete um estado de consciência espiritual puramente objetivo. O resultado é a percepção da crua realidade do universo baseado na geometria sagrada e na matemática superior em que não há qualquer tipo de intelectualismo ou hipótese cientificista. E para o Adepto Maior, nesse nível cósmico, é concedido o poder de “negociar” seu Carma com a Hierarquia Divina, pois ele atinge a consciência kármica superior; é o Carma dos Grandes Mestres Iniciados. Ele vivencia a experiência do Poder e adquire o Poder com a capacidade de manipulá-lo corretamente sob o domínio da vontade, não mais estando submisso ao Poder. Em Geburah as duras Leis do universo e da natureza são executadas, e com sua força purificadora destrói e elimina tudo o que é desnecessário, inútil e imprestável na Manifestação, uma destruição constante do temporal e do transitório que já cumpriram suas funções, buscando sempre o equilíbrio indispensável. Embora a Sephira marciana seja o plano da pura realidade cósmica, da matemática do universo, do verdadeiro e cru realismo científico espiritual sem a densa ilusão de nosso plano material, podemos observar uma perversão dessas energias na Terra e na raça humana em lento processo evolutivo.
O ser humano em evolução pode assimilar a energia essencial de Geburah-Marte por meio de alguns procedimentos. O indivíduo superior deve adquirir coragem, força de caráter, disciplina, autoridade, senso de realismo – sem pessimismo ou otimismo -, honestidade e uma franqueza pungente e aguda. Trabalha para a expansão da consciência, para adquirir força e ímpeto controlado, exercer o senso de justiça impessoal, executar obras de destruição e eliminação do imprestável e do inútil, desenvolver a compreensão da justiça e da punição e o domínio sobre a vingança e a ira, estudar a lei kármica, a geometria e a matemática sagradas, se possível. A psicologia marciana é refletida no ser humano por meio do animus, o aspecto masculino da psique, o ideal masculino no inconsciente da mulher. Assim como a anima no homem, o animus foi criado, na linhagem ancestral da raça, a partir das experiências das mulheres com os homens. As relações com o sexo masculino no decorrer da história humana e feminina foram se consolidando por meio dessas experiências. Sem que se comprometa sua feminilidade natural, a mulher deve trabalhar esse aspecto marciano, esse lado masculino de sua psique, equilibrando-o internamente com sua natureza feminina. Assim, uma mulher pode também manifestar atitudes de força, energia e fúria, quando necessário, sem que se pareça masculinizada. Um trabalho preliminar de Geburah, para a mulher, consiste em se conscientizar do animus, compreender que doçura e ímpeto agressivo podem se equilibrar e se manifestar conforme a necessidade ou vontade. É importante que a mulher entenda a questão da polaridade natural e o circuito energético vitalizante e essencialmente complementar entre o masculino e o feminino, e saiba buscar o homem ideal para ser seu companheiro em sua vida, em todos os aspectos e em seu caminho espiritual.
O número de Geburah é 5 (cinco), o número do homem constituído pelos cinco Elementos, simbolizado pelo pentagrama cuja ponta superior é o Espírito ou Eu Superior. É o número da justiça e do Carma, da coragem, da ação, da força impetuosa, do progresso, da liberdade e da impulsividade sexual. Expressa inovação, firmeza de caráter, disciplina e decisão. Os cinco do Tarô estão em Geburah, a Esfera de Marte, e indicam dificuldades, conflitos e lutas. O cinco de paus expressa um fluxo de força que gera luta; o cinco de copas indica perda emocional e perda de algum prazer muito apreciado; o cinco de espadas é derrota, perda total e fracasso; e o cinco de discos indica dificuldades materiais, perda de renda e falta de dinheiro. A cor marciana de Geburah é o vermelho, a cor do sangue, do fogo e do ferro, da vida e da morte. Expressa uma energia direcionada e impetuosa, violenta, estimulante. Também reflete a coragem, a força de vontade, a ambição e a cobiça, a paixão e o impulso sexual. Geburah é o planeta Marte (Madim, em hebraico) e rege os signos astrológicos de Áries e Escorpião. Áries manifesta-se como luz das ideias inovadoras do espirito, é o “veiculo” da visão consciente da realidade cósmica; expressa força, iniciativa, impetuosidade e firmeza. A energia de Escorpião manifesta-se como desejo de procriar, de se reproduzir; expressa também a destruição útil e a dissolução da Morte natural de tudo aquilo que foi criado, a transformação e transição de estados, condições e energias. Podemos também observar a influência e atividade de Marte, positiva e negativamente, em vários lugares no mundo. Campos de guerra, academias militares, arenas, prisões, abatedouros, cutelarias, caldeirarias, forjarias, siderúrgicas e metalúrgicas, indústrias em geral, especialmente a indústria armamentista, salas de cirurgias, vulcões e a maioria dos lugares consagrados ao fogo, ao ferro e ao sangue, são alguns dos exemplos das manifestações do poder de Geburah no mundo material.
Arquétipos de Geburah:
Encontramos os deuses da guerra, do fogo, da força e da violência.
Ares (o deus grego da guerra, da violência e da força)
Hefesto (o deus grego do fogo, dos vulcões e dos metais, trabalha em suas forjarias nos vulcões e fabrica as armas dos deuses olímpicos)
Nêmesis (a deusa grega da justiça. Da ordem, do carma e do castigo)
Marte (o deus romano equivalente a Ares)
Vulcano (o deus romano equivalente a Hefesto)
Bellona (a deusa romana da guerra, companheira de Marte nas batalhas)
Menthu (o deus-falcão egípcio da guerra, da vitória, das artes marciais, da força e da virilidade)
Sekhmet (a deusa-leoa egípcia da guerra, da destruição, da ira, da vingança e das bebidas fortes)
Skanda (o deus hindu da guerra e do fogo, é também chefe militar dos guerreiros celestes)
Agni (o deus hindu do fogo, do calor e do carma)
Tyr ou Tiw (o deus escandinavo da guerra, da vitória, da justiça e da lealdade)
Muspel (o deus gigante escandinavo do fogo benéfico do mundo)
Teutatis (o deus celta da guerra, das armas e da destruição)
Goibniu ou Govannon (o deus celta do fogo e dos metais, forjou todas as armas do povo Tuatha de Dannan)
Cuchulainn (o semideus celta guerreiro e violento, de força sobrenatural)
Morrigan (a deusa celta da guerra, da destruição e da feitiçaria)
Nergal (o deus sumeriano do fogo, da guerra, da destruição e das armas)
Kingu (o deus sumeriano da guerra e do destino (carma), de cujo sangue foi criada a humanidade)
Huitzilopochtli (o deus-colibri asteca do fogo, da guerra e senhor dos guerreiros que foram mortos em batalha)
Xipe Totec (o deus asteca dos ferreiros, da morte e da vida, é o “Senhor dos Esfolados”, que fez um esfolamento do próprio corpo para alimentar a humanidade)
GOLACHAB
Evolução requer equilíbrio, e uma aparente virtude em excesso pode atrasar ou estagnar todo o trabalho. A disciplina é uma grande virtude de Geburah, porém quando em excesso ela se torna escravidão, e na guerra motivada por puro egoísmo e ódio, seus combatentes cegamente “disciplinados” são meros “bonecos do sistema”, passíveis de serem substituídos por outros, marionetes manipuladas por promessas ilusórias, servindo vontades geralmente perversas. As manifestações gratuitas de crueldade, ódio, ira, tirania e destruição inútil atrasam a evolução, embotam a consciência e conduzem ao inflamado círculo infernal marciano: Golachab, cujo significado é “Incendiários”, os destruidores até daquilo que é útil e necessário. O ódio impetuoso, a vingança caprichosa e egoísta, a inveja, a traição, a discórdia, a dor e a violência destrutiva incendeiam e consomem seus perpetradores, cada vez mais imersos no magma qliphótico. É um plano e estado nos quais a mente está escravizada ao grosseiro cientificismo destrutivo e maléfico, aos desejos impetuosos, aos impulsos animalescos de destruição e dominação irracionais, à tortura e ao desespero crescentes. O arquidemônio de Golachab é Asmodeus (demônio persa), o perverso espírito dos impulsos animalescos descontrolados, espírito tentador fornicário de paixões baixas e destrutivas e do assassino passional. É considerado o construtor (não o arquiteto) do Templo de Salomão, construindo-o sem a utilização de nenhuma ferramenta. Os “Incendiários” são vistos hoje em dia na própria evolução da ciência tecnológica de guerra, embora seja também um termo metafórico sugerindo os ímpetos de uma humanidade desumana cheia de ódio e desejo de possuir e matar. O progresso lamentável da engenharia bélica nos deu excelentes presentes explosivos, armas e bombas incendiárias de alto poder destrutivo em pequena e larga escala, utilizadas ampla e horrivelmente. A Guerra Santa de hoje, altamente equipada para assassinar, destrói cegamente em nome de ideais espúrios, mas também sustenta a indústria armamentista que depende das guerras. A conspiração armamentista lucra com as guerras planejadas em um círculo vicioso e desgraçado de destruição, reconstrução, mais destruição, outra reconstrução... Essas guerras são meros jogos que visam à posse alheia, à dominação e ao lucro extremo. Assim, o poder de Golachab é claramente manifesto no mundo. Infelizmente, a Guerra Santa e a Jihad devem ser o resultado da conspiração armamentista e da má intepretação de livros sagrados, um entendimento equivocado, ou conveniente. A “submissão” (islam) a uma suposta vontade de um Deus patriarcal levou muitos fiéis ao equivoco da Guerra Santa e dos maus tratos com as mulheres. O significado de luta e esforço espirituais da Jihad agora é pretexto para violências, guerras, terrorismo, assassinatos e suicídios. A Santa Inquisição, e as perseguições religiosas agressivas e desrespeitosas que ainda persistem são também evidentes demonstrações das forças maléficas da Qlipha de Marte. O terrível poder qliphótico, que corre no sangue de indivíduos degradados e receptivos, fatalmente criou o monoteísmo distorcido, o patriarcalismo com seu Deus autoritário, opressor, iracundo e caprichoso. E os indivíduos de mente fraca e estreita que se submetem a tal poder são verdadeiros escravos de Golachab, de corpo e alma, e certamente não estão cumprindo a vontade de nenhum Deus que se preze. Toda essa perversão de Marte constitui a Qlipha Golachab, incluindo o mau uso da ciência. A ciência materialista ortodoxa novamente se complica por falta de uma consciência mais expandida e mais espiritualizada para uma utilização mais harmoniosa da tecnologia. O conhecimento de Geburah apenas se manifesta em uma porcentagem pequena no mundo científico. Pequena e muito deturpada, materializada e limitada em suas aplicações para a evolução mental e espiritual da raça humana. A ciência tecnológica é de fato avançada e moderna, mas podemos perceber também a vida tornou-se artificial e mecanicista demais e a sociedade adoeceu sem saber, atrofiou-se com as “facilidades” da tecnologia, chegando mesmo a perecer uma sociedade de aleijados psicomentais e espirituais. Os humanos se iludiram muito pelo maquinismo tecnológico e se desumanizaram, estão sendo substituídos por máquinas, causando assim um grande problema socioeconômico e uma grosseria no comportamento humano, desmantelando seu caráter. O preço a se pagar por tal desatino cientificista é a dor e a opressão marcianas da densa tecnologia que evolui, mas que também faz involuir a humanidade, que se torna escrava inconsciente e mecanóide do ferro e de sua era tenebrosa. E as influências marcianas mais densas são facilmente percebidas nos confins mais fechados, sombrios, ruidosos e muitas vezes quentes das indústrias metalúrgicas, químicas e farmacêuticas, de altos riscos ambientais. Mas é claro que não é só isso. Obviamente a tecnologia tem sua utilidade, mas é menor se comparada aos graves problemas causados à mente humana, à saúde, à economia e ao mundo natural. E é inegável o fato de que existe uma guerra tecnológica e uma grande disseminação da degradação, da discórdia e do mal deliberado por meios informatizados. A ciência deveria evoluir juntamente com a espiritualização da consciência humana. Mas não é o que ocorre. Parece mesmo que o que mais temos é um excesso de tecnologia para aborrecer e prejudicar. Há um grande desequilíbrio, e os poderes de Geburah é que se encarregarão de ajustá-lo.
Arquétipos de Geburah:
Os arquétipos qliphóticos de Marte.
Erínias (as deusas punitivas da vingança e do ódio, violadoras das leis morais)
Keres (as deusas gregas bestiais da morte violenta nos campos de guerra, estão sempre lutando entre si e se alimentam do sangue das vítimas)
Éris (a deusa grega da discórdia, da confusão, do ódio e da morte violenta)
Fúrias (as deusas romanas equivalentes às Erínias)
Discórdia (a deusa romana equivalente a Éris)
Surtur (o deus escandinavo do fogo e da destruição, rei dos filhos malignos de Muspel, o gigante do fogo)
Loki (o deus escandinavo do fogo, do caos e da destruição, é inteligente, astuto e calculista)
Fenris (o lobo escandinavo da fúria, da violência e da destruição)
Gibil (o deus sumeriano do fogo, do sangue, da morte e da destruição)
Samael (o anjo hebreu da morte, da destruição e das paixões violentas)
Azazel (o demônio hebreu da guerra, das armas e das paixões violentas, regente das injustiças no mundo dos homens)
Pele (a deusa polinésia dos vulcões, do fogo, das paixões violentas, da vingança e da guerra)
Andras (o demônio goético da discórdia, dos crimes de guerra e da morte violenta)
Alguns Símbolos da Esfera Geburah/Golachab:
Alguns símbolos de Marte utilizados na Cabala são a espada, o açoite, a corrente, a rosa de cinco pétalas e o pentagrama. A espada representa destruição, a eliminação do inútil e desnecessário, a justiça e também a morte violenta; serve para banir e invocar, é um símbolo de divisão e análise, do raciocínio e da mente. O açoite simboliza a severidade da Lei e da Ordem, a dor das ações kármicas e do ascetismo iniciático. A corrente partilha de alguns significados do açoite. A rosa de cinco pétalas é o espírito renascido após os padecimentos da vida e do carma doloroso criado no passado. O pentagrama é um símbolo cabalístico da magia e também um antigo símbolo pagão, representando os quatro Elementos e o Espírito; de ponta cabeça expressa as forças cósmicas descendo para a Terra, sendo atraídas para o magista, e não o Diabo.
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Quarta Sephira e sua Qlipha
( Chesed – Gha´Agsheklah )
CHESED
Chesed é “Misericórdia”. Seu outro nome é Gedulah, “Grandeza”. A quarta Sephira é o plano nirvanico, ou brahmânico, o plano no qual o abstrato começa a se concretizar nas ideias arquetípicas espirituais. É a Consciência Abstrata essencial do universo que organiza, que idealiza a Criação, é o Demiurgo (Ialdabaoth) que molda a Matéria divina e a distribui no universo. Isso constitui o processo criativo da Manifestação já planejada com todas as ideias “arquitetônicas” divinas e suas Leis organizadas. O Demiurgo Arquiteto de Chesed faz com que o universo se desenvolva continuamente e harmoniosamente em todas as direções, expandindo-se. O nome divino da Esfera de Júpiter, como é chamada Chesed, é El, e significa “Deus”. Seu Arcanjo é Tzadkiel, a “Justiça de Deus”, é a força da justiça legislativa cósmica, com domínio supremo sobre a Criação e sobre tudo no universo manifestado. Tdzadkiel é o Grande Senhor da Benevolência e proporciona calma, certeza e segurança espirituais. O Coro dos Chasmalim, que significa “Seres Brilhantes”, é o princípio abstrato da Criação, o divino ideal arquetípico que impulsiona e expande a criação das formas da natureza, e está sob a regência de Tzadkiel. Chesed é o plano do Grande Arquiteto, o “Artíficie” do Universo, no qual o Adepto funciona em seu corpo nirvânico, ou corpo átmico superior, em um profundo estado místico de absorção no Cosmos e com a visão da verdade e do amor do Criador, Brahma. O Iniciado vive a experiência do amor, da misericórdia e da grandeza que criam, preservam e expandem o universo manifestado, com a visão pura das divinas ideias arquetípicas e “arquitetônicas” da Mente Divina. O corpo nirvânico possibilita a Adepto vivenciar sua consciência em toda a sua plenitude, livre de tudo o que é inútil, liberto da roda viciosa da vida, nascimento, morte e reencarnação, o ciclo que gera carma. Portanto, aqui a mônada individual autoconsciente está livre do carma evolutivo e do sofrimento involutivo nos planos inferiores da natureza; o Adepto está “isento” do carma, livre da Roda do Samsara. Não há qualquer obrigação divina ou necessidade evolutiva de se reencarnar, se for sua vontade, pois tal processo já se tornou completamente sem valor ou significado para si mesmo. No nível inferior do universo, quer dizer, o mundo humano comum e corrente, Chesed tem sua influência no todo da personalidade humana por meio do ego. Este é o elemento da psique mais consciente, organizado com seus pensamentos, lembranças e memórias, emoções, as percepções do mundo, etc., filtrados e selecionados conforme a conveniência pessoal e o grau evolutivo da atual encarnação, com seus desatinos, idiossincrasias, qualidades, etc., peculiares da personalidade. O ego é também o controlador da mente ordinária, da consciência de vigília, mesmo que as pessoas não saibam. O indivíduo mais consciente de seus processos psicológicos, de suas ações e reações, dos sentimentos bons ou ruins, simpatias e antipatias, pode desenvolver virtudes que o farão evoluir mais rapidamente e ficar mais receptivo às influências de Chesed-Júpiter. Temperança, caridade, justiça e misericórdia praticadas com consciência e discernimento elevam o ego mais próximo da sua essência espiritual. Além de desenvolver as virtudes jupiterianas, o ser humano que quer evoluir deve ainda exercer o senso de justiça impessoal e de equidade, estudar o caráter, desenvolver a ordem, o senso de honra, realizar trabalhos para a aquisição de paz interior e satisfação espiritual, realizar obras de caridade com certo discernimento, fazer trabalhos para a prosperidade, organizar métodos de estudo de educação esotérica, adquirir poder e força física de maneira equilibrada com o desenvolvimento espiritual, sem obsessão ou fanatismo.
O número de Chesed-Júpiter é 4 (quatro), o número da base sólida e racional da Criação. É o número da esfinge (que contém em si os quatro Elementos), do espaço terrestre, dos quatro quadrantes e dos quatro pilares do conhecimento humano (Ciência, Religião, Filosofia e Arte). Expressa a estabilidade e a Obra realizada; é a chave dos segredos da natureza. Quatro também é o número da pirâmide com seus quatro lados, que simbolizam as energias elementais descendentes que fluem para o universo manifestado, expandindo-se e espalhando-se até a base material, sendo seu ápice a própria Divindade da qual essas forças emanam. Todos os quatro do Tarô estão na quarta Sephira, Chesed, e geralmente representam a realização de algo, a conclusão de qualquer trabalho ou ação. O quatro de paus representa trabalho perfeito e concluído; o quatro de copas expressa prazer excessivo, sucesso com alguma ansiedade; o quatro de espadas é descanso após a luta; e o quatro de discos representa poder material, sucesso material imediato e ordem. A cor de Esfera de Chesed é o azul, a cor do céu imenso, limpo e claro. Reflete elevação espiritual, amor, lealdade, alegria e os grandes ideais. Irradia paz e uma sensação de expansão e amplitude. Astrologicamente, o planeta Júpiter (Tzedeq, em hebraico) rege os signos de Peixes e Sagitário. Peixes manifesta-se como atividade expansiva, como multiplicação da vida e crescimento, como livre expansão da alma manifesta na Criação. Sagitário manifesta-se como poder de união, de fusão, de ligação entre mente divina e a intuição no Eu Superior ou na mônada individual autoconsciente. No nosso mundo terráqueo podemos ver as influências jupiterianas de Chesed em palácios, grandes castelos, imponentes catedrais, metrópoles, grandes e majestosos teatros, tribunais, bancos, restaurantes finos, grandes cordilheiras, montanhas enormes e verdes.
Arquétipos de Chesed:
Em Chesed temos os arquétipos paternais e patriarcais e os deuses da riqueza e da bondade, da justiça, da ordem, da força.
Zeus (o deus grego do céu e do trovão, da ordem e da justiça, criador generoso e bondoso)
Plutus (o deus grego da abundância e das riquezas materiais, portador da cornucópia da riqueza e da fartura)
Júpiter ou Jove (o deus romano equivalente a Zeus)
Ptah (o deus egípcio bondoso e generoso, criador e preservador, deus da sabedoria e da vida)
Amon ou Amen (o deus-carneiro egípcio da verdade, da justiça, da força e da vida, criador e preservador do mundo, um aspecto do deus Ptah)
Khnum ou Chnoufis (o deus-carneiro egípcio criador, artíficie modelador do universo, outro aspecto de Ptah)
Indra (o deus hindu do trovão e do céu, criador generoso, preservador da vida e protetor da humanidade, é um aspecto de Brahma)
Brahma (o deus hindu do céu, criador e sustentador do universo)
Thor (o deus escandinavo do céu, do trovão, do raio e da coragem, deus da prosperidade e das riquezas e protetor da humanidade)
Taranis (o deus celta do trovão e do céu, criador e sustentador da vida)
Dagda (o deus celta da sabedoria, da riqueza e da prosperidade, com seu caldeirão sem fundo provê alimento e fartura para todos os seres)
Marduk ou Bel (o deus sumeriano do céu, do trovão, da riqueza e da fartura, deus criador e sustentador do mundo e protetor da humanidade)
Tlaloc (o deus asteca do céu, do trovão e das chuvas, criador e preservador do mundo, provedor de sucesso e abundância)
Tangaroa (o deus maori do céu, do trovão e dos mares, criador generoso, deus da vida e da riqueza, deus supremo de todos os seres)
Tupã ou Caramuru (o deus tupi do céu, do trovão, criador e sustentador do mundo e de todas as criaturas)
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GHA´AGSHEKLAH
Expressam os vícios e desequilíbrios de Júpiter, que se manifestam em muitos indivíduos receptivos. Os indivíduos perversamente egoístas são seres muito desequilibrados nos quais predominam os vícios da Sephira jupiteriana. A hipocrisia é um tipo de egoísmo comum predominante nas grandes religiões de massa e entre seus seguidores, até mesmo entre aqueles não-praticantes. É um descarado fingimento de virtudes, devoção religiosa e moralismo inútil. Os hipócritas se escoram no pedestal de um falso Deus criado à imagem e semelhança deles mesmos e se eximem de qualquer responsabilidade quanto aos seus atos, condenando nos outros o que eles mesmos gostariam muito de fazer, ou realmente fazem às escondidas. Para os hipócritas, tudo “é a vontade de Deus” (quando não é do Diabo), crendo-se sempre muito fiéis, corretos e bondosos. Mas um hipócrita no comando de alguma organização ou instituição se torna ainda um tirano. Sua hipocrisia pode se manter em segurança e ele se pões a fazer coisas que sempre gostaria, mas proíbe, julga e condena seus seguidores ou subordinados. A bondosa e equilibrada autoridade de Chesed torna-se opressora, vaidosa e gananciosa, e o tirano apenas quer sua vontade cumprida, seja lá como for, cometendo o maior de todos os atos de desrespeito, com violência e crueldade: a violação do livre-arbítrio e do livre pensar. Por outro lado, a cega obediência a uma autoridade déspota transforma o ser humano em escravo temerário e passivo, um fanático incapaz de ver por detrás das aparências, de avançar em busca da verdade e da sabedoria, incapaz de pensar por si mesmo e de questionar, acomodando-se simplesmente à condição miseravelmente imposta por seu algoz ditador. O mesmo acontece com a misericórdia excessiva que torna o indivíduo covarde, fraco, sem autoridade sobre si mesmo e sem discernimento. Tais vícios e defeitos são manifestações evidentes da Qlipha de Chesed, o lado sinistro da Sephira: Gha`Agsheklah. Gha´Agsheklah significa “Transgressores”, “Perturbadores”, e são as forças que causam estagnação, passividade diante de problemas que devem ser resolvidos, passividade e inação diante do mal, da corrupção e da perversidade. Nessa Qlipha, o indivíduo degradado permanece em um estado no qual sua consciência está obscurecida pela escória kármica criada por sua própria mente grosseira e atrasada ao longo de muitas encarnações. Ele é um “transgressor” e “perturbador” porque transgrediu as Leis da evolução da consciência e vive em meio aos demônios “perturbadores” que ele mesmo criou. O amor verdadeiro de Chesed se torna sentimentalismo passivo e indolente, e a misericórdia que deveria trazer paz de espírito se transforma em atos de covardia e permissividade em uns e indulgência hipócrita em outros. A Esfera qliphótica de Júpiter é o círculo infernal da opressão, da tirania, do poder patriarcal abusivo, da escravidão dos covardes, do fanatismo, da hipocrisia, da gula e da ostentação, em que reina a anarquia, a desordem e a perdição. Gha´Agsheklah é o centro do abuso patriarcal político e religioso. De fato, a religião, a política e a ciência são praticamente idênticas em seus procedimentos para “solucionar” (ou criar) problemas de várias ordens. A política faz e desfaz, cria leis e proibições inúteis ou desfavoráveis, mas favorece a si mesma, conforme sua conveniência e capricho; a ciência igualmente cria novas teorias e conceitos, mas ignoram outros, encaixando forçosamente as coisas em seus padrões intocáveis, nomeia e elege planetas, mas rebaixa outros, tudo conforme sua conveniência; e a religião cria novos santos e dogmas e amaldiçoa outros, determina o que é de Deus e o que é do Diabo, também conforme sua conveniência. E, assim, o mundo se complica e os seres humanos são feitos marionetes do sistema. Sob o fluxo livre e fácil da força dessa Qlipha, as grandes religiões patriarcais tornaram-se grandes e lucrativos negócios financeiros, além de, até certo ponto, exercerem alguma autoridade política. Seus dirigentes velhacos gananciosamente sempre querendo mais e mais, escravizaram os seus fiéis de mente estreita que pagam por salvação, e exige-lhes somas em dinheiro para “a Gloria de Deus”. O cifrão foi adotado como o principal símbolo da religião judaico-cristã, um símbolo fortíssimo apenas para as transações financeiras dos falsos religiosos que perderam o verdadeiro sentido espiritual. A religião patriarcal judaica muitas vezes parece condicionada dentro de proibições, regras ultrapassadas e obrigações fortemente materiais. Não busca a experiência metafísica do espírito, a expansão real da consciência; seu misticismo procura se ater ao estudo teórico e intelectual da Torá e de outros livros. Assim, as “ovelhas” das grandes religiões de massa vivem em grande pompa e vaidade, mas, infelizmente, sem a verdadeira espiritualidade de Chesed. Chesed também rege a prosperidade, a abundância e a fartura. Sua Qlipha representa os excessos de pólos opostos: o esbanjamento e o desperdício, e a miséria e a fome. A fome, se não for sanada devidamente pode levar o indivíduo à gula incurável quando tiver a oportunidade para tal. O vício da gula é digno de nota, pois seu poder sempre causa problemas físicos e psicológicos, muitas vezes de difícil solução, fazendo com que o escravo da boca morra lentamente. E como é natural, após o “prazer” vem a dor. E as pessoas ainda vivem resmungando depois de cometerem seus desatinos e excessos. Apesar da fome em muitos lugares do mundo, há uma infinidade dos mais variados produtos alimentícios no mundo e um grande desperdício. A indústria alimentícia parece lutar para contra nossos estômagos e paladares. Os alimentos naturais e livres de químicas são os mais caros, enquanto uma avalanche de produtos industrializados com todo tipo de aditivo insalubre cerca as pessoas por todos os lados. Contudo, as pessoas buscam se intoxicar com o excesso de tais alimentos que são muito atrativos e saborosos devido aos produtos químicos. A própria sociedade conspira contra si mesma quando se ilude com os infinitos comerciais surreais da TV; as pessoas não sabem que são elas mesmas os “sócios” que financiam a insalubridade alimentícia. Assim, a enfermidade se instala e as pessoas não entendem por que estão doentes. Os efeitos são cumulativos e só após um certo período é que se faz sentir os sintomas. Então, as pessoas se “envolvem” com a indústria farmacêutica porque a indústria alimentícia já as “encaminhou”. Enfim, pode ser apenas mais uma conspiração entre tantas outras que visam ao domínio e ao lucro extremo a qualquer preço. Com a abundância qliphótica de Júpiter, ou seja, com o aumento da quantidade de alimentos industrializados e aditivados, a riqueza cresce nos bolsos de uma minoria que realmente não se importa com a saúde de ninguém. Como Chesed é a Esfera da riqueza, da abundância, da prosperidade, do conforte, do bem-estar, sua Qlipha influencia o ser humano fraco por meio das maravilhas materiais do mundo, iludindo-o e tornando-o um foco de desperdício energético e material, sempre muito ansioso para ser visto e notado em sua ostentação vazia e desnecessária, envaidecendo-se miseravelmente em sua existência perdulária e impulsiva, sem inteligência ou consciência, sem força de caráter, sem compreensão, sem evolução. Podemos observar na face da Terra todas essas manifestações inferiores instigadas pelo arquidemônio dessa Qlipha: Astaroth (o mesmo nome da deusa fenícia), o espírito da ostentação, da indolência e da vaidade ilusória, grande tesoureiro do inferno e regente das ciências acadêmicas mal aplicadas.
Arquétipos de Gha´Agsheklah:
Mammon (o deus fenício da riqueza, da opulência, da avareza financeira e da ganância)
Zagam (o deus hebreu da farsa, da falsificação e das fraudes financeiras e políticas)
Limos (o demônio grego da miséria, da fome e da escassez)
Behemoth (o demônio hebreu dos prazeres dos prazeres animalescos do paladar, da glutonaria, da obesidade e do desperdício)
Tântalo (o semideus grego da gula e da fome, roubou o néctar dos deuses e foi condenado a um suplício para sofrer a fome e a sede)
Minotauro (o deus grego da opressão e da gula insaciável, uma besta com cabeça de touro que se alimenta de carne humana, encarcerado em um labirinto)
Fraude (a deusa romana da fraude, das farsas e da ilusão das aparências)
Alguns Símbolos da Esfera Chesed/Gha´Agsheklah:
Alguns símbolos de Júpiter são: a suástica, o cajado ou o cetro, o orbe e a pirâmide. A suástica é uma cruz muito mais antiga do que o nazismo, e representa o movimento de expansão ou contração do universo; é um símbolo da boa sorte, da alegria e da saúde. O cajado e o cetro simbolizam a autoridade e sabedoria espirituais do iniciado e o poder do magista, assim como é a muleta do sábio ancião no fim de sua existência; pode também ser usado como instrumento de autoritarismo e opressão. O orbe é o globo do mundo representando o poder e o domínio sobre as forças materiais e sobre si mesmo. Sobre a pirâmide muito se tem falado, porém não vamos nos estender em discussões polêmicas. Para os nossos propósitos neste estudo, basta dizer que a pirâmide expressa as forças cósmicas expandindo-se e “descendo” para a Terra (e tem também essa finalidade), e simboliza os Mistérios, a Iniciação e o próprio universo – ou seja, a Obra concluída – constituído pelos quatro Elementos (metafisicamente) regidos pelo Espírito Arquiteto.
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A Esfera Não-Numerada
( Daath )
A cor de Daath é um cinza-prata violáceo meio indefinido, porque o falso conhecimento é cinza, indefinido, uma mistura de luz e trevas, branco e preto, bem e mal, alegria e desespero, prazer e dor, alegria e trevas, paz e sombras, branco e mal, bem e dor, desespero e deus, prazer e demônio, amor e mal, branco e ódio, amor e ódio, desejo e discórdia (Eros e Éris, o amor erótico e a discórdia que muitas vezes se origina no desejo), etc. Enfim, um verdadeiro caos. Daath é representada astronomicamente e astrologicamente pelo sistema estelar binário de Sírius (Sothis ou Sopdet), da constelação do Cão Maior, que no Egito antigo era simbolizada graficamente por um triângulo isósceles e uma estrela estilizada. Está a oito anos-luz e é uma estrela dupla, Sírius A e Sírius B, sendo esta última chamada também de Po-Tolo pela primitiva tribo africana dogon que já a conhecia em detalhes muito antes de ser descoberta por meio de potentes telescópios em 1862. Segundo os dogons, esse e outros conhecimentos foram trazidos por seres alienígenas chamados nommos, conhecidos como homens-peixes. No Egito, Sothis era vista ao amanhecer juntamente com o Sol e a inundação do rio Nilo, marcando assim o início do ano egípcio com o forte calor do verão. Sírius significa “brilhante” (do latim sirius e do grego seirios), e era também a grande estrela da Iniciação e dos Mistérios. Eis aqui um fato para reflexão à luz da analogia simbólica. O planeta Urano também passou a ser uma representação astrológica de Daath, após sua descoberta no século XVIII. Urano é co-regente de Aquário e sua força é revolucionária e caótica, é energia destrutiva para os despreparados e conformados, pois sua força quebra tabus e impele à evolução drasticamente de maneira perturbadora e com determinação. Mudanças fortes e às vezes súbitas, ocorrem no indivíduo e no mundo por meio da influência de Urano, mesmo que tal mudança cause catástrofes e destrua a ordem estabelecida.
--Arquétipos de Daath:
Urano (o deus grego Urano é um correspondente mitológico de Daath. )
Janus (o deus romano que possui dois rostos opostos, olhando para lados contrários. Janus é o deus da dualidade, que olha para o passado e para o futuro ao mesmo tempo, que busca conhecer tudo, seja bom ou mau. Janus é a “porta” para a vida e para a morte, para a lucidez e para a loucura, para o bem e para o mal.)
Set (o deus egípcio Set, também associado a Sephira Binah.)
Éris
Eros
Alguns Símbolos de Daath:
Alguns dos símbolos mais interessantes e significativos de Daath são o calabouço, a cela de hospício, a casa maluca, o labirinto, o cubo mágico, a semente, o holograma, o espelho (de Alice), a toca do coelho, a cabeça de Janus, o relógio mecânico, a “oficina do Diabo”, o palhaço, a máquina do tempo, a caixa de Pandora, o código binário, o cérebro, o disco rígido do computador, a torre de Babel, o navio fantasma. Além dos símbolos citados (alguns principais) e das atribuições astrológicas e astronômicas, podemos considerar todos os símbolos possíveis para Daath, os antigos e os modernos, os sagrados e os profanos, os concretos e os abstratos, infinitamente, bem como (paradoxalmente) desconsiderar qualquer símbolo também. Pelo que precede, Daath pode ser considerada como o centro principal da magia do caos ou caoísmo, que é um sistema não muito sistemático no qual cada magista faz seu próprio sistema. Na magia do caos o mais importante é a experiência individual (como em qualquer outro sistema ocultista), a busca pelos estados alterados de consciência, o desenvolvimento pessoal e a responsabilidade ou irresponsabilidade pelos seus seus resultados. Crenças são adotadas ou criadas à vontade como meios de se atingir determinados fins ou objetivos, podendo ser abandonadas ou substituídas por outras. O magista caótico visa alterar sua própria “realidade” e utiliza tudo o que possa ser útil e funcional para o seu sistema pessoal, como, por exemplo, magia cabalística, xamanismo, magia enochiana, tantrismo, Necronomicon, doutrinas religiosas, magia goética, mitologia, psicologia junguiana, radiônica, tarô, neurologia, fisiologia, biologia, mecânica quântica, ciência acadêmica em geral, plantas enteógenas e psicoativos sintéticos, sigilização, ufologia, música atonal, rock progressivo, filosofia, artes, literatura, poesia, fantasia, ficção científica, teorias, hipóteses, etc. Enfim, tudo pode ser adaptado e utilizado no sistema caótico no qual não há mestres, gurus ou professores, a não ser que o magista queira. Assim como a magia do caos, Daath é um verdadeiro pandemônio que influencia a vida na Terra e as civilizações. Na humanidade, a influência de Daath pode gerar insanidade ou criar gênios encarnados.
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Terceira Sephira e sua Qlipha
( Binah – Satariel )
A terceira Sephira cabalística, ou Esfera de emanação divina, é Binah, situada no Triângulo Superior da Árvore. Binah significa “Compreenção” e é o plano paranirvânico, está além do assim chamado Nirvana. É o plano da Raiz da Matéria (ou Mulaprakriti, em sânscrito), um plano muito abstrato, próximo do Absoluto. Binah é a Matriz Primordial do universo, o Útero divino que contém tudo o que foi, é e será; é o Receptáculo da Essência Eterna e de toda Matéria, um abstrato Caos homogêneo e original. Por ser muito elevada e abstrata, apenas é possível descrever Binah em termos abstratos sugestivos. É o plano da Não-Substância ainda não modelada, é a Raiz da Substância contida, restringida, ainda não manifestada. Binah é a origem do Cosmos, o Grande Mar de Vida e Morte do universo. Sendo a origem primordial da Matéria, Binah é a doadora da vida, mas ao mesmo tempo é doadora da morte, pois ela limita o fluxo de força para acondicionar a vida na forma, ou seja “aprisionar” o espírito na matéria, no universo manifestado; Binah é o Espirito Santo que desce à Manifestação. Assim como a yoni ou vagina – o principal símbolo de Binah – dá a vida no mundo material, ela também dá a morte para a existência espiritual que encarna na matéria “amarga” e dolorosa que, por sua vez, também morre para libertar o espírito.
O nome divino da Esfera de Binah é Jehovah Elohim, que quer dizer “Senhor Deus” ou “Deuses do Senhor”, e seu Arcanjo é Tzaphkiel, a “Contemplação de Deus”. Tzaphkiel é a força mais primitiva de involução cósmica e humana nos planos da forma, no processo de materialização da Vida. Mas é também responsável pela espiritualização pura do ser humano que a busca por meio da compreensão espiritual e da contemplação do Puro Espírito. Em sua manifestação mais inferior, quer dizer, mais próximo do homem encarnado na Terra, o Arcanjo Tzaphkiel é o criador dos rituais secretos e esotéricos transmitidos aos Adeptos, e é o Senhor do Templo. O Coro Angélico dos Aralim também está sob a regência de Tzaphkiel. Aralim significa “Tronos”, é o princípio espiritual da estrutura básica da Matéria Primordial amorfa na qual a Força primitiva dinâmica de Chokmah tem seu fundamento e fixação para se desenvolver na forma manifesta que será moldada e organizada por Chesed. Pode-se dizer que como trono, Binah entrona Chesed, que é a Sephira seguinte na Árvore e que molda o universo a partir da Matéria-Energia pré-existente em Binah. Na Esfera de Saturno, como é chamada Binah, o Adepto vive um estado místico de absorção na fonte espiritual amorfa de toda a Matéria, e experimenta uma consciência espiritual de mais alto grau na qual compreende a Realidade Absoluta da causa de toda Existência e o próprio fim da Existência, do Tempo e do Espaço. Ele experimenta a visão da dor espiritual suprema e o Mistério da dor, que o conduz a uma compreensão da Matéria Primordial que gera o universo manifestado no plano da forma e o sofrimento e a morte inerentes à própria existência. Em Binah Não há corpo sutil humano ou veículo de manifestação cósmica, mas apenas o espírito individual e amorfo, conscientemente imerso na Raiz do Universo, sem qualquer veículo para velar e obscurecer sua pureza, pois a fonte da Vida e da Vida e da Matéria é pura, e somente a Matéria é maculada em seus níveis mais densos na Criação. Aqui, a mônada está livre e autoconsciente junto de sua Mãe. Binah, ou Marah, outro título da terceira Sephira, está no topo do Pilar da Severidade, e como poder de restringir e condicionar a força do Puro Espírito ela é severa, pois a vida na forma materializada vê sua morte no horizonte. No nascimento já está implícita a morte; a morte da forma, a destruição da própria matéria, seja ela qual for, para que a essência espiritual retorne à sua Origem no Absoluto. Portanto, no processo de densificação do universo, que se condicionará à forma, estão implícitas a dor e a morte, porque a matéria é finita e sofre modificações, e a dor apenas existe nos planos mais densos e para aqueles que tem consciência da dor. Sob o ponto de vista da morte e da dor, que deveriam ser entendidas como algo transcendental, Binah é considerada levianamente como o mal. Sendo a forma e limitação o oposto da força e fluidez, Binah é o par oposto de Chokmah. Binah também é Saturno, o Senhor da Forma e da restrição; Binah é Satã, o “opositor”, Criador e Senhor da Matéria, porém entendidos de maneira muito vulgar e anti-espiritual pelas massas humanas. Satan possivelmente tenha se derivado das palavras sânscritas satata e sanatana, que significam “eterno”, “permanente”, um dos títulos de Shiva (equivalente ao deus egípcio Set), o que faz sentido nesses níveis elevados da manifestação espiritual em Binah e além. Independentemente disso, o bem e o mal surgiram e fazem parte de um único Todo, o Absoluto, seja de forma latente ou manifesta. Aqui, a compreensão (Binah) nos mostra o devido significado das coisas; a compreensão interior, espiritual e verdadeira, e não uma mera racionalização do intelecto-ordinário que transforma o indivíduo em um tolo. Satã-Saturno, assim como Binah, é o criador original da raça humana material com todos os seus instintos naturais, com sua fisiologia e com suas forças subconscientes, e um satanista que se considera autêntico entende isso. Satã-Saturno-Set-Shiva-Shaitan é a fonte da compreensão para o livre-arbítrio e responsabilidade que nos livram da ignorância para que possamos buscar o conhecimento de nossa própria totalidade individual. Mas a teologia considera esse livre-arbítrio uma heresia.
O indivíduo pode sentir algo do poder de Binah por meio de sua vontade exercendo o raciocínio frio, estudando a filosofia oculta e a tanatologia esotérica, executando trabalhos para aquisição de conhecimento e compreensão, exercícios de concentração, trabalhos de asceticismo e reclusão, obras de destruição e morte (espiritual e psicológica), rituais de trevas e invocações das forças trevosas primordiais do cosmos, com consciência e discernimento. Psicologicamente, as trevas incubadoras e criadoras de Binah-Saturno se refletem na psique do indivíduo por meio da, assim chamada, sombra, uma amálgama de todos os instintos primitivos, o terrível e caótico subconsciente. A sombra é a fonte de grande poder criativo e da sabedoria mais profunda da existência, e por isso não deve ser reprimida e sim utilizada para a expansão da consciência e para a evolução individual. É também o mais poderoso, o mais influente e o mais perigoso dos elementos da psique humana e deve ser subjugado e assimilado conscientemente pelo Eu Superior de Tiphareth. Em termos alquímicos, é o Chumbo dos Sábios, a matéria-prima da consciência humana, energia densa, metal pesado que é transmutado no ouro da consciência. Em certo estágio da evolução da consciência, o humano superior já adquiriu as virtudes do silêncio e da seriedade, o que certamente é muito difícil para muita gente. No silêncio está a seriedade, e a concentração para conduzir o crescimento pessoal por meio do estudo, da observação e da continuidade de propósitos no caminho espiritual.
A Sephira Binah tem como expressão numérica o 3 (três), número da criação, conservação e destruição de tudo o que existe. As tríades e trindades são reflexos de Binah, como a unidade ternária espiritual e genética – pai, mãe e filho. O três tem sua representação no processo de inspiração, retenção e expiração; na dimensão do tempo (passado, presente e futuro); nas formas tridimensionais; no ternário atômico (prótons, elétrons e nêutrons), etc. Três é ainda o número da estabilidade, da responsabilidade, da paciência, da inteligência e da seriedade. No Tarô, todos os três têm correspondência com Binah. Representam algo que foi iniciado, a realização de uma ação: o três de paus expressa uma força que foi estabelecida, que pode gerar orgulho e arrogância; o três de copas indica abundância e fartura, etc.; o três de espadas é infortúnio, dor e infelicidade; e o três de discos expressa trabalho material, negócios e disciplina material. A vibração cromática de Binah é o preto, cor primordial das Trevas da criação e destruição, do Grande Útero do universo, do oculto e do espaço cósmico. Poucas pessoas entendem que sem o preto a luz não pode se manifestar, não pode ser visível; sem o contraste de luz e sombras não enxergaríamos nada. O preto também expressa a força da Matéria e da Tradição Mágica, sugere e reflete severidade, respeito e estabilidade psicomental e material, relaxa e descansa os olhos. Entretanto, não é exatamente uma cor e sim ausência de luz, ou seja, ausência de todas as cores. Astrologicamente, a força de Binah está no planeta Saturno (Shabbathai, em hebraico) e sua influência é mais evidente nos signos de Capricórnio e Aquário. Capricórnio expressa as alturas espirituais e a alegria da caminhada iniciática, de volta à Raiz de Tudo. Aquário é a manifestação da profunda inteligência cósmica e da compreensão acerca da origem da existência de tudo no Grande Mar Universal. A sutil manifestação de Saturno-Binah em nosso mundo físico pode ser vista de maneira distribuída em vários lugares, tais como museus de antiguidades, cemitérios, mausoléus, sítios arqueológicos, ruínas, grutas subterrâneas e cavernas, desertos durante a noite, vales rochosos, montanhas solitárias, as profundas águas abissais, qualquer lugar obscuro, silencioso, triste ou relativamente angustiante e assustador.
A Sephira Binah tem como expressão numérica o 3 (três), número da criação, conservação e destruição de tudo o que existe. As tríades e trindades são reflexos de Binah, como a unidade ternária espiritual e genética – pai, mãe e filho. O três tem sua representação no processo de inspiração, retenção e expiração; na dimensão do tempo (passado, presente e futuro); nas formas tridimensionais; no ternário atômico (prótons, elétrons e nêutrons), etc. Três é ainda o número da estabilidade, da responsabilidade, da paciência, da inteligência e da seriedade. No Tarô, todos os três têm correspondência com Binah. Representam algo que foi iniciado, a realização de uma ação: o três de paus expressa uma força que foi estabelecida, que pode gerar orgulho e arrogância; o três de copas indica abundância e fartura, etc.; o três de espadas é infortúnio, dor e infelicidade; e o três de discos expressa trabalho material, negócios e disciplina material. A vibração cromática de Binah é o preto, cor primordial das Trevas da criação e destruição, do Grande Útero do universo, do oculto e do espaço cósmico. Poucas pessoas entendem que sem o preto a luz não pode se manifestar, não pode ser visível; sem o contraste de luz e sombras não enxergaríamos nada. O preto também expressa a força da Matéria e da Tradição Mágica, sugere e reflete severidade, respeito e estabilidade psicomental e material, relaxa e descansa os olhos. Entretanto, não é exatamente uma cor e sim ausência de luz, ou seja, ausência de todas as cores. Astrologicamente, a força de Binah está no planeta Saturno (Shabbathai, em hebraico) e sua influência é mais evidente nos signos de Capricórnio e Aquário. Capricórnio expressa as alturas espirituais e a alegria da caminhada iniciática, de volta à Raiz de Tudo. Aquário é a manifestação da profunda inteligência cósmica e da compreensão acerca da origem da existência de tudo no Grande Mar Universal. A sutil manifestação de Saturno-Binah em nosso mundo físico pode ser vista de maneira distribuída em vários lugares, tais como museus de antiguidades, cemitérios, mausoléus, sítios arqueológicos, ruínas, grutas subterrâneas e cavernas, desertos durante a noite, vales rochosos, montanhas solitárias, as profundas águas abissais, qualquer lugar obscuro, silencioso, triste ou relativamente angustiante e assustador.
Arquétipos de Binah:
São os deuses mais antigos, severos, deuses primordiais da sabedoria trevosa, deuses de dor e da morte, deuses terríveis e agressivos, divindades das sombras e do frio. Também podem partilhar das características de Malkuth.
Kronos (o deus grego líder dos titãs, deus antigo do tempo, da morte e da agricultura, devorava seus filhos para não ser destronado)
Tânatos (o deus grego da morte, do frio e das trevas)
Moiras (as deusas gregas primitivas da vida e da morte: Cloto, a “Fiandeira”, que gira o fuso da vida – Láquesis, a “Medidora”, que mede o fio da vida com sua vara – Átropos, a “Inevitável”, que corta o fio com sua tesoura ; regem o destino dos homens e dos deuses)
Saturno (o deus romano equivalente a Kronos)
Parcas (as deusas romanas equivalentes às Moiras)
Sobek ou Sevekh (o deus-crocodilo egípcio das inundações do Nilo, da agricultura, do tempo, da vida e da morte)
Taurt ou Taoer (a deusa-hipopótamo egípcia da Matéria e da Terra, a grande mãe do mundo)
Shiva (o deus hindu da morte, da vida e do tempo, destrói o universo e a Ilusão com a abertura de seu terceiro olho)
Durga ou Gola (a deusa hindu “inacessível”, a origem da Raiz da Matéria e da Ilusão, é um aspecto de Kali)
Ymir (o gigante deus escandinavo do Caos e da Matéria, de cujo corpo foi criado o universo por Odin)
Nornas (as deusas escandinavas da vida e da morte, que vivem sob a árvore Yggdrasil, tecendo o destino dos homens e dos deuses, são as três irmãs, Urd, Verdanti e Skuld)
Tiuamat ou Tehom (a deusa-dragão sumeriana das Águas Primevas, mãe do universo, criadora e destruidora da Raiz da Matéria, seu corpo deu origem ao mundo e ao céu que foram criados por Marduk)
Absu ou Apsu (o deus sumeriano das Águas Abissais do Espaço e de toda Sabedoria, é esposo de Tiamat)
Tezcatlipoca (o deus asteca das trevas, da morte, da matéria e da sabedoria, irmão do deus Quetzalcoatl)
Shaitan ou Iblis (o deus árabe equivalente a Satã)
Po (a deusa polinésia da morte e da vida, das trevas e da Terra, a mãe do Universo)
SATARIEL
Os vícios da Sephira Binah manifestam-se em sua Qlipha chamada Satariel, que significa “Ocultadores”. O arquidemônio é Lucifuge (demônio romano), “aquele que foge da luz”, espírito ocultador e destruidor dos deuses e de tudo o que é sagrado e divino, causador de deformidades e aberrações da natureza. Satariel é um plano e estado no qual a consciência está ocultada e obscurecida pela completa ignorância. Aqui o silêncio dá lugar a uma espécie de avareza do espírito caracterizada pela retenção excessiva até do que é necessário, ou seja, pela negação do essencial. Isso é algo muito diferente de saber guardar segredo, pois a capacidade silenciar incrementa o magnetismo pessoal e desenvolve a vontade e poder sobre si mesmo. Mesmo que não exista realmente um segredo iniciático em determinados casos, a pessoa é testada quanto a sua lealdade, honradez respeito e poder de vontade. Em Satariel, a ignorância causa o sofrimento incompreensível e o medo irracional do desconhecido, das trevas e da Morte, impossibilitando o entendimento existencial. É o círculo infernal da ignorância, da dissimulação, da falsidade, da blasfêmia, do ascetismo fraudulento, do desrespeito e do materialismo cético. Os “Ocultadors” qliphóticos, as cabeças negras e chifrudas com seus olhos medonhos atrás de véus, derramam sua influência no mundo onde podemos ver seus resultados em todas as religiões que manipulam a fé das massas, que ocultam o conhecimento e a verdade, iludindo a multidão inconsciente que permanece estagnada e acomodada com a farsa de Deus e do Diabo fincada em cada rebanho. Nos Ocultadores, no nosso mundo, dissimulam, propagam a ignorância, difamam tudo o que não se encaixa em seus dogmas e regras e segregam as mentes inteligentes e revolucionarias para que não se “desviem” a manada; criam uma outra Inquisição, moderna, sutil, que é ocultada sob uma falsa moral religiosa e sob os costumes sociais condicionados. Ocultadores são também todos aqueles que fingem, que mentem, que enganam para tirar vantagens de inocentes e ignorantes. Assim são as grandes religiões monoteístas que inventam desgraças onde não deveriam existir, que inventam pecados, proibições e marionetes patéticas como o Diabo dogmático. Tudo bem pronto para ser engolido sem reclamação. Infelizmente, a fé cega, limitada e ignorante em um Deus e um Diabo pessoais que estão sempre em guerra, torna o ser humano indolente, negligente, preguiçoso e espiritualmente imaturo, já que para ele todas as regras morais, sociais e religiosas já foram determinadas, escolhidas e “receitadas” antecipadamente, deixando assim que o devoto acomodado apenas creia, tenha “fé”. Pensar e agir por si mesmo é muito mais difícil, requer inteligência, discernimento, responsabilidade e inquietudes espirituais. Assim, os tolos da fé cega crêem em um Satã que combate Deus e que quer a ruína dos fiéis. Mas se crêem é porque têm fé. Logo, sua fé é, na verdade, dividida entre Deus e Satã, do mesmo modo que estes dois supostamente dividem o domínio do mundo. Entretanto, tudo é culpa de Satã, ou do Diabo, e os fiéis nunca têm culpa de nada, nunca se responsabilizam por seus atos, pensamentos e desejos, por piores que sejam. O pobre Satã carrega toda a culpa das ações arbitrárias da humanidade doente. Sem Satã e seus sequazes, a quem os tolos hipócritas irão culpar pelos males do mundo e de suas vidas? Afinal, o Satã dogmático e caricatural é o principal sustentáculo da cristandade. Por outro lado, existem os declarados (pseudo) satanistas, equivocados, que podem ser comparados àqueles aos quais eles pretendem se opor e agredir. Também “pecaram” em compreender o significado de Satã e corromperam sua imagem do mesmo modo que seus detratores, colocando-o simplesmente em uma condição material, mundana, sem características espirituais e metafísicas, como uma imagem de seus próprios adoradores de mente limitada. Essas pessoas cultuam o mesmo Satã que a teologia amaldiçoa. Qual a suposta superioridade de um ou de outro? Ambos estão equivocados lamentavelmente. As pessoas devem compreender que Satã é Deus. É uma única e mesma força polarizada para criar e manter o equilíbrio cósmico, não podendo jamais um existir sem o outro, pois a luz só pode ser percebida sobre o fundo negro das trevas. Satã é, de fato, o “Adversário”, o opositor que combate a fé cega instituída, os dogmas perniciosos e ultrapassados e a ilusão forjada pelos proprietários da fé. Não tem nada a ver com coisas diabólicas.
Arquétipos de Satariel:
Alguns arquétipos qliphóticos saturninos.
Caronte (o deus grego do inferno, velho barqueiro grotesco, avarento e cruel, que conduz as almas condenadas)
Euronymous (o demônio grego da morte e do inferno, rege a putrefação orgânica e se alimenta de carniça)
Gréias (as deusas gregas da senilidade e da decrepitude, irmãs muito antigas que já nasceram velhas, banguelas e cegas, mas que compartilham um único olho móvel como uma bola de cristal)
Kali (a deusa negra hindu da morte, da destruição e do tempo, de aparência macabra e sanguinária, é um aspecto de Shakti ou Poder de Shiva)
Ravana (o gigante deus hindu do tormento, da morte e das metamorfoses, senhor dos rakshasas, antigos seres malignos antropófagos que frequentam cemitérios e atormentam o homem)
Mara (o demônio budista da ilusão e escravidão materiais, dos vícios, da morte e da destruição)
Carrefour ou Kalfou (o loa vodu das trevas, da destruição, da morte e das encruzilhadas, perigoso senhor dos espíritos sinistros, influencia o ser humano fraco e rege a feiticeira tenebrosa)
Baron Samedhi (o loa vodu dos mortos, dos cemitérios e das encruzilhadas, rege a morte, as trevas e a fertilidade, é obsceno e guarda o conhecimento ancestral dos mortos)
Ghoul (o demônio árabe do deserto, da noite e da morte, monstro vampiresco semelhante a uma hiena, que devora os viajantes do deserto e viola túmulos para se alimentar de carniça.)
Supay (o deus inca da dor, da morte e do inferno)
Camazotz (o deus-morcego das trevas, da morte e da iniciação oculta e trevosa no inferno)
Jasha (o demônio-morcego japonês do rancor e do ódio femininos)
Anhanguera (o deus tupi ancião da morte, da noite e do terror)
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Alguns Símbolos da Esfera Binah/Satariel:
Os símbolos saturninos utilizados na Cabala Draconiana são: a vagina (ou yoni, em sânscrito), o caldeirão, a taça, o triângulo invertido, o túmulo, o sarcófago, a foice, a túnica negra, o crânio e o tambor. O caldeirão e a taça, também abordados na Sephira Yesod, representam aqui o Grande Útero primordial, a fonte de toda a Matéria cósmica. A taça é também Ginnungagap, a Grande Taça da Ilusão dos escandinávios, o Mar do Caos do Espaço Primordial de onde provém toda a Matéria e a Vida; é a vagina da Grande Mãe, Binah. O triângulo invertido é o símbolo equivalente à vagina, ao útero e à taça, além de ser o glifo alquímico da Água ou do Grande Mar. O túmulo e o sarcófago simbolizam, obviamente, a morte ou melhor, a transformação e o retorno à origem primitiva da matéria. São símbolos femininos, já que a morte neste mundo significa renascimento em outro. A foice é outro símbolo de morte e transformação, de passagem e do tempo de todas as coisas. A túnica negra representa o ocultamento, a introspecção e o silêncio. É usada nos trabalhos cabalísticos cerimoniais e na magia de modo geral como um sinal de recolhimento, isolamento da vida mundana e cotidiana. Indica a ideia de segredo e sagrado, de seriedade e concentração no trabalho. O crânio e o tambor são também abordados na Sephira Malkuth. Esses símbolos se associam tanto à Terra quanto à Esfera de Saturno.
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Segunda Sephira e sua Qlipha
( Chokmah – Ghogiel )
Chokmah significa “Sabedoria” e seu nome divino é Jah ou Jehovah, o “Senhor”, “Deus”. É a força masculina mais elevada e pura do Cosmos, a primeira manifestação do polo positivo, um poder dinâmico, impetuoso, incontido, representado pelo falo ou linga, o órgão sexual masculino. Mas isso é apenas uma representação, pois não devemos entender essa referência sexual em termos de sensação física ou erótica, mas sim como um fluxo e corrente de energia cósmica positiva. Essa energia será convertida em negativa, gerando a terceira Sephira, Binah, e aí ficará “retida” para que tenha início a formação do universo que se manifestará em níveis de densidade, funcionando sempre em polaridade criadora. Chokmah é o Pai Divino em seu nível mais abstrato e o impulso criador e fecundante do que virá a ser o universo manifestado e material. É um centro de energia dinâmica em ebulição, energia ativa e estimulante em movimento. Chokmah é o plano anupadaka, termo sânscrito que significa “sem pais”, quer dizer, aquele que existe por si mesmo como uma atividade, uma fluidez e desdobramento da Sephira Kether, um fluxo de força de pré-manifestação. Talvez seja relativamente difícil de conceber essas ideias em nossas mentes, mas não há outra maneira de descrever a natureza dessa Sephira. Em Chokmah não há veículo de manifestação ou corpo sutil, pois é um plano ou estado de consciência em que a energia espiritual é pura, amorfa e em movimento. Entretanto, o Iniciado em Chokmah torna-se um Mago verdadeiro e completo, Iluminado, com visão e discernimento espirituais, conhecendo o segredo da polaridade cósmica e o significado espiritual do sexo e da alternância da polaridade nos planos de manifestação. Chokmah é a Esfera do Arcanjo Ratziel, o “Segredo de Deus”, o Arcanjo do Mistério, o Guardião da Sabedoria, a Inteligência diretora da força que impulsiona as descobertas que contribuem para a evolução da humanidade. Ratziel dirige a Roda da Criação, ou seja, o Coro dos Auphanim, mantendo-a em movimento perpétuo, gerando a força, a energia, que flui para criar a forma. Os Auphanim são as inteligências ou anjos das estrelas que animam as constelações, especialmente a roda zodiacal. Psicologicamente, todo Iniciado na Sephira Chokmah deve estar completamente livre das repressões e imune às dissociações psico-patológicas, deve estar com todas as partes da natureza humana e espiritual equilibradas e desobstruídas para que possa fluir essa corrente de força de Chokmah. Essa força é atraída para baixo, para o Adepto, por meio do Tetragrammaton, ou o nome de quatro letras – YHVH (Yod, Heh, Vau, Heh, Jehovah) – para ascender novamente e ser orientada conforme sua vontade. É um trabalho de extrema devoção à Grande Obra, à própria evolução, e sem essa virtude não é possível atingir essas alturas do Espírito.
O número da Sephira Chokmah é 2 (dois), porque Chokmah é o desdobramento da primeira Sephira Kether. Dois é o número da polaridade, dos pares de opostos que regem todo o universo manifestado cujo Pai é o polo positivo da Mãe para qual toda a força de Chokmah é direcionada. Os dois do Tarô estão em Chokmah e expressam o início e o desdobramento de algo. O dois de paus é domínio e poder estável; o dois de copas expressa a força da fluidez e da harmonia entre os opostos em todos os níveis; o dois de espadas representa o equilíbrio das forças, o fim de uma luta e a restauração da paz; e o dois de discos é a expressão dos pares de opostos no plano mais denso e suas mudanças de maneira equilibrada na matéria e nas coisas mundanas. Na Árvore da Vida, a cor de Chokmah é cinza para representar e simbolizar a Luz velada da Unidade, a luz de Keether densificando-se sutilmente em Chokmah. Astrologicamente, Chokmah é a Esfera do Zodíaco (Mazloth, em hebraico), as forças cósmicas que são “filtradas” pelas constelações zodiacais e que se qualificam para influenciar toda a Existência. Essas constelações constituem a Roda do Zodíaco, que é representada graficamente por uma roda com 12 raios. Netuno, após sua descoberta no século XIX, passou também a representar a força dessa segunda Sephira e é co-regente do signo de Peixes. A força netuniana é dinâmica e tempestuosa, sutil e elevada, representa a sabedoria a ser alcançada por todo aquele que está preparado, mas também impulsiona o indivíduo despreparado e não muito evoluído a cometer atos rebeldes e irracionais cujos resultados ele não terá controle.
Arquétipos de Chokmah:
Deuses que tem correspondência com o planeta Netuno, são os deuses masculinos da sabedoria oculta e dos oceanos (entendidos aqui como o Espaço e seu fluxo de força cósmica positiva).
Poseidon (o deus grego rebelde e impetuoso dos oceanos e das tempestades, que preside a fertilidade masculina e a sabedoria oculta)
Netuno (o equivalente deus romano)
Varuna (o equivalente deus hindu)
Niord (o equivalente deus escandinavo)
Ea (o equivalente deus babilônio)
Dagon (o equivalente deus caldeu/hebreu)
Paikea (o equivalente deus maori)
Igigi (o equivalente deus sumeriano, o deus do espaço e das estrelas).
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GHOGIEL
A Qlipha de Chokmah é Ghogiel, os “Estorvadores”, e aqui o indivíduo débil será impedido de avançar em sua evolução, terá obstáculos e será confinado em vez de fluir na força positiva de Chokmah. Seu Arquidemônio é Beelzebub (deus fenício), traduzido como “Senhor das Moscas” ou “Senhor dos Escaravelhos”. É o deus da perseguição e dos obstáculos, que provoca a queda dos reis patriarcais, mas já foi considerado um deus bom, curador, guia das almas e deus dos oráculos. Assim como Jehovah, Baal-Zebud é o “Senhor”, e seu aspecto opressor e estorvador se assemelha com o Jeová de certos fanáticos que distorcem ainda mais o que já está distorcido: os textos bíblicos. Eis aí um verdadeiro estorvo para a liberdade e para a evolução psicomental e espiritual; mais uma influência qliphótica entre tantas. A Bíblia é certamente uma coisa polêmica. Contudo, as pessoas gostam de coisas polêmicas. O “estorvo” de Ghogiel também é manifestado pelas dificuldades inerentes à própria existência mundana e material, os obstáculos e empecilhos que visam barrar lamentavelmente o impulso de vida da maior parcela do mundo com problemas de toda ordem, inclusive os conflitos irracionais e egoístas entre os sexos. O desperdício de energia e suas fontes naturais é outra ação do poder estorvador de Ghogiel, que mina a Terra e nos deixa à mercê de uma falência planetária. Há a alternativa da energia atômica, mas o ser humano ainda não está preparado para usá-la com perfeita segurança, ainda não tem completo domínio sobre essa força extremamente contaminante e perigosa, ficando essa alternativa energética e suas consequências catastróficas sob os domínios qliphóticos de Ghogiel, a força sinistra da Segunda Sephira.
Arquétipos de Ghogiel:
Para além das Esferas de Binah e Satariel na Árvore do Conhecimento, há poucos arquétipos mitológicos que as representam. Chokmah é uma Sephira muito elevada e sutil, energia pura e livre, e sua Qlipha, Ghogiel, chega a representar um sutil entrave para as forças cósmicas e humanas, que pode ser percebido e transcendido. Entretanto podemos associar o Jeová bíblico como seu arquétipo qliphótico, sendo caprichoso, egoísta, ciumento, acusador e repressor.
Alguns Símbolos de Chokmah/Ghogiel:
Os símbolos utilizados aqui são o cetro e o falo. O cetro é também abordado na Sephira Chesed (Júpiter), que é um desdobramento imediato de Chokmah no Pilar da Misericórdia. O falo (ou linga, em sânscrito) simboliza o princípio masculino abstrato, primordial e espiritual do universo, é a força masculina impetuosa, o fluxo de energia livre em direção ao Receptáculo feminino para gerar a Vida; tem correspondência com o cetro e o cajado.
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Primeira Sephira e sua Qlipha
( Kether – Thaumiel )
Kether é a primeira Sephira da Árvore da Vida e quer dizer “Coroa”. Seu nome divino é “Eheieh”, que significa “Eu Serei”, indicando que Kether é a origem de tudo o que será. É a coroa de toda a Criação e a partícula espiritual, a centelha divina pura que coroa o homem. É o plano adi, o “primeiro”, o plano supremo e primordial do Deus Desconhecido, o qual devemos buscar, porque a vida, a matéria – seja lá em que nível de densidade – e nossa personalidade, são efêmeras e transitórias. Apenas nossa centelha divina, que deve se tornar autoconsciente, é imortal. É o plano do Amorfo, do Puro ser Desconhecido, da Existência latente. De Kether tudo surgiu e é para onde tudo retornará, para onde todo o universo manifestado se recolherá após uma evolução cósmica. Mas há uma inteligência em Kether e esta é o Arcanjo Metatron, o “Príncipe das Faces”, que leva a influência do Puro Ser para a manifestação, possibilitando à matéria “aterrar” o Espírito Puro e condiciona-lo na forma, ou seja, conduz o Iniciado até a presença do Supremo Deus, que é a essência de todos os Deuses. A fonte dos Elementos em seu aspecto mais puro e espiritual é o Coro Angélico dos Chaioth ha Qadosh, as “Criaturas Vivas e Sagradas”. Esses Elementos atingem o ápice da materialidade e da atividade na Esfera de Malkuth. A fusão desses Elementos em Kether e sua expansão no processo de Criação tem representação na famosa cruz suástica ou cruz gamada. Assim como Chokmah, tentar falar de Kether de forma objetiva nos leva a ideias aparentemente inconcebíveis em nossas mentes ainda em evolução na matéria densa. Kether é a Unidade Indiferenciada na qual não existe qualquer manifestação dos pares de opostos. É um plano e um estado cósmico de latência das forças positivas e negativas que criam o universo. Kether é uma Sephira indefinível que contém o potencial de toda a Criação visível e invisível. Isso pode ser visto no símbolo taoísta do Yin e Yang, que mostra os dois princípios opostos do Universo contidos um no outro. O taoísmo representa a “natureza” de Kether, que é essa interação latente dos opostos. O Caminho (Tao) do Espírito Divino é a manifestação que só é possível por meio das forças opostas para criar. Portanto, o Tao é o curso da Energia Cósmica Primordial despertada de sua latência (Kether, Yin/Yang); do Tao, ou Kether, surge a consciência divina que funciona em polaridade, “descendo” os níveis de densidade e criando o universo e o mundo em que vivemos. O Taoísmo ensina que em essência a vida deve ser simples, assim como é a essência de Kether; ensina que todos os seres fazem parte da Unidade, que são partículas espirituais do Absoluto. O Tao busca essa reintegração e harmonização com o Espírito Supremo, ou Energia, que sustenta toda a Criação e pode elevar a consciência humana, especialmente do Iniciado. Em Kether, o Iniciado, com plena capacidade de êxito na Grande Obra, sente a eternidade em sua consciência e uma sensação indescritível de que é imortal, compreende profundamente a transitoriedade das coisas, uma compreensão que está além do pensamento humano. Aquele que atinge Kether une-se ao Deus de si mesmo – implicitamente masculino e feminino, mas latente – e torna-se pura autoconsciência espiritual sem qualquer tipo de forma ou veículo de manifestação limitante e condicionante, sem qualquer resquício de matéria, apenas o aprendizado e a sabedoria da evolução.
Kether é a Unidade perfeita e original; logo, é expressa pelo número 1 (um). O um é o ponto, o centro, o princípio, a origem da multiplicidade cósmica, divide-se em dois, meio masculino meio feminino, em uma operação de divisão-somatória, com o surgimento do primeiro par de opostos, as Sephiroth Chokmah e Binah. Todos os ases do Tarô são expressos em Kether, expressões da força primordial e primária dos Elementos. O ás de paus é o Puro Espírito em si mesmo, a origem de tudo; o ás de copas indica o princípio do desdobramento do Puro Espírito e seu direcionamento; o ás de espadas é a força tornada consciente e invocada para o bem ou para o mal; e o ás de discos expressa a força espiritual materializando-se e proporcionando o desfrute das coisas materiais. A cor de Kether é o branco, a cor que não é uma cor e sim a soma de todas as cores, as quais estão invisíveis assim como todas as Sephiroth estão em Kether como sementes ou embriões latentes. O branco reflete todas as cores porque possui todas as cores ou energias, formando a pura luz branca, portanto é a cor da pureza e do Puro Espírito de Kether. Astronomicamente, Plutão representa Kether. Foi descoberto no século XX e sua orbita define o limite extremo de nosso sistema. Não há um consenso quanto a sua qualificação como um planeta, sendo até mesmo considerado um corpo alheio ao sistema solar e que foi capturado pela orbita de Netuno (tal é sua característica trans-planetária, assim como Kether). Sua energia é renovadora, rege o surgimento da vida e seu desaparecimento na morte ou absorção cósmica. É co-regente de Escorpião e rege as mudanças radicais em grande escala, e conduz à Realidade Suprema e à evolução espiritual em seu ápice, com todas as transformações necessárias, nos processos da vida e morte, destruição e renovação.
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THAUMIEL
Arquétipos de Thaumiel:
Na mitologia, podemos citar o deus grego Hades e o deus Romano Plutão, ambos também referidos na Esfera Malkuth/Lilith, que é Kether em um arco inferior.
Brahman (deus hindu, o Princípio Espiritual do Universo, o Absoluto, a essência de Brahma)
Aditi (deusa hindu, a Deusa Imanifesta do Espaço Infinito)
Nuit ou Nu (a deusa egípcia equivalente a Aditi, associada também ao Véu de Ain Soph Aur)
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Alguns Símbolos de Kether/Thaumiel:
Os símbolos cabalísticos são, o ponto, a suástica e a coroa. O Ponto é a Primordial Latência Espiritual que irá se diferenciar e expandir; é a origem de Tudo, o Princípio Imanifesto do Universo. A Suástica, também tratada em Chesed, aqui é o primeiro movimento (Primum Mobile) originando-se do ponto para dar início à Criação. A Coroa simboliza o Princípio Espiritual Absoluto, o Rei do Universo em toda a sua abrangência, assim como é a consciência espiritual totalizada do ser humano.
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